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Professor I
Conhecimentos Específicos
Conhecimentos Específicos
Letramento E Alfabetização.......................................................................................... 1
Processos De Aprendizagem Da Leitura, Da Escrita E Dos Números......................... 5
Espaço E Tempo........................................................................................................... 6
Meio Ambiente............................................................................................................... 6
Objetivos Do Ensino Fundamental................................................................................ 7
Aprendendo A Aprender................................................................................................ 10
Proposta Pedagógica.................................................................................................... 11
Função Sóciopolítica E Pedagógica.............................................................................. 13
Avaliação Da Aprendizagem. ....................................................................................... 15
Novas Tecnologias........................................................................................................ 30
A Construção Do Conhecimento................................................................................... 30
Abordagem Holística Dos Conteúdos........................................................................... 45
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais – Ensino Fundamental................................. 47
Diretrizes Curriculares Do Município De Niterói (Eja E Ensino Fundamental) Disponí-
veis Na Internet............................................................................................................. 47
Exercícios...................................................................................................................... 48
Gabarito......................................................................................................................... 53
Alfabetização
O termo Alfabetização, segundo Soares1, etimologicamente, significa:
Levar à aquisição do alfabeto, ou seja, ensinar a ler e a escrever. Assim, a especificidade da Alfabe-
tização é a aquisição do código alfabético e ortográfico, através do desenvolvimento das habilidades
de leitura e de escrita.
Letramento
De acordo com Soares, a palavra letramento é de uso ainda recente e significa:
“Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a
leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.”
A escola não somente influencia a sociedade, mas também é por ela influenciada, ou seja, conjuntos de
possíveis causas que estão dentro e no entorno da escola, realmente, afetam o ensino e a aprendizagem. Há
algumas décadas, a principal causa que apontava para a baixa qualidade da alfabetização era o ensino funda-
mentado na Pedagogia Tradicional.
(...só lembrando as características da Pedagogia Tradicional...: o papel da escola é o de promover uma
formação puramente moral e intelectual; os conteúdos de ensino são aqueles que foram ao longo do tempo
acumulados e, nesse momento, são passados como verdades absolutas, sem chance de questionamentos
ou levantamentos de dúvidas; a metodologia de ensino é a exposição verbal por parte do professor; a relação
professor-aluno é marcada pelo autoritarismo do primeiro em relação ao segundo; os pressupostos da aprendi-
zagem são fundamentados na receptividade dos conteúdos e na mecanização de sua recepção.)
Atualmente, entre outros fatores que envolvem um bom ensino e aprendizagem, as principais causas estão
ligadas à perda da especificidade da alfabetização, devido à compreensão equivocada de novas perspectivas
teóricas e suas metodologias, que foram surgindo em contraposição ao tradicional, e a grande abrangência que
se tem dado ao termo alfabetização.
Concordando, com Magda Soares, em seu artigo Letramento e Alfabetização: as muitas facetas, a expansão
do significado de alfabetização em direção ao conceito de letramento, levou à perda de sua especificidade. [...]
no Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado,
apesar da diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a uma inadequada e inconveniente fusão
dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, [...] o que tem conduzido a certo apagamento
da alfabetização que, talvez com algum exagero, denomino desinvenção da alfabetização.
Essa fusão dos dois processos, que leva à chamada “desinvenção da alfabetização”, aliada à interpretação
equivocada das novas perspectivas teóricas acarretou na prática a negação de qualquer atividade que visasse
à aquisição do sistema alfabético e ortográfico, como o ensino das relações entre letras e sons, o desenvolvi-
mento da consciência fonológica e o reconhecimento das partes menores das palavras, como as sílabas, pois
eram vistos como tradicionais. Passou-se a acreditar que o aluno aprenderia o sistema simplesmente pelo con-
tato com a cultura letrada, como se ele pudesse aprender sozinho o código, sem ensino explícito e sistemático.
Atualmente, se reconhece a importância de se usar algumas práticas da escola tradicional, que são entendi-
das como as facetas da alfabetização segundo Soares, assim como os equívocos de compreensão do constru-
tivismo foram percebidos e ajustados e muitos aspectos da escola nova tidos como essenciais. Com tudo isso,
não se pode negar uma prática ou outra, só por ela estar fundamentada em uma ou em outra concepção, mas,
sim, avaliar quais são as suas contribuições e se convêm serem utilizadas para um processo de alfabetização
significativa.
