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Olá, estudante!
Ela foi preparada especialmente para permitir que você, futuro profissional, analise o
papel que as artes visuais e a arquitetura têm no âmbito social, enquanto
manifestação cultural de uma determinada época. Essa análise será capaz de permitir
ao observador um mergulho no período estudado por meio da leitura das
representações, imagens, objetos e construções. Por isso, os objetivos instrucionais
estarão voltados para aprendizagem e observação das principais correntes artísticas,
seus estilos e suas características, buscando fazer um trabalho de educação do olhar
e de compreensão dos objetivos e causas dos movimentos.
Bons estudos!
Objetivos
Conteúdo Programático
Autoria
Revisão e atualização
Objetivo
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de:
Conteúdo Programático
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas:
O que é uma obra de arte? Para que serve uma obra de arte?
Ignoramos como a arte começou, tanto quanto desconhecemos como teve início a
linguagem. Se aceitarmos que arte significa o exercício de atividades tais como a
edificação de templos e casas, a realização de pinturas e esculturas, ou a tessitura de
padrões, nenhum povo existe no mundo sem arte. Se, por outro lado, entendermos por
arte alguma espécie de belo artigo de luxo, algo para nos deleitar em museus e
exposições, ou uma coisa muito especial para usar como preciosa decoração na sala
de honra, cumpre-nos reconhecer que esse uso da palavra constitui um
desenvolvimento bem recente e que muitos dos maiores construtores, pintores ou
escultores do passado sequer sonharam com ele. (GOMBRICH, 1999, p. 39)
Tema 1
Arte, magia e eternidade
Ainda hoje é difícil e complexo explicar o que é arte, pois esse é um conceito que
depende muito do ambiente, do meio e da cultura de cada povo. Sabemos do seu
caráter de expressão cultural, de registro por meio de pinturas, desenhos e esculturas
dos elementos culturais, que cada povo entende que deva ser registrado ou marcado,
de alguma forma, para a posteridade. O que se pode dizer, portanto, é que o conceito
de arte é histórico e contextual, variando conforme as sociedades em que se inserem
e as expressões/finalidades que artistas buscavam com suas peças.
A ideia que temos atualmente sobre a arte como algo belo, que nos impressiona
esteticamente e que, por isso, deva receber um lugar de honra em nossas casas ou
em nossa sociedade, é algo relativamente novo. Durante a maior parte da história da
humanidade, o que os artistas produziam eram objetos concretos e com finalidade
prática específica. Aquilo que entendemos nos dias atuais como sendo obras de arte
produzidas nos tempos passados, regra geral, eram peças criadas para se adequarem
a um fim específico. Seu caráter pragmático era o principal.
Se aceitarmos essa proposição, fica mais fácil empreender a viagem que estamos
iniciando neste momento. Uma viagem em direção às produções artísticas do
passado, dirigidas para o campo das chamadas artes visuais e da arquitetura.
Até pouco tempo atrás, entendia-se que a história iniciava-se a partir do momento no
qual havia a escrita, já que ela forneceria os dados necessários para se comprovar a
veracidade dos fatos. Antes disso, era a pré-história. Temos aí um problema para a
história da arte. As primeiras pinturas e esculturas, de que temos conhecimento, foram
produzidas muito tempo antes de a escrita surgir. Como saber, então, a intenção com
que essas pinturas e esculturas foram produzidas? Se não existe registro escrito,
como conhecer esses artistas e suas necessidades?
Os estudos dos antropólogos junto aos povos primitivos chamou a atenção para um
fator que ainda hoje é de extrema importância, inclusive para os chamados povos
modernos. Esse fator é a crença no poder das imagens. Em meio a toda tecnologia,
ao conforto e à segurança com que vivemos, ainda temos dificuldades em danificar as
imagens de pessoas que nos são caras e importantes. Quando registramos as
imagens dos nossos pais, filhos e parentes, lidamos com elas dotando-as de uma
importância que beira o fervor religioso.
Primeiras construções
As primeiras construções feitas para habitação no período neolítico eram, ao que tudo
indica, feitas de madeira e cobertas com pele de animais. Por isso, não sobraram
exemplares significativos para nossa análise e conhecimento. No entanto, em diversas
regiões, foram encontradas algumas construções em pedra.
Ampliando o foco
Arte egípcia
As figuras ainda traziam junto a elas textos em hieróglifos narrando as cenas. Aliás, os
textos e as fórmulas sagradas eram utilizados para decorar e preencher todos os
espaços dos templos (figura 10). Isso acontecia porque os egípcios acreditavam que,
após a morte, o faraó seria julgado pelos deuses. As imagens nas paredes dos
túmulos narravam, muitas vezes, os fatos referentes à vida do faraó. Isso o auxiliaria
durante o julgamento.
