Você está na página 1de 16

EXERCÍCIO 01 | TEORIA DA ARQUITETURA I - 2022.

2023

O Modernismo e o Pós-Modernismo

Turma A | Alunos. Joana Silva | 49040 | 2024-04-14


Resumo

O presente trabalho de investigação insere-se no âmbito da unidade curricular de Teoria da Ar-


quitetura I. Como o desenvolvimento de qualquer investigação pressupõe a existência de algo
que nos inquieta e nos induz ao espírito de curiosidade e, como este trabalho não constitui ex-
ceção, formulou-se, assim, a seguinte questão de investigação: O que é o movimento moderno
e o pós-moderno? Quais as suas diferenças e como é que se relacionavam?

Posto estas questões, pretendeu-se tentar obter a resposta a partir de pesquisas, pretendendo
destacar a importância do movimento moderno e pós-moderno na arquitetura e as suas influên-
cias até aos dias de hoje, no nosso cotidiano.

Na crítica da Escola Modernista de Frankfurt, a arte aparece como um último lugar, negativo e
real; É aqui que a estética negativa de Adorno se enraíza como expressão plena da situação
modernista. O discurso contemporâneo sobre o "pós-modernismo" visa transcender a intransi-
gência da negatividade, procurando uma nova relação com a lógica rejeitada pelo "medo da
contaminação da modernidade". Este artigo pretende lançar luz sobre alguns aspetos da auto-
definição do pós-modernismo e do modernismo. Examinaremos a dificuldade ou impossibilidade
dessa definição em relação aos novos paradigmas, o que nos permite antecipar a constância
das discussões estéticas contemporâneas, que inevitavelmente nos conduz a um beco sem sa-
ída.

Introdução

O movimento modernista surgiu no final do século XIX e baseou-se na ideia de que as formas
«tradicionais» das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tor-
naram-se ultrapassadas, e que era fundamental deixá-las de lado e criar uma visão do que nos
rodeia, com o objetivo de substituir a formas antigas por novas, possivelmente melhores, de
forma a eventualmente obter-se um progresso. Os principais arquitetos que permitiram o avanço
deste movimento foram Le Corbusier na França, Walter Gropius e Ludwig Mies van der Rohe na
Alemanha. O espaço moderno é baseado no seu propósito, localização e relacionamento, e é
incorporado como uma geometria tridimensional, sendo abstrato, lógico, científico e matemático.
O movimento moderno teve algumas vertentes como a arquitetura orgânica e o minimalismo.
Wright e Mies foram os principais autores destes estilos. Estes diziam que a simplicidade estru-
tural não era vista como uma limitação, era mais uma oportunidade, uma mistura de necessidade
e virtude, “menos é mais”.

Já em relação à arquitetura modernista, surgiu assim, como forma de conceber um novo movi-
mento com base na rejeição do movimento anterior, de forma inovadora e como antítese ao
modernismo, criticando as influências ideológicas, sociais, históricas, culturais e a realidade obje-
tiva, a moralidade, a verdade, a natureza humana, a razão, a linguagem e as noções universa-
listas de progresso social. Robert Venturi é um dos arquitetos mais conhecidos, acompanhado

2
por outros arquitetos famosos como Philip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo
Rossi na Itália, James Stirlibg e Michael Wilford no Reino Unido e outras figuras, que se contra-
punham à afirmação de Mies Van Der Rohe. O racionalismo e o revivalismo são tipos de pós-
modernismos. O racionalismo derivava menos de um trabalho teórico especial e unificado do que
de uma crença comum de que os mais variados problemas colocados pelo mundo real que po-
deriam ser resolvidos pela razão, este também representava uma reação ao historicismo e um
con-traste com a Art Nouveau e o expressionismo. A arquitetura revivalista ou neotradicional
destaca-se do novo urbanismo pelo facto de que o novo urbanismo é inspirado na arquitetura
tradicional, que o modifica. Ao contrário da arquitetura neotradicional que também o modifica,
mas não usa frequentemente técnicas e materiais tradicionais.

Keywords: Minimalismo, Planta Livre, Espaço Orgânico, Simplicidade, Pós-Modernismo, Raci-


onalismo, Espaço Orgânico

3
Arquitetura Modernista

O movimento modernista surgiu no final do século XIX e baseou-se na ideia de que as formas
"tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana
tornaram-se ultrapassadas, e que era fundamental deixá-las de lado e criar uma nova visão do
que nos rodeia. A procura do “novo” e a desobediência contra as autoridades instituídas era algo
comum naquela altura, e são características comuns de diversos artistas apoiantes deste
movimento.