1 SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Trabalho apresentado na 26° Reunião
Anual da ANPED, Minas Gerais, 2003.
2 SAVIANI, D. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação
política. 40ªed. Campinas: Autores Associados, 2008.
3 BRANDÃO, C.R. O que é o método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense, 2004.
6 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Asso-
ciados, 1989.
7 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
Os processos de aprendizagem da leitura, da escrita e dos números são complexos e envolvem uma série
de habilidades e conhecimentos. Vou descrever de forma geral os principais processos envolvidos em cada um
desses aprendizados:
Aprendizagem da leitura:
Reconhecimento de letras: é necessário que a criança aprenda a identificar as letras do alfabeto e o som
que cada uma delas representa.
Decodificação: a criança precisa aprender a usar esses sons das letras para decodificar palavras, ou seja,
ler as palavras sílaba por sílaba.
Compreensão: além de decodificar as palavras, é importante que a criança compreenda o significado do
texto, interpretando-o corretamente.
Aprendizagem da escrita:
Grafismo: esse processo envolve o desenvolvimento da motricidade fina da criança, para que ela consiga
fazer os movimentos corretos para formar as letras.
Associação de letras e sons: a criança deve aprender a associar os sons que cada letra representa e con-
seguir escrevê-los corretamente.
Ortografia: ao longo do tempo, as crianças devem aprender as regras ortográficas e a forma correta de
escrever as palavras.
Aprendizado dos números:
Identificação numérica: a criança deve aprender a reconhecer e identificar os símbolos numéricos.
Contagem: é importante que a criança desenvolva a habilidade de contar corretamente, de forma sequen-
cial.
Operações básicas: à medida que a criança avança, ela deve aprender a fazer operações matemáticas
básicas, como adição, subtração, multiplicação e divisão.
Além desses processos, a aprendizagem da leitura, escrita e números também envolve a experiência e a
prática contínua. É necessário que as crianças tenham contato com textos e números em diferentes contextos,
para que possam desenvolver essas habilidades de forma efetiva. É importante também que haja um acom-
panhamento e estímulo por parte dos pais e educadores, oferecendo recursos adequados e auxiliando no
processo de aprendizado.
O espaço e o tempo são elementos fundamentais na educação, pois ambos desempenham papéis impor-
tantes no processo de ensino-aprendizagem.
Em relação ao espaço, é necessário que haja um ambiente adequado e propício para a realização das ati-
vidades educativas. Isso inclui desde a estrutura física da escola, como salas de aula, laboratórios, bibliotecas
e espaços de convivência, até a organização do espaço dentro da sala de aula, como disposição das carteiras,
materiais didáticos e recursos audiovisuais. Um espaço bem planejado e acolhedor contribui para o aprendiza-
do dos estudantes, estimulando a concentração, a interação e a participação ativa nas atividades propostas.
Além disso, o espaço não se restringe apenas ao ambiente escolar. Atualmente, com o avanço da tecnolo-
gia, é possível criar espaços virtuais de aprendizagem, como plataformas digitais, fóruns e redes sociais, que
possibilitam a interação e a troca de conhecimentos entre estudantes e professores, mesmo à distância. Esses
espaços virtuais ampliam as possibilidades de educação, permitindo que os estudantes acessem materiais di-
dáticos de forma mais democrática e que construam conhecimentos de forma colaborativa.
Já em relação ao tempo, é importante considerar a sua organização para o desenvolvimento das atividades
educativas. O tempo precisa ser planejado de forma a contemplar os diferentes conteúdos a serem abordados
e as metodologias utilizadas. O tempo também deve ser flexível, permitindo adaptações e momentos de apro-
fundamento quando necessário.
Ademais, é importante que o tempo seja valorizado, ou seja, que o estudante tenha tempo suficiente para
assimilar as informações, refletir sobre elas e construir seu conhecimento de forma significativa. O ritmo de
aprendizagem de cada estudante pode variar, e é importante respeitar esse ritmo, garantindo que todos tenham
a oportunidade de aprender.
Em síntese espaço e tempo são elementos indispensáveis na educação. Um espaço bem estruturado e
adequado favorece o aprendizado dos estudantes, enquanto uma boa organização do tempo permite que as
atividades sejam desenvolvidas de forma eficiente e que cada estudante tenha a oportunidade de construir seu
conhecimento de forma significativa.
