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PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE

DEFINIÇÃO E CONCEITO DE PERSONALIDADE.

Em Psicologia, entende-se por personalidade àquele conjunto total de características próprias


do indivíduo que integradas, estabelecem a forma pela qual ele reage costumeiramente ao
meio.

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

A configuração única da personalidade de um indivíduo desenvolve-se a partir de fatores


genéticos e ambientais.

Os fatores genéticos exercem sua influência através da estrutura orgânica e do processo de


maturação. Os fatores ambientais incluem tanto o meio físico como social e começam a
influenciar a formação da personalidade já na vida intra-uterina.

Personalidade e Hereditariedade

Hereditariedade não é uma causa direta do comportamento → Influência indireta.

A ideia de que a hereditariedade não é causa direta do comportamento, mas através das
estruturas orgânicas, estabelece limites para as manifestações comportamentais.

 Como a nossa aparência é vista socialmente influencia em como seremos tratados


pelos outros.
 Como seremos tratados influencia na construção da autoestima, autoconceito,
autoconfiança.

Outra descoberta que atesta a influência da hereditariedade individual sobre a personalidade é


que inúmeras desordens de comportamento pressupõem certas predisposições orgânicas
herdadas. Estados depressivos, por exemplo, podem ser causados por insuficiência de insulina.
Uma predisposição pode nunca se desenvolver.

Parece ser útil a divisão do conceito de ambiente em ambiente físico e social. O primeiro se
refere às influências da nutrição, temperatura, altitude etc., e o segundo às influências das
relações interpessoais.

Pode-se, portanto, incluir sob o rótulo ‘ um número enorme, de fatores que influem na
formação da personalidade. Entre eles estão: a situação pré-natal, as primeiras experiências
infantis, a constelação familiar, as relações entre pais e filhos, as variadas influências culturais e
institucionais e muitos outros.

As primeiras experiências na vida de uma pessoa são as mais importantes. Freud e a maioria
dos estudiosos acreditam que a estrutura da personalidade é fixada nos primeiros anos de
vida; o que ocorre ou deixa de ocorrer neste período é decisivo.

Tem-se pesquisado bastante, recentemente, sobre os efeitos das privações de estimulação nos
primeiros momentos da vida. Vários estudos envolvendo crianças criadas em orfanatos,
comparadas com crianças criadas em ambientes familiares, apontam, naquelas, uma série de
problemas como saúde fraca, declínio intelectual progressivo e desajuste social e emocional.

Além das primeiras experiências e do meio familiar, a sociedade exerce poderosa influência
sobre a personalidade, particularmente no período da adolescência, quando os grupos de
amigos, a escola e a cultura tornam-se poderosos agentes determinantes da personalidade.
MEDIDA DA PERSONALIDADE

Será possível medir tudo o que nós somos? A resposta, obviamente, é não. Entretanto, os
cientistas desenvolveram algumas maneiras de medir alguns aspectos da personalidade e estas
maneiras receberam a denominação de testes de personalidade.

Uma avaliação formal e cuidadosa de alguns aspectos da personalidade é recomendada


quando decisões importantes estão em pauta no caso de:

 Tratamento psiquiátrico;
 Admissão e promoção no trabalho;
 Planejamento educacional e vocacional;
 Entre outros.

Os principais testes de personalidade são:

 Entrevistas;
 Escalas de avaliação;
 Inventários;
 Testes projetivos e situacionais.

A entrevista, que pode ser mais ou menos estruturada, consiste num diálogo que possui
propósito definido. Sem dúvida, o treinamento do entrevistador determinará em grande parte
a validade dessa técnica. Deve-se ter presente que o comportamento do entrevistador pode
interferir nas respostas do entrevistado.

As escalas de avaliação gráfica, que podem ser respondidas pela própria pessoa ou por outra,
solicitam ao avaliador que registre num deter minado ponto do gráfico o seu julgamento
referente ao indivíduo que está sendo objeto de análise.

O inventário de personalidade é um questionário bastante extenso e minucioso que o


indivíduo responde fornecendo informações sobre si mesmo. Pode visar a medir um único, ou
vários traços de personalidade. A maior dificuldade relacionada aos inventários é a
possibilidade que oferecem de se responder de acordo com o que se julga ser socialmente
aceito. A pessoa não precisa ser muito inteligente para perceber o que é recomendável como
resposta. Para evitar essas possíveis falsificações os estudiosos têm elaborado indicadores de
falsificação.

Os testes projetivos caracterizam-se por respostas a estímulos pouco estruturados e bastante


ambíguos. Esses estímulos provocam uma evocação da personalidade. O objetivo dos testes
projetivos é a revelação de aspectos inconscientes e profundos da personalidade.

