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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
Problema ................................................................................................................ 1
Objectivos .............................................................................................................. 1
Objectivo Geral: .....................................................................................................1
Objectivos específicos ........................................................................................... 1
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................... 2
1.1 Definições de termos e Conceitos ....................................................................2
1.1.1 Arquitectura .......................................................................................... 2
1.1.2 Moderno ...............................................................................................3
1.1.3 Modernismo .......................................................................................... 3
1.1.4 Urbanismo .............................................................................................5
CAPÍTULO II - ESTUDO DE CASO ............................................................. 6
2.1 Arquitectura Moderna ......................................................................................6
2.2 Características da Arquitectura moderna ......................................................... 6
2.3 Conflitos e divergências entre os arquitectos modernistas .............................. 7
2.4 Protagonistas da Arquitectura Moderna e suas principais obras ..................... 8
2.4.1 Le Corbusier ......................................................................................... 8
2.4.2 Walter Gropius ......................................................................................8
2.4.3 Ludwig Mies van der Rohe ...................................................................9
2.4.4 Frank Lloyd Wright .............................................................................. 9
2.4.5 Oscar Niemayer ................................................................................. 10
2.5 Vida e obra de Lúcio Costa ............................................................................11
2.5.1 Infância e juventude ............................................................................11
2.5.2 Carreira ............................................................................................... 11
2.5.3 Diretor da Escola Nacional de Belas Artes .........................................12
2.5.4 Morte ...................................................................................................12
2.5.5 Obras mais marcantes ......................................................................... 13
2.5.6 Livros escritos por Lúcio Costa e sua carreira literária ...................... 15
2.5.7 Estilo arquitectônico de Lúcio Costa .................................................. 16
2.5.8 Enquadramento de Lúcio Costa com o Urbanismo actual ..................16
2.5.9 Equandramento de Lúcio Costa com o Arquitecto Urbanista actual ..17
2.5.10 Relação de Lúcio Costa com outros arquitectos modernistas ...........17
CONCLUSÃO ........................................................................................................19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................20
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 21
ANEXOS .................................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial, ocorrida entre 1740 e meados de 1840, impulsionou e,


de certa forma, exigiu novas soluções de arquitectura e engenharia capazes de atender
a essa nova configuração de sociedade, com a construção de prédios públicos e
privados incluindo os primeiros arranhas céus da história, pontes, estradas, viadutos e
residências urbanas.

A arquitectura moderna revolucionou as cidades e pode ser facilmente


identificada por algumas características próprias ao estilo.

Os arquitectos modernistas foram responsáveis por criar uma nova estética


arquitectônica, explorando formas limpas, geométricas e minimalistas. Eles
acreditavam que a arquitectura deveria se adaptar às necessidades práticas da
sociedade moderna, abandonando ornamentos desnecessários e enfatizando a
utilidade dos espaços. Le Corbusier, Ludwig Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer
são alguns dos arquitectos proeminentes que contribuíram para esse movimento
revolucionário.

Problema

O que é a Arquitectura moderna e quais são os principais nomes?

Objectivos

Objectivo Geral:

Obter uma compreensão mais profunda sobre a arquitectura moderna.

Objectivos específicos

 Investigar a influência da arquitectura moderna actualmente;

 Identificar os principais protagonistas da arquitectura moderna, destacando suas


principais contribuições;

 Estudar a vida e obra do arquitecto modernista Lúcio Costa.

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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Definições de termos e Conceitos

1.1.1 Arquitectura

A arquitectura é uma forma de arte que tem desempenhado um papel


fundamental na moldagem das sociedades ao longo dos séculos.

Cada arquitecto pode ter uma definição particular que ressoa com sua
abordagem e estilo arquitectônico. Existem várias definições diferentes sobre
arquitectura devido à natureza complexa, essa diversidade de definições reflete as
diversas abordagens, visões e filosofias dos arquitectos ao longo do tempo.

Segundo Marcos Vitruvius "a arquitectura é uma ciência nascida da


combinação de utilidade, firmeza e beleza. Ela exige a criação de edifícios que
sejam funcionalmente adequados, estruturalmente sólidos e esteticamente
agradáveis."

Para Le Corbusier "A arquitectura é o jogo sábio, correto e magnífico dos


volumes dispostos sob a luz."

Para Mies van der Rohe "A arquitectura é a vontade de uma época traduzida
em espaço."

Segundo Louis Kahn "A arquitectura não é sobre tijolos, argamassa ou


madeira, mas sobre o espírito humano, a habilidade de compreender as necessidades
humanas e transformá-las em formas arquitectônicas."

Segundo Zaha Hadid "A arquitectura é realmente sobre bem-estar, as pessoas


querem se sentir bem em um espaço... No final, é isso que a arquitectura é... bem-
estar."

E segundo Lúcio Costa “Arquitectura é antes de mais nada construção, mas,


construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço
para determinada finalidade e visando a determinada intenção.”

Essas são algumas definições da arquitectura de acordo com alguns arquitectos


famosos. Como se pode ver, cada um deles tem sua própria perspectiva e abordagem,
mas todos compartilham a crença de que a arquitectura vai além da simples
construção de edifícios e está intrinsecamente ligada ao bem-estar humano, à
expressão criativa e ao impacto na sociedade.

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1.1.2 Moderno

O termo "moderno" tem várias conotações dependendo do contexto em que é


usado. No âmbito da arquitectura, "moderno" refere-se a um movimento artístico e
arquitectônico específico que se desenvolveu no século XX. No entanto, vamos
abordar aqui uma definição mais geral do termo.

O adjetivo "moderno" descreve algo relacionado a uma época recente ou atual,


em contraste com o passado. É frequentemente associado a ideias de
contemporaneidade, progresso, inovação e avanço tecnológico.

