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FACULDADE FUTURA

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

ALCIONE CASIMIRO DO ROSARIO

A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA


PARA A ALFABETIZAÇÃO

BAIXO GUANDU -ES


2022
FACULDADE FUTURA
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

ALCIONE CASIMIRO DO ROSARIO

A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA


PARA A ALFABETIZAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Fa-


culdade Futura – Grupo Educacional Faveni, como
requisito parcial para obtenção do título de (Licen-
ciatura ou Bacharel) em Pedagogia.

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues

BAIXO GUANDU – ES
2022
A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
PARA A ALFABETIZAÇÃO

Autor¹, ALCIONE CASIMIRO DO ROSARIO

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial
ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e admi-
nistrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- Este trabalho tem por objetivo pesquisar dados que demonstrassem a importância
das atividades lúdicas na alfabetização, visto que jogos e brincadeiras são, essencial na construção
de uma aprendizagem significativa e isso em qualquer fase escolar. Sabe-se que a criança se ca-
racteriza principalmente pela sua criatividade, pelo fascínio das descobertas, das atividades e situ-
ações diferentes, enfim, possui extremo interesse pelo novo, pelo palpável e por tudo o que é no
concreto. Assim o processo de aprendizagem na alfabetização e letramento torna-se prazeroso,
fácil e dinâmico. Constatando que alguns dos desafios enfrentados pelo alfabetizador são a pouca
formação focada na alfabetização, a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos e a o
alto índice de indisciplina presente na sala de aula. Mediante estes resultados concluiu-se que para
superar os desafios propostos o educador deve agir em conjunto com a comunidade escolar e com
os pais para rever ações e criar outras no intuito de oferecer uma educação qualitativa ao aluno. O
estudo desenvolvido abordou também como repensar os métodos de alfabetização usados na
escola,bem como ampliar minha visão sobre os processos de alfabetização. Durante o desenvolvi-
mento da pesquisa teórica, me identifiquei com as palavras de Luiz Carlos Cagliari ao definir que o
professor não precisa de um método específico, ele faz seu próprio método, usando sua criatividade
e experiência. A professora entrevistada mostrou ser consciente da necessidade de alfabetizar par-
tindo do conhecimento queo aluno traz consigo e de variedades textuais para visualização, para
depois transformar esse conhecimento em aprendizagem sistemática. Sabe-se que o segredo da
alfabetização é a leitura, e escrever é decorrência desse conhecimento. Não se pode escrever para
depois ler; é o inverso, primeiro o aluno se familiariza com os vários tipos de texto, lê, e depois
escreve. Neste sentido é necessário repensar que um novo método não resolve os problemas da
alfabetização.

PALAVRAS-CHAVE: Lúdico. Aprendizagem. Métodos.

¹ E-mail do autor, cionedorosario@gmail.com


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2. CENÁRIO DO PROCESSO ALFABETIZADOR.....................................................5
3. O CAMINHO DA ALFABETIZAÇÃO.......................................................................6
4. O SISTEMA DA ESCRITA NO PROCESSO ALFABETIZA-
DOR.......................................................................................................................8
5. O ENSINO LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO...........................................................9
6. CONCLUSÃO.......................................................................................................10
REFERÊNCIAS....................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

