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ETEC DOUTOR CELSO GIGLIO

ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE

ARTUS COSTA LESSA

CAIO DE SOUZA GIMENES

HELOYSA MARINS

JOÃO OCTAVIO

JULIA ZAURISIO

URBANISMO E SEMANA DA ARTE MODERNA

OSASCO 2023
ARTUS COSTA LESSA

CAIO DE SOUZA GIMENES

HELOYSA MARINS

JOÃO OCTAVIO

JULIA ZAURISIO

URBANISMO E SEMANA DA ARTE MODERNA

Trabalho de pesquisa apresentado ao curso técnico


de Meio Ambiente da instituição de ensino ETEC
Doutor Celso Giglio, como apresentação de
seminário do componente História.

Orientador: Reginaldo Donizete Borges

OSASCO 2023

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho aos nossos colegas de classe, à nossa jornada compartilhada
de aprendizado, às risadas pelos corredores e às amizades que formamos. Este trabalho é
dedicado a todos nós, pela nossa dedicação e pela experiência de crescer juntos nesta sala de
aula.

Obrigado a todos pela companhia nessa jornada.

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................5
2 O QUE É.................................................................................................6
3 CARACTERISTICAS..............................................................................6
4 SEMANA DA ARTE MODERNA............................................................8
5 INFLUÊNCIAS DA ARTE MODERNA NA UBARNIZAÇÃO.................9
6 ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL.............................................9
7 ARTISTAS............................................................................................10
8 GRUPO DOS CINCO...........................................................................10
9 CONCLUSÃO.......................................................................................12
10 REFERÊNCIAS................................................................................13

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1 INTRODUÇÃO

O urbanismo contemporâneo e a arte moderna convergem em um intrincado


diálogo, moldando não apenas as paisagens físicas das cidades, mas também a
essência cultural e social que nelas habita. Este artigo mergulha na interseção desses
dois campos, explorando suas conexões, influências mútuas e como juntos redefinem
o panorama urbano e artístico.

O objetivo deste trabalho é desvendar os vínculos profundos entre o urbanismo e


a arte moderna, destacando como as correntes artísticas e as transformações
urbanas do século XX se entrelaçam. Buscaremos compreender como movimentos
artísticos como o Cubismo, o Construtivismo, o Surrealismo e outros influenciaram
não apenas a estética das cidades, mas também seus espaços, arquitetura e
dinâmicas sociais

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2 O QUE É

A arte moderna é um movimento artístico que emergiu durante o final do


século XIX, estendendo-se até meados do século XX. Este período foi marcado por
uma ruptura significativa com as tradições artísticas e culturais estabelecidas,
abraçando novas técnicas, temas e filosofias. A arte moderna rejeitou as convenções
acadêmicas do passado e buscou explorar novas formas de expressão, refletindo os
tumultos sociais, culturais e tecnológicos da época.

Na Europa, durante as últimas décadas do século XIX, testemunhou-se um


cenário de transformações profundas. A Segunda Revolução Industrial foi um dos
marcos desse período, caracterizada pelo avanço tecnológico, industrialização em
larga escala e mudanças nas paisagens urbanas. As cidades cresciam rapidamente, a
sociedade experimentava novos modos de vida e a tecnologia transformava a
maneira como as pessoas interagiam e percebiam o mundo ao seu redor.

Dentro desse contexto de efervescência cultural e social, surgiram


movimentos artísticos revolucionários que moldaram a arte moderna. O Dadaísmo
desafiou as convenções tradicionais, promovendo a ideia do absurdo e da
irracionalidade como forma de criticar a sociedade e a lógica estabelecida. O
Surrealismo explorou o mundo dos sonhos, do inconsciente e do surreal, influenciado
pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud. O Expressionismo buscou expressar
emoções intensas e subjetivas através de cores vibrantes e formas distorcidas. E o
Cubismo revolucionou a representação visual ao desconstruir objetos e formas em
múltiplos ângulos e planos, inaugurando uma nova forma de ver e representar o
mundo.

