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2ª Etapa
Teoria da Personalidade
Perguntas Para um Estudo de Caso: Por que esta pessoa? Por que neste momento? Por que
este problema continua? Por que o problema se apresenta dessa forma (e não pior)?
Cinco Grandes Fatores da Personalidade (big five): Visto como base adequada da estrutura da
personalidade, não representando uma perspectiva teórica particular. Seriam tendências
básicas que possuem uma base biológica, não necessariamente produtos da experiência da
vida.
- C: Conscienciosidade.
- E: Extroversão.
- A: Amabilidade (sociabilidade).
. 1: motivos hedônicos (de prazer), onde se busca prazer e evita a dor (modelos
de redução da tensão e modelos de incentivo), como fome e sede criam uma tensão que pode
ser aliviada quando o indivíduo come ou bebe.
. Determinantes Ambientais:
Necessidades Universais do Ser Humano: Todas as pessoas têm, algumas mais fortes que
outras. Um indivíduo psicologicamente saudável é o que satisfaz, de forma adaptativa, as
necessidades emocionais fundamentais.
- Espontaneidade e lazer.
EIDs (esquemas iniciais desadaptativos): Padrões emocionais e cognitivos responsáveis por
processos de funcionamento da personalidade, sendo crenças e sentimentos tomados como
verdades sobre si, e sobre o mundo. Ocorrem a partir de necessidades emocionais
fundamentais não atendidas na infância e adolescência, situações repetitivas e/ou eventos
traumáticos, em relação a demandas que necessitavam serem supridas pelos pais ou
cuidadores (baseadas no temperamento emocional)
Bases Biológicas das Emoções e dos Esquemas Mentais: Muitos esquemas surgem na etapa
pré-verbal da criança, quando apenas memórias emocionais e sensações corpóreas são
armazenadas. Mais tarde, quando a criança começa a falar, é que surgem as cognições e o
desenvolvimento do pensamento.
- Sistema Consciente: Mediado por hipocampo e áreas corticais.
Processos do Esquema: Esquemas foram desenvolvidos ao longo da vida com a melhor forma
de se adaptar às condições ambientais do momento em que o indivíduo foi exposto. Na
infância, se desenvolvem para promover adaptação ao ambiente, mas se tornam
desadaptativos na vida adulta ao se consolidar em EIDs, desconsiderando mudanças do
contexto. Ocorrem naturalmente e são vistos como corretos pelo indivíduo.
2- Evitação Esquemática: Tem como propósito a fuga da dor gerada pela ativação do
esquema, e ao evita-lo, por ser um processo automático, podem emitir comportamentos a fim
de distrair-se (comportamentos aditivos através do uso de substâncias psicoativas, por
exemplo).
3- Compensação ou hipercompensação esquemática: Pacientes enfrentam o esquema
“pensando, sentindo, se comportando e se relacionando como se o oposto do esquema fosse
verdadeiro” (Young), tendo então reações do oposto das vividas na infância, o que pode ser
considerado como uma tentativa saudável de ir contra o esquema. No entanto, em
hipercompensadores se tem um contra-ataque, utilizando de comportamentos exagerados,
insensíveis e inadequados.
Doenças Psicossomáticas: Enfermidade cujos sintomas físicos são causados por elementos de
ordem psicológica. Sintomas somáticos (existência de lesão ou alteração
anatômica/fisiológica) são diferentes de queixas somáticas. Essa noção trás duas dimensões
(psíquica e somática) que interagem para criar uma enfermidade.
Emoções: Todos nós sentimos todas as emoções. O que nos incomoda é o exagero ou
diminuição delas. É necessário evitar “positivas” e “negativas”, pois em um estado
fundamental, emoções servem para nos ajudar.
- Amor: Para nos proteger, nos incentivar e manter nossos laços com quem amamos.
- Raiva: Para nos proteger contra as pessoas que nos fazem mal.
- Nojo: Para evitarmos contaminação e para nos diferenciar de outras pessoas, as quais
não gostamos de nossas atitudes.
Regulação Emocional: Qualquer estratégia usada para modular a intensidade das emoções
vivenciadas. Funciona como um termostato homeostático capaz de regular as moções,
mantendo-as “sob controle” para que se possa lidar com elas.
Estratégias Não Adaptativas (disfuncionais) Para Lidar Com Emoções: Intoxicação alcoólica,
compulsão alimentar, automutilação, abuso de drogas, etc. Estas estratégias podem reduzir
temporariamente a intensidade da emoção, e até trazer sensação momentânea de bem-estar,
mas não condizem com as metas e os propósitos que o indivíduo aprovaria. Presume-se que
pouquíssimos indivíduos endossem a crença de que abuso de álcool e automutilação valorizem
a vida.
OBS: Entre as diversas emoções com respostas fisiológicas importantes, a ansiedade e a raiva
parecem ser as mais importantes.