A mesma rigidez encontrada nas pinturas pode ser vista nas esculturas. Elas tinham
como principal objetivo mostrar toda a dignidade dos faraós (figura 11), que não eram
seres comuns, sendo, portanto, representados como deuses e retratados em toda a
sua glória. Ramsés II povoou o Egito, por exemplo, com esculturas como a da figura
11.
Ramsés II reinou no Egito aproximadamente entre os anos de 1.279 a.C. e
1.213 a.C., sendo um período longo, no qual ele reformou diversos templos e
mandou construir vários outros. Entre eles, os principais são o Ramesseum,
destinado a renovar o seu Ka, e os dois templos de Abu Simbel, no norte da
Núbia, sendo um para ele (figura 12) e o outro em homenagem a sua esposa
Nefertari. Foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, uma das dinastias do
Império Novo.
A forma de construção egípcia mais conhecida no mundo são as pirâmides, que eram
os túmulos feitos para os faraós. Conta-se que, ao chegar no Egito e se deparar com
as grandes pirâmides de Gizé (figura 13), Napoleão Bonaparte disse aos seus
soldados: “Do alto dessas pirâmides quarenta séculos vos contemplam”. Isso teria
ocorrido em 1798. Desde então, o fascínio pelo Egito nunca mais cessou ou diminuiu.
O complexo de Gizé é formado pelas grandes pirâmides dos faraós Quéfren, Quéops
e Miquerinos, por uma ampla construção de mastabas, que são os túmulos dos nobres
que viveram sob seus governos, e a grande esfinge.
Ampliando o foco
Um fato fundamental para se entender a arte na Grécia Antiga é admitir que eles
aprenderam com os egípcios. Quem nos dá notícias desse fato é o general romano do
século I, Plínio Gaius Segundo, ou Plínio, o Velho, autor de uma enciclopédia de
história natural. Entendendo que as artes, pelos materiais utilizados para que elas se
concretizassem ou se materializassem, poderiam se enquadrar em um livro de história
natural, voltado para as ciências conhecidas até então, Plínio tratou das artes, em
geral, mas afirmou que os gregos aprenderam pintura e escultura com os egípcios.
O que temos da pintura feita na Grécia Antiga são os vasos de figuras negras e
vermelhas, encontrados em diversos lugares da Grécia. Os mais antigos são os de
figuras negras (figura 15). Nessa técnica, as figuras eram pintadas em negro sobre o
fundo vermelho da cerâmica. A técnica originou-se em Corinto, por volta do século VII
a. C., irradiando-se para as outras cidades gregas.
Figura 15 – Cena de um vaso de figuras negras representando um centauro, pessoas e deuses
do Olimpo.
Normalmente, referimo-nos à arquitetura grega em função dos estilos das colunas que
sustentam os seus templos. Porém antes, é importante apresentar aqui a relação
estabelecida entre os gregos e os seus deuses, uma vez que essa relação será a
responsável por uma diferença entre os templos egípcios e os gregos. Os templos
egípcios eram construídos para deuses, com características realmente divinas e
distintas das humanas. Já os deuses gregos possuíam características humanas:
apaixonavam-se, eram vingativos, ciumentos e rancorosos. Isso se reflete na própria
dimensão dos templos. Se os templos egípcios eram construídos para os deuses, os
gregos eram construídos para os homens, que eram representados e valorizados
enquanto espécime máximo da criação.
Todo templo grego possuía a mesma estrutura (figura. 17). Sobre uma base eram
erguidas as colunas que sustentariam o entablamento, que era composto de
arquitrave, friso e cornija. A arquitrave é a parte que se apoia nas colunas. O friso,
elemento intermediário entre a arquitrave e a cornija, geralmente, era decorado com
relevos. A cornija, nas fachadas anterior e posterior, emoldurava o frontão triangular, o
qual podia também apresentar esculturas em relevo.
As ordens arquitetônicas podem, de certa forma, ser associadas aos três períodos da
Grécia Antiga. O período arcaico pode ser associado ao estilo dórico, mais severo e
forte. No período clássico, notamos uma presença maior da ordem jônica, mais suave
e feminina. Já no período helenístico, período que corresponde ao da expansão da
cultura grega durante o reinado de Alexandre, o Grande, encontramos a ordem
coríntia, com as tendências orientalizantes. Entretanto, os três períodos trazem,
também, elementos interessantes com relação à estatuária.
Essas esculturas receberam forte influência das esculturas egípcias, pois os gregos,
provavelmente, entraram em contato com a cultura egípcia por causa dos contratos
comerciais. Suas características são a rigidez, a frontalidade, a rigorosa simetria e o
chamado sorriso arcaico. Os braços são estendidos ao longo do corpo, mas, em
alguns casos, um dos braços pode estar dobrado em um ângulo de 90º com a mão
segurando alguma oferenda. O termo kouros é usado por Homero para se referir aos
jovens soldados. Acredita-se que essas esculturas tenham sido feitas com duas
finalidades. A primeira delas, coloca-as como destinadas aos templos, como uma
espécie de estátua votiva. A segunda, situa-as nos cemitérios, em túmulos de pessoas
importantes.
