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METODOLOGIAS
DAS LINGUAGENS
ARTÍSTICAS
Introdução
Embora a ludicidade seja inerente ao ser humano durante toda a sua vida,
é na infância que o brincar assume um papel central no desenvolvimento
e na aprendizagem dos indivíduos.
A ludicidade tem um papel muito importante no desenvolvimento
físico, social, psicológico e cognitivo das crianças. Brincando, elas apren-
dem a viver em sociedade, constroem novos conhecimentos e se
desenvolvem.
Apesar de todo o conhecimento construído sobre a importância da
ludicidade na infância, muitas vezes a escola não a oportuniza, em nome
do trabalho com os conteúdos escolares.
No ensino e na aprendizagem artística, a ludicidade deve ser pensada
como um elemento fundamental para as crianças se manifestarem livre-
mente, seja a partir da interação com seus pares, seja nas situações criadas
pelo professor, com o intuito de construírem novos conhecimentos.
2 Experiências lúdicas de linguagem e imaginação criadora
Conviver com
outras crianças
e adultos
Explorar
movimentos,
gestos, sons,
formas, Brincar
texturas, cores,
emoções, etc.
Direitos de
aprendizagem
Expressar-se
sobre diferentes
assuntos, Participar
usando ativamente da
diferentes gestão da sala
linguagens de aula
Conhecer-se
O ensino da arte
Ao longo da história, o ensino da arte passou por diferentes momentos, até
que se pudesse compreender a importância das manifestações infantis e
o modo como as repertoriar para a promoção de avanços na construção de
conhecimentos artísticos.
No início do século XX, a pedagogia adotada era a pedagogia tradicio-
nal, conforme a qual as aulas tinham por objetivo o aprendizado de técnicas,
o desenvolvimento de habilidades manuais e de coordenação motora, bem
como a precisão dos movimentos para o preparo de um produto final, que
poderia ser um desenho, um quadro, uma apresentação teatral, a execução
6 Experiências lúdicas de linguagem e imaginação criadora
Uma função igualmente importante que o ensino da arte tem a cumprir diz
respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cul-
tura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que
governam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos na sociedade.
A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada
para uma compreensão mais significativa das questões sociais (BRASIL,
1997, documento on-line).
experiência poética;
desenvolvimento de potencialidades (percepção, reflexão, sensibilidade,
imaginação, intuição, curiosidade e flexibilidade);
experiência de interação (com seus pares e com os artistas e os contextos
de produção);
forma (a estrutura e as leis internas que lhe são características);
produção cultural (fruto da imaginação humana, sua historicidade e
sua diversidade).
Experiências lúdicas de linguagem e imaginação criadora 9
Leituras recomendadas
ARTES na BNCC. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Movimento pela Base
Nacional Comum. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lNn9tzV1NiY.
Acesso em: 28 abr. 2020.
BARROS, Â. R. S. Abordagem triangular no ensino das artes e culturas visuais. In: CONFAEB,
26., 2016, Boa Vista. Anais eletrônicos... Disponível em: http://ufrr.br/confaeb/index.php/
anais/category/4-artes-visuais?download=22:barros-angelo. Acesso em: 28 abr. 2020.
BOMBONATO, G. A.; CORRÊA, A. As etapas do desenho infantil segundo autores con-
temporâneos. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, v. 3, n. 1, p. 171–195, 2016.
Disponível em: http://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/
sumario/40/30042016104546.pdf. Acesso em: 28 abr. 2020.
BNCC na prática para educação infantil: desenho coletivo. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo
(7 min). Publicado pelo canal Nova Escola. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=CC1R-b12jQY. Acesso em: 28 abr. 2020.
FERRAZ, M. H. C. de T.; FUSARI, M. F. de R. e. Metodologia do ensino de arte: fundamentos
e proposições. São Paulo: Cortez, 2009.
LOWENFELD, V. A criança e sua arte. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1977.
OLIVEIRA, I. C. C. de; FRANCISCHINI, R. Direito de brincar: as (im)possibilidades no con-
texto de trabalho infantil produtivo. Psico-USF, v. 14, n. 1, p. 59–70, 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pusf/v14n1/a07v14n1.pdf. Acesso em: 28 abr. 2020.
PIMENTEL, V.; SZPIGEL, M. Cópia ou releitura?: como não levar gato por lebre. Pátio,
ano 1, n. 14, 2000.
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