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Florinda Januário Mualoquihe Jaime

Naik Manuel António João

PROCESSOS PSIQUÍCOS COGNITÍVOS

Universidade Rovuma

Nampula, Abril

2024

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Florinda Januário Mualoquihe Jaime

Naik Manuel António João

PROCESSOS PSIQUÍCOS COGNITÍVOS

Trabalho em grupo de carácter avaliativo da


cadeira de Introdução a Psicologia, leccionado
pelo docentes: João Mauricio e Sónia Giguira.

Universidade Rovuma

Nampula, Abril

2024

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Índice

Introdução..................................................................................................................................4

1. PROCESSOS PSÍQUICOS/COGNITIVOS.......................................................................5

2. SÃO PROCESSOS COGNITIVOS:..................................................................................5

2.1. A SENSAÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO......................................................5

2.2. A PERCEPÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO....................................................5

2.3. A MEMÓRIA COMO PROCESSO COGNITIVO........................................................6

2.4. PROCESSOS DA MEMÓRIA.......................................................................................7

2.5. FACTORES DO ESQUECIMENTO:............................................................................8

2.6. O PENSAMENTO COMO PROCESSO COGNITIVO.................................................8

2.7. A LINGUAGEM COMO PROCESSO COGNITIVO...................................................9

2.8. A IMAGINAÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO.................................................9

2.9. A APRENDIZAGEM COMO PROCESSO COGNITIVO..........................................10

Conclusão.................................................................................................................................11

Referências bibliográficas........................................................................................................12

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Introdução

Conforme sugerido no tema do presente trabalho procura reflectir sobre os aspectos


relacionados aos Processos Psíquicos cognitivos, concretamente processos Cognitivos, os que
representam um objecto ou fenómeno, exterior ao próprio sujeito. O seu conjunto constitui a
vida cognitiva ou intelectual. Os processos cognitivos possibilitam o Homem realizar a
actividade mental como a inteligência, capacidades, habilidades. O seu mau funcionamento
compromete a actividade mental.

Objectivos Gerais

 Entender o conceito dos Processos Psíquicos Cognitivos.

Objectivos específicos

 Explicar as classificações dos Processos Cognitivos;


 Descrever a importância dos Processos Cognitivos.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: introdução, desenvolvimentos,


conclusão e referências bibliográficas.

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1. PROCESSOS PSÍQUICOS/COGNITIVOS

Processos Cognitivos são processos que tem como característica mais saliente
representar o sujeito, um objecto ou fenómeno, em geral, exterior ao próprio sujeito. O seu
conjunto constitui a vida cognitiva ou intelectual. Os processos cognitivos possibilitam o
Homem realizar a actividade mental como a inteligência, capacidades, habilidades, etc. O seu
mau funcionamento compromete a actividade mental.

2. SÃO PROCESSOS COGNITIVOS:

2.1. A SENSAÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO

É fenómeno elementar da consciência resultante da excitação de um órgão dos sentidos


provocados por um estímulo interno ou externo. Consiste em reflectir as características
(propriedades) isoladas dos objectos.

 Importância: Tomamos conhecimento do mundo em redor (sons, cores, cheiro,


tamanho), graças aos órgãos dos sentidos. São os primeiros elementos que nos põem
em contacto com a realidade e facilitam a apreensão da mesma. Os órgãos dos
sentidos recebem, seleccionam e acumulam a informação e, transmitem ao cérebro,
surgindo o reflexo adequado do mundo circundante e ao próprio organismo.

2.2. A PERCEPÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO

A percepção cognitiva permite-nos organizar e compreender o mundo através dos


estímulos que recebemos com os sentidos. Podemos receber informação dos cinco sentidos
clássicos como a visão, a audição, o paladar, o olfacto e o tacto, mas também de outros não
tão conhecidos como a propriocepção (é o sentido que informa sobre a posição corporal que
nos permite que tenhamos um esquema corporal e saibamos que posição ocupamos no
espaço) ou a interocepção (que é a percepção de como estão os órgãos do nosso corpo, e é o
que nos permite saber quando temos sede ou fome). Uma vez recebidos, o
nosso cérebro integra toda esta informação, criando um novo conhecimento.

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Percepção é acto de organização de dados sensoriais pelo qual conhecemos “a presença
actual de um objecto exterior”: temos consciência da existência do objecto e suas qualidades.