No contexto brasileiro, figuras como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade


foram fundamentais para a arte moderna. Tarsila, com sua obra icônica, como
"Abaporu", contribuiu para a consolidação de uma identidade artística brasileira,
explorando elementos do país em um estilo modernista. Oswald de Andrade, por sua
vez, foi um dos grandes mentores do movimento Antropofágico, que propunha a ideia
de devorar as influências estrangeiras para criar uma cultura genuinamente brasileira,
adaptando e transformando elementos importados.

Esses movimentos e personalidades moldaram não apenas a história da arte,


mas também influenciaram profundamente a maneira como compreendemos e
interpretamos o mundo até os dias atuais.

3 CARACTERISTICAS

A arte moderna, um mosaico fascinante de movimentos e expressões,


testemunhou uma revolução na maneira como o mundo era visto e representado.
Marcando o início dessa transformação, o Impressionismo, por volta de 1870 a 1880,
trouxe uma nova abordagem à pintura. Com artistas notáveis como Claude Monet e
Edgar Degas, o Impressionismo rompeu com a rigidez acadêmica, adotando
pinceladas soltas e capturando a luz natural em cenas do cotidiano.

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O Cubismo, entre 1907 e 1920, liderado por Pablo Picasso e Georges Braque,
desafiou as noções convencionais de representação visual. Fragmentando objetos em
formas geométricas, o Cubismo apresentou múltiplas perspectivas simultaneamente,
influenciando fortemente a abstração e redefinindo a maneira como o mundo era
retratado artisticamente.

O Expressionismo, de cerca de 1905 a 1925, emergiu na Alemanha, destacando


a expressão emocional por meio de cores vibrantes e formas distorcidas. Artistas
como Edvard Munch e Ernst Ludwig Kirchner exploraram a profundidade das
emoções humanas, retratando a realidade interna de maneira intensa e subjetiva.

O Surrealismo, entre 1920 e 1940, liderado por André Breton, mergulhou no


subconsciente e no mundo dos sonhos. Criando obras ilógicas e fantásticas, artistas
como Salvador Dalí e René Magritte desafiaram a lógica convencional, explorando os
recônditos da mente humana por meio de pinturas intrigantes e muitas vezes
perturbadoras.

O Abstracionismo, aproximadamente de 1910 a 1950, rompeu completamente


com a representação figurativa. Movimentos como o Suprematismo de Kazimir
Malevich e o Construtivismo, juntamente com o Expressionismo Abstrato americano,
liderado por artistas como Jackson Pollock e Willem de Kooning, buscaram a
abstração da forma e da cor, desafiando os limites da percepção e convidando o
espectador a explorar o mundo além da realidade tangível.

Esses movimentos não apenas alteraram radicalmente o curso da arte, mas


também influenciaram profundamente a maneira como compreendemos a expressão
humana, a sociedade e a própria natureza da criação artística.

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4 SEMANA DA ARTE MODERNA

A Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, na cidade de São


Paulo, foi um marco crucial na história cultural do Brasil. Esse evento revolucionário
foi organizado por um grupo de artistas e intelectuais que buscavam romper com as
tradições artísticas conservadoras e introduzir as vanguardas europeias no país.

A Semana da Arte Moderna foi um verdadeiro manifesto de ruptura com o


academicismo, trazendo novas ideias estéticas, poéticas e filosóficas para o cenário
cultural brasileiro. Durante os dias do evento, foram apresentadas exposições de
pintura, escultura, música, dança e recitais de poesia, reunindo artistas que se
tornariam ícones da modernidade no Brasil.

Essa semana foi palco para manifestações artísticas que desafiaram as


convenções estabelecidas, expondo obras que rompiam com as técnicas tradicionais
e abraçavam a inovação e a liberdade de expressão. Nomes como Tarsila do Amaral,
Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Mário de Andrade estiveram entre os
protagonistas desse movimento, apresentando obras que refletiam as influências do
Cubismo, Expressionismo e outras correntes artísticas revolucionárias europeias.

