Você está na página 1de 9

O ENSINO DA ARTE E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

ALUNO

RESUMO

Este artigo parte do pressuposto de que a arte na educação Infantil tem sido
caracterizada por atividades sem sentido e entendidas como lazer e
entretenimento. Mas que possui sim um aprendizado significativo, portanto, é
considerado um tema importante para reavaliar o estado histórico da arte na
educação brasileira. No decorrer do percurso educativo, o aluno realiza aulas e
tarefas que contribuem para o desenvolvimento cognitivo que contribuem para
a realização novos e diferentes níveis de crescimento. A metodologia utilizada
foi a pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica por meio da análise e
interpretação das obras de autores e pesquisadores que atenderam ao tema. A
educação artística tem um papel importante no processo de ensino
aprendizagem porque gera significativamente o desenvolvimento humano. O
aluno quando tem contato com a arte, dimensiona seus sonhos, aprimora seu
potencial de comunicação, fortalece os vínculos afetivos, aprecia cores e
formas e aumenta o interesse por conteúdo artístico e musical, aspectos
essenciais para os indivíduos que desejam buscar artisticamente o sentido da
vida.

Palavras-chave: Artes visuais. Educação Infantil. Práticas pedagógicas.

1. INTRODUÇÃO

Se olharmos para a educação infantil a partir dessa perspectiva,


podemos ver a importância dessa fase. Pode facilitar o planejamento e o
desenvolvimento de diversos conteúdos para o crescimento da criança, além
de auxiliar no aprendizado da linguagem escrita e da matemática, sendo que a
arte pode ser considerada uma importante área de conhecimento para o
crescimento da criança.
Segundo Marcuse (2013, p. 66), “a arte tem esse poder transcendental
de elevar o indivíduo a um nível de emancipação a partir da experiência
estética vivida pelo mesmo”.
Refletindo sobre práticas sem intencionalidade com crianças pequenas e
a ausência dessas vivências ricas de cultura em ambientes de educação
Infantil, percebemos o quanto está ficando à margem o poder da criação e
imaginação que, segundo Vygotsky “a imaginação é um processo
extremamente complexo” (VYGOTSKY, 2009, p.37) considerando que é
importante para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores nas
crianças, entendê-las como os mecanismos psicológicos mais sofisticados,
típicos da espécie humana: controle consciente do comportamento, atenção e
memória voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato, raciocínio,
dedução raciocínio, capacidade de planejamento, etc.
O ensino da arte é um conteúdo muito importante em todo o processo
de ensino aprendizagem, pois contribui significativamente para o
desenvolvimento da pessoa, sendo portanto, quando um professor coloca a
arte em prática, ele consegue dimensionar os sonhos dos alunos, aprimorar
seu potencial de comunicação, fortalecer vínculos afetivos, valorizar cores e
formas e aumentar o interesse por conteúdos artísticos e musicais, aspectos
básicos para pessoas que querem encontrar o sentido da vida.
Isso despertou o interesse em novas pesquisas sobre o tema. Procurei
discutir e demonstrar a importância do ensino/aprendizagem de artes visuais
na educação infantil, valorizando o desenvolvimento e os processos criativos
da criança. Os processos criativos precisam ser desenvolvidos na educação
infantil de forma sensível, desafiadora e envolvente. Na educação infantil as
crianças precisam explorar seus sentidos, por isso procurei proporcionar às
crianças diversas experiências incentivando o processo de criação, o
pensamento crítico e a autonomia.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

É fato que a arte visual está diretamente relacionada à imaginação, que


se configura como uma ação cognoscível relacionada aos seus medos,
emoções, sentimentos e percepção do mundo que os cerca. Segundo Freire
(1996, p. 69):

Mulheres e homens são os únicos seres que se tornaram social e


historicamente capazes de aprender. É por isso que somos os únicos
para quem aprender é uma aventura criativa, algo muito mais rico do
que simplesmente repetir uma determinada lição. Para nós, aprender
é construir, reconstruir, observar para mudar, o que não pode ser feito
sem a abertura ao risco e à aventura do espírito.

