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Alexandre José da Silva , Marcos Vinícius Antonio dos Santos, Mariana Sportitsch Rodrigues Valente
e Thaís de Araújo
Petrópolis – RJ
2022
SUMÁRIO
3) Racionalismo Estrutural
7) Referências bibliográficas
1) O que é racionalismo estrutural
Desde o final do século XIX, com a necessidade de ruptura teórica e de uma nova linguagem,
o Racionalismo Estrutural era o movimento arquitetônico no início do século XX que tinha forte
influência estética do cubismo. Este movimento arquitetônico e artístico influenciou os movimentos
como Art Nouveau e Art Déco e posteriormente, durante o as duas Grande Guerras (1914-1945), foi
grande influência para o Movimento Moderno, influencia as escolas arquitetônicas e artísticas como o
Purismo, Neoplasticismo, Bauhaus, Constructivismo soviético. Essas escolas preferiam as certezas da
razão à indeterminação da experiência que era adotada nas escolas de arquitetura clássica.
O problema central para Perret era conciliar as oportunidades tecnológicas abertas pelo uso do
concreto armado com a estética e o pensamento de Viollet-le-Duc, de que foi discípulo, os estudos de
Auguste Choisy e era amigo pessoal de Julien Guadet. É considerado o último teórico clássico
racionalista, pioneiro em construções com concreto armado nas obras arquitetônicas. Para Perret, o
concreto era o material que poderia possibilitar a mescla entre a tradição acadêmica francesa com o
ecletismo e o racionalismo estrutural gótico de Viollet-le-Duc, onde concreto era o esqueleto de uma
estrutura composta por elementos formalmente independentes e articulados entre si.
Já Pier Luigi Nervi, foi um engenheiro e arquiteto italiano. Ele estudou na Universidade de
Bolonha na Itália e se formou em 1913. É conhecido mundialmente como engenheiro estrutural e
arquiteto racionalista formalista e por seu uso inovador de concreto armado. Sua vida profissional foi
fortemente influenciada pelas duas Grandes Guerras e pelo fascismo italiano o pós-guerra e
consequentemente as crises econômicas derivadas disso.
Nervi via naquele novo método de construção algo que fosse econômico e singular nas suas
construções. Ele acreditava no "princípio da economia”, uma teoria da engenharia moderna representa
a extrema racionalidade, garantindo também “beleza’’. As estruturas monolíticas das cúpulas ricas
cúpulas ricas e espessas criadas por ele, destacavam a distribuição equilibrada de forças para que
aparecesse como uma “verdade revelada”. É o postulado da honestidade estrutural, reforçado nas
obras de Nervi, pelo postulado da honestidade da construção relacionados com as condições culturais
e sociais tanto nacionais como mundiais.
3) Racionalismo Estrutural
Por esta razão a construção de monumentos sociais e culturais como museus, teatros e escolas
foi muito marcante nessa época. Neste momento, a arquitetura começa a ser vista de fato como uma
ciência da qual é influenciada por pensamentos iluministas do período. Tal constatação começa a ser
evidenciada na enfatização de formas geométricas e das proporções ideais presentes nas construções,
de modo que ocorre uma grande desvalorização da École des Beaux-Arts e tem-se em seu lugar a
École Polytechnique de Paris, que começa a ganhar mais espaço e prestígio no decorrer do tempo,
defendendo um dos preceitos que dizia que a forma final do objeto não era uma forma natural, mas
sim uma forma advinda da mente e da razão, a qual seguia a funcionalidade dos objetos.
Alguns outros movimentos seguintes que surgiram no período, tiveram contribuição direta do
racionalismo estrutural. Dentre eles se destaca o cubismo, o qual estreitou a tendência racionalista.
Este movimento traz consigo várias inovações na forma de se expressar arquitetonicamente, como a
continuidade espacial, contendo fachadas e plantas livres de estruturas e rompendo de vez, várias
características da estética renascentista.
O racionalismo estrutural obteve muitas influências que moldaram a sua forma de conceber
uma construção, assim como a estética de todo o processo. Estes influxos ressaltam tanto no campo
social, como também no artístico, econômico e filosófico. Enquanto no realismo do campo literário
era valorizada a objetividade sem idealizações (a qual entrava em oposição à estética do romantismo),
no campo filosófico, o século era de Freud, Darwin, Malthus e Marx onde todos os pensadores
possuíam uma fundamentação crítica da comunidade, ligada à área de maior atuação de cada um e que
era baseada em estudos e teorias com viés de caráter científico e embasado em contrapontos fatuais.