Meio Ambiente
A educação ambiental é um tema muito importante para a preservação do meio ambiente. Ela tem como
objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar do meio ambiente e fornecer conhecimentos e
habilidades para que elas possam tomar medidas sustentáveis.
A educação ambiental pode ser realizada em diferentes contextos, como escolas, empresas, organizações
não governamentais e comunidades locais. Ela pode ser inserida no currículo escolar, por meio de disciplinas
específicas ou de atividades extracurriculares, e também pode ser promovida por meio de campanhas de cons-
cientização, palestras, workshops e projetos educacionais.
Os principais temas abordados pela educação ambiental incluem a importância da preservação dos recursos
naturais, a necessidade de redução do consumo, a promoção da reciclagem e da reutilização, a conservação
da biodiversidade, a proteção dos ecossistemas, a redução da poluição e o combate às mudanças climáticas.
Além de fornecer conhecimentos sobre o meio ambiente, a educação ambiental também busca desenvolver
habilidades e atitudes responsáveis, como o respeito pela natureza, a valorização da sustentabilidade e a ado-
ção de práticas sustentáveis no dia a dia.
A educação ambiental é fundamental para formar cidadãos conscientes e engajados na preservação do
meio ambiente. Ela contribui para a construção de uma sociedade mais sustentável, em que as pessoas sejam
agentes de mudança e adotem um estilo de vida mais ambientalmente responsável. Portanto, investir em edu-
cação ambiental é essencial para proteger o meio ambiente e garantir um futuro melhor para todos.
Até dezembro de 1996 o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos pela Lei Federal n.
5.692, de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabeleceu
como objetivo geral, tanto para o ensino fundamental (primeiro grau, com oito anos de escolaridade obrigatória)
quanto para o ensino médio (segundo grau, não obrigatório), proporcionar aos educandos a formação necessá-
ria ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto realização, preparação para o trabalho
e para o exercício consciente da cidadania. Também generalizou as disposições básicas sobre o currículo,
estabelecendo o núcleo comum obrigatório em âmbito nacional para o ensino fundamental e médio.
Manteve, porém, uma parte diversificada a fim de contemplar as peculiaridades locais, a especificidade dos
planos dos estabelecimentos de ensino e as diferenças individuais dos alunos. Coube aos Estados a formulação
de propostas curriculares que serviriam de base às escolas estaduais, municipais e particulares situadas em
seu território, compondo, assim, seus respectivos sistemas de ensino. Essas propostas foram, na sua maioria,
reformuladas durante os anos 80, segundo as tendências educacionais que se generalizaram nesse período.
Em 1990 o Brasil participou da Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia,
convocada pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial. Dessa conferência, assim como da Declaração de
Nova Delhi - assinada pelos nove países em desenvolvimento de maior contingente populacional do mundo
-, resultaram posições consensuais na luta pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para
todos, capazes de tornar universal a educação fundamental e de ampliar as oportunidades de aprendizagem
para crianças, jovens e adultos.
Tendo em vista o quadro atual da educação no Brasil e os compromissos assumidos internacionalmente,
o Ministério da Educação e do Desporto coordenou a elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos
(1993-2003), concebido como um conjunto de diretrizes políticas em contínuo processo de negociação, voltado
para a recuperação da escola fundamental, a partir do compromisso com a equidade e com o incremento da
qualidade, como também com a constante avaliação dos sistemas escolares, visando ao seu contínuo aprimo-
ramento.
O Plano Decenal de Educação, em consonância com o que estabelece a Constituição de 1988, afirma a
necessidade e a obrigação de o Estado elaborar parâmetros claros no campo curricular capazes de orientar as
ações educativas do ensino obrigatório, de forma a adequá-lo aos ideais democráticos e à busca da melhoria
da qualidade do ensino nas escolas brasileiras.
Nesse sentido, a leitura atenta do texto constitucional vigente mostra a ampliação das responsabilidades
do poder público para com a educação de todos, ao mesmo tempo que a Emenda Constitucional n. 14, de 12
de setembro de 1996, priorizou o ensino fundamental, disciplinando a participação de Estados e Municípios no
tocante ao financiamento desse nível de ensino.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n. 9.394), aprovada em 20 de dezem-
bro de 1996, consolida e amplia o dever do poder público para com a educação em geral e em particular para
com o ensino fundamental. Assim, vê-se no art. 22 dessa lei que a educação básica, da qual o ensino funda-
mental é parte integrante, deve assegurar a todos “a formação comum indispensável para o exercício da cida-
dania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”, fato que confere ao ensino
fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de terminalidade e de continuidade.
