Você está na página 1de 57

Índice

Enquadramento da Área de Cultura, Língua e Comunicação Pág. 3


Objectivos Gerais Pág. 7
Objectivos Específicos Pág.8
Benefícios e condições de Utilização do Manual Pág. 11
Introdução Pág.12

DR1 – Construção e Arquitectura Pág. 13

O lar Pág. 13

O Bairro Pág. 14

Direito à habitação e qualidade de vida Pág. 17

Planeamento urbano e Espaços Verdes Pág. 19

Obras em casa Pág. 21

Empreitadas Pág. 21

DR2 – Ruralidade e Urbanidade Pág. 26

Património Cultural Pág. 26

Património Urbano Pág. 28

Património Rural Pág. 28

Cesário Verde Pág. 29

“Num bairro Moderno” Pág. 30

Binómio Cidade/ Campo Pág. 36

Profissionais de Turismo Pág. 37

Literatura tradicional de transmissão oral Pág. 38

DR3 – Administração, Segurança e Território Pág. 40

1
Equipamentos Culturais Pág. 40
Teatros e cine-teatros Pág. 43

Redes de equipamentos culturais Pág. 44

Equipamentos culturais, ordenamento e coesão do território Pág. 46

Informação institucional – sinalização turístico-cultural Pág. 46

Informação institucional - legislação Pág. 47

DR4 – Mobilidades Locais e Globais Pág. 48

Imigração e Emigração Pág. 48

O Português no mundo Pág. 52

Conclusão Pág. 57

Bibliografia Pág. 58

Enquadramento da Área de Cultura, Língua e Comunicação

2
A Área de Cultura, Língua, Comunicação está estruturada segundo as necessidades e
as aquisições do indivíduo adulto, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida.
Orienta-se, pelos princípios de adequação e relevância, isto é, valoriza as aprendizagens
significativas para o projecto de vida do adulto, a partir do reconhecimento pessoal dessas
aprendizagens, orientando-as e organizando-as de modo a facilitar os processos de validação
e formação. É aos princípios de adequação e relevância que deve obedecer, por exemplo, a
construção de um texto utilitário ou a organização de um curriculum vitae, onde constarão,
obviamente, as aprendizagens significativas que favorecem a finalidade com que o mesmo é
elaborado. A adequação e relevância referidas pressupõem a existência de abertura e
flexibilidade na abordagem das motivações pessoais para o reconhecimento, bem como na
organização das respostas à satisfação das necessidades de formação dos adultos.

Cultura, Língua, Comunicação


Cultura refere-se, nesta Área, às práticas de produção e recepção em diversos campos,
incluindo desde os domínios comummente designados ‘clássicos’ – música, artes visuais,
dança, teatro, livro, património – a outros como as actividades socioculturais, os media e as
indústrias culturais. O acesso aos bens culturais encontra-se estreitamente relacionado com
competências individuais, resultantes de um conjunto de recursos entre os quais se destaca a
escolaridade, e com as condições que as intervenções públicas, enquadradas pelas políticas
culturais, conseguem implementar. Perspectivada como factor de desenvolvimento, a cultura
constitui um sector cujo funcionamento é potenciado na articulação com outros – como a
educação, a ciência ou a economia – devendo, pois, ser encarado de forma integrada. O
estatuto de maior relevância adquirido em Portugal pela cultura, nas décadas mais recentes,
entre as incumbências das administrações públicas tem colocado em crescente evidência
variadas dinâmicas que atravessam o sector, em torno de questões como, designadamente, a
qualificação do emprego no sector cultural e a sensibilização para a cultura e as artes.

É de sublinhar que a Língua tem um papel fulcral e único na dinâmica


social, pois é um elemento
3
forte da identidade do indivíduo na sua relação com os outros. Ser competente em língua1
contribui só para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural do indivíduo, mas também
para o intercâmbio de ideias entre os cidadãos, na construção de uma sociedade democrática
e pluralista. Tal não significa que o desconhecimento da língua deva levar ao ostracismo social,
pelo contrário, deve ser o ponto de partida para maior acesso à informação (e às
qualificações), intensificando-se as aprendizagens, de forma a se desenvolverem as
competências necessárias para que um cidadão saiba agir linguisticamente com consciência,
participando na sociedade e expondo claramente as suas ideias. Deste modo, é importante que
a pessoa tenha presente os níveis em que a língua pode ocorrer: o linguístico-instrumental, em
que a língua serve para falar de outros objectos; o propedêutico, possibilitando o acesso a
outros conhecimentos, ciência, tecnologia ou arte (onde estão incluídos os mais diferentes
usos da língua, como por exemplo, os lúdicos e os estéticos) e o nível metalinguístico, em que
a língua se assume como objecto de análise.
Para comunicar, as pessoas mobilizam estrategicamente, com as respectivas práticas,
as suas competências em diferentes contextos, a fim de concretizarem as suas intenções
comunicativas, as quais se relacionam mais especificamente com a Língua e conduzem a
processos de recepção e de produção de textos significativos, referentes a temas que se
enquadram nos domínios em que se organiza a vida social.
Assim, para a participação nos eventos comunicativos, não basta um sistema exclusivamente
linguístico, isto é, o falante, utilizador de uma língua, move-se igualmente num sistema de
acção social e é portador de um código cultural enraizado socialmente que interpreta as
realidades a que se refere.
Na impossibilidade de se descreverem os vários ângulos (e teorias) sob os quais pode
ser vista a comunicação (linguístico, psicológico, sociológico, artístico…), esta engloba
diferentes linguagens, não só a escrita e a falada, mas também todas as outras linguagens que
fazem parte da comunicação humana, como a matemática, a tecnológica, a pictórica, a
musical, a teatral, a gestual (dança) e, duma forma geral, todas as linguagens artísticas.

A comunicação como campo transversal a diferentes saberes


ultrapassa a mera troca de
4
mensagens; interliga fortemente arte, ciência, teoria e prática. Em sentido restrito, comunicação
pressupõe ainda um sujeito falante e implica fenómenos que estão ligados à transmissão de
mensagens inseridas nos domínios em que se desenrolam as situações de comunicação, e em
particular a interpretação e apropriação de conteúdos e lógicas predominantes nos media.

Língua e línguas
De acordo com as orientações do Conselho Europeu, “cada cidadão europeu deve
possuir competências de comunicação suficientes em pelo menos duas outras línguas, para
além da sua língua materna”, pelo que, nesta perspectiva, o quadro da aprendizagem exclusiva
de uma língua franca se torna redutor e contrário ao espírito da promoção da diversidade
(Comissão das Comunidades Europeias, 2003).
Neste sentido, é de notar a mudança de paradigma e a consequente promoção do
plurilinguismo e pluriculturalismo2. Estas concepções abrangem não só as competências e
capacidades para comunicar com os outros, mas também a abertura, a curiosidade e o gosto
pela aprendizagem de línguas e de culturas.
Neste âmbito, é fundamental para todos a aprendizagem de várias línguas, ao longo da
vida, incluindo os indivíduos que têm necessidades de aprendizagem especiais, e para os
quais é necessário aperfeiçoar e/ ou construir materiais.
A aprendizagem e a comunicação em línguas realiza-se pelas actividades linguísticas,
em diferentes sectores da vida social, como são exemplo as relações familiares, profissionais,
educativas ou de natureza pública (como a área administrativa ou de negócios). As actividades
linguísticas de escrita e de oralidade mobilizam competências, especificamente a competência
comunicativa que inclui outras componentes como a linguística, a sociolinguística e a
pragmática. O aprendente ou utilizador de uma língua mobiliza diversos tipos de
conhecimentos e de habilidades referentes às diversas competências, os quais ultrapassam
largamente os conhecimentos e saberes (lexicais, gramaticais, semânticos, fonológicos,
ortográficos, ortoépicos), incluídos na competência linguística.

