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Cognição social- o que sabemos ou pensamos sobre os outros e sobre os diversos contextos sociais em que

nos movemos
1. Socialização
2. Impressões
3. Categorização
4. Expectativas
5. Atitudes

1. Socialização- é a forma como nos integramos e interagimos com os outros


Socialização primária- aprendizagem de infância, aquisição de hábitos de higiene, educação
Socialização secundária- adolescência+, aquisição de competências mais complexas, gerir emoções

2. Impressão- consiste na organização mental das informações básicas ou indícios que recolhemos dos
outros e que nos permite criar uma ideia geral sobre eles. Com pouca informação disponível construímos
uma ideia genérica e simplificada do outro

A primeira impressão tem durabilidade elevada, é muito persistente e é a mais significativa. Na primeira
impressão com que ficamos é muito vincado o lado afetivo. É sempre traços físicos, verbais, não verbais e
comportamentais.

Formação de impressões:

A investigação desenvolvida por Solomon Asch mostra como a primeira impressão marca a avaliação e a
consequente relação que estabelecemos com os outros.

Efeito de primazia- Asch conclui que a primeira impressão tem uma influência muito significativa em nós e
condicionarão de forma inevitável a bossa apreciação e o nosso relacionamento com eles.

O efeito de Halo, designado por Thorndike, estabelece que depois de já termos uma impressão global de
uma pessoa, tendemos a procurar nela características que confirmem essa impressão.

Existem características cujo peso na avaliação global que fazemos dos outros é maior. São as características
centrais, distintas das periféricas.

Dissociação por contraste- mudança da ideia formada acerca do outro numa primeira impressão

3. Categorização- forma simplificada de organizar as perceções sociais. Agrupar os outros e a realidade


social em categorias tendo em conta as características destacadas.

4. Expectativas- a criação de expectativas sobre os outros ocorre de um modo, funcionando como um


mecanismo humano que permite identificar rapidamente o que os outros pretendem, prever as suas
atitudes e comportamentos e preparar as respostas adequadas.

As expectativas que formamos sobre os outros dependem do estatuto e do papel que lhes associamos.

Estatuto- posição ocupada na hierarquia social, associado ao desempenho de um determinado papel social.
Podem ser prescritos ou adquiridos. Noção de direitos

Papel- conjunto de comportamentos tendo em conta o estatuto e as obrigações correspondentes. Noção


de deveres.
Outro aspeto inerente às expectativas foi apresentado pelo psicólogo Robert Rosenthal, ao designar como
autorrealização de profecias a influência que as expectativas exercem no comportamento daquele sobre as
quais recaem.

Efeito Pigmalião ou efeito Rosenthal- autorrealização de profecias ao esperarmos determinadas atitudes


dos outros, forcamo-los a desenvolvê-las, provocando neles a vontade de agir em conformidade com essas
mesmas expectativas. A crença de que certos alunos são mais competentes faz com que os professores
apostem mais nesses alunos, e, por sua vez, os alunos alcancem melhores resultados.

5. Atitude- tendência relativamente estável para responder a um objeto social. É uma predisposição para
nos comportarmos de uma determinada maneira com os outros, situações ou acontecimentos. Disposição
para agir, com uma carga sentimental positiva ou negativa.

As atitudes costumam ser estáveis e duradouras, mudam perante novas informações, são aprendidas
durante a socialização, influenciam os comportamentos e cristalizam na idade adulta e são mentais.

Comportamento- resposta observável do indivíduo que deriva das atitudes. É o modo de atuação nas mais
variadas situações.

Componentes das atitudes:


Componente cognitiva, conjunto de ideias que adquirimos sobre determinado objeto (o que sei)
Componente afetiva, remete para os sentimentos que desenvolvemos por esse objeto (o que sinto)
Componente comportamental, refere-se ao conjunto de reações ou respostas face ao objeto (o que faço)

Dissonância cognitiva, atitudes que se opõe e dificultam o processo de decisão e coerência dos
comportamentos, traz desconforto psicológico.

É possível superar a dissonância cognitiva:


Negar a contradição ou a posição entre cognições
Mudar a convicção
Acrescentar nova informação que atenue/elimine a dissonância

Identidade social: a personalidade une o elemento psicológico ao sociológico. Não há identidade


(indivíduo) sem identidade social.

Representações sociais, conjunto de conceitos criados no quotidiano sobre a sociedade e as suas diversas
partes constituintes. São as convicções coletivas, modos comuns de interpretar e sentir a realidade social.
Podem ser entendidas como senso comum, funcionando como ideias/opiniões partilhadas pela
comunidade.

O modo como representamos as mais diversas situações, instituições, acontecimentos, grupos, ideologias e
objetos sociais é uma parte significativa do que somos.

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