Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Teoria e História da
Arquitetura e Urbanismo
(Urbanismo I)
Profa. Dra. Valéria Garcia
Cronologia do desenvolvimento urbano
Fonte: JENCKS, C.
The language of post-
modern architecture.
Londres, 1984.
Fonte: Harvey (2010).
Crise das Utopias Modernas: CIAM
Urban Re-Identification (grelha CIAM). Fotografias de Nigel Henderson e desenhos dos painéis
de Alison & Peter Smithson de Golden Lane Housing e da Cluster City, 1953. CIAM IX.
Mostra o debate de como as ruas devem ser usadas pelas pessoas e não por máquinas.
Fonte: Brett (2010).
Warren Chalk Peter Cook Denis Crompton David Greene Ron Heron Michael Webb
Utopias pós-modernas, Arquitetura Radical: Archigram (1961-1974)
Temas afinados com o tom de otimismo tecnológico que embalava a sociedade britânica.
Eixo central de reflexão: a relação entre arquitetura e tecnologia em uma cultura
em transformação.
A sociedade do consumo e do ócio demanda por flexibilidade e mobilidade: impacto das
novas tecnologias de automação e comunicação sobre o ambiente foram questões por
detrás de todas as investigações projetuais do Archigram.
Reflexão sobre um edifício cívico muitas vezes citado como inspiração para o Centro
Pompidou de Renzo Piano e Richard Rogers. Publicado no Archigram 8. Archigram Archives.
Fonte: http://archigram.net/portfolio.html
Utopias pós-modernas, Arquitetura Radical: Archigram (1961-1974)
Conduz as propostas modernas ao limite extremo para evidenciar sua própria incoerência e
consequentemente sua ineficiência.
Usa o poder das imagens e do cinema para alcançar seus objetivos.
Crítica à utopia moderna de que a arquitetura poderia transformar o mundo.
Ao mesmo tempo questiona a fé no poder, alcance e capacidade da tecnologia para abraçar
essa tarefa, como defendiam os membros do grupo Archigram, no Reino Unido.
Monumento Contínuo (1969-1970)
Fonte:
https://www.cristianotoraldodifrancia.it/
continuous-monument/
Utopias pós-modernas, Arquitetura Radical: Metabolismo (1959-1984)
Paley Park
Fonte: acervo próprio.
David Harvey (2010) apresenta o “Pós-Modernismo” como uma mudança da sensibilidade, nas
práticas e nas formações discursivas que distinguem a produção cultural do movimento
moderno. Apresenta a demolição do conjunto de habitação social Pruitt-Igoe, 15 de julho de
1972, como contexto simbólico que data o final do modernismo e marca passagem para o
pós-moderno.
a) A habitação social pública nos Estados Unidos estava fadada à destruição desde a implantação
do New Deal na década de 1930. Trata-se das consequências advindas do imenso aporte de
capital voltado para desenvolvimento dos edifícios de interesse social.
b) O projeto habitacional Pruitt-Igoe (St. Louis-Missouri) teve o objetivo de apresentar soluções
universais para ocupação periférica nas grandes cidades. Sua demolição escancara o
desinteresse das autoridades pelo problema.
c) O projeto habitacional Pruitt-Igoe (St. Louis-Missouri) foi construído durante o auge do
modernismo. O complexo foi concebido como um triunfo dos projetos arquitetônicos racionais
sobre os males da pobreza e a deterioração urbana. Em vez disso, duas décadas de
inadequação socioespacial precederam a destruição final de todo o complexo.
d) A demolição do Pruitt-Igoe mostra que os Estados Unidos não
vivenciam questões sociais e de segregação racial associados
aos edifícios habitacionais destinados às classes
operárias europeias.
e) A metáfora utilizada por Harvey não se aplica ao contexto da
demolição do conjunto habitacional Pruitt-Igoe, pois tratava-se
de um projeto estigmatizado por questões sociais e raciais
características dos Estados Unidos.