No contexto da cultura e do estilo de vida, "moderno" geralmente se refere a


uma abordagem que rompe com as tradições estabelecidas, buscando novas formas de
pensar e agir. Pode envolver a adoção de novos valores, práticas e estéticas que
refletem as realidades e sensibilidades de uma época específica.

Na história, moderno é o período entre o fim da idade média (1453) até a


Revolução Francesa (1789).

No entanto, é importante ressaltar que o termo "moderno" é relativo e está


sujeito a mudanças ao longo do tempo. O que era considerado moderno em uma
determinada época pode se tornar obsoleto ou ser substituído por novas correntes e
ideias. O conceito de "moderno" é dinâmico e evolui à medida que avançamos no
tempo.

Em resumo, "moderno" refere-se a algo que está atual, contemporâneo e


alinhado com as tendências e desenvolvimentos recentes em um determinado campo
ou contexto. É uma expressão da busca por progresso, inovação e relevância em
relação às características e necessidades da época em que ocorre.

1.1.3 Modernismo

Chama-se genericamente modernismo (ou movimento modernista) ao


conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e
o design da primeira metade do século XX. O Modernismo se manifestou em diversos
campos das artes, como a pintura, escultura, arquitectura, literatura, dança e música.

"Modernismo" foi um termo utilizado a partir de meados do século XIX para


se referir a inovações de variados tipos, sendo difícil encontrar uma definição e uma
origem coesa ao movimento artístico, de modo que é comum a preferência de muitos
pesquisadores pelo plural modernismos. O historiador Peter Burke admitiu ser "mais
fácil exemplificar do que definir modernismo.

O modernismo pode ser tomado como uma resposta, por artistas e escritores, a
várias coisas, incluindo industrialização, sociedade urbana, guerra, mudança
tecnológica e novas ideias filosóficas. (Childs, 2017)

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O modernismo é caracterizado por uma série de características distintivas que
o diferenciam dos estilos e movimentos artísticos anteriores. Eis algumas das
principais características do modernismo:

 Ruptura com as tradições: O modernismo rejeita as convenções e normas


estabelecidas do passado, buscando uma abordagem radicalmente nova em
relação à arte, literatura, arquitectura e outras formas de expressão. Ele desafia as
estruturas e ideias tradicionais, buscando romper com o status quo.

 Experimentação e inovação: Os modernistas valorizam a experimentação e a


busca por novas formas de expressão. Eles procuram explorar novas técnicas,
estilos e abordagens, muitas vezes desafiando as convenções estéticas e narrativas
estabelecidas. A inovação é considerada fundamental para a expressão artística
modernista.

 Individualismo e subjetividade: O modernismo enfatiza a individualidade e a


subjetividade do artista. Os criadores modernistas procuram expressar suas
próprias perspectivas, emoções e visões de mundo em sua obra, valorizando a
experiência pessoal e a expressão individualizada.

 Abstração e simplificação: O modernismo tende a se afastar da representação


realista e buscar formas mais abstratas e simplificadas de expressão. Ele busca
capturar a essência e a essência dos objetos e temas, muitas vezes através da
redução e simplificação de formas, cores e linhas.

 Ênfase na originalidade: O modernismo valoriza a originalidade e a


autenticidade na criação artística. Os modernistas buscam formas únicas de
expressão e evitam imitar estilos ou convenções anteriores. A originalidade é
valorizada como um sinal de inovação e criatividade.

 Reflexão do contexto histórico e social: O modernismo muitas vezes reflete as


mudanças e desafios do contexto histórico e social em que se desenvolve. Ele
pode ser uma resposta a eventos políticos, sociais ou tecnológicos significativos,
refletindo as preocupações e ansiedades de sua época.

Essas são algumas das características gerais do modernismo, embora seja


importante lembrar que o movimento abrangeu uma ampla gama de formas de
expressão artística e que diferentes áreas artísticas podem ter suas próprias
características específicas dentro do contexto mais amplo do modernismo.

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1.1.4 Urbanismo

Urbanismo, de acordo com urbanistas renomados, é a disciplina que se dedica


ao estudo, planejamento e projeto do ambiente urbano, com o objectivo de melhorar a
qualidade de vida das pessoas que vivem nas cidades.

Urbanistas como Kevin Lynch, Jane Jacobs e Jan Gehl trouxeram


contribuições significativas para a definição do urbanismo.

Kevin Lynch, em seu livro "A Imagem da Cidade", enfatizou a importância


da legibilidade e da identidade das cidades, destacando a necessidade de criar espaços
urbanos que sejam facilmente compreensíveis e reconhecíveis pelos seus habitantes.

Jane Jacobs, em "Morte e Vida de Grandes Cidades", defendeu a


diversidade e a vitalidade urbana, enfatizando a importância da mistura de usos, da
densidade populacional e do planejamento voltado para as pessoas, e não apenas para
os veículos.

Jan Gehl, em "Cidades para Pessoas", concentrou-se na escala humana das


cidades, promovendo a criação de espaços públicos de qualidade, a priorização dos
pedestres e dos meios de transporte sustentáveis, e a promoção de uma vida urbana
mais saudável e socialmente interativa.

Esses urbanistas enfatizam a necessidade de criar cidades mais inclusivas,


sustentáveis e orientadas para as pessoas. Eles defendem a importância da
participação comunitária, da preservação do patrimônio histórico e cultural, do
planejamento urbano sensível ao meio ambiente e do design urbano que promova a
mobilidade, a segurança e a convivência entre as pessoas.

No geral, o urbanismo, segundo esses renomados urbanistas, busca promover


o equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais das cidades,
visando a criação de espaços urbanos mais humanos, vibrantes e sustentáveis.

