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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
Problema .............................................................................................................................2
Objectivos ...........................................................................................................................2
Objectivo Geral ...........................................................................................................2
Objectivos específicos ................................................................................................ 2
Metodologia ........................................................................................................................2
CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO ................................................... 3
1.1 Arquitetura pós-moderna .............................................................................................. 3
1.1.2 Características da Arquitectura pós-moderna .................................................... 4
1.1.2.1 Resgate de ornamentos; ......................................................................................... 4
1.1.2.2 Fragmentação; ........................................................................................................ 4
1.1.2.3 Cor; ......................................................................................................................... 5
1.1.2.4 Humor – Fun Design; ............................................................................................. 5
1.1.3 Obras mais notáveis do Pós-modernismo ..........................................................6
1.2 Neomodernismo na Arquitectura ..................................................................................7
1.2.1 Características da Arquitectura Neomodernista ................................................ 8
1.2.2 Obras mais notáveis do Neomodernismo .......................................................... 9
1.3 Desconstrutivismo na Arquitectura ............................................................................ 10
1.3.1 Características da Arquitectura Desconstrutivista ........................................... 11
1.3.2 Obras mais notáveis do Desconstrutivismo .....................................................12
CONCLUSÃO .................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................14
ANEXOS ..............................................................................................................15
INTRODUÇÃO

O pós-modernismo é um movimento artístico, filosófico e cultural da


contemporaneidade e é caracterizado pelas mudanças científico-tecnológicas, disseminação
dos meios de comunicação social e uso desenfreado das tecnologias. Por vezes é também
chamado de pós-modernidade ou pós-industrial, nasceu em 1945, mas foi apenas em 1960
que começou seu processo de expansão pelos diversos setores sociais. Isso ocorreu por causa
das transformações no âmbito tecnológico que influenciaram todos os aspectos sociais.

A arquitetura pós-moderna é um movimento que emergiu após a arquitetura moderna,


a partir da década de 1960, como uma reação às ideias e princípios do modernismo. Ela
incorpora uma variedade de estilos e influências, muitas vezes combinando elementos
históricos, referências culturais e técnicas contemporâneas em um único projeto arquitetônico.
Diferente do modernismo, a arquitetura pós-moderna abraça a pluralidade de estilos, materiais
e formas, muitas vezes utilizando elementos ornamentais, jogos de escala e ironia para criar
edifícios mais ecléticos e expressivos. Arquitetos como Robert Venturi, Michael Graves e
Charles Moore foram importantes representantes desse movimento.

A Arquitetura pós-moderna passou por dois períodos distintos. No primeiro momento,


na década de 1960, ele se voltava ao passado para fazer críticas ao Modernismo. Assim,
analisava a corrente anterior e procurava por materiais que fizesse um contraponto. Os
elementos do ambiente eram selecionados para terem sintonia com os usuários. A
funcionalidade era colocada de lado e o impacto visual ganhou destaque, assim as cores
vibrantes retornam e as formas ganharam movimento.

Foi nos anos 1970 e 1980 que os projetos arquitetônicos pós-modernos ganharam
reconhecimento como estilo. Novamente as referências históricas foram usadas de forma
irônica. Um exemplo é o uso exagerado do frontão.

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Problema
O que é a Arquitectura pós-moderna, neomodernismo e desconstrutivismo?

Objectivos

Objectivo Geral
Investigar sobre o movimento pós-moderno, neomodernismo e desconstrutivismo na
Arquitectura de modo a obter compreensão mais aprofundada sobre o tema.

Objectivos específicos

 Estudar as características de cada um dos estilos/movimentos;


 Analisar as obras mais notáveis de cada estilo/movimento;

Metodologia

A metodologia do trabalho baseou-se exclusivamente em pesquisa bibliográfica e


documental para explorar e analisar os três movimentos arquitetônicos: Pós-Modernidade,
Neomodernidade e Desconstrutivismo. Ao utilizar apenas pesquisa bibliográfica e documental,
o trabalho buscou estabelecer uma base sólida de conhecimento teórico sobre os movimentos
arquitetônicos, oferecendo uma perspectiva informada e embasada nas contribuições
acadêmicas e históricas existentes.

