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Teorias e Sistemas Psicológicos IV – Psicologia Cognitiva

Estudo de como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se e pensam


sobre as informações.

Racionalismo: Diz que as estruturações mentais para o conhecimento já


estavam formadas e que se concretizavam a partir das reflexões do sujeito
com o mundo.

Empirismo: parte da ideia de “tabula rasa”, ou seja, as estruturas mentais


não estavam formadas e o conhecimento se dava pela experiência do
sujeito com o mundo e em sua relação.

Estruturalismo

Buscava compreender as estruturações mais básicas da percepção humana,


os conteúdos elementares. Ex: introspecção de Wundt

Métodos subjetivos, uso da introspecção levou a uma falta de


confiabilidade nos resultados. Críticos argumentam que o estruturalismo
estava preocupado com o comportamento interno, que não é diretamente
observável e não pode ser medido com precisão.

Funcionalismo

A ideia de que a chave para o conhecimento da mente humana e dos


comportamentos era o estudos dos processos de como e por que a mente
funciona.

Foi formado como uma reação ao estruturalismo e fortemente influenciado


pela obra de William James e a teoria evolucionista de Charles Darwin.
Funcionalistas procuraram explicar os processos mentais de uma forma
mais sistemática e precisa. Focavam no objetivo da consciência e
comportamento. Influenciou o desenvolvimento do behaviorismo e da
psicologia aplicada.

Behaviorismo

Descarta qualquer conteúdo de mecanismo mental e tem seu foco no


comportamento observável e os eventos ambientais que interferem no
comportamento.
O behaviorismo clássico de John B. Watson tinha como proposta
abandonar o estudo de processos mentais, como pensamentos e sentimentos
para focar no comportamento observável. Na perspectiva do behaviorismo
clássico, um comportamento é sempre resposta a um estímulo.

O behaviorismo radical, conceito proposto pelo psicólogo americano


Skinner, era oposto ao behaviorismo de Watson. O meio ambiente é o que
influencia no comportamento humano.

Condicionamento Operante

 Reforço aumenta a probabilidade de que o comportamento ocorra


novamente
 Punição diminui a probabilidade de que o comportamento ocorra
novamente
 No reforço positivo e na punição positiva estímulos são adicionados
 No reforço negativo e na punição negativa estímulos são retirados

Punição positiva: quando algo indesejável acontece como resultado de um


comportamento. Ex: criança receber tarefas extras
Punição negativa: algo desejável é retirado. Ex: carteira de motorista é
retirada/perdida sem que a pessoa queira.
Reforço positivo: recompensa dada para o comportamento desejado
Reforço negativo: algo desagradável é removido devido a comportamento
desejado.

Gestaltismo: compreende os fenômenos psicológicos quando se olha para


eles como um todo organizado e estruturado, ou seja, não se pode
compreender totalmente o comportamento quando se desmembra os
fenômenos em partes menores.

Cognitivismo: é a crença de que grande parte do comportamento humano


pode ser compreendida a partir de como as pessoas pensam.

Algumas das funções mais estudadas nos processos psicológicos básicos


são:

Memória: conhecimento inferido de objetos captados de percepções ou


emoções passadas. Capacidade que permite a codificação, armazenamento
e recuperação de dados. Pode ser dividida em três processos:
Codificação: Processo de entrada e registro inicial da informação e
capacidade de mantê-la ativa para o processo de armazenamento
Armazenamento: Manutenção de informação codificada pelo tempo
necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada.
Evocação ou reprodução: caracterizada pela recuperação da informação
registrada e armazenada, para que possa ser usada por outros processos
cognitivos como pensamento, linguagem etc

Memória pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de


longo prazo, autobiográfica, episódica e sensorial.

Emoção: estado mental subjetivo associado a uma variedade de


sentimentos, comportamentos e pensamentos. As emoções alteram a
atenção e o comportamento, resultando em diferentes respostas do
indivíduo.
Pensamento: capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-lo.
Estabelece relações entre conceitos. Possibilita a associação de dados e sua
transformação em informação estando consequentemente associado a
resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos.
Linguagem: capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao
ambiente. Reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver
um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada.
Atenção: concentração da mente no objeto selecionado. Poder ser
involuntária, passiva e espontânea (ocasionada por estímulos externos) ou
controlada, voluntária e dirigida (causada pela intenção do indivíduo).
Percepção: apreensão dos objetos comuns ao indivíduo assim que são
percebidos através do sistema sensorial. Captar estímulos do meio para
processamento da informação.
Juízo: ato mental de afirmar ou negar um conteúdo afirmável
Raciocínio: habilidade de conectar juízos
Imaginação: reanimação de objetos de percepções anteriores (imaginação
reprodutiva) e combinação dos mesmos em novas unidades (imaginação
criativa).

