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A Mente

 Caracteriza a mente como um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e


conativos.

Processo cognitivo- estão relacionados com o saber, com o conhecimento, reportam-se à criação,
transformação e utilização da informação do meio interno e exterior.
Associam-se à questão "O quê?".

Processo emocional- estão relacionados com o sentir;


São estados vividos pelo sujeito caracterizados pela subjetividade. Correspondem às vivências de
prazer e desprazer e à interpretação das relações que temos com as pessoas, objetos e ideias.
Estão associados à questão "Como?".

Processo conativo- estão relacionados com o fazer, expressam-se em ações, comportamentos.


Correspondem à dimensão intencional da vida psíquica.
Estão associados à questão "Porquê?".

 Definir cognição.

Cognição é uma palavra associada ao processo da aprendizagem e elaboração do conhecimento. É


a partir do processo cognitivo que o ser humano consegue desenvolver suas capacidades
intelectuais e emocionais, isto é: linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de
compreensão e percepção.

Portanto, o desenvolvimento cognitivo de cada pessoa afeta diretamente a forma como ela se
comporta, aprende, recebe e elabora as informações ao seu redor.

 Reconheça a perceção, a memória e a aprendizagem como processos cognitivos.

Podemos entender os processos cognitivos como os procedimentos que utilizamos para


incorporar os novos conhecimentos e tomar decisões em função disso. Estes processos intervêm
em várias funções cognitivas: a percepção, a atenção, a memória, o raciocínio... Todas estas
funções cognitivas trabalham conjuntamente para integrar o conhecimento e criar uma
interpretação do mundo que nos rodeia.

 Define perceção;
A perceção é, precisamente, um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo,
que se caracteriza pelo facto de exigir a presença do objeto, da realidade a conhecer. Nesse
sentido, distingue-se de outros processos cognitivos, como, por exemplo, a memória. Pela
perceção, organizamos e interpretamos as informações veiculadas pelos órgãos dos sentidos
(informações sensoriais).
 Exlica o proceso percetivo;
O processo percetivo é o processo pelo qual o cérebro recebe, processa e interpreta informações
sensoriais (visuais, auditivas, táteis, etc.) para criar uma percepção consciente do mundo ao nosso
redor. Este processo inclui a atenção seletiva, a integração de informações sensoriais, a
interpretação de informações sensoriais baseadas em expectativas, crenças e conhecimento
prévio, bem como a formação de representações mentais. O processo percetivo é fundamental
para a nossa capacidade de compreender e responder ao mundo ao nosso redor.

 Reconhece a perceção como uma construção mental;

A percepção é geralmente entendida como uma interpretação da realidade, em vez de uma


representação fiel da realidade. Isso significa que a percepção não é simplesmente uma cópia
passiva da realidade, mas é influenciada por fatores como expectativas, crenças, conhecimento
prévio e interpretações pessoais. Portanto, duas pessoas podem perceber a mesma coisa de
maneiras diferentes, dependendo de suas perspectivas individuais e interpretações.

 Conclui que a perceção é uma interpretação da realidade/Enuncia algunas manifestações a


constancia percetiva e o seu valor adaptativo;

A visão que temos do mundo não é uma reprodução da realidade mas uma interpretação –
constância percetiva.
 Constância de tamanho: percecionamos o tamanho de um objeto ou de uma pessoa
independentemente da distância a que se encontra. Ora, o mesmo objeto, apresentado a
diferentes distancias, forma na retina imagens com diferentes tamanhos: quanto mais
longe está, mais pequeno aparece. É no cérebro que interpretamos os dados que
recebemos.