O termo Língua que ocorre na Área Cultura, Língua, Comunicação é


tomado em sentido lato, entendido como o desenvolvimento de

5
competências em vários códigos linguísticos, reflectindo estas o percurso social e biográfico do
indivíduo adulto.
Para o falante de língua materna, Língua envolve não só a sua própria língua, no nosso
caso a língua portuguesa, mas também todas as outras línguas nas quais o adulto tem ou
deseja adquirir competências. Para o falante não nativo a língua portuguesa assumirá o
estatuto de língua segunda. Para o desenvolvimento de competências em línguas, considera-
se que, no caso dos adultos, as línguas a aprender devem corresponder à análise das suas
necessidades comunicativas. O plurilinguismo não descreve competências fixas, sendo
essencial a progressão das mesmas, o que significa a existência de um sistema operatório que
permita ao adulto a continuidade da aprendizagem das línguas em que se iniciou.
Apesar de não constituir regra, é, frequentemente, por razões profissionais, que os
indivíduos adultos se sentem mais motivados para aprender novas línguas que não a(s)
materna(s), sendo ainda de considerar razões sociais e afectivas, com vista ao
estabelecimento do contacto com outros falantes. De notar ainda que as competências que os
adultos desenvolvem em línguas não são geralmente equivalentes para cada uma delas,
prevendo-se mesmo que raramente seja necessário ter proficiência semelhante para todas.
Também neste aspecto a Área Língua, Cultura, Comunicação está estruturada tendo em
conta as aquisições e necessidades dos adultos envolvidos nos processos de reconhecimento
e validação de competências, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, o que faz
com que este Referencial seja dimensionado como um instrumento flexível e em permanente
construção, num esforço de centragem em percursos individuais de aprendizagem e,
consequentemente, de transformação permanente dos indivíduos.

CLC 6 – Culturas de Urbanismo e Mobilidade: Intervir em questões


relacionadas com
6
mobilidade e urbanismo, mobilizando recursos linguísticos e comunicacionais no
reconhecimento das funcionalidade dos diversos sistemas de ordenamento, da existência de
planeamento urbano, das oportunidades de trabalho em contextos rurais e urbanos e do
enriquecimento cultural que os fluxos migratórios geram, interpretando-os como factores que
reforçam a qualidade de vida.

Objectivos Gerais

􀁹 Recorre a terminologias específicas no âmbito do planeamento e ordenação do território,


construção de edifícios e equipamentos.

􀁹 Compreende as noções de ruralidade e urbanidade, compreendendo os seus impactos no


processo de integração socioprofissional.

􀁹 Identifica sistemas de administração territorial e respectivos funcionamentos integrados.

􀁹 Relaciona a mobilidade e fluxos migratórios com a disseminação de patrimónios linguísticos


e
culturais

Objectivos específicos

7
DR1 - Construção e arquitectura: As Obras

− Compreender a importância da habitação para o ser humano;

− Reconhecer condições habitacionais ligadas à qualidade de vida e a práticas de lazer;

− Identificar funções do bairro;

− Relembrar as noções de campo lexical e de campo semântico;

− Compreender o conceito de habitação e sua evolução;

− Identificar diferentes necessidades em termos do desenvolvimento de zonas verdes;

− Compreender o conceito de habitação e sua evolução;

− Identificar diferentes necessidades em termos do desenvolvimento de zonas verdes;

− Conhecer diferentes passos necessários à planificação e execução de uma obra e instruções


a fornecer a operários e técnicos especializados;

− Descodificar alguma terminologia específica da construção civil.

DR2 -  Urbanidade e Ruralidade

8
− Reconhecer variantes de património cultural;

− Distinguir património urbano de património rural;

− Interpretar poemas de Cesário Verde, assinalando recursos expressivos e linguísticos;

− Pesquisar contos e outros textos específicos da região onde se insere;

− Debater a importância de contos tradicionais para a preservação de tradições e dinamização


regional;

− Caracterizar actividades profissionais relacionadas com Turismo;

− Identificar regionalismos e aprofundar a importância de diferentes usos da língua na


integração socioprofissional.

DR3 - As redes de equipamentos

− Identificar diferentes redes de equipamentos culturais;

− Compreender as funções das redes de equipamentos culturais;

− Identificar instrumentos de coesão e ordenamento do território;

− Descodificar informação a nível da sinalização turístico-cultural;

− Compreender informação institucional veiculada pela legislação.

DR4 - Mobilidades Locais e Globais

9
– Distinguir os conceitos de imigração e de emigração;

– Reconhecer Portugal como país multicultural;

– Compreender a importância de cada cidadão no acolhimento solidário aos imigrantes;

– Reconhecer a importância da língua portuguesa no mundo;

– Reconhecer a língua portuguesa como elemento fundamental de relacionamento entre


pessoas de diferentes origens e como factor de integração;

– Conhecer a biografia do escritor moçambicano Mia Couto;

– Identificar características do português do Brasil e de Moçambique;

– Identificar neologismos e seu processo de formação.

Benefícios do manual

10
Este manual destina-se a apoiar os formandos/as no processo ensino -aprendizagem,
tentando condensar os conteúdos do módulo CLC 6 de uma forma clara e pouco exaustiva.
O objectivo é facilitar a compreensão da inter-relação entre conceitos e temas de modo
a colmatar, ou pelo menos a diminuir, dificuldades básicas sentidas pelos formandos/as,
nomeadamente a correcta selecção da informação e sistematização de conhecimentos e a
organização do seu estudo. Pretendemos assim, orientar e rentabilizar a compreensão dos
conteúdos do módulo.

Condições da utilização do Manual

O manual destina-se ao uso exclusivo dos (as) formandos(as) do curso de Higiene e


Segurança no Trabalho, sendo proibida a reprodução parcial ou integral do mesmo, sem a
autorização das autoras.