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CAPÍTULO II - ESTUDO DE CASO

2.1 Arquitectura Moderna

A arquitetura moderna refere-se a um estilo arquitectônico que surgiu no


século XX, especialmente nas primeiras décadas, como uma reação aos estilos
tradicionais do passado. Também conhecida como arquitectura do século XX, essa
abordagem arquitectônica é caracterizada pela busca de novas formas de projetar
edifícios, enfatizando a funcionalidade, a simplicidade, a inovação e a expressão dos
materiais modernos disponíveis.

A arquitectura moderna rompeu com as convenções estéticas e estruturais do


passado, buscando uma nova linguagem arquitectônica adequada aos tempos
modernos. Ela foi influenciada por movimentos artísticos e filosóficos, como o
modernismo, o funcionalismo, o construtivismo e o racionalismo, que valorizavam a
simplicidade, a eficiência e a integração com a tecnologia e a indústria.

2.2 Características da Arquitectura moderna

As principais características da arquitectura moderna incluem:

 Funcionalidade: A arquitectura moderna prioriza a funcionalidade e a utilidade


dos espaços construídos. Os arquitectos modernistas buscavam criar ambientes
eficientes e adaptáveis às necessidades do usuário, promovendo uma integração
harmoniosa entre forma e função.

 Simplicidade e minimalismo: O estilo moderno valoriza a simplicidade e a


pureza das formas geométricas básicas. Linhas retas, superfícies planas e
proporções equilibradas são características comuns. A ornamentação excessiva é
evitada, dando lugar a um design minimalista que enfatiza a clareza e a
simplicidade.

 Uso de materiais modernos: A arquitectura moderna explorou os avanços


tecnológicos e a disponibilidade de novos materiais, como aço, concreto armado,
vidro e plástico. Esses materiais foram utilizados de forma inovadora para criar
estruturas mais leves, abertas e com maior liberdade criativa.

 Espaços abertos e flexíveis/Integração: A arquitectura moderna valoriza a ideia


de espaços abertos e fluidos, que promovem a interação e a conectividade entre
os ambientes. Paredes internas são frequentemente removidas ou substituídas por
divisórias leves, permitindo uma maior flexibilidade e adaptabilidade do espaço.

 Ênfase na luz natural e na relação com o ambiente externo: Os arquitectos


modernistas valorizam a entrada de luz natural nos espaços, por meio de grandes
janelas, claraboias e aberturas estratégicas. Além disso, a relação com o entorno e
a integração com a paisagem são aspectos importantes, com a criação de terraços,
varandas e espaços externos para desfrutar do ambiente natural.

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 Inovação estrutural e experimentalismo: A arquitectura moderna buscou
romper com as limitações estruturais tradicionais, explorando novas técnicas e
soluções. As estruturas foram muitas vezes expostas e reveladas, destacando sua
função e forma. O uso de estruturas de aço e concreto permitiu a criação de
grandes vãos e formas mais complexas.

 Rejeição da ornamentação histórica: A arquitectura moderna se afastou dos


ornamentos e detalhes decorativos tradicionais, buscando uma estética mais limpa
e simplificada. O foco estava na forma pura e na expressão honesta dos materiais,
com ênfase na estética do "menos é mais".

Além de todas essas características marcantes, também são conhecidos outros


aspectos propostos pelo arquitecto Le Corbusier, chamados de “Os 5 pontos da
Arquitectura Moderna”, que são:

 Fachada Livre;
 Janelas em fita;
 Pilotis;
 Terraço Jardim;
 Planta livre

Todas essas características definiram a arquitectura moderna como um


movimento influente e revolucionário, que moldou a paisagem urbana em todo o
mundo.

2.3 Conflitos e divergências entre os arquitectos modernistas

Entre os arquitectos modernistas, houve uma variedade de abordagens e ideias


que, às vezes, levaram a certas confusões e debates. Alguns dos principais pontos de
conflito e confusão incluem:

 Estilo arquitectônico: Embora todos os arquitectos modernistas


compartilhassem o desejo de romper com as tradições arquitectônicas do passado,
eles frequentemente tinham visões distintas sobre como isso deveria ser feito.
Alguns preferiam linhas retas e formas simplificadas, enquanto outros
valorizavam mais a expressão individual e a experimentação formal.

 Uso de materiais: A escolha de materiais também gerou controvérsias. Alguns


arquitectos modernistas, como Le Corbusier, valorizavam o uso de materiais
industrializados, como o concreto armado, enquanto outros, como Frank Lloyd
Wright, preferiam materiais naturais, como madeira e pedra.

 Função versus forma: Outra área de conflito era a relação entre função e forma.
Alguns arquitectos modernistas priorizavam a funcionalidade e a eficiência,
projectando edifícios com base nas necessidades práticas dos usuários, enquanto
outros acreditavam que a forma e a estética deveriam ser igualmente importantes
na arquitectura.

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 Abordagem urbanística: Alguns arquitectos modernistas, como Le Corbusier,
propunham transformações radicais nas cidades, com grandes projectos de
planejamento urbano. No entanto, nem todos concordavam com essa visão e
surgiam debates sobre o equilíbrio entre a preservação da história e a
modernização das cidades.

Essas divergências e debates dentro do movimento modernista demonstram a


riqueza e a complexidade desse período na arquitetura. Apesar das diferenças de
opinião, os arquitectos modernistas compartilhavam um objectivo comum de romper
com as convenções arquitectônicas do passado e buscar novas soluções para a
arquitectura e o urbanismo, deixando um legado duradouro na disciplina.

2.4 Protagonistas da Arquitectura Moderna e suas principais obras

A arquitectura moderna foi influenciada e impulsionada por uma série de


arquitectos visionários que desempenharam papéis fundamentais no desenvolvimento
e na promoção do movimento. Alguns dos protagonistas mais proeminentes da
arquitectura moderna são:

2.4.1 Le Corbusier

Le Corbusier, cujo nome verdadeiro era Charles-Édouard Jeanneret-Gris,


nascido em 6 de outubro de 1887, na Suíça e faleceu em 27 de agosto de 1965 foi um
arquitecto, urbanista e designer suíço-francês que desempenhou um papel
fundamental no desenvolvimento da arquitectura moderna.