A alfabetização é uma etapa fundamental na educação. Ser alfabetizado


não significa apenas codificar e decodificar as letras que formam as palavras, mas
inclui as habilidades de letramento e números. Isso significa que a pessoa alfabe-
tizada é competente para ler e interpretar textos, realizar cálculos e está apta para
fazer uso social da escrita, da leitura e da matemática. O sujeito alfabetizado en-
tende o que lê, escreve e-mails, organiza listas, calcula preços, compara condições
de pagamento, etc. As aprendizagens relativas à alfabetização impactam direta-
mente em outras aprendizagens.
Este artigo trata do processo de alfabetização, no que diz respeito aos de-
safios encontrados pelos docentes no estabelecimento da relação entre a teoria e
a prática. A necessidade deste estudo surgiu durante o desenvolvimento do estágio
nagraduação de Pedagogia.
O processo de alfabetização é desafiador, tanto para o discente, que está
sendo alfabetizado, quanto para o docente, a quem incube a responsabilidade de
alfabetizar. A concepção de alfabetização assumida neste estudo se referenda em
Cagliarique a explica como “aprendizagem da escrita e da leitura”, ou seja, a “co-
dificação” e a “decodificação” da escrita e, também, nos estudos de Emília Ferreiro
& Ana Teberosky. Mesmo que essa forma de pensar a alfabetização pareça sim-
ples, há muitos desafios enfrentados pelo professor para que o estudante compre-
enda esse processo.
Esse processo exigirá muito empenho do professor, além de tempo para que
esse pensamento seja construído. O segundo requisito para alfabetização é a cri-
ança ser capaz de poder diferenciar as letras. Existem letras no sistema alfabético
que tem sons parecidos, logo, o professor precisa explicar para as crianças que as
letras não são parecidas com os objetos do cotidiano.
Foram pesquisadas estratégias pedagógicas em sala de aula como alfabe-
tização com textos e alfabetização com silabação, observando como esses pro-
cessos são absorvidos pelos aprendizes e como eles podem facilitar o processo
de aprendizagem dos mesmos. Quanto à metodologia numa primeira fase, foram
investigados os métodos de alfabetização utilizados na Fase I.

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2. CENÁRIO DO PROCESSO ALFABETIZADOR

O professor alfabetizador é o profissional responsável por planejar e


implementar ações pedagógicas que propiciem aos alunos o desenvolvi-
mento das habilidades para ler e escrever com compreensão. É importante
considerar que a alfabetização vai muito além da determinação de conteúdo
a serem ensinados, e a sua complexidade exige que o docente conheça a
estrutura e o funcionamento da língua. Sendo assim, é indispensável que
ele esteja familiarizado com as características e as implicações das etapas
do desenvolvimento de uma criança, as competências que os alunos deve-
rão adquirir ao final de um ano letivo, os métodos de alfabetização existentes
e as abordagens de avaliação da aprendizagem.
Esses novos tempos foram marcados por reflexões acerca do indivíduo
como ponto de partida para a construção de novos conhecimentos. O quadro edu-
cacional passou por grandes mudanças devido ao novo modo construir conheci-
mentos, alinhados aos acontecimentos atuais com foco na particularidade do
aluno.
Portanto, na alfabetização a ação educativa do professor também sofreu
esta influência, com autilização de temas atuais com ênfase na formação intelec-
tual e social do aluno. Essa mudança no cenário educacional se deu também de-
vido aos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, com as con-
tribuições de Emília Ferreiro & Ana Teberosky que enfatizava que a alfabetização
não era a mera codificação e decodificação do sistema linguístico, mas se carac-
terizava como um processo ativo em que a criança em contato com a cultura es-
crita ia aos poucos reconstruindo hipóteses sobre a língua escrita, até chegar à
escrita convencional, como nos afirma Ferreiro (1985):
“Nossa visão atual do processo é radical- mente diferente: no lugar de uma
criançaque espera passivamente o reforço externo de uma resposta produ-
zida pouco menosque ao acaso, aparece uma criança que pro-cura ativa-
mente compreender a natureza da linguagem que se fala à sua volta, e que,
tratando de compreendê-la, formula hipóteses, busca regularidades, coloca à
prova suas antecipações e cria sua própria gramática (que não é simples có-
pia deformada do modelo adulto, mas sim criação original)”.(FERREIRO,
1985, p. 22)
De acordo com esses estudos o professor tem a função de mediar este pro-
cesso, e propor desafios por meio de atividades planejadas com intencionalidade
pedagógica. Assim, aos poucos o educando fará novas descobertas e reconstruirá

