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05/01/2022

PROMOÇÃO DA SAÚDE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PESSOAL

UFCD 6670

ÍNDICE

1. Prevenção da saúde
2. Alimentação racional e desvios alimentares
3. Atividade física e repouso
4. Sexualidade e planeamento familiar
5. Doenças da atualidade (sida e outras patologias contemporâneas) e toxicodependências
6. Causas, sintomas, formas de prevenção, de transmissão e de tratamento
7. Organizações da sociedade civil que prestam apoio a portadores de diferentes
patologias ou dependências

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 A definição de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) é


muito mais do que ausência de doença. A saúde deve ser entendida
como o sentido positivo de bem-estar que envolve todos os aspetos
da vida – físico, emocional e social.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 A saúde e o bem-estar dependem dos estilos de vida, que por sua vez são determinados por
fatores individuais, sociais e de outras áreas exteriores à saúde como é exemplo o ambiente. A
consciencialização e participação do cidadão, a chamada capacitação do cidadão na promoção
da saúde e prevenção da doença é a única forma eficaz de obter ganhos em saúde.

1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 “A promoção da Saúde é o processo que permite capacitar as pessoas


a melhorar e a aumentar o controle sobre a sua saúde (e seus
determinantes – sobretudo, comportamentais, psicossociais e
ambientais)” (Carta de Otawa, 1986).

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 A Carta de Bangkok para a promoção da saúde num mundo globalizado (2005) parte dos
valores, princípios e estratégias de intervenção estabelecidas na Carta de Otawa,
complementando-a. Com a promoção da saúde, surge a noção da “saúde como um recurso” e
de esta ser um “empreendimento coletivo”.

 Nunca, até hoje, os cidadãos viveram tantos anos, e a sua esperança de vida continua a aumentar.
Contudo, a saúde da população está longe de ser tão boa quanto poderia ser. Os níveis de morbilidade
e mortalidade prematura continuam a ser elevados, embora seja possível baixá-los.

1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Os fatores determinantes da saúde mais importantes são


as condições socioeconómicas e as condições de vida e
de trabalho que lhes estão associadas e que são
abordadas através das políticas sociais e económicas.

 O tabaco, a alimentação, a atividade física, a dieta, o


álcool e a forma como as pessoas se comportam em
relação a si mesmas e aos outros são também
determinantes essenciais da saúde.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 As principais causas de morte prematura e de invalidez são os acidentes e as lesões físicas, as


perturbações mentais, o cancro e ainda as doenças circulatórias e respiratórias.

 É possível influir em todos estes fatores mediante uma prevenção e promoção eficazes. A
legislação e a regulamentação, por exemplo, sobre o uso do cinto de segurança, a segurança
rodoviária e as restrições quanto ao conteúdo, comercialização e uso dos produtos do tabaco,
constituem uma base essencial para apoiar os esforços de prevenção.

1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 A informação do público é uma outra medida a não descurar, mas revela-se, em geral,
insuficiente para suscitar comportamentos mais saudáveis. As medidas de promoção da saúde
são particularmente eficazes quando recorrem a métodos que ajudam os consumidores a fazer
melhores escolhas na vida quotidiana. Os locais onde as pessoas passam uma grande parte ou
a totalidade do tempo, como o local de trabalho, a escola ou mesmo a prisão, podem
desempenhar um papel importante a este respeito.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Comportamentos favoráveis à saúde, são o esforço de cada


um para preservar a sua saúde e a dos que o rodeiam.

 A adoção de uma alimentação equilibrada, a prática de uma


atividade física regular, a redução de consumo de tabaco e álcool,
a possibilidade de ter períodos de repouso e de descontração e a
capacidade de ter relações sociais e sexuais compensadoras
ajudam a que o sentimento de bem-estar cresça e constituem
um verdadeiro obstáculo à doença.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Nesta conceção, a saúde é assumida como um processo dinâmico e proactivo que


responsabiliza cada um e todos na construção de um bem-estar que favoreça o
desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e das próprias comunidades.