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CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Arquitetura pós-moderna

O Pós-modernismo é compreendido como o ideal arquitetônico que tem como


principal objectivo contrapor aos pressupostos levantados pela arquitetura moderna, o estilo
internacional e seus seguidores (Montaner, 2001 apud Franco, Fraga & Farias, 2010).

A arquitetura pós-moderna surgiu como uma reação à rigidez e uniformidade do


modernismo. Na década de 1960, arquitetos e críticos começaram a questionar os princípios
do modernismo, buscando uma abordagem mais eclética, contextual e expressiva na
arquitetura. Eles procuravam incorporar elementos históricos, culturais e estilísticos variados,
muitas vezes desafiando as regras estabelecidas pelo modernismo em termos de forma, função
e estética arquitectónica. Essa diversidade de influências e a busca por expressão individual
deram origem à arquitetura pós-moderna.

A arquitetura pós-moderna foi influenciada por uma variedade de estilos e


movimentos anteriores. Ela incorporou elementos e referências de estilos históricos, como o
ecletismo do século XIX, o Art Nouveau, o Art Déco, além de ter absorvido conceitos do
modernismo. A mistura de estilos históricos, culturais e arquitectónicos variados foi uma
característica marcante da arquitetura pós-moderna, resultando em edifícios com uma gama
diversificada de formas, materiais e ornamentações, muitas vezes combinando elementos
tradicionais com técnicas e ideias contemporâneas. Essa abordagem eclética foi uma resposta
direta à uniformidade e rigidez do modernismo, permitindo uma expressão mais livre e
contextual na arquitetura.

O Pós-Modernismo se propôs a não ser reducionista, isto é, ele propôs expor todo o
pluralismo e a complexidade da arquitectura, mostrando que ela não é algo abstrato, mas, sim,
possui aspectos que dependem da cultura local, portanto as formas adotadas se comunicam
com a sociedade para a qual foi construída. A arquitetura é vista como um meio de
comunicação (Puig & Rocco, 2017).

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1.1.2 Características da Arquitectura pós-moderna

A Arquitectura Pós-moderna incorpora uma variedade de estilos, referências históricas


e elementos estilísticos, desafiando as características mais rígidas e funcionais do modernismo.
Eis algumas características típicas da arquitetura pós-moderna:

1.1.2.1 Resgate de ornamentos;

O Pós-Modernismo retorna ao ornamento, à valorização da história como fonte de


informação, à arquitetura como meio de diálogo com a sociedade e não como instrumento de
mudança social, sendo os aspectos qualitativos mais considerados para o projeto do que uma
proposta revolucionária, dando-lhe até mesmo novos sentidos e assumindo uma posição
crítica no uso do ornamento com relação ao Modernismo Arquitetônico.

O uso do ornamento foi bastante condenado pelos arquitetos da Arquitetura Moderna a


partir de um manifesto que teve grande influência, escrito por Adolf Loos intitulado
Ornamento é crime (1908), no qual se afirma que a falta de ornamento era um sinal de força e
de bom uso do trabalho, pois sua ausência economizava material e mão de obra.

A definição do que é ornamento é entendida de maneira diferente quando visto como


sendo simbólico ou sendo estético, mas independentemente de seu sentido e função,
entendemos no senso comum como ornamento aqueles motivos e formas que são aplicados às
estruturas dos edifícios e aos objetos (Puig & Rocco, 2017).

1.1.2.2 Fragmentação;
A arquitetura pós-moderna muitas vezes divide grandes edifícios em várias estruturas
e formas diferentes, às vezes representando funções diferentes dessas partes do edifício. Com
o uso de diferentes materiais e estilos, um único edifício pode aparecer como uma pequena
cidade ou vila. Um exemplo é o Museu Abteiberg, de Hans Hollein, em Mönchengladbach
(1972–1974). (Ver anexo 1 e 2)

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1.1.2.3 Cor;
A cor é um elemento importante em muitos edifícios pós-modernos; para dar
variedade e personalidade às fachadas, às vezes é usado vidro colorido, azulejos ou pedra. Os
edifícios do arquiteto mexicano Luis Barragan oferecem cores brilhantes da luz do sol que
dão vida às formas. (Ver anexo 3)

1.1.2.4 Humor – Fun Design;


O humor é uma característica particular de muitos edifícios pós-modernos,
principalmente nos Estados Unidos.