Para dar conta desse amplo objetivo, a LDB consolida a organização curricular de modo a conferir uma
maior flexibilidade no trato dos componentes curriculares, reafirmando desse modo o princípio da base nacional
comum (Parâmetros Curriculares Nacionais), a ser complementada por uma parte diversificada em cada siste-
ma de ensino e escola na prática, repetindo o art. 210 da Constituição Federal.
O ensino proposto pela LDB, em seu artigo 32 está em função do objetivo maior do ensino fundamental,
que é o de propiciar a todos formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de
aprendizagem para:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
Ensino Fundamental
Anos Iniciais Anos Finais
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Implantar um Ensino Fundamental, agora de nove anos, leva necessariamente a repensá-lo no seu conjun-
to. Assim, esta é uma oportunidade preciosa para uma nova práxis dos educadores, sendo primordial que ela
aborde os saberes e seus tempos, bem como os métodos de trabalho, na perspectiva das reflexões antes teci-
das. Ou seja, os educadores são convidados a uma práxis que caminhe na direção de uma escola de qualidade
social, como foi proposto na parte I deste documento.
C.3) Organização do trabalho pedagógico
Uma questão essencial é a organização da escola que inclui as crianças de seis anos no Ensino Fundamen-
tal. Para recebê-las, ela necessita reorganizar a sua estrutura, as formas de gestão, os ambientes, os espaços,
os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os objetivos, o planejamento e a avaliação, de sorte
Aprendendo A Aprender
Aprender a aprender é uma habilidade essencial para o sucesso na vida pessoal e profissional. Trata-se do
processo de adquirir conhecimento de forma eficiente e eficaz, utilizando as melhores estratégias e técnicas de
estudo.
Existem várias maneiras de desenvolver essa habilidade. Uma delas é ter uma mentalidade aberta e curio-
sa, estar disposto a explorar novos temas e conceitos. Além disso, é importante ter motivação e interesse ge-
nuíno pelo que se está aprendendo.
Outra estratégia é estabelecer metas claras e definir um plano de estudo. Isso ajuda a manter o foco e a
organização do aprendizado. Também é importante gerenciar o tempo de forma eficiente, criando uma rotina
de estudos e dedicando tempo suficiente para cada tarefa.
Utilizar diferentes técnicas de estudo também pode ajudar a tornar o aprendizado mais efetivo. Isso inclui a
elaboração de resumos, a realização de exercícios práticos, a explicação dos conteúdos para outras pessoas,
entre outras estratégias.
Além disso, é importante entender como o cérebro funciona e como ele processa a informação. Por exem-
plo, estudos mostram que o sono adequado, a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balance-
ada podem contribuir para um melhor desempenho cognitivo.
Por fim, é fundamental ter uma atitude positiva em relação ao aprendizado. Superar obstáculos, manter a
persistência e acreditar no próprio potencial são elementos-chave para o sucesso na jornada de aprendizado.
8 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (Org) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.
14 a edição Papirus, 2002.
Proposta Pedagógica
A proposta pedagógica é um documento norteador que delineia os princípios, objetivos, estratégias e me-
todologias adotadas por uma instituição de ensino. Ela representa a visão educacional da escola e serve como
guia para professores, alunos e demais membros da comunidade escolar. A elaboração de uma proposta pe-
dagógica fundamenta-se em diversos pilares que refletem a identidade e os valores da instituição. Esses fun-
damentos são a base sobre a qual toda a prática educativa será construída. Alguns elementos-chave incluem:
Filosofia Educacional
A filosofia educacional da instituição é um componente essencial da proposta pedagógica. Define as cren-
ças e valores que orientam a prática educativa, respondendo a perguntas fundamentais sobre o propósito da
educação, a visão de aprendizagem e o papel do educador.
Metodologias de Ensino
A escolha das metodologias de ensino é um aspecto crucial da proposta pedagógica. Ela abrange desde
abordagens tradicionais até metodologias mais inovadoras, como o ensino baseado em projetos, a aprendi-
zagem ativa e a tecnologia educacional. A diversidade de métodos pode ser ajustada conforme os objetivos
educacionais da instituição.