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hipóteses. Por isso, o estímulo visual com o uso de diferentes gêneros textuais é
imprescindível nessa etapa.
No contexto da alfabetização o professor é muito importante, porém em muitos
casos esse profissional nem sempre está habilitado para executar tal tarefa, pois,visto
que muitos não obtiveram uma boa formação e nem sabem quais são as etapas do
processo de construção da escrita.
A implantação de ações que tragam um bom suporte teórico/pedagógico para
esses profissionais é urgente no meio educacional, pois muitos estão "grudados" nos
livros didáticos por medo de ousar e errar. É preciso que ocorram novas mudanças no
fazer educativo com ênfase nas práxis pedagógica, ação – reflexão – ação de sua
prática educativa atrelada à teoria. Considerando que esses professores terão mais
dificuldades para alfabetizar seus alunos e ainda poderá desencadear nesses alunos
dificuldades de leitura e escrita ao longo de sua vida escolar.
O alfabetizador é um profissional do ensino de línguas e, como tal, além do
domínio e das técnicas pedagógicas deve possuir sólidos conhecimentos linguísticos
tanto da língua, enquanto meio de comunicação, quanto sobre a língua, enquanto ob-
jeto de análise.
Na verdade, o professor que está inserido em sala de aula tem o dever de ofe-
recer uma educação de qualidade, e isso requer formação e competência para desen-
volver um trabalho satisfatório. É visível também em alguns professores a faltade
interesse por novos conhecimentos, pela busca pessoal de novas ferramentas peda-
gógicas em sala de aula para aperfeiçoar seu trabalho. Portanto o alfabetizadorserá
o agente que estimulará as descobertas da língua escrita até chegar à escritacon-
vencional.
O abandono escolar de alguns pais é revoltante, pois esse cenário é visível
com muita frequência no meio escolar, pois muitos alunos vão e voltam com as tarefas
em branco, chegam à sala de aula desmotivados, sendo que muitas vezes necessitam
de estímulos exteriores para a construção de aprendizagens e não encontram. Essa
é a realidade em muitas salas de aula, pais negligentes e omissos em reuniões esco-
lares, datas comemorativas e outros eventos que favorecem a interação escola/família.

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3. O CAMINHO DA ALFABETIZAÇÃO

Segundo Ferreiro, “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida,


em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais,
não são recebidas passivamente pelas crianças.”
Atualmente, muitos professores ainda definem erroneamente o processo de al-
fabetização como sinônimo de uma técnica. De acordo com suas experiências com
crianças, Ferreiro esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo de
alfabetização inicial: Restituir a língua escrita seu caráter de objeto social; Desde o
início (inclusive na pré-escola) se aceita que todos na escola podem produzir e
interpretar escritas, cada qual em seu nível; Permite-se e estimula-se que a criança
tenha interação com a língua escrita, nos mais variados contextos; Permite-se o
acesso o quanto antes possível à escrita do nome próprio; Não se supervaloriza a
criança, supondo que de imediato compreendera a relaçãoentre a escrita e a lingua-
gem.
Não se pode imediatamente, ocorrer correção gráfica nem correção ortográfica.
Entretanto no processo de alfabetização inicial, nem sempre esses critérios são
utilizados. Sabemos que os professores ensinam da mesma maneira como aprende-
ram quando eram alunos, e não aceitam os erros que seus alunos cometem. Ferreiro
afirma que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um pro-cesso
cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não termina ao fina- lizar a
escola primária”. A autora defende que, de todos os grupos populacionais as crianças
são as mais facilmente alfabetizáveis e estão em processo continuo de aprendizagem,
enquanto que os adultos já fixaram formas de ação e de conhecimento mais difíceis
de modificar ressalta ainda que:
Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever
coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de
alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através
da possibilidade de entrar emcontato, de interagir com a língua escrita.Há
outras crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (FER-
REIRO, 1999, p.23)

A pesquisadora, assumindo ser dedicada fundamentalmente a tentar compre-


ender o desenvolvimento das conceitualizações infantis sobre a língua escrita, afir-
mam que através dos resultados obtidos uma conclusão deve ser considerada as cri-
anças são facilmente alfabetizáveis foram os adultos que dificultaram o processo de
alfabetização delas.