 Importância: A percepção está relacionada com a compreensão e interpretação,


análise intelectual do aprendido. A percepção ajuda a compreensão, análise
aprofundada do fenómeno e a chegar a conclusão sobre o mesmo. A percepção está
ligada a atenção. A atenção constitui a fase inicial da percepção e a principal forma de
organização da actividade cognitiva. A atenção é indispensável à percepção,
interpretação, compreensão, imaginação, assimilação, recordação e reprodução.
Durante a aula, a atenção ajuda a compreensão da essência das tarefas, ajuda a sua
resolução e verificação.

2.3. A MEMÓRIA COMO PROCESSO COGNITIVO

A memória é a função cognitiva que permite codificar, armazenar e recuperar a


informação do passado. A memória é um processo básico para a aprendizagem e é a que nos
permite criar um sentido de identidade. Há muitos tipos e classificações da memória,
podemos falar da memória a curto prazo, que é a capacidade de manter temporariamente a
informação na mente por exemplo: (recordar um número de telefone na mente até que
conseguimos anotá-lo num papel), e de memória a longo prazo que são todas aquelas
recordações ou conhecimentos que guardamos durante muito mais tempo. Esta memória pode
dividir-se em memória declarativa, que inclui tanto conhecimentos adquiridos através da
linguagem e da educação (por exemplo, saber se a ditadura terminou em 1974), como os
adquiridos através de experiências pessoais e vivências (recordar o que cozinhava a minha
avó); ou memória procedimental, que se refere à aprendizagem de rotinas (por exemplo,
aprender a conduzir ou andar de bicicleta), memória auditiva, memória
contextual, denominação, reconhecimento.

Memória a capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as
seguintes operações ou processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o reconhecimento e a
localização das informações resultantes de percepções e aprendizagem. A memória facilita a
organização, fixação e retenção do aprendido, assim como a sua evocação., quando essa
informação for necessária. Não haveria evolução dos nossos conhecimentos se na medida que

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os adquiríssemos, os perdêssemos. A memória conserva o passado e permite incorporá-lo na
estrutura cognitiva do sujeito.

2.4. PROCESSOS DA MEMÓRIA

Aquisição: consiste no contacto com a informação.

Fixação: para a fixação exige além da adequada aquisição, a repetição.

Evocação ou reprodução: consiste na lembrança do material fixado. É a reaparição


na consciência de um fenómeno passado. As informações armazenadas tentam a ser
evocadas junto das informações falsas.

Reconhecimento: identificação e uso de informações correctas, e as que vierem


unidas são rejeitados. Consiste em referir ao passado as nossas lembranças, enquadrando-
as num contexto de factos da nossa experiência pessoal.

Localização: consiste em situar as recordações no trama da nossa história interior, em


dispô-las umas às outras, de forma a marcar-lhes o local próprio no tempo e no espaço,
para estabelecer a sua cronologia íntima e pessoal.

A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do


material. Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem
ser articuladas.

- A memória é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos nossos


conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;

- A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as
palavras e o seu sentido;

- Permite aperfeiçoar os nossos actos;

- A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso passado e
permite incorporar no “eu” o que se vai leccionando, para organização da personalidade.
Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. O esquecimento é o
fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o passado.

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2.5. FACTORES DO ESQUECIMENTO:

 Vastidão da matéria
 Irrelevância do conteúdo
 Falta de interesse
 Doenças da memória
 O tempo (as repetições devem ser curtas): a primeira repetição deve ser na aula.
 Cansaço

2.6. O PENSAMENTO COMO PROCESSO COGNITIVO

Processo cognitivo que permite a resolução de tarefas (processo de análise e síntese).


Permite reflectir de forma generalizada a realidade objectiva sob a forma de conceitos, leis,
teorias e suas relações.

O pensamento é fundamental em todo o processo cognitivo. Permite integrar toda a


informação recebida e estabelecer relações entre os dados que a compõem. Para isso usa o
raciocínio, a síntese e a resolução de problemas, quer dizer, das funções executivas.

Importância:

 Ajuda o indivíduo a superar as suas dificuldades desde as mais triviais até as mais
complexas;
 Planificação e organização lógica dos procedimentos a ter em conta na aula;
 Reflexão sobre uma tarefa para encontrar as mais adequadas soluções;
 Mudança de métodos habituais de resolução de tarefas colocadas;
 Avaliação de diversas variantes de resolução para encontrar um resolução mais
racional;
 É um factor de ligação entre o concreto e o abstracto.