De tal forma, o resgate dos preceitos básicos da arquitetura foi algo recorrente durante a
construção do racionalismo estrutural, destarte, uma das linhagens teóricas utilizadas para sua
constatação foi o livro ‘Ensaio sobre arquitetura’ de Marc-Antoine Laugier. Nesta obra, o autor
comenta sobre a cabana primitiva e em como a funcionalidade se torna um tema central no ramo
arquitetônico. Para Laugier, a essência de um edifício era composta por três elementos principais,
pilar, viga e telhado, algo que remetia ao trilítico grego ou a uma arquitetura vernacular, fatores que
retomam, em partes, o historicismo e a recuperação da tradição clássica.
A ideia principal era conceber o novo com a manipulação do preexistente de maneira criativa.
Portanto, ocorre nesta fase, um resgate de estilo construtivo de três principais períodos, dos quais
comandavam as formas arquitetônicas. São eles: Período clássico da arquitetura grega, com a
influência no racionalismo estrutural, onde a valorização da lógica na construção, da simplicidade e
do rigor são pontos principais e servem de base no racionalismo estrutural. Outrossim, o período
romano também teve grande influência com o surgimento das abóbadas, e por fim o período medieval
com a estrutura ogival, onde se valorizou a função estrutural de uma construção, além da facilitação
de sua verticalidade. Todos estes períodos ressaltam algumas características da arquitetura racionalista
em que possuem plantas com fachadas livres, desenvolvimento horizontal, além de uma maior
exploração dos sistemas construtivos pré existentes, tal qual o concreto armado, o aço e o vidro.
Nos próximos tópicos, analisaremos brevemente algumas das obras mais relevantes na
carreira de Auguste Perret. A fim de abranger diversidades neste tópico, separamos quatro obras que
divergem e convergem entre si em alguns aspectos, tais como data de construção, funcionalidade,
materialidade e localidade.
Nesse sentido, Auguste Perret lançou moda na arquitetura da capital francesa, pois saía do
papel o primeiro edifício residencial cujo esqueleto era feito inteiramente em concreto armado, na
25-bis Rue Franklin, além de possuir uma decoração inteiramente ornamentada com elementos
fitomorfos, evidencia características do Art Nouveau. O edifício foi pioneiro no uso de estrutura
porticada em betão armado, que se destaca igualmente pela volumetria em forma de U e pelo
revestimento exterior com azulejos.
É interessante ressaltar que a fachada principal daria ora com as janelas ora com os sólidos
revestidos de cerâmicas em mosaicos, conferindo um ar de Art Nouveau, enquanto o restante da
estrutura em concreto armado desse edifício foi revestida para sugerir uma construção de lintéis e
pilares em madeira, algo mais voltado para o Racionalismo.
Figuras 2 e 3 - As imagens evidenciam os mosaicos e a protuberância da forma em U que caracteriza
a fachada frontal
O apartamento “tipo” possui apenas 1 dormitório, com uma integração dos compartimentos,
que permite contato entre a sala de jantar e estar com o dormitório. O apartamento ainda possui dois
balcões para a rua e, no sétimo pavimento, a edificação recua e cria um terraço em toda a extensão da
edificação. No nono pavimento a edificação recua novamente e cria um terraço em um andar com uso
inadequado e obsoleto para os dias de hoje, possuindo quartos para empregados.
O veículo entra e percorre a planta até o intervalo onde, através de uma plataforma giratória, é
acessado o elevador que leva o carro aos andares e ali o carro entra em plataformas, semelhantes a
uma ponte rolante, que se deslocavam para a posição onde o veículo tinha que estacionar.
Figuras 7 e 8 - Planta baixa original, à esquerda, e interior da edificação, à direita, evidencia formato
individualístico da construção e a entrada de luz e ventilação natural.
Dessa forma, a proposta se completa maximiza a iluminação natural através de uma cobertura
de vidro sobre o duplo pé-direito central, que também se eleva para permitir a ventilação natural. A
fachada mostra para o exterior o que acontece no interior e, realmente, Ponthieu pode ser considerado
o primeiro edifício que mostra totalmente a estrutura de concreto com vigas e colunas, mostra isso
com atrevimento, tanto dentro como fora.
Sendo assim, com a Garagem da rua Ponthieu, Perret mostra sua engenhosidade e técnica
neste edifício, com uma clareza que não é muito comentada, porém, que despertou o interesse no
grupo deste estudo por não ser um edifício de função convencional, e por ser importante para a época
em questão da ascensão concessionária. Embora o edifício tenha desaparecido, o compromisso com o
espírito de uma época que começava ainda nos inspira, traduzindo-se, assim, em aprendizado e
experiência para futuras obras e projetistas.