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4. O SISTEMA DA ESCRITA NO PROCESSO ALFABETIZADOR

Alguns princípios são essenciais para que as crianças possam descobrir e


aprender a controlar à medida que desenvolvem um sistema de escrita:
Os princípios funcionais desenvolvem-se à medida que a criança soluciona o
problema de como escrever e para que escrever. A significação que a escrita
tenha em seu dia a dia terá consequências no desenvolvimento desses prin-
cípios e as funçõesespecificam dependerão da necessidade que a criança
sentira da linguagem escrita.

Os princípios linguísticos desenvolvem-se à medida que a criança resolve o


problema da forma como a linguagem escrita está elaborada para extrair significados
na cultura. Nessas formas estão incluídas as regras ortográficas, grafo fônicas, sintá-
ticas, semânticas e pragmáticas de linguagem escrita.
Os princípios relacionais desenvolvem-se à medida em que a criança resolve o
problema de como a linguagem escrita chega a ser significativa. Assim, passa a com-
preender com a linguagem escrita representa as ideias e os conceitos que as pessoas,
os objetos no mundo real e a linguagem oral possuem em uma determina- da cultura.
De acordo com Ferreiro, tradicionalmente, as decisões a respeito da pratica
alfabetizadora tem-se centrado na polêmica sobre os métodos utilizados. Métodos
analíticos contra os métodos sintéticos, fonéticos, contra global, entre outros.
A metodologia normalmente utilizada pelos professores parte daquilo que é
mais simples, passando para os mais complexos.
Quando falamos do SEA sistema de escrita alfabética, primeiro é preciso en-
tender o que isso significa. A alfabetização não é um processo natural. Para desen-
volver qualquer aprendizagem escolar é necessário que se tenha uma estratégia, uma
metodologia específica para ensinar e se estamos falando de apropriar de uma capa-
cidade de alfabetização é preciso ser desenvolvido e estimulado muitas habilidades e
percepções.
Quando se fala do sistema de escrita alfabética refere-se sobre a forma como
realizamos esse processo da leitura e da escrita. O sistema de escrita alfabética pre-
cisa ser compreendido por professores e também pelos alunos. O professor precisa
entender esse processo para ensinar e também para entender como isso se processa.
Para Ferreiro & Teberosky a preocupação dos educadores tem-se voltado para
a busca do melhor ou do mais eficaz dos métodos, levando a uma polemica entre dois
tipos fundamentais; método sintético e método analítico. O método sintético preserva

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a correspondência entre o oral e o escrito, entre som e a grafia. O que se destaca
neste método é o processo que consiste em partir das partes do todo, sendo letras os
elementos mínimos da escrita.

5. O ENSINO LÚDICO NO PROCESSO ALFABETIZADOR

A alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente lúdico é o mais propício


para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da alfabetização e do letra-
mento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças.
Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das capacidades cognitivas, mo-
tora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e a aprendi-
zagem específica da alfabetização. Ao brincar, a criança tem a possibilidade de co-
nhecer seu próprio corpo, o espaço físico e social. Brincando, a criança tem oportuni-
dade de aprender conceitos, regras, normas, valores e também conteúdos conceitu-
ais, atitudinais e procedimentos nas mais diversas formas de conhecimento.
O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, propi-
ciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cogniti-
vas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos
escondidos explorando, assim, um mundo desconhecido. A criança brincando o tempo
todo e em todo o tempo. Por isso que a comida, o lápis, os sapatos, tudo se torna
brinquedo. Quando está sem nenhum objeto seu corpo torna-se um brinquedo. O brin-
car é uma atividade própria da criança, dessa forma, ela se movimenta e se posiciona
diante do mundo em que vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por
brincar, ela brinca com propósitos e com um olhar pedagógico.
Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvol-
vem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que
só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento acontecem de forma
contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas,
nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a
criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim, elas criam um espaço
de experimentação e descoberta de novos caminhos de forma alegre, dinâmica e cri-
ativa.