Elas nunca representavam pessoas reais, não sendo, portanto, os retratos como os
entendemos hoje. Elas representavam as virtudes ou os ideais que deveriam ser
alcançados pelos homens. Contudo, ao contrário das esculturas egípcias que as
influenciaram, podemos notar que já existia uma tentativa de aproximar a obra
esculpida daquilo que realmente era visto, que existia em um homem real. Assim,
encontramos um início de estudo anatômico, na musculatura em detalhes, como o da
aparência dos joelhos, com a intenção de representar as imagens como elas
realmente eram.
No período que ficou conhecido como helenístico, quando a cultura grega ou helênica
foi difundida para outras partes do mundo antigo, a escultura ganhou outras
características, como a emoção, a fluidez e uma maior liberdade na escolha dos
temas. Foi também nesse período que os primeiros retratos, tais como os entendemos
hoje, foram executados. A figura 26 traz uma cabeça esculpida, um retrato de
Alexandre, o Grande. Percebemos nela traços e os elementos que contribuem para
uma individualização, para uma tendência de dotar essa cabeça de uma identidade
própria, capaz de fazer com que o retratado seja perpetuado por meio da obra de arte.
Entretanto, essa perpetuação não se dá por meio daquilo que o retratado representa,
como no caso do faraó, que representava o Estado teocrático egípcio. É a vontade de
ser perpetuado, lembrado por aquilo que o retratado é, ou seja, por seus caracteres
individuais.
É claro que essa possibilidade de representação era restrita à realeza. O retrato não
era algo a ser adotado ou partilhado com o restante da população. Porém, o contato
da cultura helênica com as culturas orientais contribuiu para que alguns elementos
fossem mais exacerbados. Os detalhes de relevo no corpo humano, percebidos nos
panejamentos que envolviam os corpos, já eram utilizados há muito tempo. Ensaiados
timidamente nas koré, mas já bastante desenvolvidos nos relevos que ornavam os
templos, esses panejamentos alcançaram a perfeição da leveza e do movimento nas
esculturas do período helenístico, como na Vitória encontrada sem os braços e sem a
cabeça na ilha grega de Samotrácia (figura 27).
Figura 27 – Vitória da Samotrácia.
A sutileza e a delicadeza do relevo fazem com que não sintamos falta dos elementos
que foram perdidos. A escultura parece que está prestes a alçar vôo e é quase
palpável, tangível o vento que movimenta suas vestes.
Outra importante escultura do período, que nos permite fazer uma leitura não somente
dos caracteres técnicos, mas, sobretudo, da dramaticidade que caracteriza a escultura
helenística, é o conjunto escultórico representando Laocoonte e seus filhos (figura 28).
Laocoonte era um sacerdote troiano que foi prevenido por um oráculo com relação à
invasão dos gregos e tentou aconselhar seus conterrâneos para que não aceitassem o
presente deixado nos portões da cidade, o cavalo de Troia. Os deuses enviaram,
assim, as serpentes marinhas para que o matassem e a seus dois filhos. Os autores
poderiam ter escolhido qualquer momento da história para representá-la. Contudo,
será que algum outro momento poderia ter permitido que seus autores explorassem ao
máximo a dramaticidade do episódio? Existe situação pior do que um pai ver seus
filhos serem mortos e não poder fazer nada para impedir? O desespero de Laocoonte
salta aos olhos e cada músculo do seu corpo e dos seus filhos expressam a luta sem
trégua enfrentada por eles em busca da vida que se sabe perdida. Essa é a
dramaticidade da escultura helenística. Ela é capaz de envolver-nos e de nos fazer
sofrer junto com os retratados, sem que a harmonia e o equilíbrio, característicos da
escultura grega, sejam prejudicados.
Ampliando o foco
Colecionismo romano
“
[...] ao partilhar o butim entre os exércitos aliados que se seguiu ao saque de
Corinto, o general romano L. A. Múmio ficou desconcertado com os lances que
Átalo II oferecia pagar pelos objetos a que os romanos davam pouca importância.
