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Arte na Educação Inclusiva

Autor: Marcielaine Cardoso Maciel e Maria Eduarda Machado de Vargas1


Tutora externa: Glaé Machado2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Licenciatura Pedagogia (FLX 1681) – Estágio Curricular Obrigatório I
Educação Infantil
20/11/2020

RESUMO

O tema do presente trabalho é: A arte na Educação Inclusiva. Teve por objetivo


apresentar a importância da Arte como Inclusão na educação infantil e ressaltando os
benefícios desta inclusão. O tema escolhido teve como área de concentração Educação
Inclusiva na Educação Infantil. As propostas das regências foram fundamentadas com
o intuito de haver a inclusão e que eles se interessassem pela atividade proposta, assim
refletindo a prática pedagógica, oportunizando as crianças a terem experiências
através da ludicidade, desenvolvendo a imaginação, sentimentos, identidade e
etc.Sendo assim, a metodologia utilizada é bibliográfica, em que se obteve acesso a
inúmeras informações com vários autores, e também através da entrevista realizada
com a equipe diretiva da Escola Municipal de Ensino Infantil Dona Norinha, no qual
íamos aplicar nossas atividades do estágio.

Palavras-chave: Educação Infantil. Artes. Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo irá abordar o tema: A arte na Educação Inclusiva. A Arte como área
do conhecimento é um elemento desafiador, em que se pode trabalhar de modo
adequado e coerente, assim mostrando através da arte, que é possível, desenvolver
diversas áreas do conhecimento, como a percepção visual, auditiva, expressão corporal,
imaginação, etc. Assim, capacitando o estudante com algum tipo de deficiência.
Considera-se que a Arte como ferramenta inclusiva na educação infantil, é de
extrema importância, pois, espera-se que através da Arte, o professor tenha a
oportunidade de expandir suas experiências que irão colaborar para a evolução da
1
Alunas do curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo Da Vinci – Pólo Montenegro/RS.
2
Professora Tutora do curso de Pedagogia e Formação Pedagógica do Centro Universitário Leonardo Da
Vinci – Pólo Montenegro/RS, Pós-Doutoranda e Pesquisadora em Educação pela PUCRS e Assessora
Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de Brochier/RS.
individualidade do aluno com necessidades educativas especiais e sua socialização.
Assim, acontece inclusive na educação infantil, a qual se tem dado grande evidência
para a arte, tanto para a alfabetização quanto para desenvolvimento integral do aluno (a)
uma vez que a atitude do aluno é fruto do que ele aprende, pensa e de suas
possibilidades.
Seguindo esse raciocínio, a Arte na educação inclusiva, inclui crianças com
algumas necessidades especiais, portanto torna-se indispensável fornecer aos alunos
estímulos de diferentes ordens e formatos, para que consiga expressar e compreender
todas as visões da temática que engloba a Arte. Isso não pode ser exclusivamente em
ambiente escolar, esse estímulo deve ocorrer também em âmbito familiar e social,
direcionado ou livre, mostrando que a Arte com suas técnicas visuais, teatrais,
artesanais e redacionais, atua consolidando a inclusão social e educacional de pessoas
com deficiências.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Arte na Educação Inclusiva atua como promotora, fazendo com que a criança
se promova ao longo de seu desenvolvimento, construindo sua autonomia e sua
identidade. Sendo assim, a instituição de ensino deve estar organizada e valorizar seus
alunos, dando vez e voz a todos.
Os docentes devem atuar de forma a incentivar os seus alunos por autonomia,
estando atento aos sinais de inclusão, interação e mediação destes processos. Portanto, o
professor deve trazer suas atividades sempre com muita clareza, por meio de
planejamentos que trazem diversas linguagens de forma divertida e atraente.
Este artigo foi realizado através de pesquisas bibliográficas, procurando
esclarecer toda e qualquer dúvida que pudesse haver em relação ao tema escolhido, no
qual procuramos nos aprofundar mais claramente sobre a temática. No entanto, não foi
possível realizar nosso estágio de forma prática com os docentes na área de educação,
nem interagir com os alunos e também, não conseguimos ouvir os familiares, que
sempre atuam com as crianças.

Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras


culturas, o aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam
tanto seus modos de pensar e agir como os da sociedade. Trata-se de criar um
campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer o
entendimento da riqueza e diversidade da imaginação humana. (BRASIL,
1998, p.16).

Portanto, é de extrema importância que o professor conheça a realidade do aluno


e faça intervenções que o aluno possa interagir, com intuito de haver a inclusão. Nosso
projeto de estágio teve como área de concentração a Educação Inclusiva na Educação
Infantil, dando ênfase para o desenvolvimento do docente.

Seguindo o raciocínio exposto, Brasil (1998) diz que:

Além disso, os alunos tornam-se capazes de perceber sua realidade cotidiana


mais vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos,
movimentos que estão à sua volta. O exercício de uma percepção crítica das
transformações que ocorrem na natureza e na cultura pode criar condições
para que os alunos percebam o seu comprometimento na manutenção de uma
qualidade de vida melhor. (BRASIL, 1998, p.17).

No decorrer normal de um ano escolar as crianças nas instituições educacionais,


teriam conteúdos curriculares, os quais auxiliariam a aprendizagem. Além dos
conteúdos específicos envolvendo a Arte em termos gerais, as diretrizes atentam para
multiplicidade de informações visuais ao redor do aluno, instigando-o ao conhecimento,
amplitude da visão e posicionamento crítico, uma educação para saber, distinguindo
sentimentos, sensações, ideias e qualidades contidas nas formas e nos ambientes.

