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RIBEIRÃO PRETO – SP
2017
MARIA GORETE SILVA
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Orientadora:Prof.
forma essas estão presentes nessa fase da Educação e a sua importância para
do teatro (dança, música, poesia, etc.). Mostrar também que essas linguagens
Esse trabalho faz um resgate das intenções que orientam as ações dos
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gorete01silva@mail.com
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Referências Bibliográficas
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
1 INTRODUÇÃO
Nesse sentido é cada vez mais necessário que o nosso aluno seja capaz de
compreender as múltiplas linguagens, como por exemplo, as plásticas, gestuais,
musicais, de imagem, do teatro, histórias infantis, entre tantas outras.
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2 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
Segundo Vygostky(1988, p.142), a escrita tem início com os gestos, e esses “são
a escrita no ar, e os signos escritos são, frequentemente, simples gestos que formam
fixados”. São formas de comunicação, assim “quando ela tem de desenhar o ato de
pular, sua mão começa a fazer os movimentos indicados do pular; o que acaba
aparecendo no papel” (VYGOTSKY, 1998, p. 142).
Vygotsky (1998, p. 143) afirma que “A segunda esfera de atividades que une os
gestos e a linguagem escrita é a dos jogos das crianças”. Para o autor, através dos
brinquedos que a criança estabelece elos entre os gestos e a linguagem escrita. “O mais
importante é a utilização de alguns objetos como brinquedos e a possibilidade de
executar, com eles, um gesto representativo. Essa é a chave para a função simbólica do
brinquedo das crianças” (VYGOTSKY, 1998, p. 143).
Assim, “o brinquedo simbólico das crianças pode ser entendido como um sistema
muito complexo de ‘fala’ através de gestos que comunicam e indicam os significados
dos objetos usados para brincar” (VYGOSTKY, 1998, p. 143).
O brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal, que é
por ele definida como a distância entre o nível de desenvolvimento real, que
se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1998, p.112).
Portanto uma das funções básicas do brincar é permitir que a criança aprenda a
elaborar resolver situações conflitantes que vivencia no seu dia-a-dia usará capacidades
como observação, a imitação e a imaginação (VYGOSTKY, 1998).
3 A DANÇA E A MÚSICA
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Segundo Marques (2005, p. 30)“a escola, inicialmente, estaria mais engajada com
as danças criadas com finalidades e intenções artísticas, já que os outros tipos de dança
estão disponíveis e mais acessíveis aos alunos no meio em que vivem”.
Ainda sobre o pensamento do autor, cabe ao professor conhecer e mediar entre os
tipos de danças das crianças, analisar “seus repertórios pessoais e culturais [...] suas
escolhas pessoais de movimento”(MARQUES, 2005, P.33).
Já com relação à música, essa proporciona experiências corporais que conforme
Craidy; Kaercher (2001, p. 124) “a criança precisa de vivências mais ricas para
construir uma imagem de si mesma, e a partir de sua identidade corporal, suas
possibilidades físicas, suas singularidades”.
4 O DESENHO E A ESCRITA
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Cabe destacar que o repertório gráfico da criança, bem como sua experiência,
encontram-se condicionados pelo meio que ela vive e realiza seus desenhos.
Luquet(1969, p.24) analisa que: “As circunstâncias exteriores, se num sentido
estimulam a espontaneidade da criança, não a subordinam a uma vontade estranha;
propõem - lhe um motivo, mas não lhe impõe”. Dessa forma, ressalta-se que capacidade
criadora da criança tem vários tipos de desenvolvimento.
“A representação da realidade por um caminho que se estabelece com os inícios
da figuração. Apresenta a evolução do desenho não como uma caminhada para uma
figuração adequada ao real, mas como uma caminhada para uma desgestualização
progressiva” (MERÉDIEU, 1994, p.23).
Assim para Merédieu(1994) a figuração se inicia com um desenho informal
passando depois para um grafismo voluntário, enriquecido pelos olhos que movimentam
o traçado. No entanto, para que a criança comece a desenhar é necessário que lhe
forneçam instrumentos necessários para que comece a produzir.
Segundo Merediéu(1994 , p.4) nesse aspecto, “o aparecimento do que se chama
arte infantil foi condicionado pela evolução das técnicas gráficas e plásticas, e pela
difusão cada vez maior do papel e do lápis, ocasionada pela baixa do custo de
fabricação desses produtos”.
Derdyk(1994,p.18) destaca que: “O ato de desenhar impulsiona outras
manifestações, que acontecem juntas, numa atividade indissolúvel, possibilitando uma
grande caminhada pelo quintal do imaginário”. Com efeito, o desenho constitui a
expressão da visão de mundo que cada criança possui, pois através do desenho a criança
desenvolve suas potencialidades manifestando suas reflexões.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre
a literatura e história cultural. Tradução: Sergio Paulo Rouanet. 7ª edição. São Paulo:
Brasiliense, 1994.
MÉREDIÉU, Florence de. O Desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 1974. 115p.