A Semana de Arte Moderna teve um impacto profundo na cena cultural brasileira,


desencadeando discussões acaloradas, críticas ferrenhas e, ao mesmo tempo,
despertando um novo olhar para a arte e a cultura do país. Essa efervescência
artística e intelectual foi fundamental para a consolidação do Modernismo no Brasil,
impulsionando a criação de uma identidade artística nacional e abrindo caminho para
o surgimento de movimentos e ideias que moldaram a cultura brasileira do século XX.

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5 INFLUÊNCIAS DA ARTE MODERNA NA UBARNIZAÇÃO

Após a emblemática Semana de Arte Moderna de 1922, as influências da arte


moderna na urbanização se intensificaram. Esse movimento cultural não apenas
impactou as expressões artísticas, mas também deixou sua marca na forma como as
cidades foram concebidas e estruturadas.

A Revolução Industrial, com seu avanço tecnológico e transformações sociais,


desempenhou um papel crucial nessa relação. As mudanças radicais na produção, na
economia e na sociedade provocaram uma expansão urbana sem precedentes. As
cidades cresceram verticalmente, demandando novas abordagens de planejamento e
arquitetura para acomodar a crescente população e suas necessidades em constante
evolução.

Um exemplo marcante dessa influência é o MASP (Museu de Arte de São


Paulo). Sua arquitetura icônica, projetada por Lina Bo Bardi na década de 1960,
reflete a fusão entre a arte moderna e a urbanização. O edifício se destaca não
apenas como um espaço cultural, mas como um marco arquitetônico que incorpora os
princípios do modernismo, exibindo uma estrutura aberta e fluida que se integra
harmoniosamente ao ambiente urbano ao seu redor.

Essa interseção entre arte moderna e urbanização se destaca na maneira como


as cidades são idealizadas, planejadas, criadas e desenvolvidas. A estética, os
conceitos de funcionalidade e a busca por inovação que caracterizam a arte moderna
influenciam a arquitetura, o design urbano e o desenvolvimento de espaços públicos.
Essa influência se manifesta na criação de áreas verdes, na concepção de prédios e
monumentos que exploram novas formas e na valorização de espaços abertos que
promovem a interação social e cultural dentro das cidades.

6 ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL

A Arquitetura Moderna no Brasil teve seu início influenciada por eventos


significativos, como a Semana de Arte Moderna de 1922, que desencadeou um
movimento cultural e artístico revolucionário no país. Contudo, foi nas décadas
seguintes que a Arquitetura Moderna ganhou força e identidade própria.

O nome de Oscar Niemeyer surge como uma das figuras mais proeminentes
desse movimento. Sua colaboração com o arquiteto Lúcio Costa, na idealização de
Brasília, marcou um ponto de virada na história da arquitetura brasileira. Niemeyer
contribuiu não apenas para a criação da nova capital, mas também deixou um legado
significativo por meio de suas obras marcadas pela fluidez das formas, pela
integração com a natureza e pela utilização do concreto armado de maneira
inovadora.

A Escola Paulista de Arquitetura, representada por profissionais como Vilanova


Artigas e Paulo Mendes da Rocha, foi outro pilar fundamental. Essa corrente
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valorizava a simplicidade estrutural, a funcionalidade dos espaços e a integração com
o entorno, destacando-se pela utilização de materiais como o concreto aparente e a
preocupação com a relação entre arquitetura e sociedade.

A Arquitetura Brutalista também teve seu lugar no panorama arquitetônico


brasileiro. Caracterizada pelo uso expressivo do concreto e pela exposição dos
elementos estruturais, essa abordagem priorizava a honestidade dos materiais e a
austeridade estética, deixando um impacto marcante em edifícios como o SESC
Pompéia, projetado por Lina Bo Bardi.

Esses movimentos e personalidades não apenas transformaram a paisagem


urbana do Brasil, mas também consolidaram uma identidade arquitetônica única,
influenciando gerações posteriores de arquitetos e deixando um legado duradouro na
história da arquitetura moderna mundial.