Ele é amplamente considerado um dos arquitectos mais influentes do século


XX. Suas obras e contribuições revolucionaram a forma como projectamos e
pensamos sobre o ambiente construído.

Durante sua vida ele trabalhou em projectos em várias partes do mundo, e


entre eles podemos citar como alguns dos mais icônicos os seguintes :

 Villa Savoye (1928-1931) - Poissy, França;

 Unité d'Habitation (1947-1952) - Marselha, França;

 Capela de Notre-Dame-du-Haut (1950-1955) - Ronchamp, França.

2.4.2 Walter Gropius

Walter Gropius foi um arquitecto alemão nascido em 18 de maio de 1883, em


Berlim. Ele foi uma figura central na arquitectura moderna e um dos pioneiros do
movimento Bauhaus. Gropius foi um defensor da fusão das artes e da integração da
tecnologia na arquitectura, buscando uma abordagem interdisciplinar para o design.

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Em 1919, Gropius fundou a Bauhaus em Weimar, Alemanha. A escola foi um
marco importante na história da arquitectura e do design, buscando unir arte e
indústria. A Bauhaus promoveu uma nova abordagem do design, enfatizando a
funcionalidade, a simplicidade e a produção em massa. Gropius defendia uma
arquitectura que refletisse as necessidades da sociedade industrial moderna,
combinando estética, tecnologia e funcionalidade. Como diretor da Bauhaus, Gropius
ajudou a estabelecer um programa educacional inovador, que reunia disciplinas como
arquitectura, design de móveis, pintura, escultura e fotografia.

Suas principais obras incluem:

 Prédio da Bauhaus (1925-1926) - Dessau, Alemanha;


 Fábrica Fagus (1911) - Alfeld, Alemanha;
 Impington Village College (1936-1939) - Cambridge, Reino Unido.

2.4.3 Ludwig Mies van der Rohe

Ludwig Mies van der Rohe foi um arquitecto alemão nascido em 27 de março
de 1886, em Aachen, Alemanha, e faleceu em 17 de agosto de 1969, em Chicago,
Estados Unidos.

Ele é reconhecido como um dos principais expoentes da arquitectura moderna


e um dos mais influentes arquitectos do século XX. Mies van der Rohe foi conhecido
por sua abordagem minimalista e sua busca pela simplicidade e elegância na
arquitectura.

Ele desenvolveu o conceito do "less is more" (menos é mais), buscando


eliminar elementos ornamentais desnecessários e criar espaços abertos e fluidos. Mies
van der Rohe deixou um legado duradouro no campo da arquitectura.

Algumas das suas principais obras são:

 Pavilhão Alemão (1929) - Barcelona, Espanha;


 Crown Hall (1956) - Chicago, Estados Unidos;
 Casa Farnsworth (1945-1951) Plano, Illinois, Estados Unidos.

2.4.4 Frank Lloyd Wright

Frank Lloyd Wright foi um dos arquitectos mais renomados e influentes do


século XX. Sua abordagem orgânica e sua busca por uma integração harmoniosa entre
a arquitectura e a natureza o tornaram um dos pioneiros da arquitectura moderna. Eis
três de suas principais obras:

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 Casa da Cascata (1935) - Bear Run, Pensilvânia, EUA;
 Museu Guggenheim (1959) - Nova York, EUA;
 Casa Robie (1909) - Chicago, EUA.

2.4.5 Oscar Niemayer

Oscar Niemeyer foi um renomado arquitecto brasileiro, nascido em 15 de


dezembro de 1907, no Rio de Janeiro, e falecido em 5 de dezembro de 2012. Ele é
reconhecido como uma das figuras mais importantes da arquitectura moderna e um
dos principais representantes do movimento modernista brasileiro. Niemeyer é
conhecido por suas obras de arquitectura marcantes e distintas, caracterizadas por
formas curvas, uso ousado de concreto armado e busca por harmonia com o entorno
natural. Seu legado inclui uma série de projectos icônicos em todo o mundo.

Algumas das suas principais obras são:

 Projecto da cidade de Brasília (1956-1960) - Brasília, Brasil;


 Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1996) - Niterói, Brasil;
 Sede das Nações Unidas (1952) - Nova York, Estados Unidos.

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2.5 Vida e obra de Lúcio Costa

Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima Costa foi um arquitecto, urbanista


e escritor brasileiro, nascido em 27 de fevereiro de 1902, em Toulon, França, e
falecido em 13 de junho de 1998, no Rio de Janeiro, Brasil. Ele é amplamente
reconhecido como um dos principais arquitectos e urbanistas do Brasil e teve um
papel fundamental na criação da arquitectura moderna brasileira. (ver anexo 1)

2.5.1 Infância e juventude

Lúcio Costa, filho do almirante Joaquim Ribeiro da Costa, passou grande parte
de sua infância viajando, em função do trabalho do pai. Estudou no Royal Grammar
School, em Newcastle, Inglaterra e no Collège National, em Montreal, Suíça. Em
1917, de volta ao Brasil e ingressa na Escola Nacional de Belas Artes, concluindo o
curso de arquitcetura e pintura, em 1924.

Desde cedo, Lúcio Costa mostrou interesse e talento para a arte. Ele
frequentou o Colégio São Bento, onde recebeu uma educação de qualidade e teve
contacto com disciplinas como desenho e pintura. Essa formação artística influenciou
sua visão de mundo e sua posterior carreira como arquitecto.

Em 1917, aos 15 anos, Lúcio Costa ingressou na Escola Nacional de Belas


Artes, no Rio de Janeiro, para estudar arquitectura. Lá, ele teve a oportunidade de
aprender com renomados professores e se envolveu com os movimentos artísticos e
culturais da época. Durante sua juventude, ele também se envolveu com o movimento
modernista, que estava ganhando força no Brasil.