No teste situacional, psicólogos observam o comportamento do indivíduo numa situação


simulada da vida real. O pressuposto básico é que a reação do sujeito diante desta situação
representa sua reação à vida normal. Nos últimos anos esta técnica vem sendo muito
empregada e oferece boas perspectivas.
OS ELEMENTOS MOTIVACIONAIS

Motivação não é algo que possa ser diretamente observado; inferimos a existência de
motivação observando o comportamento. Um comportamento motivado se caracteriza pela
energia relativamente forte nele dispendida e por estar dirigido para um objetivo ou meta. São
porquês de nossas ações.

Motivação: um impulso/estímulo interno que leva à ação, ou seja, é a determinação interna do


comportamento.

Nossas ações são tentativas de satisfazer necessidades ou reações a frustrações

Os comportamentos que levam a satisfação de uma necessidade são resultantes da


aprendizagem.

Abraham Maslow e o humanismo:

Para atingir o estado mais desenvolvido da consciência e realizar todo o seu potencial, o
indivíduo precisa descobrir qual o seu verdadeiro propósito na vida e sair em busca dele:
autorrealização.

“...uma força interna (inata) que direciona o desenvolvimento humano rumo ao seu potencial
mais elevado”.

A Hierarquia das Necessidades de Maslow

é um conceito criado pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow, que determina as


condições necessárias para que cada ser humano atinja a sua satisfação pessoal. De acordo
com a ideia de Maslow, os seres humanos vivem para satisfazer as suas necessidades, com o
objetivo de conquistar a sonhada autorrealização plena. A pirâmide apresenta uma divisão
hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas
antes das necessidades de nível mais alto.

Motivação por deficiência:

Necessidades fisiológicas: Constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da


espécie: comida, água e sono.

Necessidades de segurança: Constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação.


Estar a salvo e fora de perigo.

Necessidades sociais (amor e pertencimento): Incluem a necessidade de associação, de


participação, de aceitação por parte dos companheiros, de amizade, de afeto e amor.

Necessidade de autoestima: envolve a necessidade de aprovação social e de respeito, de


status, prestígio; ter conquistas na vida e ser reconhecido.

Motivação por crescimento: Autorrealização (Pleno potencial do ser humano.)

Como se sabe, há muitos outros fatores, além dos motivos, que influem sobre o
comportamento, como a percepção, as emoções, a aprendizagem, etc. Além disso, os motivos
humanos muitas vezes são inconscientes e, nesse caso, a pessoa não sabe qual o motivo real
ou qual o seu objetivo. Pode dar boas razões para o seu comportamento, mas que talvez sejam
falsas. Por isso tudo, não é razoável procurar explicar a complexidade e totalidade do
comportamento humano apenas em termos de motivos.
ELEMENTOS COGNITIVOS

Existem diferenças entre as formas como as pessoas comumente pensam e sentem as


situações com as quais se defrontam. Assim, existem tendências diferenciadas nas formas de
aprender e relacionar os dados da realidade e de elaborar conclusões sobre eles.

Cognição é a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento, com


base em um conjunto de habilidades mentais e/ou cerebrais como a percepção, a atenção, a
associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória.

São estas aptidões que fazem nosso cérebro processar tudo aquilo que os sentidos captam,
como cores, sabores, cheiros, texturas e sons, interpretando e integrando as características
destes estímulos aos nossos próprios conhecimentos.

A organização cognitiva é um conceito que se refere à forma como o cérebro humano processa
e armazena informações. Através da organização cognitiva, somos capazes de compreender o
mundo ao nosso redor, tomar decisões e resolver problemas. Desenvolver sua visão de mundo
determinaria o seu estilo cognitivo.

Os elementos cognitivos refletem as diferenças individuais no funcionamento dos indivíduos,


organizando e controlando, tanto o processamento de informação como as respostas
emocionais.
TRAÇOS DE PERSONALIDADE
São as características mais consistentes das reações de um indivíduo a diferentes situações.
Os traços psicológicos são vistos como dimensões contínuas - todas as pessoas têm mais ou menos de
determinada característica.

Traço predominante- Quando se diz que uma pessoa é “calma”, quer-se dizer que ela se comporta dessa
maneira em contextos diversos. A combinação individual desses Traços em proporções variadas
(agravamento ou atenuação) em uma determinada pessoa caracterizará sua Personalidade.

Qual a determinação do traço?