Teoria dos construtos pessoais – George Kelly

O comportamento humano é fundamentado na realidade e na percepção


que as pessoas têm dela. O universo é real, mas cada pessoa o interpreta de
uma maneira própria (construtos pessoais). A pessoa como cientista:
observa, pergunta, formula hipótese, testa e prediz o futuro. O cientista
como pessoa só constrói meias verdades

Os processos de uma pessoa são psicologicamente canalizados pelas


formas como essa pessoa prevê os eventos. Corolários de apoio:

Colorolário da construção: Uma pessoa antecipa os acontecimentos


construindo pessoalmente as suas réplicas. Eventos semelhantes
interpretados como o mesmo evento, visando prever eventos futuros .
Estabelece semelhanças.
Da individualidade: As pessoas diferem uma das outras em sua forma de
interpretar os acontecimentos. Estabelece diferenças
Da organização: Cada pessoa desenvolve, caracteristicamente e para a sua
conveniência na antecipação de acontecimentos, um sistema de construção
que implica relações ordenadas entre construtos
Da dicotomia: O sistema de construção de uma pessoa é composto por um
número finito de construtos dicotômicos. 2 elementos similares contrastam
com 1 diferente.
Da escolha: Num construto dicotômico, uma pessoa escolhe a alternativa
através da qual antecipa uma maior possibilidade de extensão e de
definição do seu sistema de escolhas futuras. Escolhe-se o que amplia mais
o âmbito de escolhas.
Do âmbito: Um construto é conveniente apenas para a antecipação de um
âmbito finito de eventos. São as dicotomias que limitam e expandem a
faixa de conveniência de um construto.
Da experiência e aprendizagem: O sistema de construção da pessoa varia à
medida que, sucessivamente, ela interpreta sucessivamente as réplicas dos
acontecimentos. Novas interpretações reestruturam os construtos.
Da modulação: Um construto é permeável se novos elementos podem ser
acrescidos a ele. Deste modo, as pessoas ajustam e modulam seus
construtos
Da fragmentação: O que num sistema inferior se mostra incompatível não
o é num plano mais amplo
Da comunalidade: Na medida em que uma pessoa emprega uma
construção da experiência similar à usada por outra pessoa, os processos de
ambas são psicologicamente semelhantes. Isto é: interpretação similar,
processos semelhantes.
Da sociabilidade: Na medida em que um a pessoa constrói (interpreta) os
processos de construção de outra pessoa, ela poderá desempenhar um papel
num processo social que envolve a outra.

Teoria Racional-emotiva – Albert Ellis

O modelo ABC

Ao perseguir propósitos nos deparamos com um acontecimento ou


adversidade que nos bloqueia e que pode nos fazer sentir fracassados ou
bloqueados. Este acontecimento é denominado por Ellis pela letra A

Quando este acontecimento ocorre, as pessoas podem experimentar uma


consequência saudável e útil. Contudo, também podem experimentar
consequências destrutivas e não saudáveis. Estas consequências são
denominadas pela letra C.

A letra B serve para denominar crenças ou pensamentos da pessoa. Existem


dois tipos de crença para Ellis: as crenças racionais e as irracionais.

As crenças racionais (RB) ajudam a enfrentar os acontecimentos


desagradáveis (A). Costumam consistir em preferências, esperanças ou
desejos.

As crenças irracionais (IB) ajudam a criar sentimentos e ações que sabotam


a sua possibilidade de confrontamento de um determinado A desagradável.
Costumam ter afirmações absolutistas do tipo “deveria, teria que, tenho que
etc.”

Teoria dos Esquemas – Jeffrey Young

Os 18 Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) descritos por Young


(2003) agrupam-se em cinco categorias amplas, chamadas por ele de
Domínios de Esquema e que correspondem às necessidades não atendidas
da criança em seu período de desenvolvimento. São eles:

Desconexão e Rejeição
Autonomia e desempenho prejudicados
Limites prejudicados
Orientação para o outro
Supervigilância e inibição

Os estilos desadaptativos do Enfrentamento são: hipercompensação,


evitação e resignação

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