A infância e juventude de Lúcio Costa foram marcadas por uma formação


sólida, uma educação artística e um envolvimento com os movimentos culturais da
época. Esses elementos foram fundamentais para sua trajetória como arquitecto e
urbanista, influenciando suas ideias e contribuindo para seu sucesso posterior na
criação de obras notáveis e no desenvolvimento da arquitectura moderna brasileira.

2.5.2 Carreira

A carreira de Lúcio Costa foi marcada por sua contribuição significativa para a
arquitectura e o urbanismo no Brasil. Ele foi uma figura central no movimento
modernista brasileiro e teve um papel fundamental na definição da identidade da
arquitectura moderna brasileira. Sua carreira abrangeu diversas áreas, incluindo
arquitectura, urbanismo, escrita e docência.

Após concluir seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, Lúcio Costa
começou a trabalhar como arquitecto e urbanista, desenvolvendo projectos
residenciais e comerciais no Rio de Janeiro. Ele teve a oportunidade de trabalhar com
importantes nomes da arquitectura brasileira, como Gregori Warchavchik, um dos
precursores do modernismo no país, a parceria entre eles durou até 1933 e essa

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experiência contribuiu para o desenvolvimento de suas habilidades e para sua
compreensão da arquitectura moderna.

No entanto, foi com sua participação no concurso para o Plano Piloto de


Brasília que ele ganhou reconhecimento nacional e internacional. Sua proposta
inovadora e visionária para a nova capital do Brasil foi escolhida como vencedora, e
ele se tornou o principal responsável pelo planejamento urbano de Brasília.

Ao longo de sua carreira, Lúcio Costa colaborou com outros arquitectos e


profissionais renomados, incluindo Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em
projectos icônicos como o Edifício Gustavo Capanema e o Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro. Ele também foi autor de diversos escritos teóricos, nos quais
expressou suas ideias sobre arquitectura, urbanismo e a identidade cultural brasileira.

Além de seu trabalho como arquitecto e escritor, Lúcio Costa também atuou
como professor, lecionando em várias instituições de ensino, incluindo a Universidade
Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Brasília. Ele compartilhou seu
conhecimento e influenciou várias gerações de arquitectos e urbanistas.

A carreira de Lúcio Costa foi marcada por sua dedicação à busca por uma
arquitectura que refletisse a identidade brasileira e que fosse funcional e esteticamente
agradável. Sua visão e contribuição para a arquitectura moderna brasileira são
amplamente reconhecidas, e seu legado perdura até os dias atuais. Sua abordagem
inovadora e seu compromisso com a integração entre arquitectura e contexto cultural
continuam a inspirar profissionais da área em todo o mundo.

2.5.3 Diretor da Escola Nacional de Belas Artes

Em 1930 Lúcio Costa foi indicado para assumir a direção da Escola Nacional
de Belas Artes (ENBA), com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e
reformular o curso de arquitetura.

Sua passagem como diretor da ENBA durou apenas até setembro de 1931.
Apesar do pouco tempo no cargo, seu tempo como diretor e professor da instituição
marcou profundamente os caminhos da arte e da arquitectura brasileira. Entre os seus
alunos na escola de arquitectura estavam Luís Nunes, Jorge Machado Moreira, Ernani
Vasconcellos, Álvaro Vital Brazil, Oscar Niemeyer e Milton Roberto, todos
tornaram-se grandes expoentes da arquitectura brasileira.

2.5.4 Morte

Lúcio Costa faleceu em 13 de junho de 1998, aos 96 anos de idade, na cidade


do Rio de Janeiro. Sua morte marcou o fim de uma vida dedicada à arquitectura e ao
urbanismo, deixando um legado duradouro para a história da arquitectura brasileira.

A morte de Lúcio Costa foi lamentada por toda a comunidade arquitectônica


brasileira e internacional, reconhecendo a perda de um dos grandes mestres da

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arquitectura moderna. Sua contribuição para o desenvolvimento da arquitectura e do
urbanismo no Brasil foi imensurável, e seu trabalho continua sendo estudado e
admirado até os dias de hoje.

Embora Lúcio Costa tenha nos deixado, seu legado perdura através de suas
obras e de sua visão inovadora, que transformou a paisagem urbana brasileira. Sua
paixão pelo design, pela funcionalidade e pela estética das cidades continua
inspirando arquitectos e urbanistas em todo o mundo. Sua morte representa não
apenas o fim de uma vida notável, mas também uma oportunidade para celebrar suas
realizações e continuar a construir sobre seu legado arquitectônico.

2.5.5 Obras mais marcantes

As obras de Lúcio Costa deixaram um impacto duradouro na paisagem


arquitectônica do Brasil. Eis algumas de suas obras mais marcantes:

2.5.5.1 Edifício Gustavo Capanema (1943-1947)

Localizado no Rio de Janeiro, o Edifício também conhecido como Ministério


da Educação e Saúde é considerado um marco da arquitectura moderna brasileira.
Lúcio Costa colaborou com Oscar Niemeyer na concepção do projecto, que
incorporou elementos modernistas, como pilotis, terraços-jardins e fachada livre. O
edifício é reconhecido pela sua inovação arquitectônica e importância histórica. (Ver
anexo 2)

2.5.5.2 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1955-1958)

O projecto abrangeu tanto o edifício do museu quanto o projecto paisagístico.


