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RESUMO
O ensino de gramática, muitas vezes, apresenta-se por meio de uma metodologia tradicional,
mecânica e pouco atrativa aos alunos de ensino básico. Nesse sentido, este trabalho surge como
uma proposta de, através da análise de práticas mais dinâmicas e interativas, fazer uma abordagem
da gramática de forma menos convencional, mas que agregue saber aos alunos. Nosso propósito
central é dialogar sobre o ensino da gramática e contribuir para a elaboração e/ou reformulação
de práticas pedagógicas que auxiliem na formação linguística do aluno. Acreditamos na
essencialidade dos saberes gramaticais, assim como defendemos sua contribuição significativa
para a formação do indivíduo. Assim, este artigo discorrerá acerca das práticas de ensino da
gramática, propondo uma avaliação de como novas metodologias de ensino de gramática em sala
de aula contribuem para o desenvolvimento acadêmico e linguístico dos alunos. Propõe-se, ainda,
evidenciar a importância do papel do professor como sendo fundamental nesse processo de
mediação, já que ajudará a construir a ponte entre aluno e gramática, tornando esse capaz de
entender que os conhecimentos linguísticos adquiridos em sala de aula não podem nem devem
encerrar-se nela, pois como falantes, precisamos ter domínio das normas que regem nossa língua
materna para que saibamos adequar-nos a quaisquer situações linguísticas.
INTRODUÇÃO
1
Mestre em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, professora da
Educação Básica (SEDUC - CE), erdenialves@gmail.com;
2
Mestre em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, professor da
Educação Básica (SEDUC - CE), esdras.ribeiro2013@gmail.com
comunicativas do dia a dia que, muitas vezes, fogem dos limites impostos pelos padrões
gramaticais ensinados em sala de aula, ano após ano, o mesmo conteúdo, as mesmas
regras, por vezes descontextualizadas e sem que percebamos que estamos ensinando,
repetidamente, algo que os alunos já sabem, ou pelo menos, deveriam saber. Como afirma
Veiga,
A escola não pode se limitar à função de ensinar. Dela são exigidas, cada vez
mais, a função de ensinar e a ocupação educativa dos tempos livres com ações
pedagógicas. A escola deve ser cada vez mais próxima à realidade. Muitos dos
problemas enfrentados por ela relacionam-se com a crescente diversidade
cultural e social dos alunos. No entanto, essa diversidade pode ser encarada
não apenas como um problema, mas também como uma força, caso o currículo
deixe de ser homogêneo e passe a dar espaço e voz à própria escola. (VEIGA,
2009, p. 15)
No entanto, faz-se necessário que sejam dadas possibilidades para que o professor
possa aderir às formações continuadas, dedicar-se ao planejamento e elaboração de aulas
dinâmicas, criativas, contextualizadas e reflexivas. Muito se exige deste profissional
quando, na maioria das vezes, ele já está sobrecarregado com o cumprimento do currículo
obrigatório e de tantas outras atribuições que o seu cargo agrega. Torna-se cada vez mais
inviável ao professor adaptar-se às mudanças pedagógicas e construir um espaço
reflexivo em sala de aula. O contexto educacional adquiriu novas formas, a escola acaba
enfrentando muitas dificuldades até conseguir se adaptar a essas mudanças e,
principalmente, à nova realidade dos alunos. Discentes com perfis totalmente diferentes
daqueles com os quais a escola estava acostumada a lidar. Agora, prender ou até mesmo
chamar a atenção desses sujeitos para o conteúdo tornou-se um verdadeiro desafio, o que
se torna cada vez mais árduo em concorrência com a internet.
Somando-se a isso temos o fato de não serem os professores do ensino básico que
escolhem os programas, autores e perspectivas de análise do material didático com que
se trabalhará em sala de aula. O problema aqui torna-se ainda mais evidente, dentre os
inúmeros percalços enfrentados pelo professor de língua portuguesa, não haver uma
formação acadêmica que o possibilite manusear ferramentas pedagógicas com
desenvoltura é só o começo de um ciclo, estabelecido predominantemente em um único
lugar, o início e o fim de uma má formação ou deformação do ensino de gramática, que
o impede de tecer seu trabalho, a universidade.
É preciso lembrar que a universidade precisa ser a primeira a proporcionar uma
formação que possibilite novas perspectivas de abordagem pedagógica em sala de aula,
aquela que incentiva uma formação que se apresente em seu caráter permanente de busca,
porque é isso que faz a educação,
Acredita-se que um método de educação imutável, que não propõe refletir, que
não entende nem se adapta às constantes transformações do cenário educacional, em nada
contribui para uma formação significativa do indivíduo. Portanto, pensar em estratégias
de ensino-aprendizagem no que se refere à língua, suas normas e em uma formação
adequada para os docentes de língua portuguesa, a partir da perspectiva de uma pedagogia
que liberta, transforma e ajuda a tornar-se mais crítico, auxiliará na formação cognitiva e
social dos alunos, sujeitos em construção e em constante aprendizagem. Para isso, é
necessário que o aluno construa expectativas positivas em relação a essa apropriação das
regras gramaticais, pois, a partir do momento que ele se falante e detentor das ferramentas
linguísticas necessárias, ele vai poder caminhar, de forma independente, pelas diversas
situações comunicativas existentes. Essa autonomia, por consequência, irá levá-lo a
desenvolver suas habilidades linguísticas, a atribuir novos sentidos aos textos e a própria
realidade, bem como tornar-se, ainda, um agente propagador desse conhecimento.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. – 8. ed. – São
Paulo: Cortez, 2011
ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada – limpando “o pó das ideias
simples”. 1. ed. – São Paulo: Parábola Editorial, 2014
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. – 36 ed. –São Paulo: Paz e Terra, 2014