A escola como instituição educacional é uma unidade social empenhada em


concretizar a intencionalidade educativa estabelecida segundo a filosofia de
educação adotada. Para tanto, muito mais do que os cenários nos quais ocorre
o ensino-aprendizagem de conteúdo, consideram-se os valores, princípios e
todas as relações que se estabelecem entre os grupos que nela interagem e
que, em seu conjunto, constituem-se como comunidade de aprendizagem.
(CARVALHO, 2004, p. 111)

Entendemos que trabalhar atividades de Artes na inclusão é o modo de convidar


a participar de forma independente (iniciativa próprio dos alunos) com o propósito de
um desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e
cognitivo como também recuperar e/ou manter os valores da humanidade. Acreditamos
fortemente na importância da Arte no processo de ensino-aprendizagem e inclusão, pois
assim a aprendizagem acontece de forma mais prazerosa e, muitas vezes, até
inconsciente.
De acordo com Cañete (2011, p. 66):
As crianças não vêm com manual. Elas vêm para nos ensinar muito,
especialmente sobre formas mais avançadas de comunicação e de
relacionamento: a multidimensional e a interdimensional. Assim, será preciso
esquecer grande parte do que aprendemos de pais, avós e livros sobre
educação para realmente abrirmos espaço em nossas mentes e corações para
estes novos indivíduos. (CAÑETE, 2001, p.66)

Contudo, com toda a pesquisa sobre o processo de ensino e aprendizagem da


Arte na inclusão, podemos ressaltar que se torna algo prazeroso, pois, a aprendizagem é
centrada no desenvolvimento do aluno, e em não em suas limitações.Ela (a Arte)
envolve os indivíduos em uma experiência consigo mesmo e o torna capaz de
desenvolver seus pensamentos artísticos, então, o aluno vai exercitando sua
sensibilidade, percepção, imaginação e a partir desses processos, torna-se capaz de dar
sentido às suas vivências particulares, não deixando suas limitações o desmotivar.

3VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O objetivo do Estágio Curricular Obrigatório na Educação Infantil, é possibilitar


ao graduando conhecer e vivenciar na prática a experiência de ser um docente, é um
momento muito enriquecedor, pois é nessa fase da formação acadêmica que surge a
oportunidade de interagir com os conhecimentos teóricos e com a prática.
Com o decorrer da pandemia que abrangeu o mundo, e nosso isolamento social,
não foi possível realizar nosso estágio presencialmente, assim, sendo completamente
diferente do que imaginamos, vivenciando uma experiência atípica.
A experiência educativa ocorreu através de entrevistas à distância com Equipes
Diretivas e Professoras, observações do ambiente virtual da escola através de sites e
páginas nas Redes Sociais, elaboração de planos de aulas para possíveis atividades
pedagógicas remotas, relatórios sobre essas experiências, registro do dia a dia dessas
experiências e vivências, mesmo não ocorrendo a interação com as crianças e seu
mundo educacional de forma presencial.
Cabe a nós, relatar o quanto sentimos falta do contato físico e o quão desafiador
foi desenvolver este projeto, precisando ter uma nova visão de como ser docente.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)


Ao concluir o nosso artigo de estágio não podemos deixar de mencionar uma das
dificuldades vivenciadas nesse processo, que refere-se aos planejamentos que não se
realizaram de acordo com o previsto, isso porque não foi possível nos encontrarmos
com o docente efetivo para planejar, mas isso não foi obstáculo para desenvolvermos
um trabalho de qualidade, a prática docente é um processo árduo que visa o
aperfeiçoamento e constante aprimoramento dos conhecimentos, neste sentido, fomos
colocados a prova a aprender e colaborar no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos, como também, no nosso processo profissional.
Portanto, o Estágio Curricular Obrigatório Educação Infantil foi um processo de
análise, uma vez que exigiu um aprofundamento dos conhecimentos teóricos e um
trabalho de pesquisa com os atores do contexto educativo. No entanto, para desenvolver
um trabalho de estágio em plena pandemia, foi requerido muito interesse,
comprometimento e colaboração de nós graduandos, pois nesse percurso tivemos o
objetivo de conhecer as múltiplas relações presentes no âmbito educacional, os alunos
nas suas dificuldades e os problemas existentes no ambiente da sala de aula, e fora dela,
oportunizando refletir sobre nossas ações, sendo tudo isso analisado por dados retirados
de pesquisas bibliográficas.

REFERÊNCIAS

BRASIL – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros


Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1998. Acesso em: 10 de agosto de
2020.

CAÑETE, Ingrid. Crianças cristal: A transformação do ser humano. Osasco, SP:


Editora Novo Século, 2011. Acesso em: 14 de agosto de 2020.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: Com os pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação, 2004. Acesso em: 07 de setembro de 2020

FERRAZ, Maria H. C. T.; FUSARI, Maria F. R. Metodologia do ensino de arte. São


Paulo: Cortez, 1993. Acesso em: 10 de setembro de 2020.

TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do trabalho


acadêmico. Indaial: UNIASSELVI, 2011. Acesso em: 19 de setembro de 2020.
ANEXO I

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