Atualmente considera-se que os traços tenham um componente genético, porém, sua manifestação
depende de fatores ambientais. A presença dos genes não significa que a pessoa obrigatoriamente
desenvolverá o comportamento ligado a ele. O que existe é uma predisposição, geralmente influenciada
pelas experiências pessoais, familiares e pelo ambiente em que a pessoa vive.

TEORIA DOS 5 GRANDES TRAÇOS DA PERSONALIDADE


É uma das teorias mais influentes e amplamente aceitas no campo da psicologia da personalidade. É
uma abordagem teórica que busca descrever e explicar os principais traços de personalidade que podem
ser observados em indivíduos. Essa teoria propõe que existem cinco fatores principais que são universais
e estáveis ao longo da vida de uma pessoa, influenciando seu comportamento, pensamentos e emoções.
Esses cinco fatores são:

Neuroticismo - Estabilidade emocional.


Indivíduos que apresentam alta pontuação nesse fator tendem a ser emocionalmente instáveis,
ansiosos, preocupados e propensos a experimentar emoções negativas. Eles costumam ser mais
suscetíveis ao estresse e tendem a reagir de forma exagerada a situações desafiadoras. Por outro lado,
indivíduos com baixa pontuação nesse fator tendem a ser mais emocionalmente estáveis, calmos e
menos propensos a experimentar emoções negativas.

Extroversão.
Indivíduos que apresentam alta pontuação nesse fator tendem a ser sociáveis, assertivos, enérgicos e
buscadores de estímulos. Eles costumam gostar de interagir com outras pessoas, participar de atividades
sociais e ser o centro das atenções. Por outro lado, indivíduos com baixa pontuação nesse fator tendem
a ser mais introvertidos, reservados e preferem atividades mais tranquilas e solitárias.

Abertura à experiência.
Indivíduos que apresentam alta pontuação nesse fator tendem a ser curiosos, imaginativos, criativos e
abertos a novas ideias e experiências. Eles costumam ter uma mente aberta e estar dispostos a explorar
diferentes perspectivas e possibilidades. Por outro lado, indivíduos com baixa pontuação nesse fator
tendem a ser mais tradicionais, conservadores e avessos a mudanças.

Amabilidade ou Agradabilidade.
Indivíduos que apresentam alta pontuação nesse fator tendem a ser altruístas, cooperativos, empáticos
e preocupados com o bem-estar dos outros. Eles costumam ser pessoas amigáveis, que se importam
com os sentimentos e necessidades dos outros. Por outro lado, indivíduos com baixa pontuação nesse
fator tendem a ser mais egoístas, competitivos e menos preocupados com os outros.

Conscienciosidade.
Indivíduos que apresentam alta pontuação nesse fator tendem a ser organizados, responsáveis,
disciplinados e orientados para o cumprimento de metas. Eles costumam ser pessoas confiáveis, que
cumprem seus compromissos e se esforçam para alcançar seus objetivos. Por outro lado, indivíduos com
baixa pontuação nesse fator tendem a ser mais desorganizados, irresponsáveis e menos orientados para
o cumprimento de metas.
COMPORTAMENTAL - B. F. Skinner
A personalidade não é considerada uma tendência interna do indivíduo que o faça se comportar de
determinada maneira ou que condições internas produzam seus comportamentos, como ao dizer que
alguém fez algo porque estava nervoso (condições internas) ou que fez algo por ter “personalidade
forte”. Quando nos referimos a personalidade para a Análise do Comportamento, dizemos de um padrão
comportamental que segundo Catania (1999) consiste em um repertório de respostas, cada uma com
uma probabilidade diferente, selecionadas por contingências ambientais na interação entre o indivíduo e
o ambiente. Com base nessa perspectiva de análise, a formação da personalidade constitui-se em um
processo multideterminado pelas variáveis filogenéticas, ontogenéticas e culturais.

O condicionamento clássico e o condicionamento operante representam as duas principais formas de


aprendizagem associativa.

 Condicionamento Clássico
É um processo de aprendizagem que ocorre através de associações entre um estímulo ambiental e um
estímulo que ocorre naturalmente, e como resultado, o estímulo ambiental eventualmente elicia a
mesma resposta que o estímulo natural.