 A promoção da saúde é, assim, tarefa dos agentes nos diversos contextos de relação e de
crescimento que o indivíduo «habita», de que se podem destacar a Família e a Escola, mas que
implica necessariamente toda a comunidade.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 É dentro deste enquadramento normativo e nesta dinâmica que a Escola vem desempenhando
um papel importante, assumindo a promoção da saúde como um processo quotidiano que
concorre para a criação de um «estado de bem-estar físico, psíquico e social, e não a mera
ausência de doença» (OMS) dos seus alunos e profissionais.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Nesta perspetiva sistémica de «saúde positiva»,


valoriza-se a interação dinâmica das vertentes do
corpo, dos afetos e das emoções e, ainda, das
relações com o outro e com o mundo.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 A educação para a saúde faz-se, por um lado, na continuidade


das experiências dos vários contextos educativos (por
exemplo, na ligação da Família à Escola) mas, por outro lado,
exige uma complementaridade de diferentes vivências
possíveis em contextos diversos (a escola, a família, a «rua»,
as associações desportivas e culturais, etc.), que favoreçam o
desenvolvimento de uma identidade própria, do pensamento
crítico, da capacidade de escolher, em suma, da autonomia.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Devem contar, ainda e sempre, com a participação ativa de toda a Comunidade Educativa,
essencial na criação de condições que reforcem fatores de proteção:

o Boa autoestima.
o Competências de relacionamento interpessoal.
o Famílias com envolvimento afetivo e padrões de comunicação claros.
o Comunidades que promovam o fortalecimento dos laços entre os jovens e as instituições, entre outros.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 E que, ao mesmo tempo, minimizem os fatores de risco:

o Baixa autoestima.
o Fraca tolerância à frustração.
o Problemas de saúde mental.
o Desvalorização das normas e regras.
o Pouca resistência à pressão de pares na adolescência.
o Insucesso escolar e fraca ligação à escola.
o Famílias com disfunções ao nível da comunicação afetivo-emocional.

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1. PREVENÇÃO DA SAÚDE

 Entre outros, por forma a reduzir vulnerabilidades pessoais e sociais e comportamentos desajustados.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 A alimentação
 Comer é essencial para a vida. As necessidades alimentares dependem da idade, sexo, estado
de saúde e nível de esforço físico. As escolhas alimentares são influenciadas por vários fatores:

o Disponibilidade dos alimentos: situação geográfica, clima e temperatura, fatores políticos e


económicos, tradições.
o Orçamento: família, pares, crenças relacionadas com a saúde.
o Fatores estéticos: gosto, aparência, odor, textura dos alimentos, disponibilidade, publicidade.
o Fatores socioeconómicos: superstições, religião, tradições, tabus.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Comer em conjunto com outras pessoas constitui parte importante da relação com a família e
com os amigos e é também um dos prazeres da vida

 A alimentação fornece a energia, e os nutrientes necessários ao crescimento, trabalho,


divertimento, pensamento, aprendizagem, bem como, aumenta a resistência a certas doenças.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Os assuntos relacionados com a


alimentação têm sido uma das
grandes preocupações da segunda
metade deste século.

 Ao falar de alimentação racional a


palavra-chave é "equilíbrio" ou seja, a
ingestão de uma grande variedade de
alimentos em quantidades adequadas
ao desgaste energético diário e à fase
da vida em que nos encontramos

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 O nosso organismo necessita de um conjunto de nutrientes para funcionar corretamente. A


abundância ou escassez de qualquer um deles pode levar ao desequilíbrio dos sistemas
orgânicos, originando problemas de saúde, mais ou menos graves.

 Cada tipo de nutrientes cumpre uma ou mais funções específicas. Todos os alimentos contêm
um ou mais nutrientes em quantidades variáveis.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 A pirâmide alimentar

 A pirâmide alimentar mostra como repartir o


consumo dos alimentos de forma racional e
saudável. Os alimentos que constam da base
da pirâmide devem ser consumidos
diariamente. Os que aparecem no topo devem
ser ingeridos em pequenas quantidades ou
apenas ocasionalmente.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Cereais e derivados; Tubérculos

 Este grupo é essencial e é o maior da roda dos alimentos. Inclui o pão, as batatas, a massa, o
arroz, os cereais e os seus derivados. Estes alimentos fornecem energia, sob a forma de
hidratos de carbono complexos, sobretudo o amido.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Prefira os produtos integrais, já que também


fornecem fibras alimentares, vitaminas do
grupo B e minerais como o magnésio e o
ferro. O ideal é consumir produtos deste
grupo a todas as refeições.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 De 4 a 11 porções, conforme a idade, o sexo e a constituição física.

