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DINAMICA DE GRUPOS,

RELAÇÕES
INTERPESSOAIS,
CONTEXTOS E
SOCIALIZAÇÃO
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Perceção do

A teoria da perceção é explicada por Skinner através do conceito de


comportamento percetivo um comportamento complexo que se interrelaciona
com muitos outros.

O estudo da perceção na teoria skinneriana pode ser dividido em duas etapas:

Estudo do comportamento percetivo como precorrente;

Estudo dos precorrentes do comportamento percetivo.

No primeiro caso, a investigação passa pelo processo de resolução de problemas,


no qual o comportamento percetivo desempenha um papel fundamental
modificando o ambiente, o que permite a emissão do comportamento
discriminativo e a solução do problema.

No segundo caso, a investigação trata com uma série de outros comportamentos,


tais como, propósito, atenção, e consciência, que modificam a probabilidade de
emissão do comportamento percetivo. A análise das relações entre o
comportamento percetivo e demais comportamentos culmina no esboço de uma

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teoria da perceção no behaviorismo radical, que é mais convincente do que


explicações mentalistas que fazem uso da "teoria da cópia".

A perceção de si - o autoconceito

No mundo exterior de cada indivíduo, há uma parcela reservada à perceção de si


mesmo. Trata-se da autoimagem, imagem de si, eu, self ou autoconceito. São
denominações diferentes que expressam o mesmo fenómeno: da mesma forma
que o indivíduo percebe e atribui valores à realidade que o cerca, percebe e
atribui significados a si mesmo, formando gradativamente seu autoconceito, à
medida que se relaciona com os outros e com o ambiente.

O autoconceito está na base da autoestima. Este conceito vai-se formando ao


longo da nossa vida. Esta seria a soma de julgamentos que uma pessoa tem de si
mesma.

O autoconceito é a interpretação das nossas emoções, da nossa conduta e a


comparação da mesma com a do outro, se é similar à nossa ou não.

O autoconceito depende de fatores como a apreciação que os outros nos fazem, o


sucesso que temos nas diferentes dimensões em que estamos inseridos e, por último,
na importância que damos a cada uma dessas dimensões.

Concluímos, então, que a opinião que temos em relação a nós próprios depende
do meio ou contexto em que nos inserimos e que é através desse contexto que se
forma a nossa identidade e assim o nosso autoconceito.

James (1890), define autoconceito como o conjunto de tudo o que o indivíduo


pode chamar seu, não só o seu corpo e capacidades físicas, mas também os seus
pertences, os seus amigos, os parentes e o seu trabalho. Para James, o self é tudo
aquilo que pode "ser chamado de meu ou fazer parte de mim". O self possui uma
propriedade reflexiva, uma dualidade do que é o EU (o que é o indivíduo) e

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MIM/MEU (o que pertence ao indivíduo). O EU refere-se à consciência sobre o que


se está pensando, ou a consciência do que se está percebendo em relação aos
aspetos e processos físicos, enquanto que MEU/MIM é muito mais subjetivo, é mais
um fenômeno psicológico e se refere às ideias que as pessoas têm sobre como elas
são e o que elas gostariam de ser.

O autoconceito, então, forma-se durante a infância, desde a fase de bebé,


podendo alterar-se ao longo da vida. O processo de formação do autoconceito vai
levar a criança a compor um "perfil", uma imagem daquilo que ela julga ser.

Algumas vezes, contudo, a criança pode vir a incorporar valores de outrem ao seu
autoconceito, sem nem sequer perceber isso. Quando isto acontece - fenómeno
denominado interjeição -, surge uma obstrução na comunicação do indivíduo com
ele mesmo.

Para que a introjeção seja mais bem compreendida, basta dizer que a maior
necessidade psicológica de uma criança é ser aceite e amada, em especial pelas
pessoas mais importantes para ela, normalmente os pais. Como esse amor nem
sempre é incondicional, a criança começa a identificar o que deve fazer, ou
melhor, como "deve ser" para recebê-lo. Nesse processo, podem ser incorporados
ao autoconceito da criança valores que na verdade expressam o desejo de seus
pais. Significa que a introjeção leva à incorporação de valores de outrem ao
autoconceito do indivíduo, o que pode, eventualmente, levar a conflitos e
sofrimentos difíceis de terem suas causas identificadas, porque, afinal, somos o que
somos, e não aquilo que devemos ser.

O fenómeno da introjeção não é restrito à infância; podemos introjetar valores de


pessoas significativas ao longo de toda a nossa vida: da professora,
profes sora, da(o)
namorada(o), de um profissional de destaque que admiramos etc.