 Constância da forma: um objeto nunca forma a mesma imagem retiniana: a luz é


diferente, a incidência e o angulo do olhar diferentes também, a distância muda
constantemente. O reconhecimento envolve sistemas elaborados em que intervêm a
experiencia anterior do sujeito, as memorias armazenadas, as aprendizagens do sujeito.
Por exemplo, nós percecionamos a porta como retangular, mas quando a abrimos ela
perde essa forma.
 Constância do brilho e da cor: mantemos constantes o brilho e a cor dos objetos, mesmo
quando as circunstâncias físicas nos dão outra informação. Percecionamos uma casa
branca em plena luz do sol e mantemos constante a cor, á noite, percecionamos o sangue
sempre vermelho, a neve sempre branca, independentemente da quantidade de luz.
 Enumera fatores que contribuem para o carácter subjetivo da perceção;

Existem vários fatores que contribuem para o caráter subjetivo da percepção, incluindo:

1.Expectativas e crenças: as expectativas e crenças que uma pessoa tem sobre o mundo
podem influenciar a maneira como ela percebe os estímulos sensoriais;

2.Conhecimento prévio: o conhecimento prévio que uma pessoa tem sobre um assunto pode
influenciar a forma como ela percebe novas informações relacionadas.

3.Motivações e emoções: as motivações e emoções de uma pessoa podem influenciar a


atenção que ela presta a certos estímulos sensoriais e, consequentemente, a sua
percepção.

4.Contexto: o contexto em que as informações sensoriais são recebidas pode influenciar a


maneira como elas são percebidas.

5.Interpretações pessoais: as interpretações pessoais que uma pessoa tem sobre as


informações sensoriais podem influenciar a sua percepção dessas informações.

Estes são apenas alguns dos fatores que contribuem para o caráter subjetivo da percepção. A
combinação única de fatores internos e externos de cada pessoa contribui para a sua percepção
individual da realidade

 Esclarece o conceito da perceção social;


Percepção social é o termo usado para descrever a forma como as pessoas percebem e
interpretam as informações relacionadas a outras pessoas, grupos e situações sociais. A percepção
social é influenciada por vários fatores, incluindo estereótipos, atitudes, expectativas sociais e a
presença de informações sociais e contextuais adicionais.

A percepção social é importante porque permite que as pessoas compreendam e respondam a


outras pessoas e situações sociais de maneira eficaz. Por exemplo, as informações sociais
disponíveis (como a aparência física, a linguagem corporal e o comportamento) ajudam a
determinar como as pessoas percebem a personalidade, a situação social e as intenções de outra
pessoa.
A percepção social pode ser subjetiva e influenciada por preconceitos e estereótipos. Por exemplo,
uma pessoa pode ter uma percepção distorcida de outra pessoa com base em estereótipos
culturais ou preconceitos pessoais. Portanto, é importante reconhecer que a percepção social
pode ser influenciada por fatores subjetivos e que pode ser necessário buscar informações
adicionais para obter uma compreensão mais precisa e equilibrada da realidade social.
 Mostra que a cultura influencia o modo como o mundo é percecionado;

Memória

 Defina memoria;
Podemos definir memória como o processo cognitivo que permite integrar, reter e recuperar
informação e recordar o que aprendemos.

A memória é:

- A função mental que permite reter informações;

- O sistema de armazenamento que permite manter informações;

- A capacidade de evocar, de recordar as informações retidas.

 Descreve os procesos da memoria;


Existem 3 processos de memória:

• Aquisição- para recordarmos, é preciso ter primeiro aprendido. Sem aprendizagem não há
memória. Pode ser semântico – enfatiza o estímulo verbal; ou pode ser fonético – enfatiza o
som.

• Armazenamento- é importante o interesse da informação. A informação é conservada,


retida por períodos de tempo, para poder ser utilizada quando necessário.

• Recuperação- é feita por recordação. Quando precisamos, procuramos recuperar, atualizar a


informação armazenada, para utilizar na experiencia presente.

 Distinga memoria a curto prazo de memoria a longo prazo;


A memoria a curto prazo é um tipo de memória que armazena a informação recebida pela
informação sensorial.
Os materiais são retidos durante cerca de 30 a 60 segundos.
O tempo de retenção aumentará se repetirmos mentalmente a informação, como por
exemplo, um número de telefone.
Os dados da memória acurto prazo, se forem processados, passam para a memória a longo
prazo.
Para que a informação fique armazenada nesta memória é preciso que seja repetida e
codificada.
Já a memoria a longo prazo é um tipo de memória alimentada pelos materiais da memória a
curto prazo que são codificados em símbolos.
A informação enviada da memória a curto prazo é transformada à medida que vai sendo
integrada. Esta memória retem os materiais durante horas, ou até durante toda a vida.