 Uma porção equivale, por exemplo, a:


o 50 g de pão
o 1 fatia fina de broa (70 g)
o 5 colheres de sopa de cereais de pequeno-almoço (35 g)
o 6 bolachas – tipo Maria ou água e sal (35 g)
o 1 e ½ (125 g) batatas (ou seja, uma batata de tamanho médio) ou puré
o 2 colheres de sopa de arroz ou massa crus (35 g)
o 4 colheres de sopa de arroz ou massa cozinhados (110 g)
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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Produtos hortícolas

 Os hortícolas são o segundo maior


sector da roda. Tanto as hortícolas
frescas como as congeladas não devem
ser esquecidas. O objetivo é variar:
consumir a mesma quantidade de
hortaliças cruas que cozidas, diferentes
tipos e cozinhadas de diferentes formas.
Nunca esqueça a sopa.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Os hortícolas são ricas em água, minerais, oligoelementos, vitaminas e fibras alimentares. Além
disso, os hortícolas que têm cor fornecem muitos antioxidantes (por exemplo, carotenóides, no
caso das cenouras). Por outro lado, contêm poucas gorduras e açúcares; o seu valor energético
é, por isso, muito baixo.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 De 3 a 5 porções, conforme a idade, o sexo e a constituição física.

 Uma porção equivale, por exemplo, a:


o 2 chávenas almoçadeiras de legumes crus (180 g)
o 1 chávena almoçadeira de legumes cozinhados (140 g)

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Fruta

 A fruta fresca é outro dos sectores importantes da roda dos alimentos. A fruta contém muita
água, minerais, oligoelementos, vitaminas e fibras alimentares. Contém ainda hidratos de
carbono simples (ou seja, açúcar).

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 O teor em açúcar é muito variável: varia entre os 4


por cento nas groselhas e os 20 por cento nas
bananas. A fruta fresca constitui, tal como as
hortícolas, uma boa fonte de antioxidantes. Como
cada variedade de fruta tem a sua própria
constituição, é importante variar o consumo.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 De 3 a 5 porções, conforme a idade, o sexo e a constituição física.

 Uma porção equivale, por exemplo, a:


 - 1 peça de fruta de tamanho médio (160 g)

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Produtos lácteos

 Este grupo inclui o leite e os produtos derivados, como os


iogurtes e todas as variedades de queijo (para barrar, queijo
fresco, etc.). Por fornecerem cálcio, estes produtos são muito
importantes. Contêm também proteínas de alto valor
biológico e vitaminas do grupo B.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 O valor nutricional concreto (cálcio, vitaminas, proteínas, etc.) dos produtos lácteos depende de
diferentes fatores: o teor em gordura, a tecnologia utilizada para a retirar, o grau de humidade.
O teor em sal também varia sensivelmente, dependendo dos produtos: o leite, por exemplo, é
pobre em sal, enquanto o queijo fermentado o contém em grandes quantidades.

 Durante o crescimento, a gravidez e a partir dos 60 anos (devido ao risco de osteoporose), é


especialmente importante consumir produtos lácteos suficientes.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 No mínimo, 2 a 3 porções.

 Uma porção equivale, por exemplo, a:


o 1 copo de leite de 250 ml.
o 1 iogurte líquido ou 1 e ½ sólido (ou seja, 200 g, no total).
o 2 fatias finas de queijo (40 g).
o ¼ de queijo fresco de tamanho médio (50 g).
o ½ requeijão de tamanho médio (100 g).