Introdução

11
Este manual conclui o nosso projecto de construção de um instrumento de trabalho de
apoio ao módulo de CLC6 – Culturas de Urbanismo e Mobilidade.
Desde o início que estivemos conscientes da especificidade do módulo na medida em
que traduz e concretiza um saber multidisciplinar porque convoca várias áreas do saber e os
seus contributos: Língua Portuguesa, Geografia, História, Sociologia, Formação Cívica e
Filosofia; transdisciplinar porque é motivador das relações de colaboração entre todas estas
áreas do saber.
Mas também pretendemos ir ao encontro dos nossos formandos quando foi feita a
escolha dos textos, havendo uma clara aposta nos mesmos, cujo conteúdo deu origem a
alguns debates.
Acreditamos que os conteúdos do módulo de CLC6 foram interiorizados pelos nossos
formandos.
A sua sequência e distribuição pelos quatro DR (DR1 - Contexto Privado; DR2 –
Saberes, Poderes e Instituições e DR4 – Estabilidade e Mudança) foi uma proposta que
fizemos, convictas de que, mesmo em momentos diferentes estamos a desenvolver todos os
conteúdos do módulo.
As Culturas de Urbanismo e Mobilidade – CLC6 mobilizam uma visão multidisciplinar
tendo em conta os problemas que pretende clarificar e aprofundar, na perspectiva de que
alguns dos nossos formandos possam ter em vista, a médio prazo, o ingresso no mercado de
trabalho.
Os grandes temas tratados foram: questões culturais que envolvem o planeamento e
ordenamento do território, a comunicação nos processos contemporâneos de mobilidade
humana e intervenção urbanística e a língua como suporte indispensável à gestão e à
intervenção no urbanismo e na mobilidade.

12
Textos de apoio retirados da compilação de comunicações – “Viver (N)a Cidade”

O lar:
Todo o ser humano vive num espaço privilegiado que constitui a "sua casa" e que
designamos de maneira geral pelo termo de lar. Esta palavra, que tem uma forte ressonância
emocional e social, evoca para cada um o facto de, entre todos os espaços, um deles ser mais
que todos os outros, o seu lugar de vida.

FISHER, Gustave-N., Psicologia Social do Ambiente,Lisboa, Instituto Piaget, 1994 (adaptado).

- A simbologia da casa, tal como árvore, a cidade, e o centro, está associada ao centro do
mundo, já que ela é uma espécie de redoma dos indivíduos que se movimentam e organizam a
sua vida a partir do lar. A casa é também uma espécie de reflexo do universo, pois constitui
uma unidade, um todo, um conceito espacial, físico, emocional e psicológico. A sedentarização
trouxe a forma quadrada às casas, definindo-lhe uma posição relativamente aos quatro pontos
cardeais e situando-as no espaço. Algumas pessoas vivem em casas espaçosas, outras em
imóveis colectivos barulhentos ou em loteamentos abarracados, outras em casas de campo,
cada um vive condicionado pelo espaço condicionado a sua categoria social.

1- Reflicta sobre o conceito de lar e a importância deste na vida das pessoas.


2- Comente a frase: “Cada um vive condicionado pelo espaço condicionado a sua
categoria social.”

A casa ideal

13
1- Ao construir uma casa pretendemos uma maior qualidade de vida, aliada a práticas de
lazer. Estabeleça as associações correctas.

a) Cozinha fresca e equipada


b) Piscina exterior
c) Jardim 1) Quartos amplos e arejados
d) Lavandaria 2) Práticas de lazer
e) Casa de banho completa com banheira
f) Sala de leitura
g) Quartos amplos e arejados

O bairro
O bairro é uma área determinada, delimitada no território, que surge de forma espontânea ou
de forma planificada. A sua localização obedece a factores de natureza geográfica, social,
política, ambiental, etc., existindo bairros do centro histórico e bairros exteriores ao perímetro
inicial da cidade.
Os bairros apresentam uma certa unidade que lhes confere determinadas características
(arquitectura, cor, população…), gerando uma certa homogeneidade em relação aos seus
habitantes. São a ligação privilegiada da cidade com a sua área de envolvência, podendo ser
efectivamente aceleradores da expansão desta em termos de valores e comportamentos.
Podem aproximar o campo da cidade, ou, por outro lado, travar ou impedir o processo de
relacionamento da cidade com aquilo que se situa à volta dela.
Num bairro de origem urbana (população que sai da cidade) essas situações são de
interrupção entre a cidade e o campo. Num bairro de origem rural, a situação é de aproximação
em relação à cidade.

1- Reflicta sobre a importância do conceito de bairro e apresente as suas diferenças em


relação à aldeia/ vila/ cidade.

14
2- Leia as pistas e descubra quatro palavras na sopa de letras.

3- Campo lexical e campo semântico

Campo Lexical Campo Semântico


Conjunto de palavras Conjunto dos significados que uma palavra
15
associadas, pelo seu significado, a um pode ter nos diferentes contextos em que se
determinado domínio conceptual. encontra.
O conjunto de palavras "jogador", "árbitro", Campo semântico de "peça": "peça de
"bola", "baliza", "equipa", "estádio" faz parte automóvel", "peça de teatro", "peça de
do campo lexical de "futebol". bronze", "és uma boa peça", "uma peça de
carne", etc.

3.1 - Construa o campo lexical dos termos dados, reescrevendo os elementos nos
respectivos locais.

Praceta lojas jardim hospital avenida igreja rua vivendas prédios


escola

Tribunal palacete vivenda barraca moradia palhota apartamento prédio


solar

Cidade Habitação

3.2 - Após leitura atenta do texto, proceda ao levantamento dos vocábulos


pertencentes ao campo semântico de casa e coloque-os no círculo.
A pequena cidade luz em todo o seu esplendor. No
cimo da colina, destaca-se um solar antigo, rodeado de
16
árvores frondosas, e no seu sopé, um aglomerado de pequenas vivendas e pequenos edifícios
de apartamentos, pinta a paisagem das mais diversas cores. Sobressai o amarelo de um
palacete que já não alberga nobres moradores, mas cumpre nobres desígnios: É casa do
Povo, é casa de Espectáculos, é Casa da Cultura, é Casa Museu, é Casa de todos.

Direito à Habitação e Qualidade de Vida


Constituição da República Portuguesa
A Constituição é a lei fundamental que regula os direitos e garantias dos cidadãos e define a
organização política de um Estado. É, assim, a estrutura jurídica basilar de um determinado
país. Na medida em que os preceitos constitucionais são a referência de todo o sistema político
de um Estado, as leis ordinárias são-lhes subordinadas e não podem contradizê-los nem
alterá-los. A conformidade das leis ordinárias à Constituição é salvaguardada por órgãos
competentes (no caso português, na actualidade, pelo Tribunal Constitucional) e a revisão do
diploma fundamental tem que obedecer a determinadas formalidades, definidas na própria
Constituição.

Segundo a Constituição da República Portuguesa, todos têm o direito, para si a para a


sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e
que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar; todos têm direito

17
a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
(Art, 65º e 66º)

Habitação é, desde os primórdios, o abrigo utilizado pelo homem como protecção das
ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como o lugar em que se habita, o
termo confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa,
apartamento... Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente
material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade".
A habitação pressupõe construção, estando a sua configuração dependente de factores
como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por determinado grupo e
respectivas concepções de planeamento e arquitectura, em função das actividades
económicas, do estilo de vida e dos padrões culturais. Nas grandes construções imperam o
ferro e o cimento, o que leva ao surgimento de novas concepções arquitectónicas, enquanto as
técnicas de refrigeração e de calefacção de ambientes tornam a casa, principalmente a urbana,
imune aos efeitos climáticos.
As habitações urbanas tornam mais evidentes as diferenças sociais. Os padrões de
vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com habitações de luxo edificadas
muitas vezes perto de habitações extremamente pobres, na sua maioria clandestinas.