O projecto do museu foi resultado de uma colaboração entre Lúcio Costa, Oscar
Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy. Lúcio Costa foi o responsável pelo projecto
paisagístico, enquanto Niemeyer e Reidy contribuíram para a arquitectura do edifício.
(Ver anexo 3)

2.5.5.3 Conjunto Residencial Pedregulho (1947-1950)

Localizado no Rio de Janeiro, foi projectado por Lúcio Costa e Affonso


Eduardo Reidy. Foi um projecto pioneiro de habitação social que buscava
proporcionar condições de vida adequadas para a população de baixa renda. O
conjunto é conhecido por sua abordagem inovadora, com unidades habitacionais
suspensas e áreas comuns ao ar livre, promovendo uma maior interação social e
contato com o ambiente natural. (Ver anexo 4)

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2.5.5.4 Plano Piloto da Barra da Tijuca (1969)

Foi uma proposta urbanística para essa região em crescimento acelerado, este
projecto teve como objectivo planear o desenvolvimento da área, proporcionando uma
estrutura urbana funcional e sustentável. Lúcio Costa buscou aplicar princípios de
planejamento urbano moderno, levando em consideração a topografia, a preservação
do meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores.

E por último a mais famosa dentre todas as suas obras:

2.5.5.6 Plano Piloto de Brasília (1957-1960)

A obra mais famosa de Lúcio Costa é o Plano Piloto de Brasília, que


representa a concepção e o projecto urbanístico da capital do Brasil. Esse plano é
amplamente reconhecido e aclamado como uma das realizações mais significativas da
arquitectura e do urbanismo do século XX. O Plano Piloto de Brasília foi concebida
entre os anos de 1957 e 1960. Foi um projecto arrojado e visionário que buscava criar
uma nova capital para o Brasil, no coração do país, no Planalto Central. (Ver anexo 5)

Principais aspectos do Plano Piloto de Brasília:

 Ideias e Conceitos

Lúcio Costa desenvolveu um plano urbanístico baseado em conceitos


modernistas e nas ideias do urbanismo contemporâneo. O principal objectivo era criar
uma cidade que refletisse a identidade e a cultura brasileira, além de proporcionar um
ambiente urbano funcional e de qualidade.

 Layout e Organização

O plano urbanístico de Brasília é caracterizado por um layout em forma de


avião, com suas principais avenidas dispostas em forma de cruz. O Eixo Monumental,
a principal via da cidade, é a espinha dorsal que liga o Palácio do Planalto e a Praça
dos Três Poderes. As superquadras, agrupamentos de blocos residenciais e comerciais,
são organizadas em torno de áreas verdes. (ver anexo 6, 7, 8, 9)

 Projecto Arquitectônico

O Plano Piloto de Brasília também contou com a colaboração do arquitecto


Oscar Niemeyer, que projecto os principais edifícios governamentais e monumentos
da cidade. As construções são marcadas por formas arrojadas, como a Catedral
Metropolitana, o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional e o Museu Nacional
(Ver anexo 10, 11, 12)

 Execução e Construção

A execução do Plano Piloto de Brasília foi realizada por meio de um esforço


conjunto de engenheiros, arquitectos, urbanistas e trabalhadores. A construção da
cidade envolveu desafios logísticos e técnicos significativos, dada a localização
remota e o terreno acidentado. A criação de uma infraestrutura completa, com redes

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de água, energia, transporte e saneamento básico, foi uma das etapas mais
desafiadoras.

 Complicações e Críticas

Durante a execução do plano, houve complicações relacionadas a questões de


prazos, orçamento e qualidade da construção. Além disso, o processo de transferência
da capital do Rio de Janeiro para Brasília gerou controvérsias e críticas devido à
relocação da população e à mudança do centro político do país.

 Legado e Reconhecimento

Apesar das dificuldades enfrentadas, o Plano Piloto de Brasília é reconhecido


como uma conquista arquitectônica e urbanística notável. A cidade se tornou um
Patrimônio Mundial da UNESCO em 1987 e é considerada um marco da arquitectura
moderna. O Plano Piloto de Brasília influenciou a concepção de cidades em todo o
mundo e continua a atrair visitantes e estudiosos interessados em sua singularidade e
beleza.

O Plano Piloto de Brasília representa um marco na história da arquitectura e


urbanismo, demonstrando a visão de Lúcio Costa em criar uma cidade moderna,
funcional e harmoniosa. Sua concepção e execução desafiadoras contribuíram para a
criação de um importante símbolo do Brasil e deixaram um legado duradouro

2.5.6 Livros escritos por Lúcio Costa e sua carreira literária

Lúcio Costa, além de sua carreira como arquitecto e urbanista, também teve
uma relevante contribuição como escritor, compartilhando suas ideias, reflexões e
experiências por meio de seus livros. Suas obras literárias abrangem diversos temas
relacionados à arquitectura, urbanismo e cultura brasileira.

Um de seus livros mais conhecidos é "Registro de uma Vivência", publicado


em 1954. Nesta obra, Lúcio Costa narra suas experiências e vivências como arquiteto
e urbanista, especialmente no contexto da criação do Plano Piloto de Brasília. O livro
oferece percepções valiosas sobre o processo de concepção e construção da cidade,
bem como reflexões sobre arquitectura, urbanismo e sociedade.

Outro livro importante de Lúcio Costa é "A Cidade e o Arquitecto",


publicado em 1973. Nesta obra, ele discute a relação entre a cidade e o arquitecto,
explorando a importância do planejamento urbano e da integração dos edifícios no
contexto urbano. O livro oferece uma visão abrangente sobre a arquitetura como parte
integrante do ambiente construído e da sociedade.

Além desses, Lúcio Costa também escreveu outros livros, como "Sair do
Armário", que aborda questões relacionadas à arquitectura moderna e seu papel na
formação da identidade cultural brasileira. Ele também contribuiu com artigos e
ensaios em revistas especializadas, compartilhando seu conhecimento e visão sobre
arquitectura e urbanismo.

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A carreira literária de Lúcio Costa mostrou sua capacidade de expressar-se de
forma clara e concisa, transmitindo suas ideias e contribuindo para o enriquecimento
do debate arquitectônico e cultural no Brasil. Suas obras literárias são importantes
fontes de inspiração e conhecimento para estudantes, profissionais e entusiastas da
arquitectura e urbanismo.

