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UNIVERSIDADE LIGUNGO-UL

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA COM HABILITAÇÕES EM


COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL-3ºANO

Alenta Raimundo

Jacinta fernando

Jolito Rosario

Nicatia simplicio

Nolito zeca

Quelimane 2023
Alenta Raimundo

Jacinta fernando

Jolito Rosario

Nicatia simplicio

Nolito zeca

Personalidade e auto-afirmação

O eu pessoal, o eu social e a emergência da auto-afirmação

Trabalho de carácter avaliativo, a ser apresentado a Universidade


LIcungo- UL, como requisito para o departamento de Educação e
psicologia, na cadeira de CAP, leccionada pelo Dra. Piedade
Alfere

Quelimane, 2023
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objetivos...............................................................................................................................4
1.2. Metodologias........................................................................................................................4
2. Personalidade e auto-afirmação................................................................................................6
2.1. Neurose e significado da vida...............................................................................................8
2.2. Valores socias e auto afirmação...........................................................................................9
2.3. A ocorrência patológica........................................................................................................9
3. Conclusão...............................................................................................................................12
4. Referencias Bibliograficas.....................................................................................................13
1. Introdução

Neste presente trabalho iremos falar sobre a personalidade e a auto-afirmação, deste


modo vamos procurar trazer as bases deste teoria afim de impulsionar o conhecimento nesta
área, pois é importante abordar este conhecimento no que concerne a nossa área. Desta feita
sera imperioso aprofundar mais o tema e dentro do mesmo iremos trazer alguns subtemas que
serão relevantes na compreensão deste trabalho. Assm estudo da personalidade constitui um
domínio particularmente interessante nas áreas Sociais e Humanas. Desde os tempos
remotos, este termo tem sofrido significativas mudanças. Com tudo este presente trabalho
pretende-se trabalhar questões relacionadas com a personalidade e auto-afirmação. São dois
termos interligados pois para alguém auto-afirmar-se depende da sua disposição da
personalidade.

1.1. Objetivos
1.1.1. Gerais
 Conhecer a personalidade e a auto-afirmação como o repositório de todo o património
genético do indivíduo.
1.1.2. Específicos
 Trazer a importância da personalidade e da autoafirmação

  Explicar a importância dos valores sociais e a autoafirmação;

  Descrever os pontos de vista das perspetivas humanísticas e filosóficas sobre a


personalidade e autoafirmação.

1.2. Metodologias

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a Pesquisa Descritiva - que visa