Resposta
a) A habitação social pública nos Estados Unidos estava fadada à destruição desde a implantação
do New Deal na década de 1930. Trata-se das consequências advindas do imenso aporte de
capital voltado para desenvolvimento dos edifícios de interesse social.
b) O projeto habitacional Pruitt-Igoe (St. Louis-Missouri) teve o objetivo de apresentar soluções
universais para ocupação periférica nas grandes cidades. Sua demolição escancara o
desinteresse das autoridades pelo problema.
c) O projeto habitacional Pruitt-Igoe (St. Louis-Missouri) foi construído durante o auge do
modernismo. O complexo foi concebido como um triunfo dos projetos arquitetônicos racionais
sobre os males da pobreza e a deterioração urbana. Em vez disso, duas décadas de
inadequação socioespacial precederam a destruição final de todo o complexo.
d) A demolição do Pruitt-Igoe mostra que os Estados Unidos não
vivenciam questões sociais e de segregação racial associados
aos edifícios habitacionais destinados às classes
operárias europeias.
e) A metáfora utilizada por Harvey não se aplica ao contexto da
demolição do conjunto habitacional Pruitt-Igoe, pois tratava-se
de um projeto estigmatizado por questões sociais e raciais
características dos Estados Unidos.
Resposta
Comentário:
A queda de Pruitt-Igoe acabou por significar não apenas o fracasso de um projeto de
habitação pública, mas sem dúvida a morte de toda uma era de projetos modernistas. A
demolição do complexo foi transmitida em cadeia nacional de televisão, bem ao sabor
midiático característico da Sociedade do Espetáculo que inaugura o contexto dito
Pós-Moderno.
Dimensão urbana e a escala humana: Jan Gehl
Olhos das
Ruas
Diversos
graus de Mercados
privacidade Diversidade Cultural Iluminação na
escala das pessoas Comércio aberto Espaço de alimentação Espaço de reflexão
Presença para a rua e contemplação
cívica e Projeto para todos os grupos sociais
amigável
Esportes
Espaço de descanso,
lazer e jogos Espaço Cívico e
preservação da cultura
transporte público de
Integração entre transporte e
qualidade que atende com Banheiros
espaços públicos
Multimodalidade
Redutores de velocidade
Proteção aos pedestres
Espaços
compartilhados
Segurança nos
cruzamentos
Subdividir e
região do globo. intempéries
hierarquizar
espaços Estimular o tato
Na companhia de
amigos ou
desacompanhado Evitar alterações de
nível bruscas
Estimular o olfato
Bordas conectadas
O pedestre é participante ativo que caminha de ambientes fechados para o centro para o
espaço da calçada.
Passeio público: envoltório que participa do movimento do pedestre e se define por variados
graus de permeabilidade e transparência que organizam a percepção e bem-estar
do caminhante.
Sombras
Calor Luz
Odores
Sons
Marquise
Lateral
Prédios
Lateral
Pista
Plano do Piso
Fácil Justa
Ecológica Policêntrica
Sustentabilidade e planejamento urbano
Lazer
Sustentabilidade e planejamento urbano
Apresentada por Rem Koolhaas, a Cidade Genérica aceita o caos não planejado das
interferências aleatórias:
Espaço passível de reprodução infinita só é possível com a ausência da identidade. Esse
processo de homogeneização entendido como negativo pode ser interpretado também como
movimento consciente de saída das diferenças em direção às semelhanças.
A Cidade Genérica é liberada do cativeiro do centro, da camisa de força da identidade. A
Cidade Genérica quebra o destrutivo de dependência: ela é um reflexo da necessidade e
capacidade presentes.
VILLANOVA (2021)
Fonte:
https://www.archdaily.com.br/br/
955242/estamos-caminhando-
em-direcao-a-cidade-generica
Rem Koolhaas: Cidade Genérica
Cidade Genérica representa o período das cidades sem história. Multicultural e multirracial.
A rua morreu. Abandona os pedestres e valoriza os veículos.
Responde à lógica de indivíduos em trânsito que seguem em frente.
Expanda-se sem a necessidade de planejamento abrangente.
Identifica e abandona o que não funciona.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?
search=centre+pompidou&title=Special:MediaSearch&go=Go
&type=image
a) O museu ocupa em totalidade o lote destinado ao projeto. O objetivo dos arquitetos foi
apresentar uma megaestrutura desconexa da região histórica da cidade de Paris.
b) A arquitetura francesa é repleta de obras em estilos clássicos. Portanto, o projeto procurou
respeitar a referência histórica do contexto de implantação.
c) O projeto foi instalado no espaço de uma antiga fábrica e fez uso de parte da estrutura em
sua configuração estrutural. Diante desse contexto, é fácil imaginar o choque da população
francesa ao se deparar pela primeira vez com Centro Georges Pompidou.
d) Trata-se da configuração de um universo simbólico, capaz de estabelecer um programa de
empreendimento, cultural e de lazer, que associa museus, teatros, cinemas, livrarias, bares
e centros de compras.
e) O espaço abrigou um estacionamento e na década de 1960
autoridades municipais da cidade de Paris decidiram demolir
o antigo mercado de Les Halles para construir um espaço de
lazer contemplativo desconexo da dinâmica urbana da
cidade.