4- Classifique as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F).


Afirmações Verdadeiro Falso
a) Nos tempos antigos, a habitação era sinónimo de abrigo.
b) Segundo a ONU, a família deve desenvolver-se na habitação.
c) A configuração da habitação é, habitualmente, homogénea.

Afirmações Verdadeiro Falso


d) A construção é levada a cabo em função
de algumas actividades, nomeadamente
a económica e a social.
18
e) Uma das funções da calefacção de ambientes é permitir a entrada
do ar exterior nas casas.
f) Nas cidades não são evidentes as diferenças arquitectónicas
ligadas ao factor social.
g) O contraste visual e estrutural das várias habitações urbanas
realça o fosso existente entre as várias classes sociais.

Planeamento Urbano e Espaços Verdes

Um aspecto importante do planeamento urbano sustentável é a provisão de espaços


verdes a várias escalas. Espaços de recreio, parques e jardins nas áreas urbanas e espaços
livres periféricos, com fins múltiplos, reduzem a poluição, criam zonas de vida selvagem e
tornam o campo acessível aos habitantes das cidades. Também contribuem para a saúde
física, social e psicológica dos indivíduos e da comunidade.
Os jardins e outros espaços verdes proporcionam descontracção visual e física em
relação, por vezes, ao espaço confinado existente dentro do edifício. Caso o terreno tenha
limitações de espaço, existem opções que podem ser exploradas, nomeadamente varandas,
terraços, coberturas ajardinadas ou pátios. O desenho dos espaços verdes deverá tirar partido
da paisagem, da água e da vegetação, para modificar a qualidade do ar e as condições de
ruído, vento e abrigo, luz e sombra, proporcionando as melhores condições para os utilizadores
dos edifícios e dos bairros.

Constituição da República Portuguesa


(...)

19
1. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável,
incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvimento e a participação
dos cidadãos:
b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta localização
das actividades, um equilibrado desenvolvimento sócio-económico e a valorização da
paisagem;
(...)

Constituição da República Portuguesa, Artigo 66º

5- Após leitura do texto, faça corresponder aos cinco elementos da coluna da


esquerda, cinco elementos da coluna da direita, de modo a obter afirmações
verdadeiras.

a) No 2º período do 1º parágrafo, 1- …Desempenha a função sintáctica


de predicativo do sujeito.
b) Com a utilização do conector "para", 2- …Desempenha a função sintáctica
na segunda oração do último período de complemento indirecto.
do texto,
c) No 2º período do último parágrafo... 3- …O enunciador apresenta a
finalidade do exposto anteriormente.
d) A expressão "é a provisão de espaços 4- …O enunciador introduz uma
verdes a várias escalas" (1º período afirmação em que todos os
do texto)... elementos têm estatuto semelhante.
e) A expressão "aos habitantes das 5- …São apresentadas eventuais
cidades" soluções para um caso hipotético

20
Obras em casa

Caderno de Encargos
Conjunto de especificações técnicas, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo
contratante para a contratação, execução, fiscalização e controle dos serviços e obras. Define
a responsabilidade da execução e/ou construção da obra por parte do construtor e/ou empresa
de construção depois de adjudicada.

A casa tem uma grande influência na qualidade de vida dos seus habitantes, no que
respeita ao desenho das divisões, ao método utilizado na construção e á escolha dos
materiais. Infelizmente São inúmeros os danos que com o tempo acabam por ser visíveis, tais
como fissuras e rachas na fachadas, pinturas que sofrem a erosão, terraços e coberturas com
infiltrações de água, piscinas que perdem água, danos causados por infiltrações de água
dentro da casa, divisões a entrar em colapso, revestimentos a descascar, pavimentos mal-
fixados e peças de madeira em decomposição. Uma das principais razões para a actual
situação, é para além da falta de formação e conhecimentos, a existência de cadernos de
encargos pouco objectivos e detalhados. Procure proteger-se da falta de qualidade e dos
encargos excessivos quando construir a sua casa ou quando decidir fazer obras de
remodelação.

Empreitadas
Quando decidir fazer obras em casa, peça conselhos ou solicite acompanhamento de
pessoas que tenham experiência no ramo da construção civil, evitando desta forma que seja
confrontado no futuro com situações menos agradáveis. Antes de iniciar, é necessário que
defina a modalidade de contrato que vai acordar com o empreiteiro (empresa de construção
civil). Tradicionalmente existem três formas de contrato de empreitada que pode acordar com
uma empresa de construção, nomeadamente:

21
Contrato por preço global:

O preço é previamente fixado para a globalidade do trabalho a executar. Só é possível


contratar obras neste regime quando não existem dúvidas sobre a quantidade final do trabalho.

Pontos positivos:
Sabe desde o início quanto vai gastar e o risco recai sobre o empreiteiro.

Pontos negativos:
Para cobrir o risco o empreiteiro tende a apresentar um preço mais alto e é necessário
verificar se o empreiteiro considerou todos os trabalhos da obra no contrato (para evitar
trabalhos extra).

Contrato por administração directa:


Optando-se por executar obras por administração directa, o empreiteiro apresenta todos os
custos que teve para executar o trabalho (mão-de-obra incluindo encargos sociais, transportes,
materiais, almoços, telefones, etc.) acrescidos de uma percentagem (15 a 20%), para gestão
da obra e lucro.

Pontos positivos:
Só paga o que realmente se gastou.

Pontos negativos:
Requer a sua própria disponibilidade para controlar custos apresentados pelo empreiteiro e é
difícil saber quanto vai gastar.

22
Contrato por série de preços:
Só se aplica este tipo de contrato quando não existe a certeza da quantidade de trabalho a
executar. O empreiteiro apresenta os preços por tarefa (por exemplo: pintura − 4 euros por
m2). O valor final que terá de pagar será função da quantidade real do trabalho executado pelo
que obriga a quantificar os trabalhos executados.

Pontos positivos:

Só se paga um trabalho se for realmente executado.

Pontos negativos:

Não há certezas quanto ao valor total da obra.

Outros tipos de contrato:

- Contrato por administração de preços;

- Contrato à tarefa.

As obras a executar em casa podem ser obras de remodelação profundas ou simples.


São profundas quando obrigam a alterar elementos que suportam os edifícios (vigas, pilares,
etc.), demolir e construir novas paredes. São obras simples as que não apresentam dificuldade
de maior (substituir sanitários, móveis de cozinha, envernizar pavimentos de (substituir
sanitários, móveis de cozinha, envernizar pavimentos de madeira, pinturas, etc).

23
Peça auxílio a um técnico devidamente habilitado: um engenheiro, um arquitecto ou um
construtor civil.
 Nunca faça alterações da estrutura do edifício sem licença da Câmara Municipal.

 Peça orçamentos a vários empreiteiros (referira que a proposta abarca o prazo de execução
da obra, condições de pagamento, garantia dos trabalhos, etc).
 Depois de analisar as propostas, adjudique os trabalhos e celebre um acordo com o
empreiteiro escolhido.
 Quando encontrar defeitos comunique-os por escrito indicando o prazo para a sua
correcção, findo o qual deve accionar os meios acordados para garantir o cumprimento
contratual.
 Após a aceitação dos trabalhos, inicia-se a contagem da garantia da obra, normalmente
cinco anos.