descrever as características de determinado fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), iremos nos basear nas
obras e artigos citados nas referências bibliográficas.
Para este trabalho recorreu-se a varias consultas bibliográficas dos manuais que versão
em função do tema, consultas de internet e também algumas fichas da cadeira de
psicologia cognitiva e de aprendizagem.
2. Personalidade e auto-afirmação………………………………... ALENTA
O eu pessoal, o eu social e a emergência da auto-afirmação
As descrições da personalidade, variadas consoante os autores, nem sempre são apoiadas
em pesquisas, mas em constructos teóricos. Todavia, tais constructos não nascem do nada;
têm origem em observações e na experiência quotidiana (HALL & LINDSEY, 1973;
ALLPORT, 1969 citado por SANTOS, 1982).
De acordo com (SANTOS, 1982) diz que a experiência de cada teórico da personalidade,
embora sujeita a distorções próprias do observador e profundamente subjectiva, pode nos
levar, porém, a novos enfoques que, por sua vez, produzem novas interpretações e,
possivelmente, novas aproximações da verdade. O que se relata, agora, pode ser um passo
nesse sentido, embora coexistam explicações análogas, com outra nomenclatura.
A auto-afirmação é um fenômeno complexo; pode ser entendida como uma grande e
variada revisão do Ego, tanto cognitiva como emocional, seguida pelo julgamento feito pela
pessoa sobre si mesma (Eu Pessoal) e sobre sua adaptabilidade às expectativas externas (Eu
Social). As bases do comportamento humano, isto é, as necessidades e os motivos que
conscientemente ou inconscientemente estabelecem os alvos da atividade, excluídos os
fatores puramente orgânicos, estariam concentradas nos conceitos sobre si mesmo e sobre
seu papel na vida. Ser alguém reconhecido como pessoa seria um importante alvo, mesmo
com limitações e falhas, ( SANTOS 1982).
Os exemplos podem ser encontrados diariamente em todas as formas do comportamento
humano: crianças que desejam fazer coisas por elas próprias; adolescentes que tentam
mostrar que já são crescidos; adultos que lutam pelo status e pelo poder. De outro lado, a
experiência mais traumática parece ser o sentimento de ser ignorado, de não ter valor,
esquecido ou colocado em lugar inferior em qualquer especto da vida; significa, também, o
sentimento de ser incapaz diante dos valores e das expectativas sociais.
Na primeira infância geralmente até os 3 anos de idade o Eu Pessoal e o Eu Social estão
separados. A partir do terceiro ano de vida, em geral, o Pessoal e o Eu Social se juntam
formando uma área de conexão entre os dois eu, com áreas de interpenetração pessoal e
social extremamente variadas (SANTOS, Idem).
Segundo SANTOS, o Eu Social é a figura resultante do conjunto das expectativas, das
direções, imposições e pressões sociais que acuam sobre o Eu Pessoal; é, sobretudo, um
produto da Educação que elegendo valores manipula o indivíduo modelando-o nas
ideologias, hábitos e costumes de uma dada sociedade, nos seus conteúdos políticos,
religiosos, económicos ou de qualquer outra natureza. Compreende-se neste ponto que o Eu
social é aquele que é adquirido pela interação e socialização do indivíduo com outras pessoas
a sua volta.
JACINTA………………………………….CONTINUA
A auto-afirmação parece ser o móvel constante, o regulador da conduta humana.
Conduzi-la a níveis pessoais e sociais adequados, sem ferir a individualidade e a sociedade,
seria o objectivo máximo do bem-estar individual e social.
Ainda com Santos, diz que o determinante básico, por nós chamado de auto-afirmação,
não é tão simples como o nome indica; não se confunde com o comportamento de “chamar à
atenção sobre si”, como é, às vezes, interpretado. É um produto intelectual e emocional muito
mais abrangente e profundo. Intervêm nesse comportamento muitos outros elementos, dos
quais se destacam:
I. O nível mental, no sentido de ler a pessoa capaz de avaliar e comparar diferenças
dentre fatos e objectos e entre situações diversas;
II. O nível intelectual, no que se refere às cognições e à acumulação de informações
que permitam à pessoa emitir juízos de valor, sobre si e sobre os outros, e extrair
conclusões quantitativas e qualitativas;
III. Condições de percepção sensorial, através da qual possa a pessoa receber os
estímulos ambientais ou auto-gerados;
IV. As imagens introjectadas de si e dos outros, do Eu-real e do Eu-ideal, ou seja,
todos os agentes derivados do autoconceito resultantes de frustrações e conflitos,
bem como de sentimentos positivos e negativos.

A auto-afirmação não significa, igualmente, o sentimento narcisista estudado por


KOHUT (1978 citado por SANTOS, 1982) na sua posição anti freudiana, mas o equilíbrio
entre o amor por si e pelas pessoas e fenómenos que o rodeiam. As desordens psíquicas
ocorreriam quando a pessoa não é capaz de estimar-se a si própria, buscando nos outros, a
todo momento, extremamente vulnerável às críticas, a valorização que lhe falta. O seu Eu
fragmentado é ambíguo, confuso, instável e não estruturado, com origens que podem estar na
sua relação com seus pais e sua família.
Predominando o medo do insucesso, o comportamento se desorganiza e novos fracassos
ocorrem. A seguir, mais medo e mais fracassos e os níveis de excitação aumentam gerando,
no plano emocional, estados de intranquilidade, agitação, fobias, falhas do desempenho e
consequente agravamento das condições existenciais.
Os dois comportamentos, acima mencionados, poderiam corresponder a dois processos
básicos de equilíbrio, quer no plano psicológico como no biológico, e se referem a estados de
inibição e de excitação, fartamente conhecidos no campo da fisiologia e da psicologia
(SANTOS, 1982). Ao nosso ver, é nestas situações que o aconselhamento psicológico deve
ocorrer para reorganizar o indivíduo.

