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GERAL:
UNIDADE I
CONCEITUAÇÃO BÁSICA DA ARTE.
Mas, afinal, para que serve a arte? Por ser uma atividade de difícil
definição e ter formas variadas de expressão, muitas vezes a "função"
da arte tende a ser mal compreendida.
Na verdade, não há um único objetivo ou finalidade ao se fazer arte.
Entretanto, podemos dizer que essa atividade contribui grandemente
para uma melhor compreensão do mundo, da sociedade e dos anseios
humanos.
Cada cultura e lugar possui seus próprios códigos artísticos e através
das obras de artes produzidas por esse povos, podemos entender
melhor sobre a vida e a cultura de nossos antepassados. E analisar o
passado nos ajuda a refletir sobre o presente.
Além disso, a arte também tem uma função catártica tanto para quem
a produz quanto para quem a aprecia - o que chamamos de "fruição".
Ou seja, há um sentido de "limpeza", libertação e cura na arte.
I.1.5. As belas artes
https://www.youtube.com/watch?v=fl_Mk4R7uZk
I.2.1.1.1 Arquitectura
“Arquitetura é música petrificada”. A frase do escritor alemão Goethe (1749-
1832) sintetiza uma das funções primordiais da arquitetura: fazer arte, mas
um tipo de arte diferente, onde tijolos e cimento são a matéria prima.
Nos dias atuais, a arquitetura pode ser definida como a relação entre o
homem e o espaço, ou melhor, a forma como ele interfere no meio criando
condições estéticas e funcionais favoráveis para habitação, utilização e
organização dos ambientes. Responsável por criar espaços – públicos e
privados – capazes de unir, ao mesmo tempo, funcionalidade, estética e
conforto. O Museu de Arte de São Paulo (MASP), projetado por Lina Bo
Bardi e a Praça dos Três Poderes em Brasília, projetada por Oscar Niemeyer
e Lúcio Costa, são importantes exemplos da arquitetura.
https://www.youtube.com/watch?v=fl_Mk4R7uZk
I.2.1.1.1.2. Musica como comunicaçao
É uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio. A
criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de
acordo com a cultura e o contexto social. A música expandiu-se ao longo dos anos,
e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também com
propósitos educacionais ou terapêuticos, por exemplo, a musicoterapia – forma de
tratar o indivíduo por meio da música. Através do ritmo, harmonia e melodia, os
artistas compõem canções capazes de marcar a vida das pessoas. São muitos os
estilos de música que existem, como, rock, reggae, samba, sertanejo, jazz, músicas
folclóricas, clássica, entre tantas outras vertentes.
A música está nas ruas, festas, carros, celulares, escolas, instituições e eventos de
nossa vida. Ela também está presente nas lembranças tristes e felizes de um
indivíduo.
https://www.youtube.com/watch?v=UwRRMn9k5AA
I.2.1.1.1.3. Escultura
A escultura é a arte de transformar matéria bruta em formas em terceira
dimensão, isto é, com volume, altura e profundidade.
Utiliza-se de materiais como gesso, pedra, madeira, resinas sintéticas, aço,
ferro, mármore e das seguintes técnicas, como a moldagem, fundição ou a
aglomeração de partículas. A sua origem baseia-se na imitação da natureza,
com o intuito maior de representar o corpo humano.
Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e Abelardo da
Hora são importantes escultores brasileiros. Victor Brecheret (1894-1955)
foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado o introdutor da arte moderna na
escultura brasileira. É o autor da obra Monumento às Bandeiras, localizado
no Parque do Ibirapuera, na capital paulista.
I.2.1.1.1.4. Pintura
A pintura é um tipo de arte que acompanha a humanidade há muito tempo. Os
primeiros registros de pinturas datam da Pré-História, e podem ser encontrados nas
paredes das cavernas, onde eram desenhadas cenas de caça, dança, e figuras de
animais.
A pintura artística, em um conceito simples, é a técnica que utiliza pigmentos para
colorir uma superfície (tela, papel, tecido, parede, etc), atribuindo tons e texturas.
A cor é o elemento essencial da pintura. A pintura se expressa através da superfície
onde será produzida e dos materiais, como pincéis e tintas, que lidam com os
pigmentos.
Além da pintura convencional existe a pintura figurativa, que é a reprodução de
um tema familiar à realidade natural ou interna do artista.
Anita Malfatti, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Tarsila do Amaral e
Vicente do Rego Monteiro são alguns dos pintores brasileiros, com obras expostas
no Brasil e no mundo.
I.2.1.1.1.5. Dança
Longe desse ensaio, querer responder o problema desse debate: existe uma
estética pós-moderna, que indica o caminho da arte e do design
contemporâneo, ou a expressão estética atual se caracteriza como estando
inserida em uma Modernidade Tardia?
Como hipótese, e não como afirmação absoluta, acredita-se no momento dessa
reflexão, é que a estética da Pós-modernidade se parece, em sua essência, com
uma Modernidade Tardia, mais do que com um novo estilo. Afirma-se isso,
pois, embora não se possa negar as diferenças materiais e expressivas entre
elas, principalmente no campo do design, também não se pode esquivar sobre o
fato de que, se entendermos a Modernidade como um campo de
experimentação de materiais, formas e temas, fica mais difícil concluir que a
estética pós-moderna, não seria uma expressão tardia da Modernidade, e não
um rompimento definitivo.
No quesito do uso da intertextualidade, por exemplo, embora se perceba uma
intensificação quantitativa no uso dessa estratégia, ao mesmo tempo, não se
pode negar que ela já era usada pela Modernidade a muito tempo. Como
exemplo é possível citar a influência da pintura romântica dos paisagistas
ingleses na pintura impressionista, o resgate das formas africanas na
geometrização dos cubistas, a mistura de elementos que diferentes referências e
épocas como ocorreu no Surrealismo, ou na Arte Pop.
Enfim, talvez seja necessário mais tempo para entender quais os caminhos da
estética contemporânea, mesmo porque o próprio conceito que identifica o
momento histórico contemporâneo, ainda está sendo debatido por diversos
teóricos. Sendo assim esse ensaio pretende apenas levantar uma questão, para
que seja possível pensar futuramente numa definição para a estética
contemporânea: se ela seria pós-moderna, ou se classificaria melhor a ideia de
uma Modernidade Tardia, ou, ainda, se os pesquisadores não irão em busca de
uma outra definição, que está para nascer.
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