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Introdução
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2. Objectivos
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Conceito De Personalidade E Sua Estrutura
Conceito
De acordo com a definição podemos concluir que não nascemos com a personalidade, e
sim, que esta se constrói com o tempo. Desta forma, teremos como elementos de
constituição da personalidade os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais. É
importante que tenhamos uma idéia de como estes fatores interferem na formação da
nossa personalidade. Pode ser que você se identifique com algo que será dito aqui.
Estrutura
Corpo
Como pode ser visto pelo material precedente, Freud abordou a personalidade sob o
ponto de vista fisiológico. As pulsões básicas surgem de fontes somáticas; a energia
libidinal deriva da energia física; respostas à tensão determinam os comportamentos
tanto físicos quanto mentais. A excitação e o relaxamento instintivo existem num limite
indefinido entre o orgânico e o mental.
O foco primário da energia libidinal encontra-se nos vários modos de expressão sexual.
A maioria das funções cruciais do corpo está ligada à expressão e diferenciação sexual.
A maturidade plena desenvolve-se a partir da plena sexualidade genital. Uma das muitas
contribuições de Freud foi alertar sua geração, mais uma vez, para a primazia do corpo
como o centro de funcionamento da personalidade.
Relacionamento Social
Nossas escolhas na vida — pessoas amadas, amigos, chefes, mesmo nossos inimigos —
derivam dos laços criados entre pais e filhos. As rivalidades naturais são recapituladas
em nossas funções sexuais e no modo com que nos adaptamos às exigências dos outros.
Com grande freqüência desempenhamos a dinâmica iniciada em nossas casas,
escolhendo, muitas vezes, como companheiros, pessoas que reavivam em nós aspectos
não resolvidos de nossas necessidades originais. Para alguns, estas são escolhas
conscientes, para outros, isto é feito na ignorância da dinâmica subjacente. As pessoas
afastam-se, assustadas, desse aspecto da teoria freudiana, uma vez que ele sugere que as
futuras escolhas de uma pessoa já se acham restringidas.
Vontade
A vontade nunca foi um tópico de maior interesse para Freud. Numa de suas primeiras
obras (1894), escreveu que era através de um esforço de vontade que os eventos
provocadores de ansiedade podiam ser reprimidos, embora a repressão não fosse sempre
totalmente bem sucedida. “Pelo menos em boa quantidade dos casos, os próprios
pacientes informam-nos que sua fobia ou obsessão apareceu pela primeira vez depois
que um esforço de vontade aparentemente atuou neste sentido. “Aconteceu-me certa vez
uma coisa muito desagradável e tentei arduamente afastá-la de mim, e não pensar mais
nela. Finalmente consegui, mas então contraí essa outra coisa (obsessão), de que não
pude livrar-me desde essa época
Emoções
0 que Freud descobriu, numa época em que se venerava a razão e negada-se tanto o
valor quanto o poder da emoção, foi que não somos basicamente jnimais racionais, mas
somos dirigidos por forças emocionais poderosas cuja fênese é inconsciente. As
emoções são as vias para o alívio da tensão e a apre- aação do prazer. Elas também
podem servir ao ego ajudando-o a evitar a tonada de consciência de certas lembranças e
situações. Por exemplo, é possível çue fortes reações emocionais escondam, na
realidade, um trauma infantil. Uma reação fóbica, efetivamente, impede uma pessoa de
se aproximar de um objeto ou de uma série de objetos que poderiam fazer com que uma
fonte de »siedade mais ameaçadora ressurgisse
Intelecto
0 intelecto é um dos instrumentos acessíveis ao ego. A pessoa mais livre í aquela que é
capaz de usar a razão sempre que for oportuno, e cuja vida snocional está aberta à
inspeção consciente. Tal pessoa não é levada por resí- á»os insaciados de eventos
passados mas pode responder diretamente a cada situação, equilibrando suas
preferências individuais e as restrições impostíi pela cultura.