Um exemplo é o Edifício Binóculos, no bairro de Veneza, em Los Angeles, projetado


por Frank Gehry em colaboração com o escultor Claes Oldenberg (1991–2001). A entrada do
edifício está na forma de um enorme par de binóculos; carros entram na garagem passando
por baixo dos binóculos. (Ver anexo 4)

1.1.2.5 Relação com estilos anteriores;


A arquitetura pós-moderna tem uma relação complexa e variada com os estilos
anteriores. Ela se diferencia do modernismo ao abraçar elementos históricos, culturais e
estilísticos variados, em contraste com a abordagem mais uniforme e funcionalista do
modernismo.
A relação com estilos anteriores se manifesta de diversas maneiras, como:

 Referências históricas: A arquitetura pós-moderna incorpora elementos e referências de


estilos arquitectónicos anteriores, como o ecletismo do século XIX, o Art Nouveau, o Art
Déco, entre outros. Ela pode reinterpretar, subverter ou combinar estilos passados de
maneira nova e única.
 Eclética e pluralista: Ao contrário do modernismo, que buscava uma linguagem
arquitectónica universal e funcional, a pós-modernidade abraça a pluralidade de estilos,
materiais e formas. Isso permite uma maior liberdade na expressão e na mistura de
influências arquitectónicas diversas.
 Ironia e subversão: Em alguns casos, a arquitetura pós-moderna utiliza elementos
históricos de maneira irónica ou subversiva, questionando as convenções e os valores
tradicionais associados à arquitetura. Pode ser uma forma de crítica ou comentário sobre a
história e a cultura.

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Essa relação com estilos anteriores é uma das características marcantes da arquitetura
pós-moderna, que se destaca pela sua diversidade, pela mistura de influências e pela liberdade
de expressão em contraste com a busca por uniformidade do modernismo.

Além das características já mencionadas, a Arquitectura pós-moderna possui outras


características como:

 Menos é tédio;
 A forma não segue mais a função, segue o gosto, a memória e a nostalgia;
 Uso de ornamentos como um dos seus elementos chave;
 A forma é contraditória, ambígua e incoerente;
 Não faz arquitectura a partir de um marco zero, opta pela continuidade.

1.1.3 Obras mais notáveis do Pós-modernismo

Ao longo das décadas, vários arquitetos contribuíram com obras notáveis nesse estilo.
Algumas das obras mais conhecidas da arquitetura pós-moderna incluem:

 Piazza d’Italia, Nova Orleans, EUA: Projetada por Charles Moore, é um espaço público
marcante com elementos arquitectónicos que misturam estilos históricos e
contemporâneos. (Ver anexo 5)
 AT&T Building (agora Sony Tower), Nova York, EUA: Projectado por Philip Johnson
e John Burgee, é famoso por sua fachada com elementos clássicos reinterpretados de
forma pós-moderna. (Ver anexo 6)
 Postmodern Skyscrapers (como o Bank of America Center), Houston, EUA: Estes
arranha-céus apresentam elementos pós-modernos, como formas geométricas, detalhes
ornamentais e cores vibrantes. (Ver anexo 7)

Essas obras ilustram a diversidade e o ecletismo da arquitetura pós-moderna, que


incorpora elementos históricos, contemporâneos e até mesmo irónicos para criar edifícios
expressivos e ecléticos.