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Para chegar à quantidade diária mínima


recomendada (2 a 3 porções), é aconselhável
variar o mais possível dentro do grupo.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Carne, Peixe e ovos


 Estes alimentos são ricos em proteínas de alto valor
biológico, vitaminas (B12), ferro (de fácil assimilação) e
outros minerais e oligoelementos. Têm um papel
fundamental no nosso equilíbrio alimentar, desde que
não sejam consumidos em excesso e haja variedade.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Para conseguir a diversificação adequada, geralmente aconselha-se o seguinte esquema


semanal: 6 vezes peixe, 4 vezes aves, 2 vezes carne vermelha (exemplo: porco, vitela e
cordeiro) e 2 vezes ovo.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 1,5 a 4,5 porções

 Como pode verificar, o consumo diário recomendado é relativamente baixo. Se é um grande


consumidor destes produtos comece, de forma gradual, a reduzir as quantidades ingeridas.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Leguminosas

 Este é um sector que aparece, pela primeira vez, nesta


nova roda dos alimentos. Anteriormente, as leguminosas
estavam integradas no grupo dos cereais. No entanto,
dada a extrema importância que têm para a saúde,
concluiu-se que merecem um sector próprio. Deste grupo
fazem parte os feijões, o grão, as lentilhas, a soja, as
ervilhas e as favas.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Estes alimentos fornecem energia, sob a forma de hidratos de carbono complexos, sobretudo o
amido. Proporcionam proteínas de origem vegetal de grande qualidade, são muito ricos em
fibras alimentares, vitaminas do grupo B e minerais como o magnésio e o ferro. O ideal é
consumir produtos deste grupo pelo menos uma vez por dia. A sopa é uma excelente
alternativa para a sua inclusão.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?

 De 1 a 2 porções, conforme
a idade, o sexo e a
constituição física.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Gorduras e óleos

 As gorduras constituem o sector mais


pequeno da roda e o seu consumo
deve ser mínimo, embora diário.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 As gorduras visíveis (ou adicionadas) correspondem à manteiga,


às matérias gordas para untar (margarinas), e às natas. O
azeite e os óleos de sementes são importantes, pois fornecem
ácidos gordos essenciais, bem como vitamina E (um
antioxidante potente) e nenhum colesterol.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 A importância da manteiga e das margarinas reside no seu aporte em vitaminas A e D e em


betacaroteno. No entanto, tal como todas as gorduras de origem animal, têm colesterol. É
importante diversificar o mais possível as gorduras que consumimos.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Que quantidade ingerir?


 De 1 a 3 porções (de preferência, azeite).

 Uma porção equivale, por exemplo, a:


o 1 colher de sopa de azeite ou óleo (10 g)
o 1 colher de sobremesa de margarina ou manteiga (15 g)
o 4 colheres de sopa de natas (30 ml)
o 1 colher de chá de banha (10 g)

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Alimentação racional

 Algumas regras básicas para uma alimentação equilibrada:

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 1. Dividir a alimentação em 3 refeições principais e 3 lanches intermediários. Isso evita que se


coma "porcarias" entre as refeições, aumenta o trabalho intestinal (pois haverá estímulo
constante do trato digestivo) e aumenta o gasto de energia para o metabolismo dos alimentos.
Além disso, pequenos volumes ingeridos várias vezes ao dia fazem com que um estômago
dilatado volte aos poucos ao normal.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 2. Deve-se mastigar no mínimo 30 vezes cada garfada. Esta ação proporciona uma melhor
digestão e um melhor aproveitamento dos nutrientes, maior gasto de energia e uma menor
ingestão alimentar, pois comendo devagar, uma menor quantidade de alimentos fará com o
indivíduo se sinta saciado.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 2. Deve-se mastigar no mínimo 30 vezes cada garfada. Esta


ação proporciona uma melhor digestão e um melhor
aproveitamento dos nutrientes, maior gasto de energia e uma
menor ingestão alimentar, pois comendo devagar, uma menor
quantidade de alimentos fará com o indivíduo se sinta saciado.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 3. Deve-se ingerir muito líquido, principalmente água (2 a 3


litros) para a manutenção das funções normais do organismo,
mas sempre no intervalo das refeições.