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Os jogos precisam estar no planejamento do professor e ele deve motivar seus
alunos na criação de novos jogos. As atividades lúdicas auxiliam na alfabetização e
no letramento, mas precisam chegar aos alunos com planejamento e estratégias. Não
é simplesmente dar o jogo e deixa os alunos jogarem do “jeito” deles.
O professor precisa estar atento às perguntas e soluções que os alunos pro-
põem e o momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento para
isso. Dessa forma, o professor visualiza melhor as estratégias e os progressos que
cada aluno está fazendo. É necessário interagir com os alunos, direcionando-os para
a aprendizagem. Negociando com eles as regras e a familiarização do jogo.
Cada criança possui um grande potencial para aprender, o que as levam a in-
ternalizar o a aprendizagem aproveitando assim as oportunidades que lhes são ofe-
recidas. Dessa forma elas constroem sua aprendizagem, criando e recriando. Faz-se
necessário que os professores, além de ter o conhecimento, comprometimento, expe-
riência e identificação com a tarefa de alfabetizar, alarguem, continuamente, seus co-
nhecimentos sobre linguística, psicolinguística, sociolinguística, psicologia e para
além disso: que se proponham a repensar frequentemente sua prática, de modo a
perseguir o objetivo de atingir a todos os alunos, nem que para isso tenham que lançar
mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades
bem definidas.

6. CONCLUSÃO

Diante deste estudo, concluiu-se que a tarefa do professor alfabetizador é ár-


dua, pelas grandes dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, afinal é o alfabeti-
zador quem irá abrir as janelas da leitura e da escrita para educando avançar rumo às
novas aprendizagens.
Segundo algumas raízes teóricas o educador deve oferecer condições ao edu-
cando para a construção da leitura e da escrita no contexto escolar.
Deve-se se descartar a concepção errônea de que o aluno deve ser fruto de
uma educação bancária, e incluir nas práticas educativas metas em prol de uma edu-
cação com sentido de construção não só de conhecimentos científicos, mas de signi-
ficados, valores e cidadania no dia a dia escolar. Faz-se necessário repensar a edu-

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cação com foco nas relações interpessoais, oferecendo ao aluno meios e possibili-
dade para a construção de uma aprendizagem significativa.
Portanto, sonhar com uma educação que objetive uma transformação social,
é romper com o velho e ousar com o novo, na utilização de meios diversificados que
conduza o aluno à não somente ler letras, mas, essencialmente atribuir sentido e sig-
nificado naquilo em que se lê.
Compreender que o papel do alfabetizador não é transferir conteúdos, mais
sim dividir e construir saberes e oferecer aos alunos com dificuldades de aprendiza-
gem conhecimentos contextualizados e prazerosos.
Neste trabalho foram elencados alguns desafios do professor alfabetizador em
sala de aula, para superá-los o educador deve agir em conjunto com a comunidade
escolar e com os pais para rever ações e criar outras no intuito de oferecer uma edu-
cação qualitativa ao aluno.
Portanto, nessa tarefa árdua lhe compete o papel de promover o uso social
dos diversos textos apresentados aos alunos, mostrar significados nas atividades
diáriascom ênfase na contextualidade do educando. Assim, os desafios do processo
de alfabetização, devem ser superados. É de extrema importância que todos possam
gozar de suas plenas capacidades intelectuais. Para que com isso, o direito a educa-
ção total, assegurado pela constituição, seja de uma vez por todas, estabelecido.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 11.
ed. Brasília, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação na edu- ca-


ção especial na básica. Secretaria de Educação Especial. MEC; SEESP, 2001.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federal do Brasil: pro- mul-


gada em 5 de outubro de 1988. Imprensa Oficial. Brasília, DF, 1988.

BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BE-
AUCHAMP. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
p. 33-45.

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CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. 2ª ed.- São Paulo:
Scipione, 2009.

FERREIRO, Emília. Psicogênese da língua escrita. Emília Ferreiro e Ana Tebe- rosky;
tradução de Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. –Porto Alegre:
Artes Médicas. 1985.

LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. 2ª Ed. São Paulo. Ática. 1988. Sé- rie
Princípios.

BNCC - Base Nacional Comum Curricular.

https://institutoneurosaber.com.br/alfabetizacao-em-criancas-com-dificuldade-de-
aprendizagem/ Acesso em 15/05/2022.

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