 Condicionamento Operante
Um método de aprendizado que ocorre através de recompensas e punições por
comportamento. Através do condicionamento operante, é feita uma associação entre um
comportamento e uma consequência para esse comportamento.
Reforço: Qualquer evento que fortaleça ou aumente o comportamento que segue. Existem dois tipos de
reforços:
1. Positivos: Quando uma resposta ou comportamento é fortalecido pela adição de algo,
2. Negativos: Uma resposta é fortalecida pela remoção de algo considerado desagradável.
Punição: Evento ou resultado adverso que causa uma diminuição no comportamento que segue. Existem
dois tipos de punição:
1. Positiva: apresenta um evento ou resultado desfavorável, a fim de enfraquecer a resposta que
segue.
2. Negativa: Ocorre quando um evento ou resultado favorável é removido depois que um
comportamento ocorre.
Positivo e negativo NÃO são juízos de valor.
Extinção: Não apresentação de um estímulo que antes era apresentado e era reforçador.
No início, o comportamento aumenta de frequência, mas com o tempo, começa a diminuir
gradativamente de frequência até chegar em zero.

Análise funcional: Identificação das variáveis externas das quais o comportamento é função.
Primeira pergunta: a consequência aumenta ou diminui a probabilidade de o comportamento voltar a
acontecer?
Aumenta → REFORÇO.
Diminui→ PUNIÇÃO OU EXTINÇÃO.
Segunda pergunta: a consequência foi um estímulo somado ou retirado?
Somado → POSITIVO.
Retirado → NEGATIVO.

Comportamento supersticioso: Tipo de condicionamento em que não existe nenhuma relação causal
entre a resposta e o reforço. Nesse caso, o condicionamento ocorre de forma acidental, pois o reforço
causal seguido de uma resposta é o suficiente para garantir o fortalecimento dessa resposta.

Comportamento governado por regra: Seguimos regras por causa das consequências reforçadoras que
se seguiram quando assim agimos no passado. Manutenção: História de reforço para o seguimento de
regras. Evitou punição no passado.
PSICANÁLISE - Sigmund Freud
Psicanálise possibilitou uma nova atitude com relação a doença mental → Dimensão psíquica.
Objeto de estudo: inconsciente (região onde não prevalecem os princípios da lógica).

1ª TÓPICA.
Consciente: tudo aquilo que estamos cientes.
Pré-consciente: memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento.
Inconsciente: material reprimido. Podem vir a tona nos sonhos, ato falho, sintomas, lapsos ou pela
associação livre.

2ª TÓPICA - A estrutura da personalidade.


A personalidade é constituída por três grandes sistemas: o id, o ego e o superego. Embora cada uma
dessas partes da personalidade total tenha suas próprias funções e propriedades, o comportamento é
quase sempre o produto de uma interação entre esses três sistemas.

ID - Sistema original da personalidade; Ele é a matriz da qual se originam ego e o superego.


Não tem nenhum contato com a realidade objetiva.
Princípio do prazer: O id é o reservatório de energia psíquica, por isso, não tolera aumentos de energia
(situações desconfortáveis e desagradáveis). Busca descarregar a tensão imediatamente e voltar ao nível
confortável (constante e baixo).
Para atingir seu objetivo de evitar dor e obter prazer, o id tem sob seu comando dois processos:
As ações reflexas: reações inatas e automáticas como espirrar e piscar, e, geralmente, reduzem a tensão
imediatamente.
O processo primário: reação psicológica onde se tenta descarregar a tensão, formando a imagem de um
objeto que vai remover a tensão.

EGO - O ego passa a existir porque as necessidades do organismo requerem transações apropriadas com
o mundo objetivo da realidade.
A distinção básica entre o id e o ego é que o id só conhece a realidade subjetiva da mente, ao passo que
o ego distingue as coisas na mente das coisas no mundo externo.
Dizemos que o ego obedece ao princípio da realidade e opera por meio do processo secundário.
Princípio da realidade: O objetivo do princípio da realidade é evitar a descarga de tensão até ser
descoberto um objeto apropriado para a satisfação da necessidade.
Processo secundário: O processo secundário é o pensamento realista. Por meio do processo secundário,
o ego formula um plano para a satisfação da necessidade. Para isso, o Ego controla os processos mentais
superiores (planejar, decidir).
O principal papel do Ego é o de mediador entre as exigências instintuais do organismo e as condições do
ambiente circundante.