Glossário de construção

6- O vocabulário pode ser difícil de decifrar! Estabeleça as correspondências


correctas.

a) Longarina 1) Conjunto de colunas de sustentação do edifício que deixa


livre o pavimento térreo.
b) Alicerce 2) Cavidade subterrânea, geralmente de cimento, onde os
esgotos são acumulados.
c) Pilotis 3) Viga de sustentação em que se apoiam os degraus de
uma escada.
d) Vidro temperado 4) Conjunto de medidas que impedem a infiltração de água
na estrutura construída.
e) Fossa séptica 5) Aquele que passa por um tratamento especial de
aquecimento e arrefecimento rápido para se tornar mais
resistente.
f) Impermeabilizaçã 6) Conjunto de estacas e sapatas responsáveis pela
o sustentação.
g) Fibrocimento 7) Material que resulta da união do cimento com

24
fibras.

Património Cultural
25
Quando falamos de património cultural, falamos de edifícios, zonas e outros bens
naturais de determinado país que são protegidos e valorizados pela sua importância cultural. A
noção mais completa e abrangente de património é a que compreende os elementos que
persistiram de épocas passadas, prova de formas de vida, de cultura, de
sociedade e de civilização que são basilares para o homem
actual se referenciar e encontrar a sua identidade.

Património
cultural – actividade

1- Defina cada um deste tipo de património cultural.


Etnográfico, histórico, arquitectónico, industrial, artístico,
documental, paleontológico, científico, arqueológico

26
1.1- Identifique os tipos de património, escrevendo as expressões nos locais
correctos.

Património Urbano:
27
O conceito de "património urbano" surge quatro séculos depois do conceito de
"património histórico" e é um contributo específico da cultura europeia! Ocorre em contra-
corrente às transformações da revolução industrial, no confronto com o inevitável processo de
urbanização moderna.
Ao surgir o "urbanismo" como disciplina surge também, por
contraste e diferença, um novo olhar sobre a arquitectura da
cidade pré-industrial.
Hoje acrescentamos à arquitectura (toda ela) e à cidade-
património, a paisagem dos territórios humanizados e o
património intangível (dos saberes), no conceito abrangente de
PATRIMÓNIO CULTURAL!

F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine, Ed. Du Seuil, Paris, 1992.

Património Rural
Os meios rurais vivem, presentemente, uma efervescência
patrimonial que não pode deixar de ser vista como uma reacção à
atomização social e ao desenraizamento causados pela aceleração da
vida moderna, pela desertificação dos campos e pelo ritmo de
desaparecimento dos “modos de vida tradicionais”. O património funciona,
neste contexto, como uma invenção cultural, uma forma de reanimar o
presente através da atribuição de uma segunda vida a um passado inerte e supostamente
longínquo. A refuncionalização desse passado, oscilando entre a reactivação, a reinvenção e a
idealização, adquire formas diversas de caso para caso. No limite, ela balança entre uma
dimensão retórico-folclórica e uma dimensão que remete para projectos concretos de
ordenamento e de promoção local.

Paulo Peixoto, Os meios rurais e a descoberta do património, excerto da comunicação


apresentada na actividade "Conversas à volta das estrelas", Campo Europeu do Património,
Souto Bom, Tondela.

Sugestão de actividade
28
Pegando na ideia de "refuncionalização do passado" sugerida no texto, faça um levantamento
dos edifícios emblemáticos da sua região e proponha ideias para os reabilitar de modo a
ganharem novas funções.

Cesário Verde

Poeta da cidade, Cesário Verde aborda, nas suas composições mais


conhecidas, aspectos muito diversos da realidade citadina.
As deambulações do poeta pelas ruas resultam em descrições
minuciosas dos lugares e, sobretudo dos ambientes.
Em oposição, o espaço rural oferece ao sujeito poético uma tranquilidade
que a cidade não lhe permite, sonhando, assim, com o campo como
refúgio possível.
A poesia de Cesário Verde, prefiguradora de uma modernidade estética só inteiramente
reconhecida após a sua morte, dificilmente cabe nas classificações da história literária.

Se a representação pictórica dos ambientes e a descrição plástica da realidade o aproximam


do Realismo e do Parnasianismo, se o interesse pelos fracos e humildes ecoa influências
românticas e baudelairianas, não é menos verdade que a imaginação do poeta o conduz,
muitas vezes, a uma recriação impressionista ou fantasista da realidade devedora da estética
simbolista.

Filho de um comerciante com loja de ferragens em Lisboa e uma exploração agrícola em


Linda-a-Pastora, passa a infância entre os ambientes citadino e rural, binómio que será
marcante na sua obra.

NUM BAIRRO MODERNO

29
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estancam-se as nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga rua macadamizada.

Rez-de-chaussée repousam sossegados,


Abriram-se, nalguns, as persianas,
E dum ou doutro, em quartos estucados,
Ou entre a rama dos papéis pintados,
Reluzem, num almoço, as porcelanas.

Como é saudável ter o seu conchego,


E a sua vida fácil! Eu descia,
Sem muita pressa, para o meu emprego,
Aonde agora quasi sempre chego
Com as tonturas duma apoplexia.

E rota, pequenina, azafamada,


Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho da horta aglomerada
Pousara, ajoelhando, a sua giga.

E eu, apesar do sol, examinei-a:


Pôs-se de pé: ressoam-lhe os tamancos,
E abre-se-lhe o algodão azul da meia
Se ela se curva, esguedelhada, feia,
E pendurando os seus bracinhos brancos.

Do patamar responde-lhe um criado:

30
«Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais.» E muito descansado,
Atira um cobre lívido, oxidado,
Que vem bater nas faces duns alperces.

Subitamente, – que visão de artista! –


Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do sol, o intenso colorista,
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!

Bóiam aromas, fumos de cozinha;


Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;
E às portas, uma ou outra campainha
Toca, frenética, de vez em quando.

E eu recompunha, por anatomia,


Um novo corpo orgânico, aos bocados.
Achava os tons e as formas. Descobria
Uma cabeça numa melancia,
E nuns repolhos seios injectados.

As azeitonas, que nos dão o azeite,


Negras e unidas, entre verdes folhos,
São tranças dum cabelo que se ajeite;
E os nabos – ossos nus, da cor do leite,
E os cachos d' uvas – os rosários de olhos.

Há colos, ombros, bocas, um semblante

31
Nas posições de certos frutos. E entre
As hortaliças, túmido, fragrante,
Como d' alguém que tudo aquilo jante,
Surge um melão, que me lembrou um ventre.

E, como um feto, enfim, que se dilate,


Vi nos legumes carnes tentadoras,
Sangue na ginja vívida, escarlate,
Bons corações pulsando no tomate
E dedos hirtos, rubros, nas cenouras.

O sol dourava o céu. E a regateira,


Como vendera a sua fresca alface
E dera o ramo de hortelã que cheira,
Voltando-se, gritou-me, prazenteira:
«Não passa mais ninguém!...
Se me ajudasse?!...»

Eu acerquei-me dela, sem desprezo;


E, pelas duas asas a quebrar,
Nós levantámos todo aquele peso
Que ao chão de pedra resistia preso,
Com um enorme esforço muscular.