Da mesma forma, Barbosa (1991) ensinou que a arte e o


desenvolvimento infantil são moldados por mídias feitas pelo homem,
representações simbólicas que caracterizam aspectos da sociedade e da vida.
A arte, ainda considerada por muitos como uma disciplina ridícula, não inclui a
verdadeira ciência por trás dela.
Conforme ensinam Lowenfeld e Brittain (2003) para uma criança, a arte
não possui o mesmo significado do que para um adulto. Em crianças a arte
desempenha um papel potencialmente vital na educação.
A arte na educação infantil é fundamental porque melhora a expressão
da criança, contribui para sua forma de estar no mundo, além de interpretar o
mundo como ela o vê, conhecer a si mesma e aos outros, trabalhar sua
imaginação e desenvolver outras expressões. Segundo as palavras de Martins,
Picosque e Guerra (1998, p. 43), “a linguagem da arte oferece um diálogo de
sentimentos, uma conversa agradável entre nós e as formas de imaginação e
sentimento que ela nos proporciona”. A arte é importante porque é uma
necessidade humana de se expressar e o seu desenvolvimento ocorre num
ambiente social e cultural: envolve expressões sensíveis e estéticas em diálogo
com o mundo que a rodeia. Lowenfeld; Brittain complementa dizendo que
(2003, p. 19):

Para a criança, a arte é algo muito diferente e constitui,


primordialmente, um meio de expressão. Não existem duas crianças
iguais e, de fato, cada criança difere até do seu eu anterior, à medida
que constantemente cresce, que percebe, que compreende e
interpreta o seu ambiente. A criança é um ser dinâmico; para ela, a
arte é uma comunicação do pensamento. Vê o mundo de forma
diferente daquela como o representa e, enquanto desenvolve, sua
expressão muda

Nesse sentido, a arte pode ser um princípio norteador da prática escolar.


As diversas experiências artísticas que as crianças colocam em contato com
novas vivências, novos contatos, novos mundos que a vida com a arte
possibilita podem criar condições reais para o desenvolvimento das funções
psicológicas superiores. No entanto, não se trata de ensinar arte, mas de
proporcionar uma situação de aproximação, vivência com as obras e
empreendimentos artísticos. De acordo com os RCNEI (BRASIL, 1998, p. 88-
89):

Embora seja possível identificar espontaneidade e autonomia na


investigação e criação artística das crianças, o seu trabalho revela: o
lugar e o tempo histórico em que vivem; suas oportunidades de
aprendizagem; as suas ideias ou representações sobre a obra de arte
que criam e a produção a que têm acesso, bem como o seu potencial
para as refletir. As crianças têm as suas próprias impressões, idéias e
interpretações sobre a produção artística e a criação artística. Tais
construções baseiam-se em suas experiências de vida, que incluem
sua relação com a produção artística, com o mundo dos objetos e
com a sua própria criação. As crianças exploram, sentem, agem,
refletem e criam significado a partir de suas experiências. A partir daí,
constroem significados sobre como ela é feita, o que é, para que
serve e outros conhecimentos sobre arte.

As atividades artísticas no mundo infantil representam um sentido de


organização de suas experiências. O processo de sua atividade pode permitir
que as crianças identifiquem entre conhecer e agir, entre sentir e pensar. Isso
significa que na infância ele começa a construir um valor estético, sentimental e
uma compreensão do mundo em que vive

2.2 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS UTILIZADAS COMO FERRAMENTAS DE


APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo Franco (2012, p. 162), “[...] Práticas pedagógicas são práticas