(CHOAY, 2006, p. 33)
”
Ao se dar conta de tal fato, o general assegurou para si algumas pinturas de Aristides,
as quais enviou à Roma, como oferenda aos deuses, juntamente com algumas
estátuas. A partir de então, tornou-se prática comum a disputa entre as famílias nobres
pelos objetos gregos espoliados pelos exércitos romanos. Acredita-se que Roma
tenha espoliado a Grécia em uma escala equivalente às pilhagens napoleônicas. Os
objetos, que eram alvo do interesse dos romanos, pertenciam aos períodos clássico e
helenístico. Segundo Choay, são modelos que “servem para suscitar uma arte de viver
e um refinamento que só os gregos tinham. [...] Não se tratava de uma medida
reflexiva e cognitiva, mas de um processo de apropriação” (2006, p. 34).
Escultura
Contudo, entre os romanos, o tipo mais comum que encontramos de escultura são os
bustos das estátuas dos imperadores. Eles seguiam um certo padrão de
representação, mas o realismo das faces demonstram uma preocupação quase
psicológica no estudo dos modelos para a execução das imagens. O busto de Júlio
César (figura 29), por exemplo, não mostra a preocupação com o ideal da beleza na
representação. As marcas do tempo na sua face nos permitem acreditar que não
tenha sido um retrato idealizado. Perecebam aqui o desenvolvimento da
individualidade quando comparado ao busto de Alexandre que vimos em nosso tema
anterior sobre arte grega. Os romanos aprenderam as técnicas com os gregos, porém,
as utilizaram para suprir as necessidades administrativas da república, em um primeiro
momento, e do império com força total.
Tal como os gregos haviam feito nos seus templos, as narrativas dos grande feitos,
representadas em relevo, contribuíam para se perpetuar a memória do Império. Por
isso, duas formas muito comuns de arquitetura comemorativa eram adotadas pelos
romanos: os arcos triunfais e as colunas comemorativas. No arco de Constantino
(figura 30), situado próximo ao Coliseu, estão narradas nos relevos os sucessos
ocorridos na batalha da Ponte Mílvio, na qual Constantino derrotou o imperador
Maxêncio. É em comemoração a essa batalha que o arco foi construído.
Pintura
Durante muito tempo, o que tínhamos sobre a pintura romana era o que restava nas
ruínas em Roma. No entanto, uma descoberta arqueológica, feita por acaso, trouxe à
tona um universo desconhecido. As cidades italianas de Pompeia e Herculano ficaram
soterradas durante aproximadamente dezesseis séculos. No ano de 79 d.C., o vulcão
Vesúvio, localizado próximo a essas cidades, entrou em erupção. Toneladas de cinzas
e pedras vulcânicas foram lançadas sobre a cidade de Pompeia, preservando-a da
ação do tempo. Por causa dessa cápsula que protegeu a cidade, os painéis que
decoravam as residências foram preservados. As residências e as demais construções
mostraram-se de repente repleta de cores e imagens decorativas, permitindo-nos
observar a realidade pictórica decorativa que foi narrada por tantos da Antiguidade,
mas que não haviam sobrevivido para contar sua própria história.
As pinturas encontradas trazem desde naturezas-mortas, cenas com figuras humanas
nas mais diversas situações (figura 33), animais até decorações imitando elementos
arquitetônicos (figura 34), todas com cores vibrantes, alegres e com preocupações
harmônicas, que demonstram claramente a influência dos preceitos da arte grega.
Arquitetura
O Fórum Romano (figura 36) agregava diversas construções e era o principal centro
comercial da Roma imperial. Cabe lembrar que a utilidade dos edifícios vinha em
primeiro lugar para a administração romana. Ele abrigava as principais construções da
Roma antiga, entre eles diversos templos, basílicas, o tabulário, onde ficavam os
registros, os escritórios administrativos do governo romano e os arcos triunfais. Era o
centro político e econômico de Roma. As ruínas dos templos ainda impressionam pela
grandeza do conjunto, nos fazendo imaginar como deveria ter sido esse organismo
quando ainda pulsava vivo na conjuntura administrativa de Roma.
Figura 35 – Coliseu.
Figura 36 – Forum romano.
As construções deixadas pelos romanos figuram em todos os territórios nos quais eles
vieram a ocupar e simbolizavam o próprio poder civilizatório do império, capaz de levar
os ideais da civitas romana a todos os cantos do mundo conhecido.
Ampliando o foco
Resumo da Unidade
Ao naturalismo, que pode ser percebido nas pinturas das cavernas, seguiu-se a
ordem e a rigidez do frontalismo egípcio. Tudo o que era necessário para entender
uma cena, ou uma imagem, deveria ser colocado em sua representação. Os
egípcios colocavam em uma pintura tudo o que eles sabiam que existia naquela
cena, no ângulo ou vista, que melhor se adequava ao entendimento do objeto. Os
gregos aprenderam com os egípcios, mas aliaram aos elementos apreendidos a
observação da natureza. Eles glorificavam o homem por sua importância na
natureza, pois era nela que se encontrava a perfeição, sendo, portanto, a mestra
de todas as coisas. Daí o realismo, a fidelidade à representação do que se via.