«Muito obrigada! Deus lhe dê saúde!»


E recebi, naquela despedida,
As forças, a alegria, a plenitude,
Que brotam dum excesso de virtude,
Ou duma digestão desconhecida.

E enquanto sigo para o lado oposto,

32
E ao longe rodam umas carruagens,
A pobre afasta-se, ao calor de agosto,
Descolorida nas maçãs do rosto,
E sem quadris na saia de ramagens.

Um pequerrucho rega a trepadeira


Duma janela azul; e, com o ralo
Do regador, parece que joeira
Ou que borrifa estrelas; e a poeira
Que eleva nuvens alvas a incensá-lo.

Chegam do gigo emanações sadias,


Ouço um canário – que infantil chilrada!
Lidam ménages entre as gelosias ,
E o sol estende, pelas frontarias,
Seus raios de laranja destilada.

E pitoresca e audaz, na sua chita,


O peito erguido, os pulsos nas ilhargas,
Duma desgraça alegre que me incita,
Ela apregoa, magra, enfezadita,
As suas couves repolhudas, largas.

E, como as grossas pernas dum gigante,


Sem tronco, mas atléticas, inteiras,
Carregam sobre a pobre caminhante,
Cesário Verde,
Sobre a verdura rústica, abundante,
In O Livro de Cesário Verde, Assírio e Alvim.
Duas frugais abóboras carneiras.

33
2- O poema "Num Bairro Moderno" narra um encontro banal. Preencha a seguinte
tabela de marcas narrativas com as expressões retiradas do poema.

2.1- O pormenor das


descrições comprova
a atenção prestada à realidade circundante e é sustentado por vários recursos
expressivos. Estabeleça as ligações correctas.

1) “… o algodão azul da meia…” a) Olfacto

2) “…ressoam-lhe os tamancos…” b) Visão


3) “…Bóiam aromas, fumos de c) Tacto
cozinha”
4) “…ao calor de Agosto…” d) Audição

A utilização das sugestões sensoriais transporta-nos para o ambiente observado e


descrito pelo sujeito poético, tornando-o mais vivo e realista.

34
2.2- A utilização das sugestões sensoriais transporta-nos para o ambiente observado e
descrito pelo sujeito poético, tornando-o mais vivo e realista. Seleccione a verde os
adjectivos que se relacionam com a vendedeira e a laranja os que se relacionam com o
criado.

E rota, pequenina, azafamada,


Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho da horta aglomerada
Pousara, ajoelhando, a sua giga.

E eu, apesar do sol, examinei-a:


Pôs-se de pé: ressoam-lhe os tamancos,
E abre-se-lhe o algodão azul da meia
Se ela se curva, esguedelhada, feia,
E pendurando os seus bracinhos brancos.

Do patamar responde-lhe um criado:


«Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais.» E muito descansado,
Atira um cobre lívido, oxidado,
Que vem bater nas faces duns alperces.

Nota: Os adjectivos utilizados para caracterizar a situação de pobreza e de desfavorecimento


da vendedeira tornam este retrato bastante expressivo. Esta caracterização é reforçada pela
atitude do criado que revela desprezo e superioridade relativamente à figura feminina.

2.3- Preencha a seguinte tabela com as expressões correspondentes.

35
Bairro Vendedeira

Binómio cidade/campo

Profissionais de Turismo
A cidade e o campo continuam a oferecer ao homem estilos
e condições de vida completamente diferentes. Contudo, ambos
encerram um património vasto, heterogéneo, de extrema riqueza.

36
É este património que, todos os anos, milhares de turistas procuram conhecer e
que centenas de profissionais procuram dar a conhecer.

Actividades profissionais exercidas no âmbito do Turismo


A hotelaria, a gastronomia, o transporte e o lazer são áreas que empregam uma parte
significativa da população do nosso país.
Existem técnicos específicos da área turística: são eles os técnicos de turismo, os guias-
intérpretes e os correios de turismo. Estes técnicos devem ter excelentes capacidades de
comunicação e de convívio, falar línguas estrangeiras, boa cultura geral e boa apresentação.

Técnico de turismo: profissional que organiza e promove a venda e a prestação de serviços


turísticos.

Guia-intérprete: profissional que acompanha turistas em visitas a locais de interesse turístico


(museus, palácios, monumentos nacionais, etc.), zelando pelo seu bem-estar.

Correio de turismo: profissional que trabalha como representante das organizações que
promovem serviços turísticos. Este tem de assegurar que o programa elaborado pela agência
de viagens corre como previsto, atendendo sempre aos clientes.

3- Estabeleça as correspondências correctas.

1) Acompanhamento de
turistas em visitas a
37
lugares de interesse turístico e patrimonial.
2) Atendimento de eventuais reclamações dos a) Técnico de turismo
clientes.
3) Orientação dos clientes relativamente à b) Guia-intérprete
documentação necessária.
4) Assegurar que o programa elaborado pela c) Correio de turismo
agência de viagens decorra como previsto.
5) Propostas de itinerários e destinos.
6) Prestação de informações, durante os
circuitos turísticos, de carácter histórico e
cultural.

Literatura tradicional de transmissão oral


O conto popular nasceu da fantasia e da sabedoria do povo, sendo como tal um veículo
vivo de transmissão de cultura e nesse sentido, permanecendo um património essencial dos
povos. As suas raízes encontram-se, não no mundo das letras, mas nas camadas da
população que o faz circular oralmente de geração em geração, assegurando assim uma série
de funções sociais. A memória de um grupo apresenta modelos exemplares em situações
dicotómicas, veicula valores, condiciona comportamentos e atitudes e preenche espaços de
lazer.

Sugestão de actividade:
Recolha informação sobre os contos populares da sua região.
Reflicta sobre o carácter de universalidade e moralidade desses contos, nomeadamente no
contexto local.

38
Objectivos:

− Identificar diferentes redes de equipamentos culturais;

− Compreender as funções das redes de equipamentos culturais;

− Identificar instrumentos de coesão e ordenamento do território;


39
− Descodificar informação a nível da sinalização turístico-cultural;

− Compreender informação institucional veiculada pela legislação.

Equipamentos culturais

As redes de equipamentos e actividades culturais permitem a descentralização da


vertente cultural e formam os públicos.
Em Portugal existe uma Rede de Leitura Pública (Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e
Rede de Bibliotecas Escolares), uma Rede Nacional de Teatros e Cine-Teatros (Rede
Municipal de Espaços Culturais), uma Rede de Museus e uma Rede de Arquivos.
Para pertencer a uma rede é necessário avaliar cuidada e regularmente o cumprimento
de obrigações de serviço público, entre os quais, a formação de públicos. Todos os
equipamentos devem proporcionar planos educativos dirigidos a públicos diversos (crianças,
jovens, adultos e idosos).

1) Biblioteca Nacional, Lisboa 2) Teatro de São João, Porto 3) Museu nacional de Literatura,
Porto

40
4) Arquivo Nacional da 5) Cinema Tivoli, Lisboa
Torre do Tombo, Lisboa

1- Enumere os equipamentos culturais existentes na cidade de Évora.