sociais que se organizam para dar conta de determinadas expectativas
educacionais de um grupo social. Duas questões mostram-se fundamentais:
articulação com as expectativas do grupo e existência de um coletivo”. As
práticas pedagógicas organizam-se e desenvolvem-se por adesão, produzindo
diferentes faces em distintas perspectivas teóricas e científicas.
Na educação infantil, a arte contribui para o desenvolvimento da criança
e de sua aprendizagem. As artes visuais na educação infantil são importantes.
Vale ressaltar que o papel da escola é oferecer educação integral,
preocupação em criar um filho. Você precisa pensar na escola que oferece um
espaço para trabalhar a Arte com suas especificidades, onde a criança pode
desenvolver seu processo de criação artística e suas formas de expressão.
Então, para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem no campo das artes
visuais na educação das crianças, as atividades precisam de um local
organizado e conveniente feito (GUEDES; FERREIRA, 2017).
Segundo Arantes (2019) na educação infantil, o professor deve
conhecer bem a criança para buscar maneiras de guiá-lo, usar espaços,
materiais, formas, objetos, tudo pode melhorar a construção do conhecimento
em Arte. Portanto, é muito importante planejar, então o professor deve ter
muita clareza e certeza do que quer sugerir às crianças, inclusive sendo claro
sobre os objetivos que deseja alcançar com a sua atividade e desenvolver mais
atividades de acordo com a idade das crianças, experiências já vividas. Entre a
criança e a criança, o papel do professor é crucial em conteúdos artísticos que
serão desenvolvidos para que a criança tenha um ensino/aprendizagem mais
amplo.
Guedes e Ferreira (2017) comentam que para que o ensino da arte
auxilie de fato no processo ensino-aprendizagem e contribua para o
desenvolvimento social e cognitivo dos alunos, deve-se pensar e repensar nos
conteúdos a serem passados em sala de aula. A seleção dos conteúdos
poderá partir estabelecendo relações com os conteúdos presentes nas
produções, manifestações locais, regionais, globais, das diversas linguagens
artísticas. Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das
manifestações/produções artísticas. Esta materialização do pensamento
artístico de diferentes culturas coloca-se com um referencial (signos) que
poderá ser interpretado pelos alunos por meio do conhecimento dos códigos
presentes nas linguagens artísticas.
Partindo destes objetivos, no entendimento de Arantes (2019), uma ação
pedagógica eficiente para o ensino da arte deve constar de um fazer artístico
que permita: a criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir do
próprio repertório da criança e da utilização dos elementos da linguagem das
artes visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, texturas etc.; exploração
e utilização de alguns procedimentos necessários para desenhar, pintar,
modelar etc.; exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na
realização de seus projetos artísticos; valorização de suas próprias produções,
das de outras crianças e da produção de arte em geral.
As crianças precisam vivenciar intensamente, seja a partir da sua
cultura, contexto ou memórias, e procuram explorar os sentimentos mais
profundos e honestos: começam a pintar ou desenhar de forma livre e
libertadora. O que é importante na criação é que o seu processo permite que a
criança se realize, se desenvolva a partir da sua percepção, observação,
imaginação e raciocínio (UCHOA, 2006).
Para as crianças pequenas, as informações sobre arte e artistas devem
ser breves, agradáveis, como se contassem uma história. Relate pequenas
coisas como o título da obra, o artista e quaisquer curiosidades atuais que você
considere importantes, pois o objetivo do professor não é lembrar nomes ou
acontecimentos ocorridos, mas sim apresentar e apreciar as obras
apresentadas, ou seja, vida histórica ou qualquer outro assunto não pode
dominar o trabalho, então é preciso ter cuidado para não exagerar. Ou seja, um
link que a criança pode observar, comparar, editar, deletar. Estas são ações
familiares que são essenciais para o processo de criação (FERRI, 2017).
Segundo Ferraz e Fusari (1999, p. 49-50):

O professor deve manusear esses materiais de acordo com a


orientação de sua aula para que ajudem a concretizar o
conhecimento sobre arte. As crianças de qualquer idade têm a
capacidade de perceber as variações formais, estruturais e
cromáticas que existem no mundo em que participam. Uma conversa
interessante sobre essas nuances favorece aspectos perceptivos, e
esse processo dinâmico auxilia na compreensão de formas, imagens,
símbolos, ideias... Outro ponto importante é o contato da criança com
obras de arte. Quando isso acontece com crianças que têm
oportunidade de se envolver em atividades criativas, fica claro que
elas adquirem novos repertórios e conseguem fazer conexões com
suas próprias experiências. E, no entanto, se também forem
encorajados a observar, a tocar, a falar, a refletir, veremos quantas
descobertas emocionantes podem ocorrer. Por exemplo, é possível
problematizar a interação das crianças com as obras do patrimônio
cultural da cidade (escultura, pintura, música, artistas) e, assim,
revelar certos conhecimentos sobre estruturas, funcionalidade,
materiais, características da época, significado histórico e social...

Trabalhar com artes visuais na educação infantil exige profunda atenção


do professor, que deve explicar às crianças como respeitar o próprio corpo, não
colocar tinta na boca ou em outras partes do corpo, não sujar os colegas e
respeitar o trabalho deles. Da mesma forma, com os objetos e materiais
utilizados, tome cuidado para não prejudicar você ou seu colega. Segundo o
RCNEI (BRASIL, 1998, p 98-99):

Com as crianças, é necessário trabalhar os cuidados necessários


com o próprio corpo e com o corpo dos outros, principalmente olhos,
boca, nariz e pele, ao manusear diversos materiais, ferramentas e
objetos. A escolha dos materiais deve estar sujeita à segurança que
oferecem. Devem ser evitados materiais tóxicos, cortantes ou que
possam prejudicar ou prejudicar a saúde das crianças.