A seguir, analisaremos uma das obras mais notáveis na carreira de Auguste Perret, que foi a
Igreja de Notre Dame, ou Igreja de Nossa Senhora, em Le Raincy, uma pequena cidade perto de Paris,
entre 1922 e 1923. A igreja foi provavelmente a obra que possibilitou a difusão e propagação de suas
ideias e possibilidades estruturais a respeito do uso concreto armado.
Em primeira análise, sua composição é caracterizada por uma fusão do racionalismo clássico
e o ideal greco-gótico. Nesse sentido, possui 53 metros de comprimento e 19 metros de largura,
conseguindo alcançar incríveis 43 metros de altura, no ponto máximo do campanário. Sua estrutura é
composta completamente em concreto armado, sendo a primeira Igreja a possuir essa característica,
formada por 32 pilares de 11 metros de altura cada, com vão longitudinal de 10 metros. Estas colunas
podem ser interpretadas tanto em termos representativos, como ontológicos: primeiro, pela presença
evidente de um suporte de concreto armado sem revestimento; segundo, pelas marcações estriadas na
vertical produzidas pelas ripas de madeira originadas das formas das colunas. Estes filetes concedem
um perfil ambíguo que podem ser interpretados primeiramente como “caneluras da ordem dórica, ou
de outra parte das formas cilíndricas apinhadas do típico pilar gótico”.
Figura 9 e 10 - Vista fachada frontal da Igreja de Nossa Senhora do Raincy e vista interna da igreja
em obras, com as colunas de dupla altura sustenta a laje do coro, respectivamente
Perret também disserta sobre o “efeito floresta” gerado pelo já citado ato de descolar os
pilares da vedação vertical, cria efetivamente três naves estruturais, com 4 linhas de pilares
longitudinais:
Sendo assim, em Le Raincy, o acabamento singelo é dominado pelo vigor e elegância das
proporções. O resultado desta composição sintática da estrutura de concreto é, além de uma “imagem
nostálgica de um pseudo-gótico”, um marco na questão da planta e fachada livre que Le Corbusier
formularia em seus cinco pontos de 1926, dois anos depois da conclusão das obras da igreja.
A última obra de Perret a ser construída, bem como a última obra em análise deste tópico, foi
o Museu de Belas Artes de São Paulo, sede da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Inicialmente, o projeto foi esboçado por Armando, no ano de 1938, quando o conde registrou em seu
testamento a vontade de criar uma escola de artes e uma pinacoteca. O projeto foi feito por Perret,
entretanto, o prédio da FAAP ficou pronto 20 anos depois de sua morte, em 1974.
É interessante comentar que os vitrais que compõem as paredes do edifício são de autoria de
artistas plásticos brasileiros, tais como Cândido Portinari, Aldemir Martins, Tarsila do Amaral,
Djanira e outros. A frente deste mosaico, seria a área destinada ao deleite, da festa, onde o visitante
em um breve passeio poderia ver as obras mais famosas; e nas galerias laterais (simétricas) as obras
deveriam ser classificadas por uma ordem cronológica.
Quanto à estrutura, Perret enfatiza “se a estrutura não é digna de estar aparente, o arquiteto
conduziu mal a sua missão”. Desse modo, a estrutura teria solidez para durar e transmitir os tesouros
para as gerações futuras. Por isso que Perret tanto defende o concreto armado para constituir a
ossatura do museu, dar tanto destaque à iluminação também, visto que um museu deve ser um edifício
bem iluminado e bem protegido das variações exteriores de temperatura e de umidade do ar;
elementos que produzem as dilatações e as retrações e que, segundo o arquiteto, constituem a
principal causa da ruína das obras humanas.
A claustra, o vitral, com o jogo da luz e da vedação, próprios da tradição mediterrânea, que
compõem um grande mosaico, aproxima-se da luz colorida da Igreja de Nossa Senhora do Raincy,
citada anteriormente neste trabalho. A luz natural defendida por Perret no seu estudo sobre museus, no
projeto da FAAP aparece como um testemunho.
Sendo assim, a seleção de obras para análise se completa, corrobora os feitos que Perret
tornou o concreto armado aceitável enquanto material visível da construção aos olhos daqueles que
praticavam a arquitetura como arte; e isto ele o fez atribuindo ao concreto uma estética retangular,
facilmente reconhecida e facilmente digerida. Os exemplos do edifício da Rua Benjamin Franklin e da
Igreja de Nossa Senhora do Raincy demonstram tal racionalismo, mesmo que os avanços da técnica
permitissem algo além de um protótipo de balanço e ensaio de planta livre. Toda essa técnica e
experiência é traduzida em seu último projeto, curiosamente no Brasil, da Fundação Armando Alvares
Penteado, carrega consigo o legado de Auguste Perret.