2.1. Neurose e significado da vida ……………………………………………….


JOLITO

No neurótico, ao contrário do psicótico, geralmente o medo e o sentimento de fracasso


tem origem em alguma perda ou ameaça real de perda (SANTOS, 1982).
A neurose é, porém, o exagero e a generalização desse medo, causada pela falta de confiança
em si, que assumiu a forma de baixo conceito pouco a pouco interiorizado, seja por uma
visão deformada dos factos (plano cognitivo), seja por reais e repetidos insucessos que
geraram uma visão negativa de si mesmo (plano emocional). Em consequência, a pessoa não
consegue ser alguém; não se afirma como pessoa e a vida não tem um significado, ou se o
tem, o que é pior, surge como inatingível. A pessoa tem planos ou objectivos e necessidades
subjacentes que lhe parecem muito além da sua capacidade.
Na medida em que a pessoa constrói para si mesma seu próprio mundo, com as limitações
e aspirações que derivam da sua auto-imagem, torna-se capaz de afirmar-se, de traçar seu
próprio rumo, relacionado com o mundo externo, mas não por este dominado. Nesse
momento, enquanto pessoa, dá um sentido à sua vida, fixa metas e estratégias e com elas
opera, adaptando-as a eventuais revezes e impropriedades. Pode sofrer com as frustrações e
conflitos, porém reformula planos, mantém as directrizes essenciais que coloca para si
mesmo. Nesse sentido, reconhece-se como alguém, que tem condições próprias e que luta
para adaptar-se, com suas potencialidades e limitações.
Esse sentido de luta pessoal, ainda que acarrete derrotas, seria a essência da auto-
afirmação. Não é o resultado visível em si que interessa, mas o sentimento de não-
passividade, de independência, de ser capaz de reconhecer em si algo que permanece, que
não foi destruído, apesar dos fracassos.

2.2. Valores socias e auto afirmação ……………………………………..NICATIA

A auto-afirmação, como determinante básico, seria culturalmente estruturada com base


nos valores interconectados pela pessoa, durante seu desenvolvimento. É, consequentemente,
um conceito pessoal, totalmente individualizado, que a pessoa cria para si mesma. E isto é
verdade quando comparamos os alvos comportamentais que cada um de nós impõe para si
próprio. O que representa valorização pessoal para certas pessoas pode não ser significativo
para outras.
É pessoal, enquanto se incorpora à conduta e nela se reflete a todo momento, gerando
ideias, planos, fantasias e imprime direção à conduta; é, porém, social na sua origem e
somente pode ser manipulado através da confrontação entre as expectativas sociais que o
geraram e a conduta que se instalou (ROGERS, 1951 citado por SANTOS, 1982).

2.3. A ocorrência patológica


…………………………………………………….NOLITO

A maioria, senão a totalidade dos distúrbios emocionais, de origem não-biológica,


provém do aniquilamento do Eu Pessoal e da consequente necessidade de fazê-lo emergir. A
perceção de ser desvalorizado, desprezado, preferido, parece ser a mais contundente
experiência humana. E o homem assim percebido ingressa em defesas para compensar essa
desvalorização de algum modo e, enquanto isso não ocorre, permanece em estado de real
sofrimento. Não importa se esse sentimento de desvalia seja real ou imaginário. Desde que a
pessoa o sinta, actua como se fosse real.
As compensações psicológicas explicadas pelos mecanismos de defesa (Freud, Ana
Freud e outros) são meios pelos quais o indivíduo recompõe seu equilíbrio emocional,
revendo-se como alguém, bom, útil e expressivo. Às vezes essa defesa é socialmente
inaceitável, não adaptativa, como no caso do indivíduo que rouba, assalta ou mata para
vingar-se, para aparecer, ou para mostrar que existe e que é alguém. Nesses casos, o
indivíduo está psicologicamente equilibrado, mas socialmente condenado. Ao nosso
entender, o indivíduo está psicologicamente equilibrado porque já conseguiu satisfazer o que
queria e por outro, está condenado socialmente porque a nível social o roubo é condenável.
O comportamento de auto-afirmação pode ser entendido como resultante dos juízos que a
pessoa faz em relação a si mesma e de seu Eu em relação ao mundo. Quando esses juízos
indicam conceitos grandemente desfavoráveis, que geram sentimentos de nulidade, de não
ser ele próprio, de alienação, ou mesmo de incapacidade face a necessidades imperiosas, a
pessoa ingressa em estados de depressão ou de angústia, que variam de acordo com o grau de
insatisfação percebido. É a consequência da reação do Ego à ameaça de não-ser. Todos nós,
em um momento ou outro da vida, sentimos ocorrer tais sentimentos.
Em certos casos, porém, seja por um acúmulo constante de insucessos, seja pela
ocorrência de uma grande e profunda insatisfação, a pessoa começa a interiorizar conceitos
depreciativos sobre si mesma; tudo lhe parece ameaçador, reforçando a imagem negativa que
está se gerando, ou já implantada.