Currículo Escolar
O currículo é o conjunto de conhecimentos, habilidades e competências que a instituição se propõe a de-
senvolver nos alunos. A proposta pedagógica define não apenas os conteúdos curriculares, mas também os
métodos de avaliação e as estratégias de adaptação para atender às necessidades individuais dos estudantes.
Avaliação Educacional
A forma como a avaliação é conduzida é determinante para o sucesso da proposta pedagógica. Definir mé-
todos de avaliação formativa e somativa, assim como estratégias para lidar com a diversidade de habilidades e
estilos de aprendizagem, são aspectos considerados na construção da proposta.
Inclusão e Diversidade
A proposta pedagógica deve refletir o compromisso da instituição com a inclusão e a valorização da diver-
sidade. Isso envolve a criação de estratégias para atender a alunos com necessidades especiais, a promoção
da igualdade de gênero e a incorporação de perspectivas diversas no currículo.
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
O desenvolvimento da proposta pedagógica é um processo colaborativo que envolve educadores, gestores,
pais e, em alguns casos, os próprios estudantes. Esse processo é multifacetado e abrange várias etapas:
Diagnóstico Institucional
Antes de elaborar a proposta pedagógica, é crucial realizar um diagnóstico institucional. Isso envolve ana-
lisar o contexto socioeconômico, cultural e educacional da comunidade em que a escola está inserida. Essa
análise fornece insights valiosos para a construção de uma proposta alinhada às necessidades locais.
Participação da Comunidade Escolar
A participação ativa de todos os membros da comunidade escolar é essencial. Isso inclui professores, alu-
nos, pais, gestores e demais funcionários. Workshops, reuniões e pesquisas podem ser meios eficazes para
coletar diferentes perspectivas e experiências.
A educação é um fenômeno complexo e multifacetado que vai além da simples transmissão de conheci-
mento. Dois aspectos cruciais que definem a sua natureza e alcance são a função sociopolítica e a função
pedagógica.
ENTENDENDO A FUNÇÃO SOCIOPOLÍTICA
A função sociopolítica da educação refere-se à sua capacidade de influenciar e moldar a sociedade, não
apenas através da transmissão de conhecimento, mas também ao promover valores, cidadania ativa e partici-
pação democrática. Essa função reconhece que a educação não ocorre em um vácuo, mas está intrinsecamen-
te ligada às dinâmicas sociais e políticas. Vamos explorar alguns dos elementos-chave dessa função:
Formação de Cidadãos Críticos
A educação com função sociopolítica visa formar cidadãos críticos que possam analisar e questionar as
estruturas sociais e políticas. Isso envolve o desenvolvimento do pensamento crítico, capacidade de avaliar
informações de maneira independente e compreensão dos sistemas democráticos.
Participação Democrática
Uma sociedade democrática prospera quando seus cidadãos estão engajados e participam ativamente no
processo político. A educação sociopolítica promove a compreensão dos princípios democráticos, incentivando
os alunos a exercerem seus direitos civis e a contribuírem para o desenvolvimento democrático.
Conscientização Social
A função sociopolítica da educação busca aumentar a conscientização social, abordando questões como
desigualdade, injustiça e direitos humanos. Isso envolve expor os alunos a diferentes realidades sociais e pro-
mover a empatia e compreensão das complexidades das questões sociais.
Avaliação Da Aprendizagem.
A avaliação9, tal como concebida e vivenciada na maioria das escolas brasileiras, tem se constituído no
principal mecanismo de sustentação da lógica de organização do trabalho escolar e, portanto, legitimador do
fracasso, ocupando mesmo o papel central nas relações que estabelecem entre si os profissionais da educa-
ção, alunos e pais.
9 KRAEMER, M. E. P.- A avaliação da aprendizagem como processo construtivo de um novo fazer. 2005.
10 OLIVEIRA, I. B. Currículos praticados: entre a regulação e a emancipação. Rio de Janeiro: DP & A, 2003.
11 FIRME, Tereza Penna. Avaliação: tendências e tendenciosidades. Avaliação v Políticas Públicas Educa-
cionais, Rio de Janeiro,1994.