 4. O açúcar deve ser diminuído ou substituído por algum outro


adoçante. É muito calórico e não traz benefícios à saúde.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 5. As fibras devem fazer parte da ingestão diária para assegurar um bom funcionamento
intestinal e para auxiliar na prevenção e tratamento de doenças como o aumento do colesterol
e cancro do cólon. Além disso, alimentos ricos em fibras reduzem a sensação de fome.
Recomenda-se o consumo de 20 a 30g de fibras por dia.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 6. O exercício físico, quando praticado de forma correta e orientado por um profissional


especializado, acelera a queima da gordura armazenada, auxiliando na redução de peso.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 7. Fazer as refeições em lugar tranquilo e sem pressa. Nunca se deve comer andando, vendo
televisão ou discutindo com alguém. O ambiente deve ser calmo para que as frustrações não
sejam descontadas no prato de comida. Com pressa, o indivíduo come exageradamente sem
perceber, pois demora mais tempo para sentir saciedade.

 8. Não dormir logo após as refeições e não comer alimentos pesados à noite, pois nesse período
a digestão é mais lenta e difícil.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Desvios alimentares

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Anorexia

 A anorexia nervosa, também simplesmente conhecida


como anorexia, é um transtorno alimentar que
provoca no indivíduo tanto medo de ganhar peso e/ou
gordura corporal que ele(a) limitará severamente a
quantidade de comida que ingere. Por vezes, os
anoréxicos também fazem exercício em excesso,
numa tentativa de queimar as calorias que ingeriram,
para não ganharem peso extra e aos mesmo tempo
sentirem-se bem(com a libertação de endorfinas).

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Mesmo quando se desgastam fisicamente, e os outros os acham


doentiamente magros, os anoréxicos ainda acham que os seus
corpos são muito pesados e continuam a comer tão pouco quanto
possível. Infelizmente, sem nutrientes suficientes para os alimentar,
os órgãos internos de um anoréxico podem falhar, podendo daí
resultar a morte.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Raramente um anoréxico reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda,


portanto cabe muitas vezes a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa
procurar ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anorexia incluem:

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

o Contagem obsessiva de calorias.


o Saltar refeições.
o Brincar com a comida no prato em vez de comer.
o Esconder comida (num guardanapo, debaixo de uma travessa, etc.) para evitar comê-la.
o Mentir quanto a já ter comido, numa tentativa de evitar uma refeição.
o Ingerir apenas um determinado tipo de comida.
o Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição, ou “para abrir o apetite”.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

o Perda dramática de peso.


o Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e jejum.
o Vestir (para esconder o corpo) roupa larga ou disforme.
o Baixos níveis de energia.
o Doenças frequentes.
o Sono excessivo.
o Reduzido ou inexistente apetite sexual.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Um diagnóstico de anorexia só pode ser feito por um médico qualificado, habitualmente um


psiquiatra. Para diagnosticar anorexia têm de surgir quatro critérios de diagnóstico.

 Os critérios padrão para o diagnóstico de anorexia incluem a recusa do indivíduo em manter um


peso corporal apropriado para a sua altura e idade (normalmente 15% abaixo da média), um
medo intenso de ficar “gordo” ou com excesso de peso, mesmo quando magríssimo, uma falta
de autoconfiança relacionada com uma autoimagem distorcida e a perda de períodos
menstruais durante pelo menos três meses (obviamente não incluído no diagnóstico masculino).

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Se a anorexia é diagnosticada de acordo com critérios de doença mental, um anoréxico também


precisará de um exame físico completo para determinar a extensão da doença ou da injúria que
foi causada por esta transtorno alimentar.