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1.2 Neomodernismo na Arquitectura

O neomodernismo é uma abordagem contemporânea que retoma alguns princípios do


modernismo na arquitetura, mas os adapta aos contextos atuais. Ele mantém a ênfase na
simplicidade, linhas limpas, funcionalidade e uso de materiais contemporâneos, porém,
incorpora tecnologias avançadas, preocupações ambientais e uma estética mais atualizada.
Essa corrente busca uma síntese entre a tradição modernista e as demandas e desafios do
século XXI, como sustentabilidade, inovação tecnológica e novas formas de habitação. O
neomodernismo procura resgatar os valores do modernismo adaptando-os aos tempos atuais.

O estilo arquitetônico surgiu como uma reação a complexidade adquirida por pós-
modernismo e neoecletismo, que tenta voltar à simplicidade. O neomodernismo emergiu em
um contexto onde se reconhecia o valor dos princípios modernistas, como a busca pela
funcionalidade, simplicidade e inovação, porém, adaptados às demandas e tecnologias atuais.

No final do século XX e início do século XXI, houve um retorno a certos valores do


modernismo, mas combinados com uma nova abordagem. Arquitetos começaram a integrar
tecnologias avançadas, materiais contemporâneos e preocupações ambientais aos princípios
modernistas tradicionais. Isso resultou no neomodernismo, que busca uma síntese entre a
tradição modernista e as necessidades contemporâneas, como a sustentabilidade e o design
adaptado aos novos estilos de vida.

Essa corrente procura resgatar os valores do modernismo, como a funcionalidade e a


simplicidade, e aplicá-los de maneira atualizada, levando em consideração os avanços
tecnológicos e as preocupações ambientais do século XXI.

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1.2.1 Características da Arquitectura Neomodernista

A arquitetura neomoderna compartilha muitas das características básicas movimento


moderno do primeiro semestre do século XX. Ambos rejeitam ornamentação, decorações
aplicadas e tentativas deliberadas de imitar o passado (Pablo, Israel & Valentina, 2022).

O neomodernismo na arquitetura apresenta várias características distintivas:

1.2.1.1 Simplicidade e funcionalidade: Assim como o modernismo, o neomodernismo


valoriza a simplicidade nas formas e a funcionalidade dos espaços, buscando a eficiência no
design.

1.2.1.2 Uso de tecnologia avançada: Incorpora tecnologias contemporâneas tanto na


construção quanto na concepção dos edifícios, aproveitando os avanços para melhorar a
eficiência energética, a sustentabilidade e a integração de sistemas inteligentes.

1.2.1.3 Materiais contemporâneos: Utiliza materiais modernos e avançados, muitas vezes


misturando-os para criar texturas, padrões e efeitos visuais inovadores.

1.2.1.4 Integração com o ambiente: Preocupa-se com a relação entre os edifícios e o


ambiente ao redor, procurando harmonia com o entorno natural ou urbano.

1.2.1.5 Estética clean e minimalista: Apresenta uma estética clean, com linhas simples e
uma abordagem minimalista no design, evitando excessos decorativos.

1.2.1.6 Flexibilidade e adaptabilidade: Edifícios neomodernistas muitas vezes são


projetados para serem flexíveis, capazes de se adaptar a diferentes usos ao longo do tempo,
refletindo a dinâmica da vida moderna.

Essas características combinam elementos do modernismo com inovações


contemporâneas, buscando uma síntese entre os princípios tradicionais e as demandas atuais
da arquitetura e da sociedade.

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1.2.2 Obras mais notáveis do Neomodernismo

Algumas das obras neomodernistas mais notáveis incluem:

 Edifício Gherkin (30 St Mary Axe), Londres, Reino Unido: Projectado por Norman
Foster em 2003, é um arranha-céu icônico com uma forma distintiva em espiral. St Mary
Axe é um edifício ambientalmente progressivo. Sua modernidade intransigente é aliada à
sensibilidade ao ambiente natural. Uma gama abrangente de estratégias
sustentáveis reflete na redução de 50% de energia do edifício, comparado a um típico
prédio de escritórios com ar condicionado. O ar fresco é aspirado através de grandes
átrios, "poços de luz" em espiral que ventilam naturalmente os escritórios e minimizam a
dependência do sistema de climatização artificial. (Ver anexo 8)
 One Central Park (Sydney, Austrália): O One Central Park, projetado por Jean Nouvel
e Patrick Blanc concluído em 2014, é conhecido por sua abordagem inovadora que
combina elementos de arquitetura moderna, sustentabilidade e integração criativa com a
natureza. A presença proeminente de jardins verticais projetados por Patrick Blanc e o uso
de tecnologia avançada para eficiência energética são características distintivas. (Ver
anexo 9)
 Edifício Hearst Tower (Nova York, EUA): Projetada por Norman Foster e inaugurada
em 2006, a Hearst Tower em Nova York é um exemplo de arquitetura neomodernista. A
torre combina uma base histórica com uma estrutura moderna de aço e vidro acima. Sua
abordagem inovadora e sustentável ao design, incluindo o uso de materiais reciclados,
destaca-se como uma expressão contemporânea da arquitetura. (Ver anexo 10)

Essas obras exemplificam a fusão entre os princípios modernistas e as inovações


contemporâneas, marcando a estética e funcionalidade do neomodernismo na arquitetura
actual.

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1.3 Desconstrutivismo na Arquitectura

O desconstrutivismo na arquitetura é um movimento que emergiu na década de 1980,


caracterizado por formas não lineares, assimetria, desordem aparente e fragmentação das
estruturas convencionais. Este estilo arquitetônico foi influenciado pela filosofia do
desconstrutivismo, que busca desconstruir ou questionar as convenções tradicionais da
arquitetura, desafiando ideias de ordem, estabilidade e harmonia.

O Desconstrutivismo surgiu como desdobramento da Arquitetura Pós-Moderna em


oposição ao ordenamento racional do Modernismo e ao historicismo do PósModernismo. O
movimento manipula e questiona a forma construída para apresentar uma arquitetura caótica,
deslocada e visualmente imprevisível que abalou a tradição ao ser incômoda (Jones, 2014
apud Puig & Rocco, 2017).

O Desconstrutivismo na arquitectura possui uma relação complexa com os estilos


anteriores. Enquanto o movimento desconstrutivista surgiu como uma reação e um desvio dos
princípios e formas da arquitectura moderna, ele não se baseia diretamente em estilos
anteriores, como o neoclássico, o barroco ou o gótico, por exemplo.

No entanto, pode-se argumentar que o desconstrutivismo, ao desafiar as convenções


tradicionais da arquitetura, cria um diálogo com estilos anteriores de maneira indireta. Ao
desmontar ou desestruturar as formas arquitectónicas convencionais, ele questiona as noções
de ordem, estabilidade e harmonia presentes em estilos históricos.

Os arquitetos desconstrutivistas, como Frank Gehry, Zaha Hadid e Daniel Libeskind,


exploram a deformação das formas, o jogo com ângulos, superfícies inclinadas e geométricas
complexas para criar edifícios que desafiam a percepção tradicional de espaço e estrutura.
Essas obras muitas vezes parecem desarticuladas ou fragmentadas, desafiando a ideia de uma
forma arquitectónica coesa e estável. O desconstrutivismo busca provocar reflexões sobre a
relação entre forma, função e significado na arquitetura contemporânea.

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1.3.1 Características da Arquitectura Desconstrutivista

O desconstrutivismo na arquitetura é caracterizado por várias características distintivas:

1.3.1.1 Formas não lineares: Utiliza formas geométricas não convencionais, muitas vezes
com ângulos inesperados, inclinações e curvas que desafiam a percepção tradicional do
espaço.

1.3.1.2 Fragmentação e desordem aparente: As estruturas podem parecer desmontadas,


desarticuladas ou fragmentadas, desafiando a ideia de uma forma arquitectónica coesa e
estável.

1.3.1.3 Assimetria e irregularidade: Desafia a simetria tradicional, optando por arranjos


assimétricos e irregulares que criam uma sensação de dinamismo e movimento.

1.3.1.4 Uso de materiais inovadores: Faz uso de materiais modernos e avançados, muitas
vezes empregando aço, vidro, concreto e outros materiais industrializados de maneira
inovadora para criar formas complexas.