Resposta
a) O museu ocupa em totalidade o lote destinado ao projeto. O objetivo dos arquitetos foi
apresentar uma megaestrutura desconexa da região histórica da cidade de Paris.
b) A arquitetura francesa é repleta de obras em estilos clássicos. Portanto, o projeto procurou
respeitar a referência histórica do contexto de implantação.
c) O projeto foi instalado no espaço de uma antiga fábrica e fez uso de parte da estrutura em
sua configuração estrutural. Diante desse contexto, é fácil imaginar o choque da população
francesa ao se deparar pela primeira vez com Centro Georges Pompidou.
d) Trata-se da configuração de um universo simbólico, capaz de estabelecer um programa de
empreendimento, cultural e de lazer, que associa museus, teatros, cinemas, livrarias, bares
e centros de compras.
e) O espaço abrigou um estacionamento e na década de 1960
autoridades municipais da cidade de Paris decidiram demolir
o antigo mercado de Les Halles para construir um espaço de
lazer contemplativo desconexo da dinâmica urbana da
cidade.
Resposta
Comentário:
O projeto arrojado para década de 1970 marca o início da pós-modernidade na arquitetura e
organização urbana. Sua implantação configura a existência de um espaço público (a praça
do Centro) para o qual as suas atividades internas se estendem. Trata-se de um exemplar da
arquitetura high-tech que assimila a estética dos espaços industriais que utiliza os elementos
tecnológicos como objetos estéticos. No caso da questão apresentada, ressalta-se que
Centro Pompidou ocupa uma área menor que a metade do seu lote, o que permitiu a criação
de uma enorme praça onde os visitantes podem circular em conexão com regiões
estratégicas da cidade, ou simplesmente acompanhar exposições e apresentações
de artistas.
Referências
BRETT, A. O. Complexities of street life: Teorias urbanas de Alison e Peter Smithson 1950-
1964. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra, Departamento de Arquitectura. Coimbra, 2010.
CABRAL, C. P. C. GRUPO ARCHIGRAM, 1961-1974. Uma fábula da técnica. Tese
(Doutorado). Programa de Doctorado Teoría e Historia de la Arquitectura. Barcelona, 2001.
GEHL, J. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
HARVEY, D. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Loyola, 2010.
JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
KOOLHAAS, R; MAU, B. S, M, L, XL. Nova York, Estados
Unidos: The Monacelli Press, 1995.
MERIN, G. Clássicos da Arquitetura: Ville Radieuse / Le
Corbusier, 2016. ArchDaily Brasil. Disponível:
https://www.archdaily.com.br/br/787030/classicos-da-
arquitetura-ville-radieuse-le-Corbusier. Acesso em: 04 ago.
2019.
Referências
NEW YORK CITY (Department of Planning). Active Design: Shaping Sidewalk Experience.
Burden, A. (Commissioner). New York City - Estados Unidos, 2013. Disponível em:
https://nacto.org/docs/usdg/active_design_shaping_the_sidewalk_experience_
nycdot.pdf. Acesso em: 06 mar. 2022.
OLIVEIRA, F. L. Do Metabolismo: cidades do futuro para nosso mundo contemporâneo,
2011. Risco Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online), (14), 72-76.
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v0i14p72-76
OLIVEIRA, L. M. Forma e função no projeto urbano de Praças: Jacob Javits Plaza, Nova
York. Paisag. ambiente: ensaios, n. 41. São Paulo, p. 35-55, 2018.
RABELO, G; QUERIOZ, I.; CHAVIER, J.; VIEIRA, L.;
MIGLIANO, M; VALLADÃO, S. Notas sobre o Moderno: a(s)
Carta(s) de Atenas e a emergência do Team X. Cronologia do
Pensamento Urbanístico, 2009. Disponível em:
http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/leituras.php?id_leitu
ra=26. Acesso em: 06 mar. 2022.
Referências