 Anoréxicos gravemente afetados ao nível do físico podem precisar de ser tratados num hospital
residencial ou clínica e voltar a ganhar força antes de efetivamente iniciarem o tratamento do
seu transtorno alimentar.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Não há sistema ou cura reconhecida para a anorexia, mas os tratamentos podem incluir uma
mistura de aconselhamento/terapia, aconselhamento familiar/terapia, terapia cognitivo-
comportamental (para mudar o tipo de comida ingerida, bem como comportamentos
alimentares e/ou tipo de exercício físico desenvolvido), o recurso a grupos de apoio ou terapia
de grupo, e aconselhamento e planeamento nutricional.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 A anorexia é um transtorno alimentar comum mas altamente perigosa que


pode ter efeitos duradouros na saúde física e mental do indivíduo. Muitos
anoréxicos não reconhecem a sua transtorno alimentar como prejudicial, e
menos ainda procuram diagnóstico e tratamento por sua iniciativa. Em vez
disso, são muitas vezes a família e amigos que intervêm para procurar
ajuda para a anorexia antes que algum dano irreversível ocorra.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Bulimia

 A bulimia nervosa, habitualmente denominada de bulimia, é um


transtorno alimentar marcado por episódios de voracidade seguidos de
purgas. Durante um episódio de voracidade, um bulímico ingere uma
grande quantidade de comida de uma só vez, mas depois purga-a,
quer induzindo vómitos, quer tomando um laxante ou diurético.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Para os bulímicos, comer


compulsivamente e purgar
constitui um ciclo, mas eles
podem não ganhar ou perder
peso suficiente para que se torne
óbvio que padecem de um
transtorno alimentar.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Danos no trato digestivo, boca, dentes e glândulas salivares são comuns entre bulímicos e o
ciclo “alimentação compulsiva – purga” constante significa que os bulímicos raramente retêm
vitaminas e minerais suficientes para se manterem saudáveis. Estes fatores podem ter efeitos
prejudiciais sérios e prolongados na saúde.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Apesar de a bulimia estar na maioria das vezes associada a uma fraca


autoestima e fraca autoconfiança, são os comportamentos dos
bulímicos que denunciam o seu transtorno alimentar ao exterior. A
bulimia é um transtorno alimentar que se manifesta através de uma
alimentação compulsiva seguida de purga, e estes comportamentos
são os sinais característicos este transtorno.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Muitos bulímicos têm também comportamentos que se tornam sinais de aviso, tais como:

o Esconder a comida reservada para episódios de voracidade (incluindo frequentemente pão,


massa, doces, sobremesas, batatas fritas e gelados. No entanto, qualquer tipo de comida
pode ser consumida durante a ingestão compulsiva).
o Mentir sobre o que comeram

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

o Comer compulsivamente em segredo.


o Vomitar em segredo.
o Esconder artigos como laxantes ou diuréticos.
o Deixar a água da torneira ou do duche a correr na casa de banho para disfarçar os episódios de purgação.
o Demonstrar uma preocupação profunda em relação ao peso, forma do corpo e aspeto em geral.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

o Queixas frequentes em relação a dores de garganta (causadas pelos repetidos vómitos).


o Queixas frequentes em relação a problemas dentários (também causados pelos vómitos).
o Esconder-se atrás de roupas largas e soltas.
o Demonstrar pouco ou nenhum impulso sexual.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Apesar de a bulimia ser um transtorno alimentar e, como tal, devastar a saúde física, é
diagnosticada de acordo com critérios de saúde mental. É necessário haver correspondência
com cinco critérios padrão para que a bulimia seja diagnosticada, incluindo comer
compulsivamente, purgar (vómito provocado, uso impróprio de laxantes, uso impróprio de
diuréticos, uso impróprio de clisteres, passar fome e/ou excesso de exercício), um ciclo de
compulsão alimentar purga pelo menos duas vezes por semana durante três meses –
alimentando um medo profundo em relação ao aumento de peso –, ideias irrealistas
relacionadas com o peso ideal e a ausência de anorexia.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Se um indivíduo come em excesso e purga durante um episódio de anorexia, considera-se,


então, que sofre de Anorexia do Tipo Compulsivo e Purgativo. No entanto, se for diagnosticada
bulimia, será necessário determinar um subtipo.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 A Bulimia Nervosa do Tipo Purgativo é diagnosticada quando um


bulímico purga para libertar o corpo de comida, ao passo que a Bulimia
Nervosa do Tipo Não-Purgativo é diagnosticada quando o bulímico não
purga para libertar o corpo de comida, mas faz exercício ou jejua em
excesso após comer compulsivamente.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia mas há uma
variedade de opções de tratamento. Cada bulímico trabalha com
profissionais de saúde mental para conceber uma fusão de tratamentos
que se adequem a todos os seus comportamentos e preocupações.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Os tratamentos comuns para a bulimia incluem aconselhamento/terapia, aconselhamento/


terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os hábitos alimentares), uso de
grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e planeamento nutricional.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Pode ser obtida informação adicional relativamente ao


diagnóstico e tratamento da bulimia através de um
médico de clínica geral, um profissional de saúde
mental ou através de outras entidades competentes.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Compulsão Alimentar