1.3.1.5 Exploração do vazio e da forma negativa: Valoriza tanto a forma como a ausência
de forma, criando espaços internos inesperados ou negativos que desafiam as expectativas
convencionais.

1.3.1.6 Ênfase na experiência espacial: Busca criar uma experiência sensorial única para os
ocupantes e espectadores, desafiando a compreensão convencional do espaço arquitetônico.

Essas características, entre outras, distinguem o desconstrutivismo como um


movimento arquitetônico que desafia as convenções tradicionais e busca uma abordagem mais
experimental e expressiva na criação de espaços e edifícios.

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1.3.2 Obras mais notáveis do Desconstrutivismo

O movimento desconstrutivista na arquitectura é marcado por obras que desafiam as


convenções tradicionais e exploram formas não lineares e desarticuladas. Algumas obras
desconstrutivistas notáveis incluem:

 Walt Disney Concert Hall, Los Angeles, EUA: Criado por Frank Gehry, apresenta
formas fluidas e curvas que desafiam as convenções arquitectónicas tradicionais. (Ver
anexo 11)
 Museu Judaico, Berlim, Alemanha: Criado por Daniel Libeskind, é conhecido por suas
formas angulares e geometria não convencional, evocando um sentido de desorientação e
reflexão. (Ver anexo 12)
 Biblioteca da Universidade Técnica de Viena, Áustria: Projetada por Zaha Hadid,
apresenta linhas fluidas e formas dinâmicas que desafiam a ideia de espaços
convencionais. (Ver anexo 13)
 Edifício Weisman Art Museum, Minneapolis, EUA: Projetado por Frank Gehry,
possui uma fachada desarticulada e formas assimétricas que desafiam a percepção
tradicional da arquitetura. (Ver anexo 14)

Essas obras exemplificam a abordagem desafiadora e não convencional do


desconstrutivismo na arquitectura, explorando formas, geometrias e estruturas que rompem
com a linearidade e a simetria convencionais.

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CONCLUSÃO

A evolução da arquitetura ao longo das últimas décadas testemunhou a emergência de


movimentos distintos, como a Pós-Modernidade, Neomodernidade e Desconstrutivismo que
são movimentos arquitetônicos que surgiram em resposta a mudanças sociais, culturais e
tecnológicas. A Pós-Modernidade rejeita as rigidezes do modernismo, adotando uma
abordagem mais diversificada e ecletista, com ênfase em referências históricas irônicas. A
Neomodernidade revisita os princípios do modernismo, incorporando inovações tecnológicas,
sustentabilidade e flexibilidade de design. Por outro lado, o Desconstrutivismo desafia as
formas convencionais, explorando a assimetria e fragmentação como expressões
arquitetônicas. A relação entre esses movimentos reside na evolução contínua da arquitetura
ao longo do tempo. A Pós-Modernidade representa uma ruptura com o modernismo, enquanto
a Neomodernidade busca uma síntese entre tradição e inovação, e o Desconstrutivismo
desafia as normas estabelecidas. Em conjunto, esses movimentos refletem a diversidade, a
adaptabilidade e a experimentação presentes na arquitetura contemporânea, moldando o
cenário arquitetônico com uma riqueza de expressões e significados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Franco, G. Fraga, R. Faria, A. ARQUITETURA MODERNA E PÓS-MODERNA:


MUDANÇA DE PARADIGMA. 2010
https://historiadaarquitetura3.files.wordpress.com/2013/07/arquitetura_modernaepos.pdf.
Acesso em: [06.01.2024]

Pablo, S. Israel, G. Valentina, C. El Movimiento Moderno desde finales del Siglo XX:
arquitectura neomoderna y arquitectura líquida. Guadalajara: Universidade de Guadalajara.
2022/file:///C:/Users/Fred/Downloads/arquitecturaneomoderna-230428164039-
d3b7b2dc%20(1).pdf/ Acesso em: [09.01.2024]

Portes, R. História e teoria da arquitetura, urbanismo e paisagismo III: Arquitetura Pós-