Dois aspetos que caracterizaram os efeitos da auto-afirmação:

 Comportamento de nulidade, ou seja, o da perceção e consequente


posicionamento de que pouco ou nada adianta fazer, face aos problemas
existenciais, já que seu Eu não tem condições de superar problemas. Evita
actividades ou quaisquer realizações porque, de antemão, não confia no seu
próprio desempenho. É o comportamento de fuga, de esquiva, de negação da
realidade e outros semelhantes, explicados como defesas pela linha freudiana, pela
não-aceitação de si mesmo, na posição rogeriana, ou pela ausência de
reforçamento de valor pessoal, na linha comportamentalista. A consequência
emocional, é geralmente, a depressão temporária ou permanente, a inibição ou
bloqueio de comportamentos, resultante do medo de fracasso;

 Comportamento de activação, que se refere à não-aceitação de um juízo


depreciativo, isto é, o organismo reage contra o baixo conceito que lhe é
profundamente traumatizante. A reacção, porém, é não-adaptativa, uma vez que,
gerada sob a percepção de incapacidade, cria tensões severas. A pessoa sente-se
incapaz e, em lugar de manter-se em estado depressivo, expresso no
comportamento anterior, procura lutar contra essa imagem, às vezes de forma
impulsiva e irracional.
O problema psicológico, manifesto por tensões, angústias ou comportamentos
socialmente indesejáveis, parece brotar como consequência da aniquilação individual, ou, em
menor grau, do sentimento de incapacidade ou de rejeição. Isto porque a própria sociedade
exige o conformismo a seus padrões e, logo a seguir, a expressão individual, ou seja, uma
capacidade individual de ser alguém, de resolver problemas, de tomar iniciativas e de dar
contribuições à sociedade. Diante dessas exigências antagónicas, conformismo versus
expressão, o indivíduo vê-se perplexo. Precisa adaptar-se e precisa ser alguém, para não ser
tragado pelo niilismo. Pode conformar-se totalmente e mergulhar no anonimato, no nada ser,
como defesa.
3. Conclusão
Neste trabalho já realizado chegamos a conclusão de que Eu Pessoal; é, sobretudo, um
produto da Educação que elegendo valores manipula o indivíduo modelando-o nas
ideologias, hábitos e costumes de uma dada sociedade, nos seus conteúdos políticos,
religiosos, económicos ou de qualquer outra natureza. Compreende-se neste ponto que o Eu
social é aquele que é adquirido pela interação e socialização do indivíduo com outras pessoas
a sua volta.
Deste modo Eu Social é a figura resultante do conjunto das expectativas, das direções,
imposições e pressões sociais que actuam sobre o Eu Pessoal; é, sobretudo, um produto da
Educação que elegendo valores manipula o indivíduo modelando-o nas ideologias, hábitos e
costumes de uma dada sociedade, nos seus conteúdos políticos, religiosos, económicos ou de
qualquer outra natureza. Compreende-se neste ponto que o Eu social é aquele que é adquirido
pela interação e socialização do indivíduo com outras pessoas a sua volta. Não obstante a isso
O comportamento de auto-afirmação pode ser entendido como resultante dos juízos que a
pessoa faz em relação a si mesma e de seu Eu em relação ao mundo
4. Referencias Bibliograficas

ALLPORT, G.W. La estrutura dei Ego. Tradução. B. Aires, Siglo Veinte, 1969.
ANDERSON, C. M. “The self-image: a theory of the dynamics of behavior”, Mental Hygiene,
1952,36, 227-44
CHEIN, I. “The awareness of sdf and the strUcrure of me Ego”, Psychological Review, 51, 304-
14. 1944.
CHRZANOWSKI, G. “The Genesis and Nature of Sdf-Esteem”, American loumal of
Psychotherapy, 1981, 1, 38-46.
ERIKSON, E.H. ldentidad, luventud y Crisis. Tradução. Buenos Aires: Paidos, 1971.
HALL, C.S. & LINDSEY, G. Teorias da Personalidade. Tradução. São Paulo: Herder, 1973.
HARTMAN, H. Psicologia do Ego e o Problema da Adaptação. Tradução. Rio de Janeiro:
B.U.P., 1968.

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