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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA BARÃO DO RIO BRANCO

COMPONENTE CURRICULAR: LITERATURA


PROFESSORA: SUZANE SOLIVO 2º ano A
Aula do dia 18 de março de 2021

↪Ler o material apresentado, anotar o que foi o Romantismo, as


principais características e os principais autores, ou, quem tiver
condições pode imprimir e colar no caderno.

Romantismo: Características e Contexto Histórico

O romantismo é um movimento artístico e cultural que privilegia as emoções, a

subjetividade e o individualismo.

Contrário ao objetivismo e as tradições clássicas de perfeição, ele apresenta uma

visão de mundo centrada no ser humano com destaque para as sensações

humanas e a liberdade de pensamento.

O romantismo surgiu na Europa no século XVIII no contexto da revolução industrial

e do iluminismo, movimento intelectual e filosófico baseado na razão. Ele durou até

meados do século XIX, quando começa o realismo.

Rapidamente, esse estilo chegou a outros países inspirando diversos campos da

arte: literatura, pintura, escultura, arquitetura e música.

No Brasil, o movimento romântico começa em meados do século XIX, anos depois

da independência do país (1822) com a publicação da obra Suspiros poéticos e

saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836.

Contexto histórico

Como escola literária, as bases do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo

suicídio foram estabelecidas pelo romance "Os sofrimentos do jovem Werther", de

Goethe, publicado na Alemanha em 1774.


Na Inglaterra, o Romantismo se manifesta nos primeiros anos do século XIX, com

destaque para a poesia ultrarromântica de Lord Byron e para o romance histórico

Ivanhoé, de Walter Scott.

Também figuram entre as primeiras obras do início da revolução romântica na

Europa os livros Manon Lescut, do árabe Prévost (1731), e a História de Tom Joses,

de Henry Fielding (1749).

O romance, contudo, já era utilizado no Império Romano, cuja palavra romano era

aplicada para designar as línguas usadas pelos povos sob o seu domínio. Tais

idiomas eram, na verdade, uma forma popular do latim.

As composições de cunho popular e folclórico escritas em latim vulgar, em prosa ou

em verso e que relatavam fantasias e aventuras, também eram chamadas de

romance.

E foi no século XVIII, que tomou o sentido atual, após passar pelas formas de

"romance de cavalaria, romance sentimental, romance pastoral", na Europa. O

romance pode ser considerado o sucessor da epopeia.

Principais características

Na literatura, as principais características do romantismo são:

● Oposição ao modelo clássico;

● Estrutura do texto em prosa, longo;

● Desenvolvimento de um núcleo central;

● Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo;

● O indivíduo passa a ser o centro das atenções;

● Surgimento de um público consumidor (folhetim);

● Uso de versos livres e versos brancos;


● Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria;

● Idealização da sociedade, do amor e da mulher;

● Criação de um herói nacional;

● Sentimentalismo e supervalorização das emoções pessoais;

● Subjetivismo e egocentrismo;

● Saudades da infância;

● Fuga da realidade.

Oposição ao Clássico

No início, todos os movimentos em oposição ao clássico eram considerados

românticos. Dessa maneira, os modelos da Antiguidade Clássica foram substituídos

pelos da Idade Média quando surgiu a burguesia.

A arte, que antes era de caráter nobre e erudita, passa a valorizar o folclórico e o

nacional. Ela extrapola as barreiras impostas pela Corte e começa a ganhar a

atenção do povo.

A arte romântica, ao romper as muralhas da Corte e ganhar as ruas, liberta-se das

exigências dos nobres que pagavam sua produção e passa a ter um público

anônimo. É o surgimento do público consumidor, impulsionado no Brasil pelo

folhetim, uma literatura mais acessível.

Na prosa, o aspecto formal do Classicismo é deixado de lado. O mesmo ocorre com

a poesia, com os versos livres, sem métrica e sem estrofação. A poesia também é

caracterizada pelo verso branco, sem rima.

Confira na tabela abaixo as diferenças entre o Classicismo e o Romantismo:


Nacionalismo
Os românticos pregam o nacionalismo, incentivam a exaltação da natureza pátria, o

retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional.

Na literatura europeia, os heróis nacionais são belos e valentes cavaleiros

medievais. Na brasileira são os índios, igualmente belos, valentes e civilizados.


A natureza também é exaltada no Romantismo. Está é vista como uma extensão da

pátria ou refúgio à vida agitada dos centros urbanos do século XIX. A exaltação à

natureza ganha contornos de prolongamento do escritor e de seu estado emocional.

Sentimentalismo Romântico
Entre as marcas principais do Romantismo estão o sentimentalismo, a

supervalorização das emoções pessoais, o subjetivismo e egocentrismo. É dessa

maneira que os poetas se colocavam como o centro do universo.

Dentro de um universo particular, o poeta sente a derrota do ego, produz frustração

e tédio. São características do movimento romântico: as fugas da realidade por meio

do abuso de álcool e ópio, a idealização da mulher, da sociedade e do amor bem

como a saudade da infância e a busca constante por casas de prostituição.

Romantismo em Portugal

Os primeiros anos do Romantismo português coincidem com as lutas civis entre

liberais e conservadores. A renúncia de Dom Pedro ao trono brasileiro e sua luta

pelo trono de Portugal ao lado dos liberais, veio intensificar esses conflitos.

O romantismo literário em Portugal tem como marco inicial a publicação, em 1825,

do poema Camões, escrito por Almeida Garrett. A obra foi produzida durante seu

exílio em Paris.

Em Portugal, o movimento romântico esteve dividido em 2 fases:

1. Primeira geração romântica: fase nacionalista

2. Segunda geração romântica: fase de maturidade

Autores e obras do romantismo em Portugal


● Almeida Garret (1799-1854). Obras: Camões (1825), Viagens na minha terra
(1846) e Folhas Caídas (1853).

● Alexandre Herculano (1810-1877). Obras: A Harpa do Crente (1838), Eurico,


o Presbítero (1844) e Poesias (1850).

● Antônio Feliciano de Castilho (1800-1875). Obras: Amor e melancolia (1828),


A noite do Castelo (1836) e Escavações poéticas (1844).

● Camilo Castelo Branco (1825-1890). Obras: Amor de perdição (1862),


Coração, Cabeça e Estômago (1862) e Amor de Salvação (1864).

● Júlio Dinis (1839-1871). Obras: As Pupilas do Senhor Reitor (1866), Uma


Família Inglesa (1868) e A Morgadinha dos Canaviais (1868).

● Soares de Passos (1826-1860). Única obra publicada: Poesias (1856).

● João de Deus (1830-1896). Obras: Ramo de Flores (1869) e Despedidas de


Verão (1880).

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