SUPEREGO - Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade conforme
interpretados para a criança pelos pais e impostos por um sistema de recompensas e de punições.
O superego é a força moral da personalidade. Ele representa o ideal mais do que o real e busca a
perfeição mais do que o prazer. Sua principal preocupação é decidir se alguma atitude é certa ou errada,
para poder agir de acordo com os padrões morais autorizados pelos agentes da sociedade.
introjeção. Mecanismo pelo qual a criança absorve os padrões morais dos pais. Comportamentos
negativos são introjetados na consciência, e comportamentos positivos no ideal do ego.
A consciência pune a pessoa, fazendo-a sentir-se culpada; o ideal do ego recompensa a pessoa, fazendo-
a sentir-se orgulhosa. Com a formação do superego, o autocontrole substitui o controle parental.
As principais funções do superego são
(1) inibir os impulsos do id, especialmente aqueles de natureza
sexual ou agressiva, uma vez que estes são os impulsos cuja expressão é mais condenada pela
sociedade; (2) persuadir o ego a substituir objetivos realistas por objetivos moralistas; e
(3) buscar a perfeição.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

A personalidade se desenvolve em resposta a quatro fontes importantes de tensão:


(1) processos de crescimento fisiológico
(2) frustrações
(3) conflitos
(4) ameaças.
Como uma consequência direta de aumentos de tensão emanando dessas fontes, a pessoa é forçada a
aprender novos métodos de reduzir a tensão. Tal aprendizagem é o que seria o desenvolvimento da
personalidade.

A identificação e o deslocamento são dois métodos pelos quais o indivíduo aprende a resolver as
frustrações, os conflitos e as ansiedades.

Identificação - o método pelo qual alguém assume as características de outra pessoa e torna-as uma
parte integrante de sua personalidade. Ela aprende a reduzir a tensão modelando o próprio
comportamento segundo o de outra pessoa. Cada período tende a ter suas figuras de identificação
características.
A estrutura final da personalidade representa um acúmulo de numerosas identificações feitas em vários
períodos da vida da pessoa, embora a mãe e o pai provavelmente sejam as figuras de identificação mais
fortes na vida de qualquer pessoa.

Deslocamento: do objeto (que traga alívio). A direção tomada por um deslocamento é deter-
minada por dois fatores:
(1) a semelhança do objeto substituto com o original e
(2) as sanções e as proibições impostas pela sociedade.

OS MECANISMOS DE DEFESA DO EGO


Sob a pressão de excessiva ansiedade, o ego às vezes é forçado a tomar medidas extremas para aliviar a
pressão.
1. Negam, falsificam ou distorcem a realidade.
2. Operam inconscientemente.

Repressão: impedir que uma memória perturbadora se torne consciente.

Projeção: Normalmente é mais fácil para o ego lidar com a ansiedade de realidade do que com a
ansiedade neurótica ou a moral. Consequentemente, se a fonte da ansiedade pode ser atribuída ao
mundo externo em vez de aos impulsos primitivos do indivíduo ou às ameaças da consciência, a pessoa
provavelmente obterá maior alívio para a condição ansiosa.

Formação Reativa: Esta medida defensiva envolve substituir, na consciência, um impulso ou sentimento
ansiogênico pelo seu oposto. Por exemplo, o ódio é substituído pelo amor. O impulso original ainda
existe, mas é encoberto ou mascarado por outro que não causa ansiedade.

Fixação e Regressão: Cada novo passo dado, todavia, envolve certa frustração e ansiedade. Se elas se :
tornam muito intensas, o crescimento normal pode ficar temporária ou permanentemente
interrompido. Em outras palavras, a pessoa pode ficar fixada nos estágios iniciais do desenvolvimento,
porque dar o passo seguinte desperta muita ansiedade.

Uma defesa estreitamente relacionada é a da regressão. Nesse caso, uma pessoa que encontra
experiências traumáticas recua para um estágio anterior de desenvolvimento.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL.

O modelo desenvolvimental de Freud baseia-se na suposição da sexualidade infantil. Isto é, os estágios


representam uma seqüência normativa de diferentes modos de gratificar os impulsos sexuais, e é a
maturação física a responsável pela seqüência de zonas erógenas e de estágios correspondentes.

Estágio Oral.
Primeiro ano de vida.
Principal fonte de prazer: boca, comer.
Atividade oral: incorporar o alimento e morder.

Estágio Anal.
Segundo ano de vida.
Expulsão das fezes remove o desconforto e traz alívio.
Métodos muito repressivos: Reter as fezes e ter prisão de ventre.
Pais que elogiam extravagantemente: Toda atividade que produz fezes é extremamente importante.

Estágio Fálico.
Terceiro ao quinto ano de vida.
Prazer ao manusear os órgãos genitais.

Complexo de Édipo: Investimento sexual no progenitor do sexo oposto e investimento hostil no genitor
do mesmo sexo.

Fase da latência.
5o ao 12o ano.
Supressão dos impulsos sexuais, construção do pensamento lógico e controle da vida psíquica pelo
princípio da realidade.

Estágio Genital.
12o ano em diante.
Quando o adolescente passa a voltar-se para as outras pessoas ou coisas, deixando de ser, para si
mesmo, o objeto de prazer.

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