Esta constatação reexaminou o conceito da existência, desde os tempos passados até ao nosso
atual quotidiano com o objetivo de substituir a formas antigas por novas, possivelmente melhores,
de forma a eventualmente obter-se um progresso. O movimento moderno dizia que as novas
realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam adaptar-
se a essas novas visões do mundo e aceitar esta afirmação.

Os principais arquitetos que permitiram o avanço deste movimento foram Le Corbusier na


França, Walter Gropius e Ludwig Mies van der Rohe na Alemanha.

Fig. 2 –Villa Savoyer, Le Corbusier (França)

4
O artista moderno, que surge com o indivíduo autônomo do romantismo e o criador que não está
sujeito às exigências de um cliente, rebela-se arrogante contra a tirânica subordinação à mimese
e contra o princípio de representação. A crise da visão estabelecida das coisas e a negociação
da mimese resultam em uma festa dos sentidos: a nova arte se dedicará a estimular a relação
entra a obra e o recetor a partir do ponto de vista dos mecanismos da percepção.

A sensibilidade do lugar na arquitetura moderna é um fenômeno recente. De facto, os melhores


esforços do movimento moderno definiram novos conceitos de espaço usando estruturas de aço
e concreto armado, apoiadas por desenvolvimentos tecnológicos como paredes de vidro.

Na arquitetura moderna, desde J.N.L Durand até Louis Kahn, a sensibilidade pelo lugar é irrele-
vante: todo o objeto arquitetónico surge sobre uma indiscutível autonomia. Denis Diderot ao tratar
a relação orgânica entre a pintura e o lugar já destacava que “os nossos arquitetos carecem de
génio, desconhecem as ideias acessórias que são despertadas pelo lugar”. As vanguardas en-
fatizam o processo de isolamento dos elementos fora do seu contexto usual e inclusive um pro-
jeto, teoricamente organicista de Le Corbusier, como a Capela de Ronchamp (1950-1955) man-
tém uma relação genérica e não empírica com o contexto. A ideia de uma arquitetura autónoma,
que se pode fundamentar sem nenhuma relação com o entorno.

O espaço moderno é baseado no seu propósito, localização e relacionamento, e é incorporado


como uma geometria tridimensional, sendo abstrato, lógico, científico e matemático. Este es-
paço, independentemente da sua "existência", tende a ser infinito e ilimitado.

Na arquitetura moderna, existem duas tradições diferentes e opostas no que diz respeito à rela-
ção entre construção e paisagem: por um lado, a Ebenezer Howard Garden City e as suas pri-
meiras Sied-lungen alemãs integradas na paisagem, por outro lado, como o momento é carac-
terizado pela racionalidade, pela objetividade imposta e por Le Corbusier no seu segundo projeto
urbano. Essa tradição é baseada na ubiquidade da arquitetura sem considerar o ambiente lógico.

5
A planta livre é um dos conceitos de cinco pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier, que
permite que as paredes sejam colocadas livremente através de uma estrutura independente, pois
não precisam de cumprir uma função estrutural. Tal como um projeto de construção onde as
paredes não são usadas como estrutura ou como colunas, mas podem ser desmontadas a qual-
quer momento e construídas em outro lugar sem limitar a estrutura do edifício.

Os cinco pontos da nova arquitetura – planta livre, fachada livre, pilotis, terraço jardim e janelas
em fita - são o resultado de um estudo realizado e publicado em 1926 na revista francesa L’Esprit
Nouveau. pelo arquiteto Charles-Edouard Jeanneret, conhecido por ser o pseudônimo de Le
Corbusier, nos primeiros anos de sua carreira. Um ou mais pontos foram usados em vários pro-
jetos antes desta publicação, que apareceu pela primeira vez na Casa Cook em 1926. Mas eles
são usados com mais destaque em Villa Garches e Villa Savoye. Esses conceitos permitiram
tornar os componentes do projeto independentes entre si, o que permitiu maior liberdade criativa.

6
Arquitetura Orgânica

A arquitetura orgânica nasceu a partir da arquitetura moderna, no início do século XX, entre 1910
e 1939. O movimento foi criado pelo arquiteto americano Frank Lloyd Wright. A arquitetura orgâ-
nica procura a expressão artística naquilo que representa a vida: o movimento, que é represen-
tado pela arquitetura perpétua. Esses projetos criam estruturas flexíveis com dinâmica de com-
posição espacial. Considerando a filosofia humanista, a integração da natureza com os espaços
internos e externos, é uma característica distintiva desse estilo arquitetónico.