Freud percebeu foi que qualquer aspecto da existência inconsciente, levado à luz da
consciência, pode ser abordado racionalmente. “Onde está o id, ali estava o ego” (1933,
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livro 28, p. 102 na ed. bras.). Quando as pulsões instintivas e irracionais dominam,
deixem-nas ser expostas, moderadas e dominadas pelo ego. Se a pulsão original não for
reprimida, torna-se incu- bência do ego usar o intelecto para planejar modos seguros e
adequados de satisfação. O uso do intelecto depende inteiramente da capacidade e força
do ego. Se o ego for fraco, o intelecto pode ser um meio de sustentar esta fraqueza; se o
ego for forte, o intelecto pode apoiar e favorecer essa mesma força.
Self
Terapeuta/Terapia
abertura.
a não gostarem de falar sobre si mesmos, a serem mais humildes, a não terem
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sozinhos, a terem o foco em uma tarefa por vez e a demorarem mais para construir
capacidades, que não têm objetivos bem definidos e que evitam desafios e
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frieza, individualismo e insensibilidade às questões alheias
Por fim,
ser pouco curiosos para conhecer lugares e coisas novas, a não buscar fazer coisas
que nunca fizeram, a ser mais fiéis aos seus gostos artísticos e a ter uma postura
Teorias de personalidade
1. Perspectiva Psicanalítica
2. Perspectiva Neo-analítica
Jung rejeita a teoria da sexualidade e realiza uma interpretação dos sonhos de forma
diferente. Um dos pontos essenciais da teoria de Jung é o de o inconsciente ser dividido
em duas entidades diferentes: o inconsciente pessoal e o inconsciente colectivo, sendo
este último constituído por arquétipos.
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Segundo Jung (1933, cit in Hansenne, 2003), considerou duas atitudes distintas, a
introversão e a extroversão e paralelamente a isto, definiu 4 funções psicológicas: o
pensamento, as impressões, as sensações e as intuições.
Segundo Horney (1945 cit in Hansenne, 2003), não considerava que a personalidade
fosse exclusivamente determinada por pulsões inconscientes, nem que a líbido
constituísse a fonte energética das pulsões. A autora defende também que o
desenvolvimento normal da personalidade apenas se evidencia se os factores presentes
no ambiente social da criança lhe permitirem adquirir confiança em si mesma e nos
outros. Deste modo, quando as condições não se evidenciam, a criança vai desenvolver
uma ansiedade e poderá apresentar necessidades neuróticas.
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vivemos: as necessidades físicas e a ansiedade interpessoal.
Sullivan considerava que a personalidade se desenvolvia segundo 6 estádios de
desenvolvimento da infância à adolescência, encontrando-se cada um centrado numa
relação interpessoal única.
4. Perspectiva da Aprendizagem
Skinner considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e que
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em função das suas consequências, as mesmas serão ou reproduzidas ou eliminadas.
Refere ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controla-los através
de manipulações do ambiente (Skinner, 1971 cit in Hansenne, 2003).
5. Perspectiva Cognitiva
Kelly (1955 cit in Hansenne, 2003), considerava que os processos cognitivos
representam a característica dominante da personalidade. Para tal, o indivíduo formula
expectativas às quais chamou de construtos pessoais. Com base nisto criou o REP Test
que visa apreendê-los.
Mischel (1995 cit in Hansenne, 2003), rejeitou desde logo a noção de traço de
personalidade. Com isto, o autor sugeriu que uma teoria adequada da personalidade
devia ter em conta 5 categorias de variáveis cognitivas: as competências, as estratégias
de codificação, as expectativas, os valores subjectivos e os sistemas de auto-regulação.
No caso da depressão,
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6. Perspectiva das Disposições
Allport (1937 cit in Hansenne, 2003), foi o primeiro a utilizar a noção de traço de
personalidade. Na sua opinião, cada indivíduo é único em função de uma configuração
específica de traços. Assim, o autor distingue traços comuns de traços individuais,
definindo 7 fases que terminam no final da adolescência.
Cattell (1965 cit in Hansenne, 2003), baseou-se na observação com principal foco na
predição da personalidade. Na teoria deste autor, os traços constituem a dimensão de
base da personalidade. Estes traços são herdados e desenvolvem-se ao longo da vida do
indivíduo. Com isto, desenvolveu um questionário 16-PF para apreender a
personalidade.