 Caracteriza memoria não declarativa e memoria declarativa;


Segundo os especialistas, a memória a longo prazo é constituída por dois subsistemas:

A memória declarativa;
A memória declarativa é a que nos permite expor através de palavras algo que lembramos,
mas sempre recorrendo a evocação. Por exemplo, contar para um amigo como foi a viagem de
férias ha tanto tempo planeada.

A memória declarativa se subdivide em semântica e episódica. A memória semântica é


responsável por consolidar o conhecimento do mundo à nossa volta, mas através de palavras.
Enquanto a episódica refere-se à nossa experiência de vida, mas num dado momento
cronológico.

A memória não-declarativa ou procedimental.


É a memoria de aptidões motoras. É o nosso conhecimento do modo como fazer as coisas.
Forma-se pela prática e pela observação.
Ex: Andar de bicicleta, tocar um instrumento musical…

 Reconhece que a memoria é um proceso ativo que reconstrói os dados que recebe;

 Mostra que o esquecimento é um proceso inerente à memoria;


Ao dizermos: “O conhecimento não ocupa lugar” estamos a fazer uma afirmação incorreta.
A memória é como uma “caixa”. Quanta mais informação tem, mais cheia fica.
Quando a “caixa” está “cheia”, tem de “esvaziar”.
A esse “esvaziamento” a Psicologia dá o nome de esquecimento:
 O esquecimento permite à memoria reter ou armazenar novos conhecimentos.

 O esquecimento é essencial para o processo de memorização. É, pelo facto, de esquecermos


que estamos aptos a fazer novas memorizações.

 O esquecimento apresenta uma função selectiva e adaptativa, afastando todas os materiais


que não são importantes ou úteis para um normal funcionamento da nossa vida.


 Distinga diferentes tipos de esquecimento;
Esquecimento regressivo

O esquecimento regressivo ocorre quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em


recordar conhecimentos, factos e nomes aprendidos recentemente.
Este tipo de esquecimento é especialmente sentido por pessoas de certa idade e pode ser devido
à degenerescência dos tecidos cerebrais. Contudo, os contributos das investigações mais recentes
mostram que, numa vida intelectualmente ativa e empenhada, diminuem significativamente os
efeitos do envelhecimento.

Esquecimento motivado

Freud apresentou uma conceção de esquecimento que decorre da sua teoria sobre o psiquismo
humano: nós esqueceríamos o que, inconscientemente, nos convém esquecer. Assim, os
conteúdos traumatizantes, penosos, as recordações angustiantes seriam esquecidos para evitar a
angústia e a ansiedade, assegurando, assim, o equilíbrio psicológico. Este processo designa-se por
recalcamento. Segundo Freud, seria através do recalcamento que os conteúdos do inconsciente
seriam impedidos de aceder ao ego, à consciência. Este processo é um mecanismo de defesa
através do qual pensamentos, desejos, sentimentos e recordações dolorosas são afastadas da
consciência com o obietivo de reduzir a tensão provocada por conflitos internos.
Os conteúdos recalcados, "esquecidos", não poderiam ser recuperados através de um ato de
vontade. Segundo Freud, só através do método psicanalítico se poderia aceder às recordações
recalcadas, parte delas com origem na infância (amnésia infantil).

 Reconhece que as emoções têm um papel fundamental no processo de adaptação e


comunicação dos seres humanos;

 Esclarece o conceito de emoção;


As emoções são processos desencadeados por um acontecimento, pessoa, si-tuação, que é
objeto de uma avaliação cognitiva nem sempre consciente. A emoção é uma experiência
subjetiva que pode ser acompanhada por reações orgânicas (modi-licação do ritmo cardíaco,
do tónus muscular, etc.), de mímicas, gestos, movimentos e expressões vocais. Pode traduzir-
se por uma tendência para a ação, como, por exemplo, a fuga, no caso do medo. As
expressões das emoções desencadeiam, junto de quem está presente, reações que poderão
suscitar novas emoções.

 Distingue emoções de afetos e sentimentos;


 Identifica as components das emoções;

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