A arquitetura orgânica explora dramaticamente linhas amplas e arrebatadoras, superfícies con-


vexas e côncavas, juntas rústicas e acabamentos notavelmente naturais. Círculos, como espi-
rais, círculos e curvas, são muito utilizados em projetos arquitetónicos orgânicos, assim como
referências a elementos naturais com expressões animais e vegetais.

Wright, o autor deste estilo arquitetónico, resolvendo os seus seis princípios básicos o livro “The
House of Nature”, ou seja; a integridade; continuidade, dentro deste a continuidade espacial e a
continuidade física; flexibilidade; a plasticidade; a gramática; e a simplicidade, sendo esta última
a característica essencial da arquitetura orgânica, que não permite o uso de ornamentos e ele-
mentos decorativos que alterem a unidade do edifício.

Fig. 2 – Casa da Cascata, Frank Loyd Wright


(Pensilvânia)

7
Minimalismo

O minimalismo caracteriza o mínimo, a remoção de toda subjetividade, o retorno à forma mais


pura e, portanto, à essência na sua forma mais elevada, tanto na arte quanto na arquitetura.
Pode-se dizer que o minimalismo tem sido interpretado de forma diferente no campo da arqui-
tetura e do design de interiores. Este estilo contemporâneo da arquitetura surgiu a partir do Es-
tilo Internacional, que ficou, assim, intitulado como arquitetura minimalista.

Pode-se dizer que a premissa da modernidade é a ausência de essência geométrica e decora-


ção. Mas também é verdade que a restrição de formalismo e de materiais utilizados por alguns
arquitetos contemporâneos como Tadao Ando, John Posen, Phil Aretz, Dominique Perrault ou
o próprio Zumthor, distinguem-se do funcionalismo dos seus contemporâneos, como Mies e
Wright, um pioneiro indiscutível da arquitetura. Para o arquiteto alemão, como para muitos dos
chamados minimalistas, a simplicidade estrutural não era vista como uma limitação, era mais
uma oportunidade, uma mistura de necessidade e virtude.

Na arquitetura este movimento refere-se à simplicidade e à pureza formal dos edifícios, com
uso de formas geométricas básicas, utilização restrita de materiais industriais modernos e cor,
como as cores neutras. Alguns dos atributos e elementos visuais da arte minimalista e arquite-
tura minimalista são similares, como os volumes retangulares e austeros. Sendo também notá-
vel a ausência de adereços desnecessários que podem trazer uma imagem “fria” e desconfor-
tável, em que a estética sacrifica o conforto.

Estas manifestações ocorreram após o Movimento Moderno, e constituíram uma nova forma de
racionalismo que se opunha aos excessos figurativos e à heterogeneidade pictórica,
característicos de obras arquitetónicas como Robert Venturi, Michael Graves ou Charles Moore.
Embora plural e heterogéneo, e por isto se refere o minimalismo pós-moderno somente como
uma tendência, pode-se dizer que as suas variadas manifestações convergem para o conceito
“menos é mais”. Enquanto busca de uma arquitetura unitária, com frequentes referências aos
objetos sem representação direta, onde se utiliza um número de elementos, materiais e
linguagens limitadas e articuladas de forma essencial, a noção de minimalismo também se aplica
à arquitetura moderna.

Fig. 2 - Pavilhão Alemão, Mies van


der Rohe

8
Pós-Modernismo

O termo "modernismo" é usado para descrever um movimento na arte, arquitetura e outros


campos, como filosofia, pintura, escultura, fotografia, cinema, dança, moda e outros campos.
que começou em meados do século XIX e continuou até o final do século XX. A arte modernista
caracterizou-se pela rejeição de técnicas e valores tradicionais, bem como pelo uso de novas
tecnologias e ideias. A inovação na época era consciente, embora às vezes fosse vista como
revivalismo.

O movimento pós-moderno apareceu depois do modernismo e da Segunda Guerra Mundial.


Nesse período, o mundo passava pela Terceira Revolução Industrial e por diversas mudanças
tecnológicas e sociais e as máquinas estavam cada vez mais rápido a substituir o trabalho
humano, e vários indivíduos começavam a questionar-se sobre a sua existência e sobre a forma
de organização do mundo, quanto às desigualdades sociais, poluição e consumo extremo que
se tornava cada vez mais percetível.

