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ROMANTISMO NO

BRASIL

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

2ª BIMESTRE - 2021
Você é romântico? Hoje em dia, quando alguém faz essa
pergunta, normalmente está querendo falar de pessoas mais
sentimentais, que expressam seu amor de forma pública ou
poética. Porém, na Literatura e nas Artes esse conceito é bem
diferente.
Você vai descobrir hoje, ao estudar as características do
Romantismo, que a produção artística referente a esse período
tem uma série de particularidades que tornam essas obras únicas,
refletindo o pensamento e o contexto social referente àquela
época.
Conceito do Romantismo
O Romantismo foi um movimento que começou na Europa, nas últimas décadas do século XVII.
Ele teve um impacto muito além da Literatura, apesar de seu nome ser associado a essa matéria.
O Romantismo influenciou as Artes de forma geral, a filosofia e até mesmo o pensamento político
de sua época.
Durante o período em que esse movimento durou, a sociedade destacou o que foi chamado
de espírito romântico: uma atitude e visão de mundo centrada no indivíduo. Seu objetivo era se
diferenciar do pensamento iluminista, que pregava a objetividade e colocava a razão no centro do
mundo.
Portanto, mesmo em grande parte do século XIX, esse espírito romântico produziu teorias
filosóficas e obras artísticas bastante subjetivas. Os autores retratavam o drama humano, as
emoções vivenciadas pelas pessoas, os amores trágicos e ideais utópicos.
Surgimento do Romantismo
Teve inicio na Europa no final do século XVIII, na Europa, obtendo maior destaque na França.
Desenvolveu-se em meio à Revolução Industrial e à Revolução Francesa.
Acontece que a partir da segunda metade do século XVIII começou a constituir-se na Inglaterra a
sociedade industrial. Passou-se bruscamente do sistema doméstico ao sistema fabril de produção,
provocando o surgimento de várias cidades industriais. Assim, a burguesia começou a crescer
econômica e politicamente e o proletariado (trabalhadores) começou a crescer em número. Da
antiga sociedade de senhores e servos, passou-se à sociedade de operários e empresários.
A Revolução Francesa, por sua vez, desencadeada em 1789, acabou por levar a burguesia ao poder.
Assim, ambas as revoluções incentivaram a livre-iniciativa, o individualismo econômico e o liberalismo
político, estimulando também o nacionalismo. Esse clima de valorização da liberdade e renovação
marcou muito a literatura romântica, afinal, principalmente baseados nessa liberdade, os poetas se
sentiram livres para expressar seus sentimentos na poesia, além de não se sentirem mais presos à
métrica dos versos que as escolas anteriores valorizavam. Nascia uma nova forma de escrever.
Desse modo, o Romantismo é a escola da expressão dos sentimentos, da liberdade de
expressão. Por isso, alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom
pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de expressar seus sentimentos. Além
disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações,
valorizando os heróis e as tradições populares, exaltando o nacionalismo. E essa liberdade
também fica evidente na forma de escrever, já que os escritores românticos abandonaram o
tom solene e adotaram um estilo simples e comunicativo na escrita.
As principais obras Românticas na Europa são:
• Contos e Inocência, de Willian Blake;
• Os Miseráveis, de Victor Hugo;
• Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.
Características do Romantismo
Como já falamos, no período romântico o ser humano queria se
libertar da visão objetiva trazida pelo Iluminismo. Por isso, as
obras literárias têm as seguintes características:

Liberdade de criação e de expressão


O que importa, nesse movimento, não são as regras externas. As obras têm o objetivo de
retratar e valorizar o eu, o indivíduo. Por esse motivo, os autores se sentem em total liberdade
para expressarem seus sentimentos e visão de mundo da forma como desejam.
Nacionalismo
Muitas obras exaltam os feitos dos heróis nacionais. Para isso, elas resgatam o passado
histórico das nações, principalmente o período medieval. Também é comum a valorização
da pátria. Um exemplo clássico é o do poeta Gonçalves Dias que, quando estava em
Portugal, escreveu a Canção do Exílio. Os versos mais conhecidos são:

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Individualismo, egocentrismo
Para os autores românticos, eles e seus sentimentos estão no centro do universo. Seus
desejos, paixões e frustrações são mais importantes do que os acontecimentos do entorno
ou do mundo. É o microcosmos se sobrepondo ao macrocosmos.
Religiosidade
Mais uma vez, uma característica do Romantismo mostra uma reação aos valores do Iluminismo. Se o
racionalismo considerava a religião uma inimiga, o espírito romântico exalta o cristianismo como consolo
diante das frustrações impostas pela vida real.
Mais do que isso, no Romantismo o cristianismo é a causa da ingenuidade e a crença que inspira ações
nobres e virtuosas.
Valorização da natureza
O autor romântico é fascinado pela natureza. Ele descreve as paisagens exóticas e usa, também, essa
característica para exaltar sua nação. Voltando à Canção do Exílio, o poeta afirma:
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida, mais amores.
Além disso, o autor romântico transforma a natureza em uma personagem que reflete o eu. Portanto, ela
assume as emoções, como tristeza, e esbanja exuberância diante da alegria e das conquistas do
indivíduo.
Valorização das emoções
A ênfase nas emoções pessoais é uma das principais características do Romantismo. O autor
expressa não só os sentimentos dos personagens, mas sua própria percepção das situações e
da vida.