Com isso, para partirmos em toda a jornada de Nervi, encontramos diversas obras durante o
seu período ativo na área da construção civil; como engenheiro, foi um marco e referência com o seu
trabalho pelo o uso do concreto armado e formas ainda pouco exploradas com esse material. Com
isso, nesse parágrafo, destaca-se quatro de suas construções que vão de direito encontro com o que se
compreende em relação a forma de expressar o racionalismo na arquitetura, sendo essa obras: Estádio
Artemio Franchi, Catedral de Santa Maria da Assunção, Sede da UNESCO em Paris e a Embaixada
da Itália em Brasilia.
A seguir outro objeto para o estudo desse documento se encontra a sede da UNESCO em
Paris, o projeto em parceria com outros dois arquitetos, Marcel Breuer e Bernard Zehrfuss, o projeto
nasce a partir da necessidade na década de 50 de instalação da sede em lugar estratégico e permanente
em Paris, sendo o edifício localizado em frente ao Champ-de-Mars.
Figura 18 - Fachada da Sede
O edifício conta com a sua forma de tríade e conta com uma leve acentuação em sua fachada
frontal, conta ainda com as suas pilastras que possuem uma seção variável de base elíptica,sendo essas
pilares mais robustas nas áreas críticas para sua sustentação, quanto a acentuação e ondulação da
cobertura corresponde a uma variação de reforços de finalidade de estruturação.
O complexo projeto conta ainda com quatro edificações, sendo a principal e focal o prédio
sede da Unesco, com o seu uso a parte administrativa, a estrutura abriga diversas obras de artes de
diversos artistas como Picasso, Miró, Giacometti e outros. Nervi projeta de forma indireta a sua
vontade de uso de um material que em suas palavras ''possuísse todas as qualidades necessárias para
construir grandes edifícios, mesmo sem barras ``, materializa sua vontade de trabalhar com o concreto
armado.
Com a última obra para a análise foi escolhida um projeto de Nervi que está em território
Brasileiro, sendo esse a atual sede da embaixada italiana que se localiza em Brasília, sendo essa umas
das últimas encomendas projetuais de Nervi.
O Projeto nasceu da demanda da mudança de capital do País, com isso em 1969, o ministro
dos negócios estrangeiros, Pietro Nenni escreve a Nervi para conferir o cargo de projetista a
embaixada pois Pietro acreditava que o engenheiro poderia concluir com maestrias o projeto como
em suas palavras '' o governo italiano considera que um projeto seu não poderia senão dar prestígio
quer à Itália quer ao Brasil, desejaria poder confiar-lhe esse projeto''.
O Elaborado projeto conta com a assinatura de Nervi, o uso de formas geométricas e grandes
pilares octogonais, conta ainda com o apelo e mistura do movimento modernista e o brutalismo,
desde sua edificação a obra pavilhonar conta com uma grande cobertura estrutural que recobre o
programa em suas particularidades.
Por fim, concluímos que Auguste Perret e Pier Luigi Nervi oferecem um leque de
possibilidades em relação à estrutura da história arquitetônica e da engenharia, revertido também pelas
influências que atingiram e atingem diversas vertentes arquitetônicas pós-Perret e Nervi. No período
entreguerras, na Europa, a marcante a presença de vanguardas no campo arquitetônico constituíram o
Movimento Moderno. Dessa forma, desde o final do século XIX discutia-se a necessidade de renovar
a linguagem arquitetônica em face das novas técnicas e demandas da sociedade industrial. Art
Nouveau, Art Déco e variantes racionalistas propuseram, antes e durante a afirmação do modernismo,
outras soluções para orientar a construção moderna e superar as limitações das técnicas construtivas
existentes.
Como exemplo deste legado, o próprio museu da FAAP revela a importância de Perret para a
arquitetura moderna, com diversas mostras artísticas e documentais, reconhecido, difundido e
assinados por artistas como Lasar Segall, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, entre
outros, que também participaram da confecção dos vitrais que compõem o mosaico no mesmo museu,
mostra sua influência no Brasil tão simbolicamente no último prédio de sua autoria na grande São
Paulo.
As obras dos irmãos Perret têm um significado muito abrangente, que vai da teoria da
arquitetura ao desenvolvimento de processos de construção inovadores. “Ao aliar a concepção
estrutural ao uso de um sistema construtivo racionalizado e modulado e ao propor o emprego de um
material até então ignorado na construção de edifícios, o concreto armado, a Frères Perret abriu
caminho para uma revolução no modo de se conceber e também perceber a arquitetura”, explica uma
curadora do museu de artes da FAAP.
Auguste Perret and the project of Museum of Fine-Arts of São Paulo, 2017
PEDONE, Jaqueline Viel Caberlon. O espírito eclético na arquitetura. ArqTexto, Porto Alegre, n. 06,
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