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Museus, Bibliotecas e Arquivos


Museus
A Rede de Museus é baseada na adesão voluntária e visa a
descentralização e cooperação entre museus. Tem por objectivos a
valorização e a qualificação da realidade museológica nacional, a
cooperação institucional, a descentralização de recursos, o
planeamento e a racionalização dos investimentos, a difusão da
informação e a promoção do rigor das práticas museológicas e das
técnicas museográficas.

Arquivos
A Rede Nacional de Arquivos é coordenada pela Direcção Geral de Arquivos, cujas
principais atribuições são promover a execução da política arquivística
nacional, salvaguardar e valorizar o património arquivístico nacional
41
enquanto fundamento da memória, factor de entidade nacional e como fonte de investigação
científica; promover a qualidade dos arquivos, a eficácia dos serviços públicos e salvaguardar
os direitos do estado dos cidadãos consubstanciados à sua guarda.

Bibliotecas
A Rede de Leitura Pública é coordenada pela
Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas.
Compete-lhe assegurar o desenvolvimento de uma política
do livro não escolar, da leitura e das bibliotecas; promover a leitura,
estimular a pesquisa e a elaboração de estudos, planear e
executar a difusão dos autores portugueses no estrangeiro e intensificar a exportação para os
países de língua portuguesa, acompanhar a evolução da sociedade de informação e promover
a qualidade dos serviços das bibliotecas.

Teatros e cine-teatros

A rede nacional de teatros e de cine-teatros é coordenada pela Direcção Geral das Artes e visa
promover o alargamento da oferta cultural qualificada, incentivando a diversidade na criação
cultural e proporcionando as condições adequadas ao seu crescimento, assegurar a
diversificação e descentralização da criação e da difusão das artes; promover a formação e
captação dos públicos, proporcionando-lhes a fruição e compreensão dos fenómenos

42
artísticos; contribuir para a melhoria dos equipamentos culturais e promover a dignificação e
valorização profissionais dos produtores, criadores e outros agentes culturais.

Redes de equipamentos culturais

2- Classifique as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F).


Afirmações Verdadeiro Falso
a) As várias redes de equipamentos culturais são coordenadas por
Direcções-Gerais.
b) A descentralização de recursos é um objectivo comum da Rede
de Museus e da Rede Nacional de Teatros e Cine-Teatros.
c) O património arquivístico nacional é parte integrante da memória
colectiva e individual e factor de identidade nacional.
d) A promoção da igualdade de acesso às produções artísticas é
uma das. atribuições da Rede de Museus.
e) A salvaguarda e garante dos direitos do Estado e dos cidadãos é
uma das funções da Direcção-Geral de Arquivos.
f) As assimetrias regionais e os desequilíbrios sociais e culturais
podem ser corrigidos pela promoção da
igualdade de acesso às produções
artísticas.
43
Equipamentos culturais, ordenamento e coesão do território

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, aprovado pela Lei n.º


58/2007 "é um instrumento de desenvolvimento territorial de natureza estratégica que
estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território nacional,
consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais instrumentos de
gestão territorial e constitui um instrumento de cooperação com os demais Estados membros
para a organização do território da União Europeia".

Medidas prioritárias do PNPOT:


J Dar continuidade à recuperação e expansão da rede de equipamentos culturais em
parceria com autarquias e particulares.

J Apoiar iniciativas de itinerância cultural como forma de aproximar a oferta cultural das
populações.

J Realizar Planos Estratégicos de Desenvolvimento Cultural, com envolvimento de


autarquias entre outros organismos, onde se articulem os objectivos do desenvolvimento
cultural, da coesão e do ordenamento do território.

3- Estabeleça as correspondências correctas.


a) Através da implementação do PNOPT, 1) uma organização do
pretende-se… território nacional mais
eficaz.
b) Procura-se a 2) a descentralização regional
44
valorização de identidades, patrimónios e da actividade científica e
formas de expressão artística através da… tecnológica
c) A itinerância cultural é valorizada por… 3) dinamização de redes de
equipamentos culturais.
d) Uma das formas de reduzir as assimetrias 4) permitir a descentralização
regionais de desenvolvimento será… da cultura.

Informação institucional – sinalização turístico-cultural

A sinalização turístico-cultural informa os visitantes da existência de um determinado local


turístico.
A correcta identificação e sinalização dos locais de interesse turístico e cultural, muitos
deles pertencentes às redes de equipamentos, permitem a sua divulgação, bem como facilitam
o acesso aos mesmos. A sinalização turístico-cultural está regulamentada, constando do
código da estrada português.

4- Associe as definições aos símbolos.

1) Castelo

2) Museu

3) Aldeia histórica

4) Biblioteca

5) Teatro

6) Património Mundial

7) Monumento Pré- histórico


45
Informação institucional − legislação
Legislação

J Substantivo feminino
J colecção de leis de um país;
J direito de legislar,
J conjunto de preceitos legais que regulam certa matéria:
(Do fr. Législation, «id.»)
in Dicionário de Língua Portuguesa 2008, Porto Editora

Legística
A legística estuda os modos de concepção e de redacção de actos normativos. É a arte
de bem-fazer leis, no sentido em que ela consubstancia um conjunto de normas – normas de
legística – cujo objectivo é contribuir para a boa elaboração das leis. A legística material tem
por objectivo a concepção do acto normativo – o planeamento, a necessidade, a efectividade e
a harmonização com o restante do ordenamento – e a legística formal trata da sua redacção.

5- Observe a legenda e identifique as regras de legística formal presentes no excerto,


pintando-as com as cores correctas.
Art. 16
Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas
verde - Utilização do
presente do indicativo.

azul - Utilização de
siglas com prévia
descodificação da
mesma no próprio acto
normativo.

vermelho - Utilização
de maiúsculas na letra
inicial da primeira
palavra de epígrafes.

46
Imigração e emigração

1- Leia atentamente o texto e seleccione as opções correctas.

Durante décadas, Portugal foi um país marcado pela


____________________ (emigração/ imigração), contudo, nos
últimos 15 anos a tónica dos movimentos de população em
Portugal foram as _____________________ (emigração/
imigração), primeiro dos PALOP, depois de alguns países de Leste
e finalmente do Brasil. Ao longo de muitos anos, a emigração
esteve associada a um _____________________ (estrato/ extrato)
socioeconómico mais baixo.
Anualmente, o INE procede a uma_____________________ (descrição/
discrição) detalhada da população_____________________ (emigrante/

47
imigrante) a residir em Portugal. A_____________________ (descriminação/ discriminação)
racial é um dos problemas mais graves resultantes dos fluxos migratórios.

Identifique as diferentes comunidades imigrantes em Portugal e as causas e


consequências principais da imigração.
Principais Causas da imigração Consequências da imigração
comunidades de
imigrantes em
Portugal

48
Identifique as diferentes vantagens e desvantagens da imigração.
Vantagens da imigração Desvantagens da imigração

Multiculturalismo

Palavras parónimas são palavras que apresentam analogias fonéticas e gráficas evidentes com
outra palavra, mas da qual diferem semanticamente (por exemplo, "emigrante" e "imigrante").

