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2023/2024
Psicologia B 12ºD
A Mente
Novembro 2023
Índice
Introdução- 3
1. A Mente- 4
1.1. A mente como sistema de construção do mundo
Conclusão-12
Bibliografia-13
Introdução
No âmbito da disciplina de Psicologia B, solicitado pela docente Rosa Maria Mota iremos
realizar um trabalho, com a finalidade de explorar e estudar “A Mente” a fim de caracterizá-la
como um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e conativos e analisar a
mente como um sistema de construção do mundo.
1. A Mente
1.1) A mente como sistema de construção do mundo
É habitual confundir-se consciência com mente. No entanto, apesar de estes dois conceitos
se relacionarem, têm significados diferentes.
O que é a consciência?
Atualmente, os investigadores consideram a consciência como a noção que a cada momento
temos de nós próprios, do nosso pensamento e do ambiente em que estamos.
O que é a mente?
Num sentido amplo, a mente engloba todos os fenómenos intelectuais e psicológicos
(conscientes e não conscientes), ou seja, a totalidade organizada dos processos psíquicos e as
componentes estruturais e funcionais das quais dependem.
A mente é o estado da consciência ou subconsciência, relativo ao conjunto de pensamentos.
“Mente” é o termo mais comum utilizado para descrever as funções superiores do cérebro
humano, particularmente aquelas das quais os seres humanos são conscientes, tais como o
pensamento, a razão, a memória, a intuição, a inteligência e a emoção.
A mente é encarada como um sistema que integra os processos cognitivos, emocionais e
conativos.
É importante acentuar que a mente não é uma coleção de processos, um somatório de
dimensões psicológicas autónomas.
É antes uma manifestação total de processos dinâmicos que interagem de forma complexa:
os processos mentais implicam-se mutuamente de forma integrada. A combinação harmoniosa
dos diferentes processos mentais é um todo e único que nos permite conhecer, sentir e agir
sobre o mundo em que se desenrola e se constrói a nossa existência.
Uma das principais atividades da mente é pensar, ou seja, construir e manipular imagens
(sejam elas visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas) e representar simbólica e
mentalmente o mundo.
A mente retrata então alguns parâmetros como: pensamento, ação, imaginação e auto-
organização.
Pensamento
Conjunto de atividades internas na qual ideias, imagens, representações mentais ou outros
elementos mentais são manipulados. Neste sentido, inclui a imaginação, lembranças, soluções
de problemas, devaneios e muitos outros processos. É simbólico e não é diretamente
observável.
Ação
É em relação que cada ser humano conhece o mundo, o sente e age sobre ele. É um processo
que acontece a cada momento e de forma integrada.
Imaginação
Aptidão do pensamento para formar e para ativar imagens mentais ou representações
(imaginação reprodutora ou memória imaginativa) ou construção mental de situações
(imaginação criadora).
Auto-organização
O pensamento mé auto-organizado e organiza-se de forma não determinada por nenhum dos
seus elementos, mas a partir de regras que emergem da interação complexa entre os seus
elementos. Partindo de um conjunto de elementos fortemente interligados, o pensamento cria
formas de sentido, sequencia e coerência.
Perceção
Processo ativo de organização e interpretação das informações sensoriais. Difere da sensação,
na medida em que é uma atividade cognitiva pela qual conferimos sentido e significado á
informação sensorial, isto é, transformamos em conhecimento significativo os estímulos do
meio.
Memória
Habilidade para adquirir e conservar informação ou representações da experiência passada
com base nos processos mentais de codificação, retenção e recuperação. É um campo complexo
de processos baseados em mecanismos biológicos e psicológicos.
Aprendizagem
Mudança relativamente estável e duradoura do comportamento ou das capacidades do
indivíduo, adquirida como resultado da observação prática, estudo ou experiência, que se
traduz num aumento do seu repertório de competências e saberes.
Inteligência
Capacidade de assimilar conhecimentos, recordar acontecimentos e recuperar eventos
passados, utilizar corretamente o pensamento e a razão, aplicar conhecimentos em situações
novas, adaptar-se ao meio e às suas transformações, estabelecendo prioridades e selecionando
recursos para a concretização de objetivos e para a resolução de problemas.
Afeto
São tendências para responder positiva ou negativamente a experiência emocional relacionada
com pessoas ou objetos. Ter afetos é ser dotado da capacidade de dar e de receber, de amar e
ser amado, de perturbar e de ser perturbado:
Os afetos exprimem-se através das emoções e tem uma ligação especial com o
passado, com as experiências e vivências, com as pessoas, objetos, ambientes, ideias.
As emoções estão ligadas essencialmente a situações presentes.
Sentimentos:
· Não são observáveis, são privados e relacionam-se com o interior;
· Prolongam-se no tempo e são de menor intensidade de expressão que as emoções;
· Não se associam a nenhuma causa imediata;
· Surgem quando tomamos consciência das nossas emoções.
As emoções e os sentimentos não são sinónimos. A emoção é um conjunto de reações
corporais, automáticos e inconscientes, face a determinados estímulos provenientes do meio
onde estamos inseridos.
O sentimento surge quando tomamos consciência das nossas emoções, isto é, o sentimento
dá-se quando as emoções são transferidas para determinadas zonas do cérebro, onde são
codificadas sob a forma de atividade neuronal.
Se fecharmos os olhos e pensarmos numa pessoa conseguimos trazer à memória como essa
pessoa é. A imagem que nos vem à cabeça é uma representação mental que nos ajuda a “ver”
alguém que significa algo para nós, mesmo que essa pessoa esteja ausente. Podemos fazer o
mesmo com o seu nome, características, qualidades e habilidades.
O psicólogo gestaltista Karl Duncker criou o teste que ficou conhecido como problema da
vela que consiste num desafio cuja solução implica recorrer a estratégias inovadoras e
descobertas baseadas na heurística.
Problema: temos uma mesa, uma vela, uma caixa de pionés, uma caixa de fósforos e a parede.
O desafio é: usando apenas estes objetos, prender verticalmente a vela na parede, de tal modo
que, quando acesa, esta não chamusque a parede e a cera não pingue na mesa.
Solução: esvaziar a caixa de pionés e fixá-la à parede com alguns deles, de forma a servir de
suporte para a vela.
As dificuldades que a maioria das pessoas enfrentam face a este desafio são causadas por
fixidez funcional. Para chegar á solução do problema da vela, é preciso ver caixa, não na sua
função usual de recipiente de pionés, mas como plataforma onde é possível apoiar a vela.
Por vezes não conseguimos resolver este tipo de desafios, porque a estratégia que escolhemos
não é a mais adequada tornando-se, assim, um obstáculo.
Não importa se a resolução dos problemas está mais concentrada em estratégias divergentes
ou convergentes, pois nós como seres humanos temos uma maior vantagem relativamente aos
outros seres vivos, como por exemplo, conseguimos criar na nossa mente, imagens de
situações que ainda não aconteceram, elaboramos cenários; prevemos resultados e agimos de
acordo com as opções que nos parecem mais vantajosas, ou seja, conseguimos ter
imaginação.