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Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O movimento moderno chegou ao campo da arquitetura e urbanismo,
formulando um novo estatuto da forma de edifícios e cidades. A ideia
era unificar a arte, a funcionalidade e a técnica — o fruir, o usufruir e o
construir — em atendimento às demandas sociais.
Neste capítulo, você vai estudar o que é modernismo e quais são suas
origens e seus ideais de adaptação, verificando também seu significado
e sua importância no processo de desenvolvimento cultural do Brasil.
O modernismo
Fazio, Moffett e Wodehouse (2011, p. 471) avaliam que o desenvolvimento da
arquitetura moderna se deu de forma complexa. A Primeira Guerra Mundial
levou à desilusão também os arquitetos, que compartilhavam uma a sensação
de que a cultura europeia falhara e precisava ser substituída por uma sociedade
transformada. Acreditava-se que a arquitetura deveria ser um instrumento para
essa modificação. Para isso, o racionalismo, a economia e a funcionalidade
seriam importantes e necessários, usando a mecanização para gerar edifícios
eficientes, feitos a máquina. Os arquitetos modernistas veneravam a aplicação
direta dos materiais de construção e dos processos de montagem.
As motivações modernistas eram quase sempre nobres, heroicas e, muitas
vezes, utópicas. “Muitos arquitetos europeus passaram a ver o projeto de
edificações como um possível instrumento de transformação social”, apontam
Fazio, Moffett e Wodehouse (2011, p. 525). A economia caótica, o déficit de
2 O modernismo no Brasil
Para saber mais sobre os dois manifestos, acesse o link a seguir e leia o artigo “War-
chavchik e Levi — dois Manifestos pela Arquitetura Moderna no Brasil”, de Renato
Luis Sobral Anelli.
https://qrgo.page.link/6jsH
A Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que
funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. Foi uma das maiores e mais importantes
expressões do modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras
escolas de design do mundo. Um de seus principais objetivos era unir artes, artesanato e
tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos
tinham lugar de destaque, conforme apontam Coelho e Odebrecht (2007).
Para saber mais detalhes sobre o edifício, acesse o link a seguir e leia o artigo “O
edifício do Ministério da Educação e Saúde (1836–1945):: museu ‘vivo’ da arte moderna
brasileira”, de Roberto Segre, José Barki, José Kós e Naylor Vilas Boas.
https://qrgo.page.link/uVqH
Figura 1. Ministério da Educação e Saúde Pública (Rio de Janeiro, 1950). Foto de Marcel
Gautherot.
Fonte: Gautherot (2018, documento on-line).
Curitiba
Salvador
Recife
Fortaleza
Porto Alegre
Belo Horizonte
A arquitetura de Brasília, prevista nos esboços com que Lúcio Costa con-
correu ao concurso internacional de projetos para a nova capital do Brasil,
foi o impulso definitivo de Niemeyer na cena da história internacional da
arquitetura contemporânea. As cúpulas côncava e convexa do Congresso
Nacional e as colunas dos palácios da Alvorada, do Planalto e da Suprema
Corte, configuram signos originais. Agregando-os às espetaculares formas das
colunas da Catedral e dos palácios Itamaraty e da Justiça, Niemeyer encerra a
perspectiva ortogonal e simétrica formada pelo ritmo repetitivo dos edifícios
da Esplanada dos Ministérios.
Figura 2. Casa Modernista, projetada em 1928 pelo arquiteto russo Gregori Warchavchik,
pioneiro da arquitetura modernista brasileira.
Fonte: Oliveira e Alves (2016, p. 101).
Saiba mais detalhes da casa construída por Gregori Warchavchik no artigo “Clássicos da
Arquitetura: Casa Modernista da Rua Santa Cruz/Gregori Warchavchik” de Igor Fracalossi.
https://qrgo.page.link/eLCB
O modernismo no Brasil 13
Para saber mais sobre o conjunto arquitetônico da Pampulha, projeto de Oscar Niemeyer,
acesse o link a seguir e leia o artigo “Pampulha: Beleza pioneira e intimista de Niemeyer/
Paul Clemence”, de Igor Fracalossi.
https://qrgo.page.link/hRrD
Leituras recomendadas
ANDRADE, M. O movimento modernista. In: ANDRADE, M. Aspectos da literatura brasileira.
5. ed. São Paulo: Martins, 1978.
ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2005.
ARTIGAS, J. B. V. Caminhos da arquitetura. 2. ed. São Paulo: Fundação Vilanova Artigas,
1986.
BRANDÃO, C. A. L. A formação do homem moderno vista através da arquitetura. Belo
Horizonte: Ap Cultural, 1991.
BUZZAR, M. A. Arquitetura moderna brasileira como representação: o caso da FAU
USP. In: VI Seminário DOCOMOMO Brasil, 2005, Niterói. Anais [...] p. 1-20. Disponível em:
http://docomomo.org.br/wp-content/uploads/2016/01/Miguel-Buzzar.pdf. Acesso
em: 7 abr. 2019.
FRAMPTOM, K. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
LE CORBUSIER. Por uma arquitetura. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2002. (Estudos. Ar-
quitetura, 27).
LEMOS, C. A. C. Arquitetura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1974. (Série Arte E
Cultura).
LUCCAS, L. H. H. Arquitetura moderna e brasileira: o constructo de Lucio Costa como
sustentação. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 063.07, Vitruvius, set. 2005. Disponível
em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/437. Acesso em: 7
abr. 2019.
SEGRE, R. et al. O edifício do Ministério da Educação e Saúde (1936-1945): museu “vivo”
da arte moderna brasileira. Arquitextos, São Paulo, ano 6, n. 069.02, Vitruvius, fev. 2006.
Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/376.
Acesso em: 7 abr. 2019.
TELES, G. M. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1983.