Pessimismo
Os autores românticos frequentemente se deparam com a impossibilidade de realizar os
desejos do seu “eu”. Como resultados, eles demonstram angústia, solidão, desespero, tristeza
e frustração. Esse estado de espírito é conhecido como o “mal do século”.
Por isso, o final de muitas obras românticas traz a saída encontrada pelos autores para essa
tristeza e angústia. Morte, suicídio (como em Romeu e Julieta), fuga para a natureza ou a
pátria são os escapes possíveis para esse mal
Escapismo
O romantismo é marcado também pela fuga de uma realidade que o autor (ou personagem) não
consegue suportar. A causa dessa frustração vem do contexto histórico: a Revolução Francesa
promoveu mudanças, mas que não satisfizeram os desejos do homem.
Dessa forma, ele sente a necessidade de escapar da realidade. Essa fuga pode acontecer por meio da
morte ou suicídio ou na busca por um mundo utópico e perfeito, presente apenas no passado histórico.
Por isso, eles resgatam fatos heroicos, principalmente do período medieval.
Idealismo
O autor romântico tem uma visão idealizada do mundo. A realidade, para ele, é desesperadora. Porém,
a pátria, a mulher e o amor são vistos não da forma como são, mas como ele acredita que deveriam ser.
Por isso, a pátria é sempre perfeita. A mulher (virgem, frágil, bela e submissa), além dessas
características, é inatingível. O amor é espiritual, geralmente inalcançável e a causa de grande
sofrimento.
Além da a arte voltada para o povo, surgimento de um público consumidor da cultura (com o surgimento
de tecnologias que agilizavam a produção, surgiram os folhetins);
O tema sobre o Romantismo no Brasil é um dos favoritos
do ENEM e da FUVEST. Ele foi, não somente
um movimento artístico (como nas artes plásticas e no
teatro), mas também filosófico, combinando o racionalismo
formal com uma visão mais emocional, enfatizando o “eu”,
a criatividade e o valor subjetivo da arte.
Além disso, o movimento foi crucial para revolucionar a
prosa e a poesia brasileira, influenciando nas próximas
manifestações culturais.
O que foi o Romantismo no Brasil?
O impulso do Romantismo surgiu como um contraponto da intensa racionalização e
mecanização provenientes da revolução industrial. Ele é marcado por um ambiente
intelectual de grande rebeldia, oposição à realidade social e inconformismo às regras que
determinavam o fazer artístico, principalmente na literatura. Para explicar o que foi o
Romantismo no Brasil, primeiro vamos entender suas origens.
Com foco nas emoções e expressão da subjetividade, o Romantismo literário abriu espaço
para que o artista criasse livremente, o que também refletia o cenário externo, aquilo que
acontecia na esfera social. Originalmente surgido na Alemanha, que estava se formando
como nação, o Romantismo teve bases nacionalistas e se mostrou como espaço para a
religação à natureza e também à essência humana.
Como você verá a seguir, esse contexto foi um marco em comum para o Brasil, que passava
justamente pelo processo de independência de Portugal.
Contexto histórico do Romantismo no Brasil
A melhor forma de conhecer uma escola literária é acompanhando o cenário da época. Com o contexto
histórico do Romantismo no Brasil, você percebe que ele foi uma necessidade que caminhou ao
encontro da independência do nosso país. Após o grito da independência em 1822, surge uma nova
mentalidade no povo brasileiro, que deseja reforçar a nova realidade, negando tudo o que tinha origem
na cultura portuguesa.
Além disso, o país atravessava um momento marcado por reformas políticas, ânimo de liberdade,
necessidade de construção dessa nova nação e, principalmente, destaque para o nacionalismo e
valorização da nossa pátria. Semelhante ao contexto histórico do Romantismo europeu, a situação, ao
mesmo tempo em que criava uma certa insegurança em relação ao novo modelo, também inspirava
com os novos ares.
Um marco que aponta para o início do Romantismo no Brasil foi o livro “Suspiros Poéticos e Saudades”
de Gonçalves de Magalhães, no ano de 1836. Veja o trecho inicial do prefácio, que expõe como o
Romantismo não está ligado a um lugar ou vertente específica, mas principalmente ao compromisso do
escritor consigo, não podendo ser as obras julgadas pela forma e, sim, sentidas pelo leitor.
“Lede
Pede o uso que se dê um prólogo ao livro, como um pórtico ao edifício; e como este
deve indicar por sua construção a que divindade se consagra o templo, assim deve
aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos para
desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este livro se elevem em alguns
espíritos apoucados.
É um livro de poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora sentado entre as
ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes,
a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral,
admirando a grandeza de Deus e os prodígios do cristianismo; ora entre os ciprestes
que espalham sua sombra sobre túmulos; ora, enfim, refletindo sobre a sorte da pátria,
sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino,
variadas como as cenas da natureza, diversas como as fases da vida, mas que se
harmonizam pela unidade do pensamento e se ligam como os anéis de uma cadeia;
poesias d’alma e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas ”
Fases do Romantismo no Brasil - poesia
No Brasil, o Romantismo durou de 1836 a 1881, dividido em 3 gerações. Esse foi o primeiro
movimento a autenticar a literatura nacional brasileira, contribuindo para a criação de uma
identidade cultural própria do nosso país.

Romantismo no Brasil primeira geração


O Romantismo no Brasil, primeira geração, está muito ligado ao ufanismo, uma vez que o
país tinha se tornado independente recentemente. Outra temática muito explorada nessa
época é o indianismo, apresentando o índio como elemento de ligação à pátria e à natureza
(e riquezas naturais) próprias do Brasil. O foco foi um resgate da essência história e cultural
do país.
O trecho a seguir do poema I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, marca bem a característica
indianista:

Meu canto de morte, Que agora anda errante


Guerreiros, ouvi: Por fado inconstante,
Sou filho das selvas, Guerreiros, nasci:
Nas selvas cresci; Sou bravo, sou forte,
Guerreiros, descendo Sou filho do Norte;
Da tribo Tupi. Meu canto de morte,
Da tribo pujante, Guerreiros, ouvi.
Segunda geração do Romantismo no Brasil
Já a segunda geração do Romantismo no Brasil, também conhecida como mal do século,
recebeu grande influência da poesia de George Gordon Byron, ou Lord Byron. A melancolia
e o pessimismo ganham destaque e o medo, o sofrimento e os vícios são temas abordados
nessas produções. A fuga da realidade se apresenta com um saudosismo à infância,
exaltação da morte e no medo do amor.
Também conhecida como Ultrarromantismo, nessa fase do movimento romântico os autores
já não tinham tanta afinidade com o nacionalismo. Houve maior exacerbação dos
sentimentos, levando a um egoísmo.
Com relação à mulher, que até então era retratada de forma respeitosa (com o amor puro e
cortês — presente desde o Trovadorismo), agora tem um novo papel. A partir de então, o
poeta demonstra certa sensualidade em relação à mulher, para a qual ele sugere ter
desejos sexuais, mas percebe que não é digno de tocá-la.
A poesia Visões da Noite, de Fagundes Varela, faz parte dessa etapa:

Visões da noite Ao demônio do ouro rendem preito!