Este movimento surgiu assim, como forma de conceber um novo movimento com base na
rejeição do movimento anterior, de forma inovadora e como antítese ao modernismo, criticando
as influências ideológicas, sociais, históricas, culturais e a realidade objetiva, a moralidade, a
verdade, a natureza humana, a razão, a linguagem e as noções universalistas de progresso
social. “Em termos um tanto grosseiros, podemos caracterizar o pensamento pós-moderno (…)
como o pensamento que se recusa a transformar o Outro no Mesmo” (During 1987:33)

As críticas ao pós-modernismo são intelectualmente diversas, incluindo argumentos de que o


pós-modernismo promove o obscurantismo, não tem sentido e não contribui para o
conhecimento analítico ou empírico.

Alguns filósofos, notadamente o filósofo pragmatista Jurgen Habermas, afirmam que o pós-
modernismo se contradiz por sua autorreferencialidade, pois é impossível criticá-lo sem
conceitos e métodos.

9
Arquitetura Pós-Modernista

A arquitetura pós-modernista foi um movimento que surgiu nos meados da década de 60 como
reação contra o Estilo Internacional de Corbusier e Gropius. Os pós-modernistas criticavam a
despersonalização do Estilo Internacional, que causava a falta de originalidade.

O Pós-Modernismo não foi um movimento homogéneo, mas apresenta várias correntes.

Os arquitetos desta era procuravam a simetria, a coluna da antiguidade e o ornamento. Robert


Venturi é um dos arquitetos mais conhecidos, acompanhado por outros arquitetos famosos como
Philip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo Rossi na Itália, James Stirlibg e
Michael Wilford no Reino Unido e outras figuras, que se contrapunham à afirmação de Mies Van
Der Rohe.

Também Charles Jenks, um teórico de arquitetura, paisagista e designer americano, afirmou “Um
edifício pós-moderno é tanto moderno como tradicional. Tem um nível de perceção individual
que só é compreensível para o especialista e outro trivial que é entendido por qualquer
transeunte”. Os principais arquitetos deste movimento foram Robert Venturi, Charles Moore,
Robert Stern, Aldo van Eyck, Christian Portzamparc e Michael Graves.

Denise Scott Brown and Robert Venturi

Denise Scott Brown e Robert Venturi, um dos casais de design mais formidáveis de meados do
século XX, fundaram o radical e controverso estúdio de arquitetura americano Venturi Brown and
Associates, também conhecido como VSBA.

Trabalharam juntos de 1969 a 2012, eles fizeram uma abordagem pós-moderna de design,
convencidos que a arquitetura e design urbano deveriam de ter como referência tanto passado
como o futuro.

Venturi apresentava uma visão contra a arquitetura moderna, e tinha uma visão contraditória,
complexa e ambígua, que queria justificar a complexidade das formas arquitetónicas e sua
irredutibilidade a uma lógica estética única. "a arquitetura é necessariamente complexa e
contraditória pelo facto de incluir os tradicionais elementos vitruvianos de comodidade, solidez e
beleza". Robert opunha-se aos arquitetos dos anos sessenta e proclamou contra o purismo e
moral dos arquitetos do movimento Moderno, que defendiam a separação e exclusão de
elementos e funções. Ele opôs-se aos arquitetos contemporâneos que se esforçavam para ser
diferentes e novos, esquecendo a tradição; contra o "menos é mais" de Mies van der Rohe e seu
ecletismo de conteúdo e linguagem.

Venturi interessava-se pela arquitetura do barroco, especialmente pela sua capacidade de


articular os elementos e subordiná-los a uma unidade geométrica e global e desenvolver todo o
tipo de ambiguidades, inflexões e tensões em espaços de mínimas dimensões. Outro facto

10
destacável de Venturi foi a sua visão da arquitetura perante a eclosão do movimento pop art na
Inglaterra e nos Estados Unidos,

Grande parte do seu trabalho de design progressivo foi feito em parceria, mas apesar disso, a
contribuição de Scott Brown para foi marginalizada, ignorada ou posta de parte, apontando para
o sexismo na indústria arquitetónica do século XX.

Scott Brown foi apenas umas das inúmeras mulheres que enfrentaram este tipo de discriminação
no mundo do trabalho, que ainda se encontra nos dias de hoje presente.