 A compulsão alimentar é um
transtorno alimentar comum, em que
um indivíduo consome regularmente
uma grande quantidade de comida de
uma vez só, ou «depenica»
constantemente, mesmo quando não
tem fome ou se sente fisicamente
desconfortável por comer tanto.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Ao contrário dos bulímicos, quem come compulsivamente não purga depois de comer em
excesso, nem pratica com frequência exercício em excesso na tentativa de queimar calorias.

 A compulsão alimentar pode ocorrer em pessoas de qualquer sexo, raça, idade ou estrato
socioeconómico e, como quem sofre do transtorno de compulsão alimentar aumenta com
frequência de peso ou se torna clinicamente obeso, torna-se passível de contrair uma grande
variedade de doenças.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Infelizmente, não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão


compulsiva, mas existe uma variedade de opções de tratamento que
podem ser exploradas quando o transtorno é diagnosticado.

 Quem sofre do transtorno de compulsão alimentar consome grandes


quantidades de comida de uma só vez ou come constantemente durante um
determinado período (por exemplo, durante uma festa de aniversário ou na
Consoada) mas não purga ou se liberta da comida depois.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 O transtorno de compulsão alimentar é habitualmente reconhecido por outros devido aos


hábitos alimentares de um indivíduo, tais como:

o Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome.
o Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado.
o Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço.
o Esconder comida para episódios de voracidade.
o Esconder embalagens vazias ou caixas de alimentos e gerar lixo em excesso.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

o «Depenicar» ou comer constantemente enquanto houver comida disponível.


o Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído/a.
o Sentir-se subjugado/a, envergonhado/a e/ou culpado/a durante e/ou depois de um episódio de voracidade.
o Exprimir repugnância em relação a hábitos alimentares, peso, corpo ou aparência.
o Expressar descontentamento com a aparência, peso ou autoestima.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 «O transtorno de compulsão alimentar deve ser diagnosticado por um profissional qualificado,


de acordo com os critérios de saúde mental reconhecidos.

 Estes critérios de diagnóstico incluem episódios cíclicos de alimentação em excesso e sensação


de perda de controlo durante os episódios, bem como episódios de compulsão alimentar com
pelo menos três das seguintes características: comer depressa, comer até atingir mal-estar
físico, comer quando não se tem fome, comer sozinho ou ter sentimentos de vergonha e culpa
em relação à alimentação.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Outros critérios incluem expressão de


ansiedade ou angústia em relação à
ingestão compulsiva, episódios de
voracidade que ocorrem pelo menos duas
vezes por semana durante um período
mínimo de seis meses e compulsão
alimentar sem recurso posterior a um
método de purga (vómito autoinduzido,
exercício excessivo, etc.).

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 Não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva. Posto isto, há uma
variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as necessidades
específicas do paciente.

 As opções de tratamento para o transtorno de compulsão alimentar incluem


aconselhamento/terapia, aconselhamento ou terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental
(para alterar os comportamentos alimentares), frequência de grupos de apoio ou terapia de
grupo e aconselhamento e planeamento nutricional.

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2. ALIMENTAÇÃO RACIONAL E DESVIOS ALIMENTARES

 O transtorno de compulsão alimentar é um transtorno


alimentar comum, embora muitas vezes mal
compreendido. Qualquer informação adicional sobre o
transtorno de compulsão alimentar deve ser procurada
junto de um médico, um especialista em transtornos
alimentares ou outros terapeutas relacionados com este
tipo de condição de saúde.

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3. ATIVIDADE FÍSICA E REPOUSO

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