2.5.7 Estilo arquitectônico de Lúcio Costa

O estilo principal de Lúcio Costa é o modernismo. Ele foi um dos principais


expoentes do movimento modernista no Brasil, tanto na arquitectura quanto no
urbanismo. O modernismo é caracterizado pela busca de uma estética e uma
abordagem arquitectônica e urbanística inovadoras, em sintonia com a sociedade e as
necessidades da época.

Lúcio Costa adotou os princípios do movimento modernista, que valorizava a


funcionalidade, a simplicidade, a racionalidade e a integração com o ambiente. Seus
projectos e obras refletem essa visão, com linhas limpas, uso de materiais modernos,
espaços abertos, valorização da luz natural e uma abordagem de design integrado.

O estilo de Lúcio Costa também é marcado pelo seu engajamento social e


preocupação com o bem-estar coletivo. Ele considerava a arquitectura e o urbanismo
como ferramentas para melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover uma
sociedade mais igualitária.

Portanto, o estilo principal de Lúcio Costa pode ser caracterizado como


modernista, com uma abordagem funcional, racional e integrada.

2.5.8 Enquadramento de Lúcio Costa com o Urbanismo actual

Lúcio Costa é considerado um dos pioneiros do urbanismo moderno no Brasil


e suas ideias continuam a influenciar o campo do urbanismo até hoje. Seu trabalho,
especialmente o Plano Piloto de Brasília, é frequentemente citado como exemplo de
planejamento urbano bem-sucedido.

No entanto, é importante ressaltar que o urbanismo atual é um campo


dinâmico e em constante evolução, com desafios e abordagens específicas para cada
contexto. Os debates sobre sustentabilidade, resiliência urbana, inclusão social,
mobilidade, uso misto do solo e participação cidadã estão moldando a prática do
urbanismo contemporâneo.

Embora os princípios e as ideias de Lúcio Costa possam ser aplicáveis em


muitos casos, é necessário adaptá-los e integrá-los às necessidades e desafios atuais de
cada cidade. Os urbanistas de hoje estão trabalhando em soluções inovadoras e
inclusivas, levando em consideração questões ambientais, sociais e econômicas.
Portanto, embora Lúcio Costa tenha sido um pioneiro e sua contribuição seja
valiosa, é fundamental olhar para o urbanismo atual levando em conta os avanços e as

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mudanças que ocorreram desde então, bem como as demandas e as prioridades
específicas de cada contexto urbano.

2.5.9 Equandramento de Lúcio Costa com o Arquitecto Urbanista actual

Embora Lúcio Costa tenha atuado principalmente nas décadas de 1940 a 1960,
seu trabalho e suas ideias continuam a influenciar arquitetos e urbanistas
contemporâneos.

No contexto atual, os arquitectos urbanistas estão enfrentando desafios globais


como a rápida urbanização, as mudanças climáticas, a desigualdade social e a
necessidade de criar espaços urbanos sustentáveis e resilientes. Os arquitectos
urbanistas atuais estão buscando soluções inovadoras e abordagens integradas para
enfrentar esses desafios.

Muitos arquitectos urbanistas contemporâneos compartilham com Lúcio Costa


a visão de uma cidade planeada e projectada com base em princípios de
funcionalidade, sustentabilidade e qualidade de vida. Eles buscam criar espaços
urbanos inclusivos, que promovam a diversidade, a participação cidadã e a
conectividade.

No entanto, é importante reconhecer que o contexto e as demandas actuais são


diferentes dos desafios enfrentados por Lúcio Costa em sua época. Os arquitectos
urbanistas de hoje estão incorporando tecnologias avançadas, estratégias de
planejamento participativo, abordagens de design regenerativo e a compreensão de
questões como justiça ambiental e equidade social.

Enquanto Lúcio Costa é reconhecido como um importante pioneiro do


urbanismo moderno, os arquitectos urbanistas atuais estão construindo sobre seu
legado e expandindo as fronteiras do campo. Eles estão trazendo novas perspectivas,
experiências e abordagens para enfrentar os desafios contemporâneos e moldar
cidades mais sustentáveis, inclusivas e resilientes.

2.5.10 Relação de Lúcio Costa com outros arquitectos modernistas

Lúcio Costa teve uma relação significativa com outros arquitectos modernistas
de sua época. Ele era parte de um círculo de profissionais comprometidos com a
renovação da arquitectura e do urbanismo no Brasil, e colaborou e trocou ideias com
muitos deles. Algumas das relações mais importantes que Lúcio Costa teve com
outros arquitectos modernistas foram:

 Le Corbusier: Lúcio Costa teve uma relação próxima com o renomado


arquitecto suíço-francês Le Corbusier. Eles colaboraram em diversos projectos,
incluindo o plano urbanístico de Chandigarh, na Índia. A influência de Le
Corbusier pode ser vista no trabalho de Lúcio Costa, especialmente na abordagem
modernista e nas formas puras e geométricas presentes em seus projectos.

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 Oscar Niemeyer: Lúcio Costa teve uma parceria muito produtiva com o
arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer. Eles trabalharam juntos no projecto de
Brasília, onde Lúcio Costa foi responsável pelo plano urbanístico e Niemeyer
projectou a maioria dos edifícios icônicos da cidade. A colaboração entre os dois
resultou em uma integração harmoniosa entre arquitectura e urbanismo, criando
uma das capitais mais famosas do mundo.

A relação entre Lúcio Costa e Oscar Niemeyer foi um exemplo notável de


como a sinergia entre arquitectos e urbanistas pode resultar em projectos visionários e
transformadores. Seu legado conjunto continua a influenciar e inspirar profissionais
da área até os dias de hoje.