Foi apenas atualmente, nos últimos anos, é que houve uma mais compreensão e um
reconhecimento da sua parceria.

Venturi fez vários avanços significativos logo desde início, projetando a radical Casa Vanna
Venturi para a sua mãe em 1964 e delineando seus princípios de design ecléticos e pós-
modernos baseados na fusão do passado e do moderno, onde mostra no seu livro emblemático
“Complexidade e Contradição na Arquitetura”, 1966, onde realça o termo "menos é vergonha".

Fig. 2 - Casa Vanna Venturi, Robert


Venturi (1964)

Fig. 3 - Piazza d'Italia em New


Orleans, Charles Moore (1978)

11
Racionalismo

O racionalismo pós-modernos desenvolveu-se a partir dos anos 70. Também reúne vários
arquitetos com linguagens pessoais que refletem uma heterogeneidade de influências e recorrem
a elementos historicistas. Estes também revalorizavam práticas como as grandes superfícies de
vidro e telhados planos, utilizavam tecnologias modernas e mostravam grande preocupação com
os contextos envolventes.

A filosofia que chegou a a parecer ultrapassada, manteve-se viva, porque se deixou perder a
oportunidade da sua realização. Tal como Adorno disse, uma racionalidade outra capaz de,
paradoxalmente, manter viva uma possibilidade utópica de reconciliação. Este apresentava uma
negatividade radical que fundava o projeto modernista, não sendo um valor absoluto, mas antes
uma consequência inescapável da situação objetiva da arte numa situação histórica concreta.

Dos tipos de racionalidade existentes, a arquitetura do início do século XX é principalmente sobre


a razão analítica baseada na separação e classificação usando processos lógicos e matemáticos
tendendo à abstração.

O racionalismo derivava menos de um trabalho teórico especial e unificado do que de uma crença
comum de que os mais variados problemas colocados pelo mundo real que poderiam ser resol-
vidos pela razão, este também representava uma reação ao historicismo e um contraste com a
Art Nouveau e o expressionismo.
Em relação à arquitetura monumental e imponente, esta foi baseada em formas geométricas
puras, com telhados de duas águas, janelas quadradas alinhadas na horizontal e na vertical, que
praticasse uma grande austeridade decorativa.

Teve como principais representantes o italiano Aldo Rossi, Hans Hollein, Gustav Peichl, James
Stirling, Arata Isozaki.

Para os racionalistas a desatenção à “praxis quotidiana” caracteriza precisamente as várias


tendências “criticas da razão”, por isso, eram incapazes de captar a ambivalência da modernidad

12
Revivalismo

O revivalismo é um fenômeno sociocultural que ocorreu várias vezes ao longo dos séculos e que
procura resgatar princípios e tradições do passado, de forma a enfrentar desafios colocados
naquela época. É um movimento de valorização e idealização da história, e é mais usual em
sociedades que apresentam momentos de grandeza e esplendor, quer em termos de política, de
religião, de arquitetura, de literatura, de moda, de música, usando o passado como referência,
de forma positivo e por vezes insultuosa, quando o recuperar o passado é considerado um
arcaísmo.

Arquitetura revivalista foca-se na restauração e construção de edifícios com ideias arquitetónicas


do passado. Este fenómeno de revitalização da arquitetura apareceu na Europa no século XVIII
e continuou até meados do século XX.

A arquitetura revivalista ou neotradicional destaca-se do novo urbanismo pelo facto de que o


novo urbanismo é inspirado na arquitetura tradicional, que o modifica. Ao contrário da arquitetura
neotradicional que também o modifica, mas não usa frequentemente técnicas e materiais
tradicionais.

O revivalismo tem uma relação com a arquitetura eclética, mas o ecletismo dedicava-se a
misturar vários estilos antigos. Apesar de usarem técnicas passadas, ambos os estilos de
arquitetura começaram a modernizar as suas formas de construção com estruturas de ferro, e
com o uso de cimento e betão.

A Europa testemunhou um grande progresso tecnológico como resultado direto da Revolução


Industrial e dos primeiros momentos da cultura iluminista.