13 http://crv.educacao.mg.gov.br/
14 PIAGET, J. A Evolução Intelectual da Adolescência à Vida Adulta. Trad. Fernando Becker; Tania B.I. Mar-
ques, Porto Alegre: Faculdade de Educação, 1993.
15 VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,1984.
Novas Tecnologias
As novas tecnologias têm tido um grande impacto na área da educação, transformando a forma como os
alunos aprendem e os professores ensinam. Algumas das principais tecnologias utilizadas na educação são:
1. Dispositivos móveis: smartphones, tablets e laptops têm permitido que os alunos acessem informações
e recursos educacionais de qualquer lugar e a qualquer momento. Além disso, esses dispositivos podem ser
utilizados para a realização de atividades interativas e colaborativas.
2. Plataformas de aprendizagem online: são sistemas que permitem a criação, organização e distribuição
de conteúdos educacionais por meio da internet. Essas plataformas podem incluir recursos como videoaulas,
exercícios, fóruns de discussão e avaliações online.
3. Realidade virtual e aumentada: essas tecnologias permitem a criação de ambientes simulados, onde os
alunos podem explorar e interagir com conteúdos educacionais de forma imersiva. Isso torna o aprendizado
mais visual, prático e envolvente.
4. Inteligência Artificial: a IA tem sido utilizada na educação para personalizar a aprendizagem, adaptando
o conteúdo e a forma de ensino às necessidades de cada aluno. Além disso, a IA pode auxiliar na correção de
atividades, na identificação de dificuldades e no desenvolvimento de estratégias de ensino mais efetivas.
5. Gamificação: consiste em usar elementos de jogos, como desafios, recompensas e rankings, para enga-
jar os alunos e tornar o aprendizado mais divertido e motivador. Isso pode ser aplicado em várias disciplinas e
níveis de ensino.
Essas são apenas algumas das muitas tecnologias que estão sendo utilizadas na educação. O uso dessas
tecnologias tem como objetivo melhorar a qualidade e a acessibilidade da educação, tornando-a mais perso-
nalizada, interativa e eficiente.
A Construção Do Conhecimento
17
A construção do conhecimento, basicamente, é entendida como construção de saberes universalmente
aceitos em determinado tempo histórico ou como processo de aprendizagem do sujeito.
A Noção de Construção
Considera-se como construção o ato de construir algo, e, como ato ou ação a terceira fase do processo
da vontade. Ante um objeto que mobilize o sujeito vão ocorrer três etapas: a deliberação, a decisão e por fim,
a execução. A ação é entendida como um processo racional e livre decorrente, portanto da inteligência e da
vontade. Embora se possa falar em ato reflexo, ato instintivo e ato espontâneo como movimentos que partem
do sujeito independentemente da sua vontade, percebe-se que nesses casos não se tem propriamente um ato,
uma ação livre, mas apenas um movimento involuntário indeterminado.
O termo construção aplicado à educação pode ser entendido em dois sentidos:
- Como constituição do saber feita pelo estudioso, pelo cientista, pelo filósofo resultante da reflexão e da
pesquisa sistemática que leva a novos conhecimentos. Nesse sentido, construíram-se e constroem-se através
do tempo, os conteúdos da Física, da Química, da Biologia, da Medicina, [...]. O homem não “descobre” o co-
nhecimento pronto na natureza, mas relaciona os dados dela recebidos constituindo os saberes. A ciência é o
resultado desta elaboração mental, da reflexão, do estabelecimento de relações, da observação de causas, de
consequências, de continuidades, de contiguidades, de oposições, [...]. Pode-se, portanto, entender a constru-
ção do conhecimento como a constituição dos saberes que resulta da investigação filosófico-científica.
22 COLL, C. S. Entrevista a Faoze Chibli. Revista Educação, São Paulo, ano 7, n. 78, out. 2003.
A abordagem holística dos conteúdos na educação representa uma mudança paradigmática que trans-
cende a simples transmissão de informações. Essa abordagem visa não apenas fornecer conhecimento, mas
também promover o desenvolvimento integral dos indivíduos, considerando aspectos cognitivos, emocionais,
sociais e éticos.
DEFININDO A ABORDAGEM HOLÍSTICA DOS CONTEÚDOS
A abordagem holística dos conteúdos na educação é baseada no princípio de que o aprendizado não deve
ser fragmentado em disciplinas isoladas, mas sim integrado de maneira a abranger todas as dimensões do de-
senvolvimento humano. Em vez de focar exclusivamente nos aspectos cognitivos, essa abordagem reconhece
a importância de incluir elementos emocionais, sociais, éticos e práticos no processo educacional.