Segundo Eysenck (1990 cit in Hansenne, 2003), bastam 3 super traços ou dimensões
para descrever a personalidade: extroversão versus introversão, neuroticismo versus
estabilidade emocional e psicoticismo versus força do Eu. O autor faz também
referência a 4 níveis: os tipos, os traços, as respostas habituais e as respostas específicas.
Eysenck, desenvolveu assim, o EPQ que permite medir as 3 dimensões desta teoria.
Derivado à longa discussão de um grande número de psicólogos da personalidade,
consideraram que as diferenças individuais podem determinar-se por 5 factores (Big
Five): a extroversão, a agradabilidade, a conscienciosidade, o neuroticismo e a abertura
à experiência. Devido a isto, foi desenvolvido um questionário para avaliar as 5
dimensões fundamentais da personalidade: o NEO PI (Hansenne, 2003).
7. Perspectiva Psicobiológica
De acordo com Gray (1982 cit in Hansenne, 2003), a sua teoria surge a partir de
observações de comportamentos animais, colocados em condições particulares de
recompensa e de punição. Assim sendo, esta teoria fomenta-se em 3 factores: a
ansiedade, a impulsividade e o sistema fight/flight.
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facilitação comportamental, a emoção negativa está associada com a actividade do locus
coeruleus e o constrangimento com a serotoninérgica.
Zuckerman (1994 cit in Hansenne, 2003), substituiu o modelo dos 5 factores por um
modelo alternativo. Modelo este de 3 factores compreendendo os factores de
sociabilidade, de emocionalidade e de procura impulsiva de sensações de carácter anti-
social.
Cloninger (1988 cit in Hansenne, 2003), propõe um modelo biossocial da
personalidade, que se articula com temperamentos e caracteres. Cujos temperamentos
são geneticamente determinados, estando associados a variáveis biológicas específicas,
ao passo que os caracteres correspondem à aprendizagem e aos efeitos do ambiente.
Com tudo isto, os temperamentos são: procura da novidade (activação), o evitamento do
perigo (inibição), a dependência da recompensa (manutenção) e a persistência. Por
outro lado, os caracteres são: a autodeterminação (maturidade individual), a cooperação
(maturidade social) e a transcendência (maturidade espiritual). Foi desenvolvido
oquestionário TCI com 226 itens que permite medir as 7 dimensões do modelo. Hoje
em dia existe o TCI-R que veio substituir o anterior para diagnosticar perturbações da
personalidade.
7. Atitude positiva: capacidade de ver o lado bom das situações, ter esperança e
optimismo.
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9. Assertividade: capacidade de expressar suas opiniões e necessidades de forma clara
e confiante.
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Conclusão
É não menos importante de referir que ao longo dos tempos a personalidade começa a
ser considerada importante noutros domínios da psicologia, como na inteligência e nas
emoções (Hansenne, 2003).
É também necessário promover a formação universitária neste âmbito, para que se tenha
Pretendo com este trabalho apelar a todos os possíveis interessados nesta temática a
avançar
deste modo num estudo mais extenso e profundo
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Bibliografia
Feist, J., & Feist, G. J. (2008). Teorias da Personalidade. São Paulo: Harbra.
Freud, S. (1923). The ego and the id. Norton. Asendorpf, Jens B. (2004).
Psychologie der Persönlichkeit (3. Aufl.). Berlin: Springer. ISBN 978-3-540-71684-
6 Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality.
Boston: Allyn and Bacon. ISBN 0 2055 2262 9 Dalgalarrondo, Paulo (2000).
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes médicas.
ISBN 85-7307-595-3 Friedman, Howard S. & Schustack, Miriam (2003). Teorias
Da Personalidade. Prentice Hall Brasil. ISBN 8587918508 (No artigo citado da
versão alemã: (2004). Persönlichkeitspsychologie und Differentielle Psychologie (2.
akt. Aufl.). München: Pearson. ISBN 3-8273-71058)
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