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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. SIGNIFICADO DE ARTE ...................................................................................... 4
2.1 O que é a História da Arte .............................................................................. 6
2.2 História da Arte no Brasil................................................................................ 8
3. ESTÉTICA OU FILOSOFIA DA ARTE ................................................................ 10
3.1 Filosofia da Arte em Platão .......................................................................... 11
3.2 Filosofia da Arte em Aristóteles .................................................................... 13
3.3 O que é Estética na Filosofia ....................................................................... 13
4. CRÍTICA DE ARTE ............................................................................................. 22
4.1 Crítico de Arte .............................................................................................. 26
4.2 Crítica de Arte no Brasil ............................................................................... 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo
qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao se
esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira. Na história
da filosofia tentou se definir a arte como intuição, expressão, projeção, sublimação,
evasão, etc. Aristóteles definiu a arte como uma imitação da realidade, mas Bergson
ou Proust a veem como a exacerbação da condição atípica inerente à realidade. Kant
considera que a arte é uma manifestação que produz uma "satisfação
desinteressada".
De acordo com o Romantismo, Vitalismo, Fenomenologia, Marxismo, surgem
também outras e novas interpretações de "arte". A dificuldade de definir arte está na
sua direta relação e dependência com a conjuntura histórica e cultural que a fazem
surgir. Isso acontece porque quando um estilo é criado e estabilizado, ele quebra com
os sistemas e códigos estabelecidos.
A filosofia da arte, ou estética, é uma das disciplinas filosóficas que tem
merecido cada vez mais interesse, sobretudo em países de tradição analítica. Por
isso, é hoje possível encontrar, em língua inglesa, obras de filosofia da arte escritas
com grande rigor e profissionalismo. Rigor e profissionalismo que habitualmente
andam associados a disciplinas mais técnicas como a lógica, a epistemologia ou a
ética. Isso também começa a acontecer com as boas obras de introdução à filosofia
da arte que têm surgido ultimamente. São obras em que os principais problemas,
teorias e argumentos aparecem claramente formulados, discutidos e avaliados.
Crítica de arte diz respeito a análises e juízos de valor emitidos sobre as obras
de arte que, no limite, reconhecem e definem os produtos artísticos como tais. Envolve
interpretação, julgamento, avaliação e gosto. A crítica de arte nesse sentido específico
surge no século XVIII, num ambiente caracterizado pelos salões literários e artísticos,
acompanhando as exposições periódicas, o surgimento de um público e o
desenvolvimento da imprensa.
2. SIGNIFICADO DE ARTE
Figura 1
Fonte: Google
• 1ª Arte - Música;
• 2ª Arte - Dança / Coreografia;
• 3ª Arte - Pintura;
• 4ª Arte - Escultura / Arquitetura;
• 5ª Arte - Teatro;
• 6ª Arte - Literatura;
• 7ª Arte - Cinema;
• 8ª Arte - Fotografia;
• 9ª Arte - Histórias em Quadrinhos;
• 10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo;
• 11ª Arte - Arte digital.
2.1 O que é a História da Arte
Figura 2
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Arte na Pré-História
A Pré-História foi o primeiro período da evolução humana a deixar vestígios das
primeiras formas simbólicas da humanidade.
As formas pioneiras de expressão artística desta época são as pinturas
rupestres, onde os homens daquela época deixavam desenhado nas paredes das
cavernas onde viviam, sua forma de viver e ver o mundo e através destas pinturas
rústicas, registrou suas crenças e a maneira como percebia a natureza. Os vários
locais onde foram descobertas estas pinturas são chamados de sítios arqueológicos.
Outros elementos que também revelam a maneira de viver do homem pré-
histórico, e que podem ser considerados importantes vestígios históricos, são as
esculturas e artefatos feitos em osso, pedra ou madeira.
Arte na Antiguidade
Este período foi marcado pela descoberta da escrita e os egípcios foram os
mais influenciados por esta evolução.
A criação de símbolos e sinais hieróglifos são os destaques desta época. Suas
habilidades foram manifestadas através dos túmulos de faraós, estátuas de
divindades, e outros artefatos de seu cotidiano.
Os gregos também desenvolveram a aptidão por meio das pinturas,
monumentos e edificações, que tinham o homem como principal referencial, por ser
considerado o centro da perfeição.
Arte do século XX
Este período é marcado pelo surgimento de grandes tendências artísticas como
o expressionismo, fauvismo, cubismo, futurismo, abstracionismo, dadaísmo e
surrealismo, movimentos que representam muito para o mundo das artes. No decorrer
de cada uma destas expressões, grandes artistas surpreenderam e obras notórias
foram criadas.
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A história da arte no Brasil surgiu da mistura de outros estilos e tem início desde
o período da Pré-História, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo território.
Também se destaca a arte indígena, que é notada desde a época do descobrimento
do Brasil, com expressões artísticas muito características das tribos, como danças,
rituais, objetos, etc.
A chegada dos portugueses e dos europeus também trouxeram com eles
grandes transformações, como o estilo barroco, ligado ao catolicismo.