Dimensão Cognitiva
Na abordagem holística, a dimensão cognitiva continua a ser fundamental. Contudo, em vez de apenas
enfocar a memorização de fatos e conceitos, a ênfase é colocada na compreensão profunda, na aplicação do
conhecimento em situações do mundo real e na promoção do pensamento crítico.
Dimensão Emocional
Reconhecer e lidar com as emoções dos alunos é uma parte integrante dessa abordagem. Isso envolve criar
um ambiente emocionalmente seguro, promover a inteligência emocional e ajudar os alunos a entenderem e
gerenciarem suas emoções de maneira construtiva.
Dimensão Social
A abordagem holística reconhece a importância das interações sociais no processo de aprendizagem. Isso
inclui colaboração, trabalho em equipe, empatia e compreensão das dinâmicas sociais. Os alunos são incenti-
vados a desenvolver habilidades sociais que são cruciais para o sucesso na sociedade.
Dimensão Ética e Moral
A educação holística incorpora valores éticos e morais no currículo. Além de transmitir conhecimento aca-
dêmico, os alunos são incentivados a refletir sobre questões éticas, desenvolver um senso de responsabilidade
social e entender as implicações éticas de suas ações.
Dimensão Prática e Aplicada
A aplicação prática do conhecimento é uma parte central dessa abordagem. Os alunos são desafiados a
conectar teoria e prática, aplicando o que aprenderam em situações do dia a dia. Isso fortalece a relevância do
aprendizado e sua aplicabilidade no mundo real.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ABORDAGEM HOLÍSTICA
Integração Interdisciplinar
A abordagem holística promove a integração de disciplinas, reconhecendo que os conhecimentos não são
estanques, mas interconectados. Os temas são abordados de maneira integrada, permitindo que os alunos
vejam as relações entre diferentes áreas de conhecimento.
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado na matéria de Fundamentos da Educação
As Diretrizes Curriculares do Município de Niterói para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino
Fundamental têm como objetivo orientar a elaboração dos currículos das escolas municipais, visando garantir
a qualidade e a equidade da educação oferecida aos estudantes.
No que diz respeito à EJA, as diretrizes estabelecem que o currículo deve ser organizado a partir das expe-
riências e conhecimentos prévios dos alunos, levando em consideração suas especificidades e necessidades.
Além disso, é necessário garantir um currículo flexível e diversificado, que valorize a vivência dos estudantes e
promova a ressignificação de saberes.
Exercícios
15. (IFC/SC - Pedagogia - Educação Infantil - IESES) No que diz respeito à avaliação no processo de
aprendizagem, é INCORRETO afirmar que:
(A) A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico que levam a uma intervenção, visando à me-
lhoria da aprendizagem. Ela deve propiciar elementos diagnósticos que sirvam de intervenção para qualifi-
car a aprendizagem.
(B) Na esfera educacional infantil, a avaliação que se faz das crianças pode ter algumas consequências e
influências decisivas no seu processo de aprendizagem e crescimento. Neste sentido, a expectativa dos
professores sobre os seus alunos tem grande influência no que diz respeito ao rendimento da aprendiza-
gem. Nesta fase, é preciso ter uma visão fragmentada da criança. É aconselhável concentrar esforços no
que as crianças não sabem fazer e, não, considerar as suas potencialidades.
(C) A avaliação deve se dar de forma sistemática e contínua, aperfeiçoando a ação educativa, identificando
pontos que necessitam de maior atenção na busca de reorientar a prática do educador, permitindo definir
critérios para o planejamento, auxiliando o educador a refletir sobre as condições de aprendizagem ofereci-
das e ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas crianças.
(D) Na educação infantil, a avaliação tem a finalidade básica de fornecer subsídios para a intervenção na
tomada de decisões educativas e observar a evolução da criança, como também, ajudar o educador a ana-
lisar se é preciso intervir ou modificar determinadas situações, relações ou atividades na sala de aula.
1 CERTO
2 B
3 ERRADO
4 D
5 C
6 C
7 E
8 E
9 C
10 CERTO
11 D
12 D
13 B
14 C
15 B