Todas sem mais amor! sem mais paixões!
Passai, tristes fantasmas! O que é feito Mais uma fibra trêmula e sentida!
Das mulheres que amei, gentis e puras? Mais um leve calor nos corações!
Umas devoram negras amarguras, Pálidas sombras de ilusão perdida,
Repousam outras em marmóreo leito! Minh’alma está deserta de emoções,
Outras no encalço de fatal proveito Passai, passai, não me poupeis a vida!
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde, empenhando as murchas
formosuras,
Terceira geração do Romantismo no Brasil
Entre 1870 e 1881 manifestou-se a terceira geração do Romantismo no Brasil. Inspirada nas
produções do escritor francês Vitor Hugo, essa fase também foi nomeada como Geração
Condoeira, em atribuição ao Condor (águia, falcão), que tem uma visão mais ampla,
simbolizando que nessa etapa os poetas haviam alcançado a maturidade e liberdade
fundamentais para suas produções.
Historicamente, o Brasil estava vivendo um momento de pensamentos em favor de um Brasil
republicano (consequentemente, o fim da monarquia) e com foco no abolicionismo, promovendo
o final da escravidão (que começou em 1850, se concretizando em 1888). Dessa forma, o
nacionalismo brasileiro deixa de ser representado apenas pela cultura europeia e indígena,
integrando-se também o reconhecimento pela identidade negra.
Por um lado, a poesia do Romantismo no Brasil, 3ª geração, estava empenhada em denunciar
as condições de trabalho dos escravos e a realidade social e econômica no país e, por outro,
surgiu também uma nova representação da mulher. Agora, ela deixa de ser algo puro, quase
divino como na primeira geração ou apenas sensual, como na segunda, para uma relação
erótica e a consumação do amor.
O poeta Castro Alves foi um dos principais autores do Romantismo no Brasil, tanto para uma
abordagem abolicionista, sendo também conhecido como poeta dos escravos. Com poemas
como O Navio Negreiro, no qual apresentamos um trecho do quarto canto, a seguir:
IV E ri-se a orquestra irônica, estridente…
Era um sonho dantesco… o tombadilho E da ronda fantástica a serpente
Que das luzernas avermelha o brilho. Faz doudas espirais …
Em sangue a se banhar. Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Tinir de ferros… estalar de açoite… Ouvem-se gritos… o chicote estala.
Legiões de homens negros como a noite, E voam mais e mais…
Horrendos a dançar… Presa nos elos de uma só cadeia,
Negras mulheres, suspendendo às tetas A multidão faminta cambaleia,
Magras crianças, cujas bocas pretas E chora e dança ali!
Rega o sangue das mães: Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outras moças, mas nuas e espantadas, Outro, que martírios embrutece,
No turbilhão de espectros arrastadas, Cantando, geme e ri!
Em ânsia e mágoa vãs!
Romantismo no Brasil autores e obras
Um assunto que tem grande chance de cair no ENEM, o movimento literário romântico foi
marcado pela prosa e poesia. Confira a seguir algumas informações sobre o Romantismo no
Brasil, autores e obras.
Principais autores do Romantismo no Brasil
• Gonçalves de Magalhães: poeta responsável por trazer o Romantismo para o Brasil;
• Gonçalves Dias: importante poeta indianista e nacionalista, da primeira geração do
Romantismo brasileiro;
• Álvares de Azevedo: representante da segunda fase do Romantismo, expressava a angústia
e melancolia da geração;
• Casimiro de Abreu: assim como Álvares de Azevedo, também apresentava um subjetivismo
exacerbado e grande melancolia. Entretanto, foi considerado como um poeta inocente, por
retratar mais o saudosismo à infância;
• Junqueira Freire: poeta também da segunda fase do Romantismo, tinha como marca a grande angústia
e relação com a morte;
• Fagundes Varela: inspirado na poesia de Lord Byron, abordava a angústia, a melancolia e o desengano;
• Castro Alves: conhecido como Poeta dos Escravos, foi da 3ª geração do Romantismo. Ele contribuiu
tanto com a denúncia em relação aos escravos, quanto escreveu poemas que apresentam a nova
representação da mulher;
• Tobias Barreto: poeta também da 3ª fase do Romantismo, abordava a escravidão e defendia a liberdade
religiosa;
• Bernardo Guimarães: boêmio e defensor do byronismo, contribuiu principalmente para a prosa
romântica;
• José de Alencar: um dos principais escritores em prosa do Romantismo brasileiro;
• Franklin Távora: importante escritor da prosa romântica, foi responsável por introduzir o Romantismo
regionalista no nordeste;
• Machado de Assis: escritor que pertenceu ao final do Romantismo e início do movimento literário
subsequente, o Realismo.
Principais obras do Romantismo no Brasil
Romantismo no Brasil — poesia