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Formação do autoconceito

É um processo lento. Forma-se a partir da:

Reação dos pais

Reação dos professores

Reação dos líderes

Está intimamente ligado à necessidade de aprovação e aceitação. Ex.: Uma

sua dificuldade, começa a ver o clube como um lugar desagradável, e a si mesmo


como pouco inteligente. Ele passa a temer os gestos mais bem-intencionados do
professor e rejeita todo novo material, supondo que não poderia aprender, mesmo
que tentasse.

Autoconceito é o que a Pessoa acredita que é.

Para atingir um autoconceito, a criança é influenciada em grande parte pelos


julgamentos dos outros a respeito dela. Ela incorpora todas as afirmações feitas
pelos outros.

Um acumular destas mensagens começa a moldar as crenças da criança a


respeito de si mesma. Através da censura e da reprovação, os líderes apenas
conseguem convencê-la de que é incapaz e não tem valor.

Precisamos acentuar o positivo:

Não se deve ser económico em elogios, nem tão pouco desperdiçar oportunidades
de reforçar positivamente suas crianças. Deve-se elogiar sempre, nas ocasiões que

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se achar oportunas. O elogio precisa ser feito nas oportunidades adequadas. Se for
dado à toa perde o valor de reforço.

Atitudes que inibem o desenvolvimento da formação do autoconceito

izeste um papel muito feio! Garanto que o teu irmão faria

Este líder espera da criança um desempenho que ele não é capaz de ter. Este tipo
de atitude é muito prejudicial para o autoconceito da criança, que se sente
humilhada e incompetente. Tanto faz se a criança vive num ambiente rico ou
pobre; a forma pela qual ela é tratada pelos adultos e pelos companheiros exerce
um papel marcante na formação de seu autoconceito. O nível socioeconómico
também pesa muito. Mas não é suficiente para determinar, por si só, a formação de
uma autoimagem positiva ou negativa.

É comum as crianças pobres apresentarem mais dificuldades para desenvolver um


bom autoconceito. O nível socioeconómico pesa muito no desenvolvimento do
autoconceito da criança. Mas não é suficiente para determinar por si só a formação
de um autoconceito positivo ou negativo. A maneira como ela é tratada e o
ambiente em que vive exercem um papel marcante.

O interacionismo simbólico é uma abordagem sociológica das relações humanas


que considera de suma importância a influência, na interação social, dos
significados bem particulares trazidos pelo indivíduo à interação, assim como os
significados bastante particulares que ele obtém a partir dessa interação sob sua
interpretação pessoal. Originada na Escola de Chicago, essa abordagem é
especialmente relevante na microsociologia e psicologia social.

Segundo a proposição de Hegel, por exemplo, e de outros filósofos que escreveram


sobre a linguagem, o mundo simbólico só se constrói por meio da interação entre
duas ou mais pessoas e, portanto, o simbolismo não é resultado de interação do
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sujeito consigo ou mesmo de sua interação com um simples objeto. Apesar de ser
um sentido individual e uma base para todos e quaisquer sentidos que cada um dá
às suas próprias ações, ela é fundada nas interações do indivíduo, ou naquilo que o
"eu" faz sendo regulado pelo que "nós" construímos socialmente.

As pessoas interagem umas com as outras por meio de interpretação mútua das
ações e definição um do outro, em vez de somente reagir às ações um do outro.
Suas respostas não são dadas diretamente às ações um do outro, mas baseadas no
significado que eles atribuem a tais ações. Assim, interação humana é mediada
pelo uso de símbolos e significados, através de interpretação, ou determinação do
significado das ações um do outro.

Sentimento de valor

A autoestima seria a convicção de que se é considerado competente e valioso


para outros.

A autoestima envolve as emoções, os afetos, os valores e a conduta. Quando a


pessoa se julga má, de alguma maneira este julgamento configura uma
reprovação, que com frequência conduz a pessoa a condutas destrutivas para si
mesma e para os demais.

A autoestima está determinada pelo conceito que temos do nosso eu físico, que se
compõe em vários âmbitos: o ético ou moral, o pessoal, o familiar, o social, a
identidade, a autoaceitação

A soma do Autoconceito e a Autoestima leva-nos ao conceito que temos de nós


mesmos. É uma visão de nossa pessoa e esta visão vai modificando-se ao longo da
vida em função das experiências, as circunstâncias e o contexto que nos rodeia.

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Estratégias de manutenção de uma identidade pessoal positiva

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