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2.7. A LINGUAGEM COMO PROCESSO COGNITIVO

A linguagem é a capacidade que temos para expressar pensamentos e sentimentos


através da palavra. É a ferramenta que usamos para comunicar-nos e para organizar e
transmitir a informação que temos sobre nós e sobre o mundo. A linguagem e o pensamento
desenvolvem-se de forma paralela e estão intimamente relacionados, influindo-se
reciprocamente.

O pensamento está socialmente condicionado e ligado indissoluvelmente com a


linguagem, a fala. O pensamento humano é impossível sem a língua. Qualquer pensamento
surge e se desenvolve em ligação indissolúvel com a linguagem. Quando mais profundo e
bem ponderado é um certo pensamento, tanto mais clara e precisa é a sua expressão em
palavras. O homem quando resolve um problema pensa de si para si como se estivesse a
conversar consigo mesmo.

2.8. A IMAGINAÇÃO COMO PROCESSO COGNITIVO

É o processo psíquico cognitivo, exclusivo ao homem, mediante o qual se criam


(elaboram) imagens e noções que não existiam na experiência anterior, ou seja, a habilidade
que os indivíduos possuem de formar representações, construir imagens mentais a cerca do
mundo real ou mesmo de situações não directamente vivenciadas.

A base da imaginação são noções da memória que se completam por novas


percepções, transformando-se em novas percepções e noções.

Importância:

a. Permite conceber o resultado do trabalho antes do início;


b. Alarga os horizontes da memória e percepção;
c. Permite antecipar e construir o futuro e o nível de desenvolvimento da capacidade
inventiva. É parte do processo técnico-científico, literário.
d. Permite ao aluno estudar processos, fenómenos inacessíveis para a observação
directa, sua interpretação no quadro de diversas ligações e relações;
e. Desenvolve nos alunos a atitude criadora através e da análise e compreensão do
actual estado da ciência.

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2.9. A APRENDIZAGEM COMO PROCESSO COGNITIVO

É o processo cognitivo através do qual incorporamos nova informação ao nosso


conhecimento prévio. Na aprendizagem incluímos coisas tão diferentes como a aprendizagem
de condutas ou hábitos como lavar os dentes ou aprender a andar, como todos os
conhecimentos que vamos adquirindo com a socialização e a escola. Piaget e outros autores
falaram da aprendizagem cognitiva como o processo em que a informação entra no sistema
cognitivo e altera-o.

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Conclusão

Assim, pode-se concluir do estudo a que se propôs inicialmente no trabalho que


centremo-nos na questão que os processos cognitivos podem ser naturais ou artificiais,
conscientes ou inconscientes, mas geralmente são muito rápidos e ocorrem constantemente e
quase sem que nos demos conta. Por exemplo, quando vamos pela rua e vemos um semáforo
em vermelho iniciamos um processo cognitivo que nos levará a tomar uma decisão (cruzar ou
não cruzar). O primeiro que fazemos é centrar a nossa atenção no semáforo, através da vista
veremos que está em vermelho.

Numa questão de microssegundos recuperamos da nossa memória que quando o


semáforo está vermelho, não se deve cruzar, mas também recordamos que às vezes, se não
passam carros, podemos atravessar. Aqui provavelmente optem pela nossa primeira decisão:
ou esperamos até que o semáforo fique verde, ou olhamos para um lado e para o outro da rua
(dirigir de novo a nossa atenção) para ver se passam carros ou se é seguro cruzar.

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Referências bibliográficas

 Dra. Maria Luisa Lopes, Chicote, dr. Mussa Abacar e dr. Sérgio S. Huó, Psicologia
Geral. Módulos para Cursos de Bacharelato Semi-Presencial;
 PETROVSKY, A. Psicologia Geral. Moscovo, URSS, Editora , Progresso , 1980;
 AVIDOFF, L.. Introdução à Psicologia. São Paulo, Brasil, Editora, McGraw-Hill
Lda, 1987;
 ORON, Roland, PAROT Françoise. Dicionário de Psicologia. climeps Lisboa 2001;
 GUY, Rocher. Sociologia Geral: a organização social, Lisboa, Portugal, Editora,
Presença, 1999;
 LEONTIEV, A. O desenvolvimento do Psiquismo. Lisboa-Portugal, Editora,
Progresso, 1978;
 PSICOLOGIA MODERNA. Os 10 grandes de Psicologia: (Pavlov, Watson, Skinner,
Kohler, Lorenz, Binnet, Montessori, Piaget, Kinsey, Master e Johnson). Editora
Verbo, Lisboa, Portugal e São Paulo, Brasil, 1984.

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