Música, teatro, workshops e debates na capital


49
A primeira edição do "Lisboa Mistura" começou em Lisboa. A ideia é intervir cultural e
socialmente em cinco bairros alfacinhas, com música, teatro, oficinas e sessões de debate.
Esta primeira fase da iniciativa dura até 2 de Dezembro e passar pelo Cinema S. Jorge, Teatro
S. Luiz e Parque Mayer. Os Cool Hipnoise abrem o evento: passam, entre 17 e 26 de
Novembro, pela Alta de Lisboa Sul e pelos bairros do Condado, Padre Cruz, Ajuda e Armador
com o workshop "Como montar um espectáculo". O São Luiz recebe dia

30 a apresentação do mais recente trabalho de Carlos Martins, Do Outro Lado. No Parque


Mayer pode encontra-se a peça Negócios Estrangeiros (1 de Dezembro), construída a partir de
textos originais de José Eduardo Agualusa, Nuno Artur Silva e José Luís Peixoto, e, na LisNave
haverá a 2 de Dezembro um espectáculo musical inédito criado como um DJ Set que 'navega'
por Amália, Kussondulola, Cool Hipnoise, Cartola e UHF, entre outros. «Há uma nova cena
artística na cidade. Lisboa vive, actualmente, um fenómeno de criação musical com
características particulares dentro do contexto europeu e global», diz a Sons da Lusofonia,
responsável (em conjunto com a EGEAC) pelo evento, em comunicado. O "Lisboa Mistura"
pretende afirmar-se como o reflexo dessa nova realidade e como "ponto aglutinador de
culturas, nacionalidades, cores e mentalidades".
TSF, Música, teatro, workshops e debates na capital. 20 de Novembro de 2006. Lisboa

2- Classifique as afirmações em verdadeiras (V) ou Falsas (F).

Afirmações Verdadeiro Falso


a) Este festival pretende intervir socialmente através das artes.
b) Os Cool Hipnoise são um grupo de teatro.

50
c) José Eduardo Agualusa é um escritor angolano.
d) O espectáculo musical a ocorrer na Lisnave tem a participação de
diferentes correntes musicais lusófonas.
e) O "Lisboa mistura" pretende reflectir a vivência da cidade como
aglutinadora de diferentes culturas.

O português no mundo
Poemas Póstumos
Olho em redor e vejo os homens todos separados
em grupos, cada um da sua cor.
São vermelhos, são verdes, são cinzentos,
alguns amarelos como o oiro,
GEDEÂO, António. Poemas Póstumos.
todos na mesma praça, aglomerados, Edições João Sá da Costa. Lisboa. 1997.
mas cada um voltado ao seu quadrante.

Sugestão de actividade:

1. Experimente participar em eventos multiculturais. Assista a espectáculos de teatro, música,


dança, ...

2. Experimente fazer compras numa loja especializada em produtos de outras culturas.


Informe-se aprenda novos hábitos alimentares, modos de fazer e a sua história.

51
3. Visite diferentes igrejas, sinagogas, templos e tente conhecer alguns aspectos das várias
crenças.

4. Procure lugares estrangeiros na sua cidade: lojas, restaurantes, associações culturais e


recreativas, locais de encontro... e descubra-os.

5. Aprenda outras línguas. Conhecer outras línguas abre novos horizontes e é sempre um
enriquecimento pessoal e profissional.

Ideias simples para promover a tolerância e celebrar a diversidade. ACIME. Maio de 2007.
Lisboa.

O português no mundo – sugestão de actividade

A língua portuguesa não é só a língua falada em Portugal. Na verdade, é a língua oficial


de oito países, sendo a sexta língua mais falada do mundo.

Sugestão de actividade
Após visionar a imagem preencha o seguinte quadro.

País Língua materna Língua oficial Outras observações


Portugal
Brasil
Angola
Moçambique

52
Guiné-Bissau
Cabo Verde
São Tomé e Príncipe
Timor Leste
Macau
Regiões de Goa, Damão e
Diu

O português do Brasil
Tendo em conta aquilo que conhece do português do Brasil, preencha o quadro que se segue.

Diferenças Emprego usual do Diferentes Utilização dos


ortográficas gerúndio formas de artigos definidos
tratamento
Variante
europeia
Variante
brasileira

Leia o excerto de “A LUAVEZINHA”. O português utilizado por Mia Couto apresenta


especificidades muito próprias que o distinguem do português

53
europeu padrão. Associe algumas das suas características à(s) frase(s) que as
exemplificam.

1) "Desse encargo me saio sempre mal."


a) A utilização do 2) "A ave contemplou aquela extensão
determinante possessivo de luz e ficou esperando a noite para
sem artigo. adormecer"
3) "Minha filha tem um adormecer
custoso."
b) A colocação do pronome 4) "Lhe inventei a estória que agora
pessoal oblíquo antes do vos conto."
verbo.
5) "Já vou pontuando fim na história
quando ela me pede mais."
c) A utilização do gerúndio 6) "O pássaro lançou seu grito"
antecedido de um verbo
auxiliar aspectual.

a)
b)
c)

Reescreva as frases seguintes utilizando as normas do português de Portugal.

a) "Desse encargo me saio sempre mal."


____________________________________________________
b) "Seus colegas de galho se riram."
____________________________________________________
c) "Era a própria carne da lua falando"
____________________________________________________

54
Os neologismos são palavras criadas ou adaptadas para designar novas realidades.

Mia Couto recorre bastante à neologia. Seleccione essas "brincriações" no seguinte


grupo de palavras.

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

55
Conclusão
Já não basta dizer que o mundo é a nossa casa. Há que habitá-lo e conhecê-lo, há que
compreender a importância da Língua Portuguesa na criação de laços humanos e culturais e
na sensibilização para atitudes comunitárias.
Há que perceber a problemática da integração e relacionamento com as sociedades
imigrantes em Portugal.
Este módulo, pelos seus conteúdos, veio enriquecer o conhecimento dos nossos
formandos, veio de certo modo valorizar a tomada de consciência do valor da nossa
comunicação e da nossa interacção com os outros, da necessidade de reflectir, sobre a
problemática das relações interpessoais e contribuir para que elas se tornem cada vez mais
dinâmicas e enriquecedoras ao compreender e aceitar as consequências dos fluxos migratórios
na expressão cultural e artística.
Os outros “não são o Inferno”, tal como afirmava Sartre, eles são, sim, a razão de ser de
cada indivíduo que com eles está em permanente interacção.
È através dos outros que medimos o nosso desempenho e desejamos atingir metas
mais elevadas. Este módulo de CLC6 leva-nos, formadores e formandos, a medir o risco da
nossa existência e aprendermos a aceitar e admitir diferentes pontos de vista e diferentes
modos de ser em relação ao mundo que habitamos, vivemos e estamos inseridos, na aceitação
de pessoas diferentes e oriundas de outras culturas, o caso dos imigrantes.

56
Bibliografia

- A.A.V.V. Colóquio Viver (N)a Cidade – Comunicações, Grupo de Ecologia Social – LNEC
Centro de Estudos Territoriais – ISCTE, Lisboa 1990.
- http://www.sabermais.pt/index/sabermais/url/sabermais/
- http://efaescv.wordpress.com/clc/

57

Você também pode gostar