A pintura acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza
clássica, sendo que era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela
Academia de Belas Artes).
Já no início do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado
inicialmente pela Semana de Arte Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já
começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall (1891-1957) que contribui
para o Modernismo.
3. ESTÉTICA OU FILOSOFIA DA ARTE
Figura 4
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Figura 6
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De acordo com Jimenez, para Platão a arte grega assume, na civilização
ateniense, papel eminentemente político e pedagógico. Daí o filósofo grego olhar com
desconfiança a arte e os artistas e elencar uma série de critérios rigorosos a serem
obedecidos, pelos artistas, caso queiram permanecer na “cidade ideal” e não serem
expulsos. Tal expulsão dos poetas é relatada no livro III de A República, a exemplo:
os músicos que preferem o ouvido ao espírito. E isso se justifica haja vista a arte para
Platão, dever refletir o real, não a imitação das paixões e emoções humanas que, a
seu ver, deturpariam o real.
Para Platão, a pintura e a escultura eram as formas mais degradáveis da
mimese (imitação): cópia da cópia de cópia, e assim sucessivamente, de onde nunca
chegaríamos a conhecer a realidade primeira (essência) do real, mas cópias
imperfeitas de cópias.
A representação desse conceito platônico que distingue essência e aparência
no mundo das artes fica evidente na famosa obra do belga René Magritte (1898-
1967) “Isso não é um cachimbo”(Ceci n’est pas une Pipe) em que o artista faz questão
de relembrar a distinção entre a representação pictórica de um cachimbo e o próprio
cachimbo. Indo além, o filósofo Platão distinguiria ainda um outro nível de veracidade
que seria a ideia de cachimbo da qual surgiu o cachimbo instrumento para só depois
dar origem à obra do pintor Magritte. Daí o filósofo entender a pintura como cópia da
cópia de cópia, ou seja, uma simulacro da realidade presente no mundo inteligível.
No limite, O artista, para Platão, não faz nada mais do que duplicar a realidade
sensível já duplicada. Todavia, cumpre ressaltar que o filósofo não quer negar a arte,
pelo contrário, justamente por ver nessa a sua importantíssima função ele estabelece
critérios rigorosos para que os artistas produzam suas artes a serem exibidas na Polis.
Ainda de acordo com Jimenez, em Hípias Maior Sócrates ao interrogar O que
é o belo? Chega à conclusão que não sabe defini-lo em si mesmo, haja vista o belo
em si não pode ser encontrado no mundo sensível, mas habitar o suprassensível. O
belo imanente (sensível) é para Platão um simulacro, cópia debilitada da realidade.
Isso, impõe-nos um problema: como detectar o belo se o que nos é apresentado é
apenas fragmentos frágeis do denominado belo em si presente no mundo
suprassensível? Uma pergunta certamente retórica, mas que pode conduzir a
profundas reflexões sobre a relação do homem contemporâneo com a criação
artística.
3.2 Filosofia da Arte em Aristóteles
Figura 7
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Figura 9
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Em seu livro A República, Platão deixa claro que na formulação de sua cidade
ideal, a poesia grega seria afastada da formação dos homens por desvirtuar os
indivíduos.
Em Aristóteles, há a compreensão de arte como técnica destinada à produção.
O filósofo busca definir os termos gregos: práxis (ação), poiesis (criação)
e techné (regras e procedimentos para se produzir algo).
Sendo assim, passa a ser entendido como arte, tudo o que passa por essas
três dimensões, todo o tipo de trabalho e tudo aquilo que produz algo novo.
Entretanto, há uma forte hierarquia entre as artes gregas. As artes da razão,
que trabalham com o intelecto, são entendidas como superiores às artes mecânicas,
que trabalham com as mãos.
O trabalho com as mãos é compreendido como um trabalho menor,
desvalorizado, destinado aos escravos. Cabia ao bom cidadão grego as atividades do
intelecto como a matemática e a filosofia.
Figura 11
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Definiu-se, então, um campo relativo às sete artes (pintura, escultura,
arquitetura, música, dança, teatro e poesia) ou, belas artes. Essa concepção de arte
se mantém até os dias atuais, apesar de terem surgido novas formas de expressão
artística (fotografia, cinema, design, etc.).
Baumgarten e a Origem da Estética
O filósofo alemão Alexander Baumgarten inaugurou a estética como área de
conhecimento da filosofia. Buscou compreender os modos de reprodução da beleza
pela arte.
Em boa parte, isso se deu pelo fato da arte ter se estabelecido como um ato de
produção que pode estar associada a um valor econômico.
Para atribuir um valor a uma obra é necessária uma compreensão da arte que
vai além do simples gosto. Baumgarten buscou estabelecer regras capazes de julgar
o valor estético da natureza e da produção artística.
As bases definidas pelo filósofo propiciaram que ao longo do tempo a arte fosse
concebida para além de sua relação com a beleza. A arte passa a se relacionar com
outros sentimentos e emoções, que influenciam a identificação do que é belo e de seu
valor.