 Affonso Eduardo Reidy: Lúcio Costa também teve uma relação próxima com o
arquitecto brasileiro Affonso Eduardo Reidy. Juntos, eles trabalharam no projecto
do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, considerado um marco da
arquitectura moderna brasileira. Reidy foi influenciado pelas ideias de Lúcio
Costa e contribuiu para a implementação dos princípios modernistas no Brasil.

Essas são apenas algumas das relações de destaque de Lúcio Costa com outros
arquitectos modernistas. Sua participação em debates, congressos e encontros com
outros profissionais do movimento moderno contribuiu para o desenvolvimento e
disseminação das ideias e princípios do modernismo na arquitetura e no urbanismo.

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CONCLUSÃO

Assim sendo, ao longo deste trabalho de investigação científica, explorou-se a


arquitectura moderna e seus principais protagonistas, com um enfoque abrangente,
embora limitado, sobre Lúcio Costa. Durante a pesquisa, foi possível compreender a
importância e o impacto desse movimento arquitectônico revolucionário, que surgiu
no contexto da Revolução Industrial e das transformações sociais e tecnológicas do
século XX. Os principais protagonistas da arquitectura moderna, como Le Corbusier,
Walter Gropius, Mies van der Rohe, Frank Lloyd Wright e Oscar Niemeyer, deixaram
um legado duradouro no campo da arquitectura, influenciando gerações futuras. Suas
obras icônicas apresentaram inovações em termos de estética, funcionalidade e uso de
materiais, rompendo com as tradições arquitectônicas estabelecidas. Embora a ênfase
deste trabalho tenha sido limitada em relação a Lúcio Costa, podemos reconhecer sua
importância como um dos protagonistas do movimento moderno, especialmente por
suas contribuições significativas para a arquitectura e o urbanismo em projectos
notáveis como o Plano Piloto de Brasília. Portanto, a arquitectura moderna e seus
principais protagonistas desempenharam um papel fundamental na transformação da
disciplina arquitectônica, moldando o ambiente construído e inspirando novas
abordagens e ideias. Esses arquitectos visionários abriram caminho para o
desenvolvimento de estilos arquitectônicos subsequentes, influenciando a estética e a
funcionalidade das construções em todo o mundo. Em conclusão, o estudo da
arquitectura moderna e seus principais protagonistas nos proporciona uma
compreensão mais profunda das conquistas e desafios enfrentados por esses
visionários arquitectônicos. Através de sua criatividade, inovação e busca pela
excelência arquitectônica, eles deixaram um legado duradouro que continua a
influenciar e inspirar a arquitectura contemporânea.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, pude analisar que a arquitectura moderna, impulsionada pelos


protagonistas como Lúcio Costa, revolucionou a forma como concebemos e
projetamos nossas cidades e espaços urbanos. Seu legado perdura através de obras
marcantes, ideias inovadoras e uma abordagem estética e funcional que continua a
inspirar arquitetos e urbanistas em todo o mundo. A contribuição de Lúcio Costa para
a arquitetura moderna e sua visão visionária do ambiente construído deixam um
legado valioso que deve ser celebrado e preservado.

20
REFERÊNCIAS

Childs, P. (2019). Modernism.. (3ª Ed). United Kingdom. The new critical idiom.

https://maestrovirtuale.com/louis-sullivan-biografia-e-obras/ Acesso em [16.06.2023]

https://laart.art.br/blog/arquiteto-lucio-costa/ Acesso em [16.06.2023]

https://www.ebiografia.com/lucio_costa/ Acesso em [16.06.2023]

https://mudee.com.br/principais-caracteristicas-da-arquitetura-moderna Acesso em
[16.06.2023]

https://www.decorfacil.com/arquitetura-moderna/ Acesso em [16.06.2023]

https://m.suapesquisa.com/biografias/piet_mondrian.h Acesso em [16.06.2023]

https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura-moderna/ Acesso em [16.06.2023]

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcio_Costa#Morte Acesso em [16.06.2023]

21
ANEXOS

Anexo 1: Lúcio Costa


Fontehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-02/lucio-costa-120-anos-e-11-mil-
documentos-na-web

Anexo 2: Edifício Gustavo Capanema (1943-1947)


Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/911429/restauracao-do-palacio-gustavo-capanema-chega-a-
ultima-etapa

22
Anexo 3: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1955-1958)
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/758700/classicos-da-arquitetura-museu-de-arte-moderna-do-
rio-de-janeiro-affonso-eduardo-reidy

Anexo 4: Conjunto Residencial Pedregulho (1947-1950)


Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/982709/um-novo-modo-de-habitar-o-conjunto-do-pedregulho

23
Anexo 5: plano piloto visto do espaço
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Piloto_de_Bras%C3%ADlia

Anexo 6: Layout do plano piloto


Fonte: https://sentidosdoviajar.com/5-igrejas-historicas-em-brasilia-e-seus-arredores/brasilia-mapa-
aviao/

24
Anexo 7: Eixo Monumental
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/927925/museu-da-biblia-poe-em-risco-a-preservacao-do-eixo-
monumental-de-brasilia

Anexo 8: Praça dos 3 Poderes


Fonte: https://www.poder360.com.br/conteudo-patrocinado/a-praca-e-dos-tres-poderes-leia-o-
manifesto/

25
Anexo 9: As superquadras
Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Tipologia-residencial-a-das-superquadras-b-em-
Brasilia-c_fig1_315598422

Anexo 10: Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Metropolitana_de_Bras%C3%ADlia

26
Anexo 10: Palácio do Planalto
Fonte: https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303322-d554868-Reviews-
Palacio_Do_Planalto-Brasilia_Federal_District.html

Anexo 11: Congresso Nacional


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/politica/congresso-nacional.htm

Anexo 12: Museu Nacional


Fonte: https://ilovetrip.com.br/top-7-museus-em-brasilia/

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