Moderna. 2013. https://historiadaarquitetura3.files.wordpress.com/2013/05/aula-10-hau3.pdf.
Acesso em: [11.01.2024]

Puig, R. Rocco, L. História e teoria da arquitetura, urbanismo e paisagismo III. Londrina:


Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2017./file:///C:/Users/Fred/Desktop/Anexos/Hist%C3%B3ria%20e%20teoria%20da.pdf.
Acesso em: [08.01.2024]

https://www.estilosarquitetonicos.com.br/arquitetura-pos-moderna/#google_vignette. Acesso
em: [11.01.2024]

https://www.archdaily.com.br/br/900679/o-que-e-desconstrutivismo. [06.01.2024]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Desconstru%C3%A7%C3%A3o. [06.01.2024]

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ANEXOS

Anexo 1: Museu Abteiberg, de Hans Hollein, em Mönchengladbach (1972–1974)


Fonte:https://www.estilosarquitetonicos.com.br/wp-content/uploads/2017/07/Museum-Abteiberg.png

Anexo 2: Museu Abteiberg, de Hans Hollein, em Mönchengladbach (1972–1974)


Fonte:https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRW8mRj8OCu_q8z72pnlmFV0c-
AsHlk6j7T4Rs6pIB-ZIHGmQJI

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Anexo 3: Casa Estúdio em Tacubaya
Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-Rf4xDmv-
nzQ/UBox8RlB5BI/AAAAAAAAAr0/yQBj4n2WA3E/s640/designfun.jpg

Anexo 4: Edifício Binóculos, no bairro de Veneza, em Los Angeles


Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/5229/2488/e8e4/4e5a/6100/00fe/slideshow/Chiat_Day
_Mojo_building.jpg?1378428032

16
Anexo 5: Piazza d’Italia, Nova Orleans, EUA
Fonte: https://i.pinimg.com/564x/2a/e9/c0/2ae9c0cc27826c64b058e97905574f03.jpg

Anexo 6: AT&T Building (agora Sony Tower), Nova York, EUA


Fonte: https://miro.medium.com/v2/resize:fit:720/format:webp/0*mGfd1-fBfyahcBqw.

17
Anexo 7: Postmodern Skyscrapers (como o Bank of America Center), Houston, EUA
Fonte: https://i.pinimg.com/564x/67/26/a4/6726a485e0d6b8fda5c28b934f1d8bc1.jpg

Anexo 8: Edifício Gherkin (30 St Mary Axe), Londres, Reino Unido


Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/5dca/bc34/3312/fd75/1400/0003/slideshow/1004_FP3
45730_indesign.jpg?1573567529
18
Anexo 9: One Central Park (Sydney, Austrália)
Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/5424/5755/c07a/80c9/ea00/007d/slideshow/O
neCentralPark_jpg_OverallExterior_AteliersJeanNouvelWithPTW_%28c%29CopyrightsMur
rayFredericks.jpg?1411667788

Anexo 10: Edifício Hearst Tower (Nova York, EUA)


Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/5038/2680/28ba/0d59/9b00/1102/slideshow/stringio.j
pg?1414199992
19
Anexo 11: Walt Disney Concert Hall, Los Angeles, EUA:
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5a06/0088/b22e/38c7/1f00/06e6/slideshow/Image-
Disney_Concert_Hall_by_Carol_Highsmith_edit.jpg?1510342777

Anexo 12: Museu Judaico, Berlim, Alemanha


Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/55ea/0702/e58e/ce8a/a400/001d/slideshow/a%C3%A
9rea.jpg?1441400575

20
Anexo 13: Biblioteca da Universidade Técnica de Viena, Áustria
Fonte:_https://images.adsttc.com/media/images/53b5/0814/c07a/80a3/4300/00ef/slideshow/LLC_Vien
na_IB_(21).jpg?1404372990

Anexo 14: Edifício Weisman Art Museum, Minneapolis, EUA


Fonte: https://dynamic-media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-o/0d/a4/27/dc/frederick-weisman-
museum.jpg?w=1200&h=-1&s=1

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