- Endócrino/Metabólico: Diabetes.
Fatores a Serem Considerados: Fatores que referem a como o ser humano reage aos eventos
desafiadores: a natureza do evento (independente ou dependentes), a intensidade e frequência
do estressor, a idade da pessoa, as estratégias de enfrentamento presentes no repertório
comportamental, o momento de vida.
O Processo de Saúde e Doença:
- Manifestado Pela Doença Física Base: Em ~14% dos casos que apresentam algum
transtorno psiquiátrico, a patologia física encontra-se na etiologia dos sintomas, como na
ansiedade e os episódios de pânico como consequência de hipertireoidismo ou hipoglicemia.
- Manifestado Por Meio de Queixas Corporais: Estima-se que 60 a 80% das pessoas
possuam algum sintoma corporal ao longo de 1 semana, cuja etiologia os médicos não são
capazes de determinar.
Avaliação Psicológica: Busca sistemática de conhecimento a respeito do funcionamento
psicológico em situações específicas, que possa ser útil para orientar ações e decisões futuras.
Pode ser realizada em unidades de internação e em ambulatórios.
Eixos de Diagnóstico:
- Eixo 1: Reacional.
- Eixo 2: Médico.
- Eixo 3: Situacional.
- Eixo 4: Transferencial.
Eixo 1: Maneira que os humanos se dispõem a enfrentar crises, receber notícias ruins, lidar
com mudanças, encarar a morte, e também, reagir a doenças. Ordem entre os estágios não é
fixa, e qualquer combinação é possível na prática. Há possibilidade do paciente se fixar em
uma posição intermediária entre as quatro fundamentais, ou dela variar de um dia pra outro.
- Negação: Para-choque depois de uma notícia, deixando com que ele se recupere com
o tempo. Quando se nega a doença, não é de forma proposital, e por isso deve ser respeitada.
A defesa temporária logo é substituída. A pessoa pode agir como se a doença não existisse,
minimizando sua gravidade e adiar as providências e cuidados necessários. As soluções na
negação parecem “mágica”, com a pessoa esperando algo divino para resolvem o problema.
No caso de uma doença de pele ou deformante, a única possibilidade de negação é o
isolamento. É diferente de desconhecimento.
- Raiva: Pessoa “cai na real”, enxergando a doença e enchendo-se de revolta que pode
ser dirigida para qualquer lado (doença, médico, equipe, família, instituição, mundo, si mesmo,
etc). Podem haver sentimentos de revolta, de inveja e de ressentimento. Quando alguém
adoece, ela perde liberdade, não podendo mais fazer o que quer, mudando hábitos de vida,
mudando expectativas com relação ao futuro, perdendo autonomia, prejuízos ocupacionais,
etc. É necessário facilitar as emoções evitadas (angústia e tristeza). Paciente que permanece
tempo demais na revolta pode desenvolver padrão de estresse.
. Exemplos: “pra quê?”, “não adianta, não vai dar certo”, “você quem sabe”.
3. Funcionamento Interpessoal.
4. Controle de Impulsos.
- Critério D: Padrão estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a
partir da adolescência ou no início da fase adulta.
- Critério E: Padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou
consequência de outro transtorno mental.
OBS: Não se sentem esses traços como disfuncionais, parecendo certos aos
seus olhos (cuidado para não invalidar o paciente) de forma natural. Os traços de
personalidade pouco geram sofrimento para eles, muitas vezes perturbando mais suas
relações com outras pessoas; e muitas vezes não percebem o sofrimento ou não querem
perceber o sofrimento.
- 5: Há dúvidas sobre a motivação do paciente para mudar, não tendo demanda clara
ou não cooperando.
- 6: Paciente fala “da boca pra fora” sobre a terapia e a importância de mudar, mas
parece evitar mudanças.
- Técnicas Ineficientes: Até há pouco tempo, a forma encontrada para lidar com falta
de motivação era através da abordagem de confronto (paciente tem sintoma como parte de
um caráter, possuindo alto nível de mecanismos de defesa que o impede de se autoavaliar).
Outra forma de olha é a adoção da prática de aconselhamento, o que também não é efetivo (é
prematuro aconselhar alguém a mudar um comportamento o qual a pessoa não sabe, ou não
reconhece, tal comportamento).
- Nova Técnica: Entender que todo paciente que tem dificuldade em mudança efetiva
de comportamento tem ambivalência, havendo estímulo a uma postura de resistência para o
tratamento.
. Ex: “Eu não acho que tenha problema com bebida. Provavelmente eu beba
demais, mas não mais que meus amigos. As vezes me sinto mal de manhã, e me preocupo de
não lembrar as coisas, mas não sou alcoolista. Posso parar quando quiser, não sinto falta.”
- Ação: O paciente engaja-se em ações específicas para chegar a uma mudança. Fazer
uma mudança não garante que vai ser mantida.
O Físico:
Vida Psíquica: