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Cuiabá – MT
2019
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1. INTRODUÇÃO
Modernismo Pós-modernismo
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O movimento pós-moderno teve seu apogeu na década de 80 nos Estados
Unidos, onde parte da sociedade se encontrava em estabilidade financeira, graças a
nova política econômica, resultando em uma cultura consumista, refletindo
consequentemente na arquitetura, com projetos cada vez mais moldados e
personalizados a vontade do cliente, utilizando tecnologia mais avançada, podendo
inovar os produtos e materiais que ampliou as possibilidades arquitetônicas, por essa
razão, a arquitetura pós-modernista acabou sendo designada como elitista.
Figura 1: A Piazza D’Itália projetada por Charles Moore nos anos de 1979 em Nova Orleans. Fonte:
Google Imagens.
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analise de elementos pós-modernos na arquitetura cuiabana, que foram feitos
inicialmente pelas estudantes responsáveis pelo presente artigo, por meio de visitas
técnicas em alguns edifícios que poderiam ser classificados com pós-modernos, sendo
eles o Centro Empresarial Presidente (antigo Hotel Presidente), e o edifício Michelle
Cler, onde fotos foram coletas. Em seguida, em uma segunda visita, com a turma de
Teoria da Arquitetura e Urbanismo 2 do curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Mato Grosso, obteve-se a interpretação dos alunos quanto
aos aspectos que seriam pós-modernos nos edifícios da capital mato-grossense.
No Brasil o pós-modernismo não teve tanto impacto como nos outros países, o
movimento chegou no país de forma singela e foi se desenvolvendo no decorrer dos
anos, mas com pouco vigor por se encontrar a nação ainda sobre grande influência do
modernismo. No entanto, é possível encontrar características pós modernistas em
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alguns edifícios brasileiros, sendo um dos mais conhecidos o Edifício Rio Branco
(Figura 2) que se subdivide em base, corpo e coroamento (como na divisão clássica),
projeto de Edison Musa no Rio de Janeiro, onde destacou-se pelo uso do frontão
como notoriedade na fachada, marca conhecida de Philip Johnson, tendo como
exemplo o edifício AT&T Building (Figura 3) localizado em Nova York.
Figura 2: Edifício Rio Branco, Edison Musa, Rio de Janeiro, 1989. Fonte: Google Imagens.
Figura 3: AT&T Building, Philip Johnson, Nova York, 1984. Fonte: Google Imagens.
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Assim como os projetos do arquiteto Éolo Maia, tendo como destaque o Museu
de Mineralogia de Belo Horizonte (Figura 4 e 5), Minas Gerais, sendo atribuído como
pós modernista pela sua forma excêntrica, causando opiniões distintas de críticos e da
sociedade. No qual muitos não entenderam suas dimensões, forma e significado. Mas
de acordo com (FRACALOSSI, 2011) a obra não foi uma inserção gratuita, apenas
figurativa e provocativamente diferenciada. Ela é fruto de um estudo geral da Praça e
seus edifícios (desenhos, fotos e maquetes) no que diz respeito à sua volumetria,
elementos formais, massas e aberturas e possibilidades representativas dentro da
história, critérios universais de inserção. Vestiu-se, de forma escancarada, de
materiais ligados à construção e à indústria mineira como as chapas metálicas
enferrujadas que lhe sugeriram o apelido, e como dente de ouro completou a
dentadura da Praça.
Figura 4: Centro de Informação ao Visitante (Rainha da Sucata), Éolo Maia, Belo Horizonte, 1990. Foto:
Marcelo Albuquerque, 2017.
Figura 5: Centro de Informação ao Visitante (Rainha da Sucata), Éolo Maia, Belo Horizonte, 1990. Foto:
Marcelo Albuquerque, 2017.
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vertentes aplicadas ao movimento, sendo elas: Historicismo, Regionalismo e High-
Tech.
Figura 6: Centro Empresarial Presidente, Paulo Molina, Cuiabá, 2010. Fonte: Paulo Molina, 2013.
Figura 7: Centro Empresarial Presidente, Paulo Molina, Cuiabá, 2010. Fonte: Autoral, 2019
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caráter amplo, aberto a suposições daqueles que ali circulam, sendo definido como
representação de um olho por uns, baleia ou peixe para outros. Exemplificando todos
os que se colocaram sob a denominação de pós-modernos que, de uma forma ou de
outra, queriam fazer com que a arquitetura fosse novamente portadora de símbolos,
de signos convencionais que falassem a todos, que comunicassem valores culturais
que transbordavam as questões meramente construtivas (BRUXEL, DEBARBA,
FRANKEN E GREGORY).
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Figura 8: Edifício Michelle Cler, Augusto Mario Boccara, Cuiabá, 1992. Fonte: Autoral, 2019.
Figura 9: Edifício Michelle Cler, Augusto Mario Boccara, Cuiabá, 1992. Fonte: Autoral, 2019.
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Figura 10: Edifício Michelle Cler, Augusto Mario Boccara, Cuiabá, 1992. Fonte: Autoral, 2019.
Figura 11: Edifício Michelle Cler, Augusto Mario Boccara, Cuiabá, 1992. Fonte: Estudantes de Arquitetura
e Urbanismo da instituição Unic-Cuiabá, 2007.
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Figura 12: Humana Building, Michael Graves, Louisville, 1985
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unindo-a aos já citados itens, resultam na tão defendida pelos arquitetos pós-
modernos, ornamentação gratuita, responsáveis por imprimir graça ao conjunto
arquitetônico.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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corrente que se encontra em um mundo voltado ao avanço tecnológico, e uma
sociedade consumista, buscando encontrar maneiras de projetar e construir para um
corpo social como um todo, executando a três vertentes: historicismo, regionalismo e
high-tech.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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______. Arquitetura Pós-Moderna. Disponível em:
<https://www.hisour.com/pt/postmodern-architecture-28586/> acesso em: 20 ago.2019.
______. A Pós-Modernidade. Disponível em:
<https://arquiteturadobrasil.wordpress.com/8-a-pos-modernidade/> acesso em: 10
ago.2019.
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