Kant e o Juízo de Gosto
O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) propôs uma importante mudança no que
diz respeito à compreensão da arte. O filósofo tomou três aspectos indissociáveis que
possibilitam a arte como um todo.
É a partir do pensamento do filósofo que a arte assume o seu papel como
instrumento de comunicação. Para ele, a existência da arte depende de:
• O artista, como gênio criador;
• A obra de arte com sua beleza;
• O público, que recebe e julga a obra.
Kant desenvolve uma ideia de que o gosto não é tão subjetivo como se
imaginava. Para haver gosto, é necessário que haja educação e a formação desse
gosto.
O artista, por sua vez, é compreendido como gênio criador, responsável por
reinterpretar o mundo e alcançar a beleza através da obra de arte.
Seguindo a tradição iluminista, que busca o conhecimento racional como forma
de autonomia, o filósofo retira a ideia do gosto como algo indiscutível. Ele vai contra a
ideia de que cada pessoa possui o seu próprio gosto.
Para Kant, apesar da subjetividade do gosto, há a necessidade de universalizar
o juízo de gosto a partir da adesão de outros sujeitos a um mesmo julgamento.
O filósofo buscou resolver essa questão através da ideia de que para alguma
coisa ser considerada bela, é necessário antes, compreender o que ela realmente é.
Sendo assim, a educação seria responsável pela compreensão da arte e, a partir daí,
a formação do gosto.
A Liberdade Guiando o Povo (1830), EugèneDelacroix. O quadro remonta o
espírito da Revolução Francesa, inspirado pelo Iluminismo e que influenciou as artes,
a política e a filosofia.
Figura 12
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O juízo de gosto une a universalidade da apreciação da beleza às
singularidades e particularidades do artista, da obra e do público.
Escola de Frankfurt
Um importante ponto de mudança no estudo da estética foi introduzido por uma
série de pensadores da Universidade de Frankfurt, na Alemanha.
Dentre esses pensadores destacam-se Walter Benjamin, Theodor Adorno e
Max Horkheimer, que influenciados pelo pensamento de Karl Marx, tecem duras
crítica ao capitalismo e seu modo de produção.
A partir desse pensamento, Walter Benjamin (1892-1940) publica uma
importante obra chamada A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade
Técnica (1936).
Nela, o filósofo afirma que a possibilidade de reproduzir obras de arte faria com
que ela perdesse sua "aura" de originalidade, unicidade e de exclusividade das
aristocracias.
Essa mudança poderia permitir o acesso à obra de arte pela classe
trabalhadora, que antes estaria completamente excluída.
Por outro lado, dentro do sistema capitalista, a reprodução técnica da arte
centraria seus esforços no lucro gerado pela distribuição massiva de reproduções. O
valor da obra é transportado para sua capacidade de ser reproduzida e consumida.
Benjamin chama a atenção para o apelo à exposição e fala sobre uma nova
forma de cultura que busca reproduzir a estética da arte. A política e a guerra, por
exemplo, passam a suscitar emoções, e paixões, que antes eram próprias da arte,
através da propaganda e dos espetáculos de massa.
Esse tipo de força estética pode ser observado na propaganda, nas paradas
militares e nos discursos que continham uma multidão de pessoas presentes
realizados pelo partido nazista.
Folheto de propaganda da Exposição “Arte degenerada” em 1938. Nela,
nazistas ridicularizavam a arte moderna e expunham concepções estéticas proibidas.
Figura 13
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Com o fim da segunda guerra mundial, o nazismo foi derrotado, mas sua forma
de propaganda e a massificação de elementos estéticos permaneceu e desenvolveu-
se na chamada indústria cultural.
A Estética nos dias de Hoje
A estética, desde sua relação com o belo entre os gregos, sua definição como
área do conhecimento por Baumgarten, até os dias de hoje, vem se transformando e
buscando compreender os principais fatores que levam os indivíduos a possuírem um
"pensamento estético".
A filosofia e a arte encontram-se na estética. Muitos são os pensadores que,
ao longo do tempo, fizeram essa união como modo de compreender uma das
principais áreas de conhecimento e atividade humana.
Hoje em dia, boa parte das teorias estéticas são produzidas, também, por
artistas que visam unir a prática e a teoria na produção do conhecimento.
É o caso de Ariano Suassuna (1927-2014), dramaturgo, poeta e teórico da
estética. No vídeo abaixo, ele fala do valor da arte popular e sua relação com a
dominação cultural.
4. CRÍTICA DE ARTE
Figura 14
Fonte: Google
Figura 15
Fonte: Google
Figura 16
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REFERÊNCIAS
JIMENEZ, Marc. O que é estética?Marc Jimenez; tradução Fulvia M. L. Moretto. São
Leopoldo, RS: Ed. UNISINOS, 1999.
CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla.
2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GRASSI, Luigi & PEPE, MARIO. Dizionariodella critica d'arte, vol.1. Torino, UTET,
1978, 288 pp., ilp&b, color.