As crianças têm suas preferências, formas e ritmos de trabalho, e os


educadores devem respeitar e perceber cada um em suas especificidades,
sem interferir na educação da criança, que precisa ser trabalhada de acordo
com a faixa etária. Isso significa que o pensamento, a sensibilidade, a
imaginação, a percepção e o conhecimento da criança precisam ser
trabalhados de forma abrangente com o objetivo de priorizar o desenvolvimento
de suas próprias capacidades criativas (GUEDES; FERREIRA, 2017).

3. CONCLUSÃO

O objetivo geral deste trabalho foi compreender os procedimentos


pedagógicos no ensino de artes visuais na primeira infância. O
ensino/aprendizagem de arte na primeira infância começa com descoberta,
exploração, experimentação, imaginação e criação. A imaginação é um
processo experimental que pode ser percebido desde a infância, pois
representa situações através de brincadeiras, cenas de situações, locais como
escola, casamento, brincadeiras...
A criação artística deve estar presente desde a infância, contribuindo
para uma vida repleta de experiências, fortalecendo a curiosidade e a
criatividade das crianças para um ensino/aprendizagem mais significativo. A
curiosidade leva as crianças a explorar o mundo que as rodeia e a tentar
adquirir conhecimentos e competências através da experimentação,
descobrindo o desconhecido. O processo de aprendizagem artística melhora a
expressão estética da criança, além de permitir a descoberta dos fatos que a
cercam, auxilia o desenvolvimento da crítica e da criação, focando na
expansão da imaginação e da criatividade, ações importantes para o
desenvolvimento da infância.
É preciso criar, mudar e poder aprender o significado das coisas, e por
isso a arte em suas experiências intensifica o ensino/aprendizagem em suas
práticas e teorias. Deste ponto de vista, tenho cada vez mais consciência de
que os professores precisam criar diferentes formas de ensinar, pois a cada dia
novos recursos e materiais aparecem em nosso ambiente. Para isso, o
desenvolvimento artístico e estético deve estar presente desde a primeira
infância na criação, apresentação e descoberta de caminhos que permitam à
criança desenvolver não só conhecimentos, mas principalmente necessidades
emocionais. A criança deve sonhar, inventar, descobrir e dar asas à sua
imaginação, tornar-se objeto da sua própria aprendizagem, ser criadora e
construtora do seu próprio conhecimento.
No convívio com a arte, as crianças são levadas a atitudes curiosas,
reflexivas e investigativas que lhes conferem a capacidade de construir,
transformar e expressar-se. Uma criança também aprende através da arte
diferentes histórias de vida e visões de mundo de outra pessoa, como nas
obras e artistas apresentados durante leituras repetidas, experiências de vida e
percepções do outro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANTES, Milna Martins. Arte e práticas educativas na educação infantil:


rupturas e continuidades. 2019. 313 f. Tese (Doutorado em Educação) -
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019.

BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos


tempos. São Paulo: Perspectiva, 1991.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI).


3 v. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo e FUSARI, Maria F. de Rezende.


Metodologia do Ensino de Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.

FERRI, Marcia Barcellos. Ensino de artes para crianças: caminho para a


autonomia ou adaptação?Política e Gestão Educacional, Araraquara, jan. 2017.

FRANCO, Maria Amélia do Rosário Santoro. Pedagogia e prática docente.


São Paulo: Cortez, 2012.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática


educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GUEDES, Marcia D; FERREIRA, Adrian.O professor de educação infantil, a


arte e a educação estética: percursos de um grupo de pesquisa – UFMA. 38ª
Reunião Nacional da Anped – 01 a 05 de outubro de 2017, UFMA- São
Luís/MA.

LOWENFELD, V.; BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade


criadora. São Paulo: Editora Mestre Jou, 2003.

MARCUSE, Herbert. A dimensão estética. Tradução de: Maria Elisabete


Costa. Lisboa/Portugal: edições 70, 2013.

MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria Terezinha


Telles. Didática do Ensino de Arte: A Língua do Mundo. São Paulo: FDT,
1998.

UCHOA, Marcelo. O ensino de arte nas escolas: reflexão e idéias. 2006.


Disponível em: :: O ENSINO DE ARTE NAS ESCOLAS: Reflexão e Idéias. ::
(overmundo.com.br). Acesso em: 09 de agost. De 2023.

VIGOTSKI, Lev. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico.


Tradução de Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009.

Você também pode gostar