Suspiros Poéticos e Saudades; Diário de Lázaro;


Os Mistérios; O Navio Negreiro – Tragédia no
Primeiros Cantos; Mar;
Últimos Cantos; Espumas Flutuantes;
As Brasilianas; Vozes d’África;
Canção do Exílio; Os Escravos;
Lira dos Vinte Anos; Obras Poéticas;
As Primaveras; Que Mimo;
Meus Oito Anos; O Gênio da Humanidade;
Noturnos; A Escravidão.
Anchieta ou O Evangelho nas
Selvas;
Viu como o movimento romântico foi muito importante
para a literatura como também arte e filosofia no nosso
país? O Romantismo no Brasil representou
historicamente três grandes momentos que foram: o
fim do Brasil Colônia e início do Brasil Império, a luta
contra a escravidão e a favor do Brasil República.
Marcado pelo sentimentalismo exacerbado e fim da
preocupação com a forma, essa é uma matéria com
grande possibilidade de ser abordada em sua
caminhada acadêmica.
Exercícios:
Identifique a que geração pertencem os fragmentos a seguir:
a) Oh! Dias da minha b) Quando em meu c) Minha terra tem d) Homens simples,
infância! peito rebentar-se a palmeiras, fortes, bravos...
Oh! Meu céu de fibra, Onde canta o Sabiá; Hoje míseros escravos
primavera! Que o espírito enlaça à As aves, que aqui Sem ar, sem luz, sem
Que doce a vida não dor vivente, gorjeiam, razão...
era Não derramem por Não gorjeiam como lá. ...
Nessa risonha manhã! mim nenhuma lágrima Nem são livres p’ra...
Em pálpebra demente. Gonçalves Dias morrer...
Casimiro de Abreu
Álvares de Azevedo Castro Alves
e) “Já de noite o palor f) Ah! É chegada g) Amemos! Quero de h) [...] Sou bravo, sou
me cobre o rosto minha hora extrema! amor forte,
Nos lábios meus o Vai o meu corpo Viver no teu coração! Sou filho do Norte;
alento desfalece. dissolver-se em Sofrer e amar essa dor Meu canto de morte,
Surda agonia o cinzas; Que desmaia de Guerreiros, ouvi [...]
coração fenece Já não podia sustentar paixão!
E devora meu ser mais tempo Gonçalves Dias
mortal desgosto! O espírito tão puro. Álvares de Azevedo
Do leito embalde no
macio encosto Junqueira Freire
Tento o sono reter!...
Já esmorece
O corpo exausto que o
repouso esquece...
Eis o estado em que a
mágoa me tem posto!”
Álvares de Azevedo

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