7 ARTISTAS

Arquitetos: Antonio Moya, Georg Przyrembel;

Escritores: Manuel Bandeira, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Guilherme de


Almeida, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade,

Escultor: Victor Brecheret;

Músicos: Ernani Braga, Guiomar Novais, Heitor Villa-Lobos;

Pintores: Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, John Graz, Vicente do Rego


Monteiro, Candido Portinari.

8 GRUPO DOS CINCO

O Grupo dos Cinco foi um conjunto de artistas e intelectuais que desempenhou


um papel fundamental na concepção e organização da Semana de Arte Moderna de
1922, um marco na história cultural do Brasil. Composto por Anita Malfatti, Tarsila do
Amaral, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Mário de Andrade, esse grupo teve
um impacto significativo na introdução e promoção das vanguardas europeias no
contexto artístico brasileiro.

Anita Malfatti foi uma artista pioneira, conhecida por suas obras expressionistas e
pela exposição que realizou em 1917, causando controvérsia e influenciando
profundamente o cenário artístico brasileiro. Tarsila do Amaral, uma das figuras mais
proeminentes da arte brasileira, foi fundamental na elaboração de uma identidade
artística nacional, explorando elementos do país em suas obras e criando um estilo
modernista singular.

Junto a eles estavam Menotti del Picchia, que, além de poeta, foi um dos
responsáveis pela organização do evento, e Oswald de Andrade, um dos principais
mentores intelectuais da Semana de Arte Moderna. Sua influência como escritor e

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ideólogo foi essencial na promoção de uma arte mais autêntica e conectada à
realidade brasileira.

Mário de Andrade, reconhecido como um dos maiores expoentes do Modernismo


brasileiro, teve um papel crucial na concepção e organização do evento, defendendo
a valorização da cultura nacional e o rompimento com o academicismo.

Juntos, esses artistas e intelectuais foram responsáveis por pavimentar o


caminho para uma nova era na cultura brasileira, abrindo portas para a valorização da
identidade nacional, o rompimento com as tradições artísticas conservadoras e a
introdução de correntes vanguardistas que revolucionaram a arte no país. A Semana
de Arte Moderna foi não apenas um evento pontual, mas um catalisador de mudanças
que deixou um legado duradouro na história cultural do Brasil.

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9 CONCLUSÃO

Como visto ao decorrer do trabalho, o conservadorismo é uma ideologia política e


filosófica que valoriza a preservação da ordem social tradicional, instituições e valores
culturais. Em sua essência, os conservadores tendem a ser cautelosos em relação a mudanças
rápidas na sociedade e no governo, preferindo a estabilidade e a continuidade. O
conservadorismo pode variar em diferentes culturas e contextos, mas é geralmente
caracterizado por uma ênfase na resistência a mudanças significativas.

Nesse sentido é importante entender que o conservadorismo em sua forma mais


rígida, tende a resistir a mudanças sociais e políticas que podem ser necessárias para a
evolução e o progresso da sociedade. Isso pode resultar em obstáculos para a promoção da
igualdade, inclusão e justiça, uma vez que tradições e valores pré estabelecidos muitas vezes
são defendidos, mesmo que sejam discriminatórios ou desatualizados. No entanto, é
importante reconhecer que o conservadorismo não é uma ideologia monolítica, e há variações
dentro do espectro conservador, algumas das quais podem ser mais abertas ao diálogo e à
adaptação.

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10 REFERÊNCIAS

- https://www.todamateria.com.br/arte-moderna/
- https://www.todoestudo.com.br/artes/arte-moderna
- https://www.projetou.com.br/posts/arquitetura-moderna/#4
- https://ufpi.br/ultimas-noticias-ufpi/1994-oscar-niemeyer--paradigma-da-arquitetura-brasileira
- https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo8817/escola-paulista
- https://laart.art.br/blog/arquitetura-brutalista/
- https://www.atec.com.br/blog/arquitetura/influencias-da-arquitetura-moderna/
- https://alubuild.com/arte-moderna-na-arquitetura/

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