Você está na página 1de 4

Alunos: Juan Molina, Isabella Pfeiffer, Daniella Maciel e Victor Gabriel Cabral.

Os paradigmas industriais e suas influências na Arquitetura modernista, pós


modernista e contemporânea

Rio de Janeiro, 2022


1) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL X MODERNISMO X ARQUITETURA
1.1) CONTEXTO HISTÓRICO
A revolução industrial foi um período de grande desenvolvimento tecnológico que teve
início na Inglaterra em 1760 e se espalhou pelo mundo gerando grandes transformações na
sociedade. Consequentemente, ocorreu um aumento populacional muito grande e para
suprir as necessidades desse povo era necessário um sistema mais eficaz, tanto na
produtividade quanto na rapidez. A partir disso foram ocorrendo avanços na cidade, e na
arquitetura como pontes de ferro, estações de trem e etc. Porém com o êxodo rural, as
cidades ficavam superpopulosas e sem ter a estrutura para isso, muitos problemas foram
aparecendo, a falta de saneamento básico, falta de moradia e insalubridade. Ou seja, a
revolução industrial contribuiu para o empobrecimento populacional. Dentre dos avanços
que a Revolução trouxe para construção civil, é importante destacar o uso do ferro, vidro e
aço oriundas das fábricas de larga escala que acelerou o tempo de construção das obras
tornando-as cada vez mais baratas e viáveis. A partir disso foram se criando diversas
construções e essa época foi apelidada de "arquitetura do ferro".
1.2) MODERNISMO - A ERA DA FUNCIONALIDADE
No final do séc. XIX, o modernismo se dá início principalmente com a BAUHAUS, escola de
design e arquitetura fundada por Walter Gropius que se baseava no design funcional,
inovador, com formas geométricas, no qual predominam linhas retas e bem definidas, resultando
em obras tanto horizontais e quanto verticais que utilizam aço, concreto, concreto armado e
vidro, telhados planos e fachadas livres. Sua maior herança é a valorização dos espaços
livres. A planta livre de alvenarias, pois as estruturas tornaram-se independentes, permitia
ambientes mais amplos, iluminados e bem ventilados, além do visual minimalista.
Outro pilar fundamental do modernismo é o Mies Van Der Rohe, autor da frase "menos é
mais", que era conhecido por ser minimalista em suas obras, tendo o uso de vidro nas
construções para contato com a natureza como sua principal caraterística. E também,
considerado como o pai do modernismo, Le Corbusier, um arquiteto que contribuiu bastante
para o movimento, com teorias, práticas, obras e projetos que contribuem até hoje em todo
o mundo. Sua característica é elaborar um processo de construção racional e funcional,
além de utilizar táticas que possibilitam paredes mais leves por meio de técnicas modernas
de concreto armado.
 5 pontos da arquitetura moderna por Le Corbusier:
 Planta livre, divisão dos cômodos internos feito de maneira independente da
configuração estrutural.
 Pilotis, térreo livre para estender o espaço externo elevando a residência do solo.
 Terraço jardim, ocupação da última laje com jardim, promovendo o trânsito de
pessoas.
 Fachada livre, aberturas na fachada independente da configuração estrutural do
edifício, pilares, pilotis e vigas, projetos internamente não junto a fachada.
 Janela em fita, aberturas buscando iluminação constante e homogênea.
Com isso, é correto afirmar que a industrialização, a economia e a recém-descoberta noção
do “design” dão ao arquiteto a responsabilidade pela correta e socialmente justa construção
do ambiente a ser habitado. As construções devem trazer consigo elementos de
economicidade, limpeza visual e utilidade, necessários ao pragmatismo característico do
movimento. O incremento da urbanização, traz também uma nova área de trabalho aos
arquitetos, inclui o planejamento territorial, urbano e a construção em massa de moradias.
O crescimento dos nacionalismos, que pode resultar em regimes totalitários no período do
Entreguerras, incorpora os arquitetos nos projetos de desenvolvimento nacional ou nos
projetos de reconstrução, permitindo, por outro lado, a aplicação dos princípios racionais de
eficácia e do paradigma do progresso tecnológico que caracterizam a Modernidade.

Após a segunda guerra mundial, o modernismo começou a criar vertentes e uma delas foi o
brutalismo, porém teve seu declínio por ter sido duramente criticado por grandes nomes na
arquitetura, que no final foi chamado de Pós-modernismo.
2) PÓS-MODERNISMO E ERA CONTEMPORANÊA
Deste modo, o movimento pós-moderno caracteriza-se como uma crítica ao movimento
moderno na arquitetura e no urbanismo que ficou centrado em soluções racionalistas e na
busca da funcionalidade na cidade, como foi previsto na Carta de Atenas: é o lugar para
morar, trabalhar, circular e que proporciona o lazer. Cidade que passou a ser criticada e que
gerou também a segregação socioespacial no espaço. A casa era a “máquina de morar”
para atender os imperativos da vida moderna. O arquiteto Robert Venturi, foi um dos
primeiros a ser considerado pós modernista, com obras que contrastavam significadamente
os princípios modernistas, como a complexidade, uso de referências históricas, explosão de
cores e a valorização da individualidade. As obras desse período visavam explorar ao
máximo a composição das fachadas, trazer sensações e emoções com diferentes materiais,
cores e formas. O pós modernismo foi uma das primeiras correntes arquitetônicas a serem
consideradas contemporâneas.
Atualmente, a arquitetura contemporânea puxa alguns fundamentos do modernismo e
acrescenta ou usa como base para dentro dele. É uma arquitetura que busca usar novos
elementos a partir daqueles fundamentos do modernismo, como por exemplo o chamado
"terraço-jardim" hoje é conhecido como teto verde ou roof top. E dentro do contemporâneo
cresce também diversos movimentos como:

 O movimento futurista ou high tech, que é caracterizado por conter materiais de alta
tecnologia, conferindo design inovador e arrojado.
 O desconstrutivismo, que representam em suas obras a assimetria, irregularidade,
fragmentação e imprevisibilidade, tendo como principais arquitetos: Peter
Eisenmann, Rem Koolhas e Frank Gehry.
 A Arquitetura sustentável que é o uso de tecnologias e materiais que visam a
redução de resíduos na construção, a diminuição do consumo energético, a redução
de gastos e reutilização da água, tudo isso para a preservação máxima do meio
ambiente.
Diante disso, é correto afirmar que os paradigmas industriais e a massificação trouxeram
para a atualidade um "padrão" para a arquitetura. Entretanto, arquitetos e contribuintes se
manifestaram a cerca dessa padronização, o que levou ao movimento que tinha como
objetivo reavivar as artes do passado com um novo toque atual, novos materiais,
recuperação dos sentidos, compreendo a arquitetura como um diálogo, a expressão. E é
esse movimento que criou uma nova visão da arquitetura no século XXI.
REFERÊNCIAS:

ALVES PENA, Rodolfo. "Industrialização do Mundo”; mundo educacao uol. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-industrializacao-mundo.htm
Acesso em 17 de junho de 2022.
Autor desconhecido. "Quais são as influências da arquitetura moderna e como usá-la?”;
Blog Atec. Disponível em: https://www.atec.com.br/blog/arquitetura/influencias-da-
arquitetura-moderna/
Acesso em 17 de junho de 2022.
FRANCO, Gabriel. " ARQUITETURA MODERNA E PÓS-MODERNA: MUDANÇA DE
PARADIGMA Cadernos de Graduação. Disponível em:
https://historiadaarquitetura3.files.wordpress.com/2013/07/arquitetura_modernaepos.pdf
Acesso em 17 de junho de 2022.
BONDARIK, Roberto. "Os modelos de homem de Alberto Guerreiro Ramos e os
paradigmas produtivos do século XX”; Congresso Internacional de Administração.
Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/SOCIOLOGIA/20
09/6ModelosdeHomemdeGuerreiroRamosADM2007.pdf
Acesso em 17 de junho de 2022.

Você também pode gostar