13
Conclusão

Neste contexto, quando se formulou a questão sobre qual o impacto do Modernismo e do Pós-
modernismo na Arquitetura, a pretensão foi a de tentar, através da investigação materializada
neste trabalho, demonstrar que estes dois movimentos, apesar de todas as suas vertentes,
tiveram ambas um grande impacto e uma grande importância na arquitetura e influência na
Arquitetura Contemporânea, apesar de terem visões totalmente contraditórias, sendo que um se
refere à simplicidade e à pureza formal dos edifícios, recorrendo ao uso de formas geométricas
básicas e à utilização restrita de materiais e cor, indo, assim, de encontro à máxima “Menos é
mais”, e a outra descarta totalmente este modo de ver e fazer, preferindo assim rejeitar as
técnicas e os valores tradicionais, bem como pelo uso de novas tecnologias e ideias.

A pesquisa realizada visa contribuir para uma arquitetura diferente e muito específica, que reflita
as tendências da crescente globalização e tecnologia, mesmo que se possa humildemente reco-
nhecer possíveis erros. Neste caso, os profissionais da construção terão que se adaptar e des-
cobrir formas de implementar novos métodos para facilitar a própria construção.

Bibliografia e Web grafia

MONTANER, Josep Maria. A Modernidade Superada arquit

etura, arte e pensamento do século XX. Editoriaol Gustavo Gilli, S.A., Barcelona, 2001

MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno Arquitetura da segunda metade


do século XX. 1. Ed. [S. I.]: Editorial Gustavo Gili, S.A., 2001

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_minimalista . [Consult. 6 de janeiro de 2023]

http://repositorio.ulusiada.pt/bitstream/11067/2438/1/mia_valdemar_oliveira_dissertacao.pdf -
[Consult. 4 de janeiro de 2023]

https://www.vivadecora.com.br/pro/mies-van-der-rohe/ - [Consult. 8 de janeiro de 2023]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna - [Consult. 6 de janeiro de 2023]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_Livre - [Consult. 6 de janeiro de 2023]

https://www.vobi.com.br/blog/arquitetura-modernista - [Consult. 6 de janeiro de 2023]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_p%C3%B3s-moderna - [Consult. 6 de janeiro de 2023]

https://historiadaarquitetura3.files.wordpress.com/2013/05/aula-10-hau3.pdf - [Consult. 6 de
janeiro de 2023]

14
https://www.ces.uc.pt/publicacoes/rccs/artigos/24/_Antonio%20Sousa%20Ribeiro%20-
%20Modernismo%20e%20Pos-Modernismo.pdf - [Consult. 8 de janeiro de 202

Compromisso ético dos estudantes para com a instituição, a comunidade académica e a


sociedade

No processo de avaliação de conhecimentos:

• Ser pontual e atuar com disciplina, honestidade e civismo no decorrer das provas;

• Fazer-se acompanhar por um documento de identificação (Cartão de Cidadão, cartão de


estudante, passaporte ou carta de condução);

• Abster-se de ações ou incidentes que possam perturbar o ambiente durante a prestação


das provas;

• Não assinar, com o nome de outra pessoa, nomeadamente, em testes, exames ou


trabalhos sujeitos a avaliação;

• Não aceder antecipadamente e de modo indevido a questionários ou quaisquer outros


elementos que constem na prova de avaliação;

• Não utilizar notas, textos, ou outros elementos não autorizados na prestação das provas,
nem recorrer ao apoio de outra(s) pessoa(s), presente(s) no espaço do exame ou fora dele, à
revelia das regras estabelecidas para o método de avaliação;

• Não utilizar meios tecnológicos não autorizados, com acesso a informação relevante
para os exames ou outras provas de avaliação, em proveito próprio ou de outrem;

• Não apresentar trabalhos, ensaios, relatórios, teses ou dissertações com resultados


falsificados, fabricados ou tendenciosamente interpretados;

• Não destruir ou alterar trabalhos de outrem, em proveito próprio;

• Não comprar ou vender, no todo ou em parte, dissertações, teses, relatórios ou outros


trabalhos académicos, utilizados nos processos de avaliação;

• Não plagiar. Todos os itens abaixo consubstanciam formas de plágio:

• Cópia de um trabalho, no todo ou em parte, feito por outrem; permissão para que outra
pessoa copie o seu trabalho, no todo ou em parte, em provas de avaliação;

• Quaisquer situações em que se usam ideias, afirmações, dados, imagens, ou ilustrações


de outro(s) autor(es), sem referir explicitamente a respetiva autoria e, consoante o caso, a
respetiva autorização desse(s) autor(es);

• A submissão de um trabalho sem o respeito pelas normas de citação e referenciação


bibliográfica;

15
12/01/2023 - Joana Silva

16

Você também pode gostar