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CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA REAL

SERVIÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL


Curso de Educação e Formação de Adultos (nível secundário)
Área: Sociedade, Tecnologia e Ciência
NÚCLEO GERADOR 6: URBANISMO E MOBILIDADE

Domínio de Referência 3 – Administração, Segurança e Território


FICHA DE TRABALHO N.° 2
 Atuar face a instituições reguladoras da administração e segurança do território, compreendendo os seus campos de atuação
e modos de regulação.
 Atuar na organização técnica de sistemas administrativos ligados à gestão de serviços relacionados com prevenção e segurança
na mobilidade.
 Atuar utilizando os conhecimentos científicos que suportam normas e códigos reguladores de segurança e administração do
território (por exemplo no código rodoviário: controlo de velocidade, restrições em piso molhado, distância mínima entre carros, etc)
e, a um nível mais sofisticado, avaliar da justiça dessa regulamentação tendo em conta os modelos estatísticos e matemáticos que
governa matéria regulada.

Diferentes papéis das instituições que trabalham no âmbito da

administração, segurança e território

MAI (Missão e Atribuições)

O Ministério da Administração Interna, abreviadamente designado por MAI, é o

departamento governamental que tem por missão a formulação, coordenação, execução

e avaliação das políticas de segurança interna, de administração eleitoral, de proteção

e socorro e de segurança rodoviária, bem como assegurar a representação

desconcentrada do Governo no território nacional.

Na prossecução da sua missão, são atribuições do MAI:

a) Manter a ordem e a tranquilidade públicas;

b) Assegurar a proteção da liberdade e da segurança das pessoas e dos seus bens;

c) Prevenir e reprimir a criminalidade;

d) Controlar a circulação de pessoas nas fronteiras, a entrada, permanência e

residência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, no quadro da

política de gestão da imigração, e apreciar e decidir a concessão do estatuto de

igualdade e de refugiado;
e) Controlar as atividades de importação, fabrico, comercialização, licenciamento,

detenção e uso de armas, munições e explosivos, sem prejuízo das atribuições próprias

do Ministério da Defesa Nacional;

f) Regular, fiscalizar e controlar a atividade privada de segurança;

g) Organizar, executar e apoiar tecnicamente o recenseamento e os processos

eleitorais e referendários;

h) Prevenir catástrofes e acidentes graves e prestar proteção e socorro às populações

sinistradas;

i) Promover a segurança rodoviária e assegurar o controlo do tráfego;

j) Assegurar a representação desconcentrada do Governo no território nacional;

l) Adotar as medidas normativas adequadas à prossecução das políticas de segurança

interna definidas pela Assembleia da República e pelo Governo, bem como estudar,

elaborar e acompanhar a execução das medidas normativas integradas na área da

administração interna;

m) Assegurar a manutenção de relações no domínio da política de administração interna

com a União Europeia, outros governos e organizações internacionais, no âmbito dos

objetivos fixados para a política externa portuguesa e sem prejuízo das atribuições

próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O MAI prossegue as suas atribuições através das forças e dos serviços de

segurança e de outros serviços de administração direta.

SEF (Atribuições)
No plano interno:

a) Vigiar e fiscalizar nos postos de fronteira, incluindo a zona internacional dos portos

e aeroportos, a circulação de pessoas, podendo impedir o desembarque de passageiros

e tripulantes de embarcações e aeronaves, indocumentados ou em situação irregular;


b) Impedir o desembarque de passageiros e tripulantes de embarcações e aeronaves

que provenham de portos ou aeroportos de risco sob o aspeto sanitário, sem prévio

assentimento das competentes autoridades sanitárias;

c) Proceder ao controlo da circulação de pessoas nos postos de fronteira, impedindo a

entrada ou saída do território nacional de pessoas que não satisfaçam os requisitos

legais exigíveis para o efeito;

d) Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;

e) Controlar e fiscalizar a permanência e atividades dos estrangeiros em todo o

território nacional;

f) Assegurar a realização de controlos móveis e de operações conjuntas com serviços

ou forças de segurança congéneres, nacionais e internacionais, principalmente

espanholas;

g) Proceder à investigação dos crimes de auxílio à imigração ilegal, bem como investigar

outros com ele conexos, sem prejuízo da competência de outras entidades;

h) Emitir parecer relativamente a pedidos de vistos consulares;

i) Conceder em território nacional vistos, prorrogações de permanência, autorizações

de residência, bem como documentos de viagem nos termos da lei;

j) Reconhecer o direito ao reagrupamento familiar;

l) Manter a necessária colaboração com as entidades às quais compete a fiscalização do

cumprimento da lei reguladora do trabalho de estrangeiros;

m) Instaurar, instruir e decidir os processos de expulsão administrativa de estrangeiros

do território nacional e dar execução às decisões de expulsão administrativas e

judiciais, bem como acionar, instruir e decidir os processos de readmissão e assegurar

a sua execução;

n) Efetuar escoltas de cidadãos objeto de medidas de afastamento;

o) Decidir sobre a aceitação da análise dos pedidos de asilo e proceder à instrução dos

processos de concessão, de determinação do Estado responsável pela análise dos

respetivos pedidos e da transferência dos candidatos entre os Estados membros da

União Europeia;
p) Analisar e dar parecer sobre os processos de concessão de nacionalidade portuguesa

por naturalização;

q) Analisar e dar parecer sobre os pedidos de concessão de estatutos de igualdade

formulados pelos cidadãos estrangeiros abrangidos por convenções internacionais;

r) Assegurar a gestão e a comunicação de dados relativos à Parte Nacional do Sistema

de Informação Schengen (NSIS) e de outros sistemas de informação comuns aos

Estados membros da União Europeia no âmbito do controlo da circulação de pessoas,

bem como os relativos à base de dados de emissão dos passaportes (BADEP);

s) Cooperar com as representações diplomáticas e consulares de outros Estados,

devidamente acreditadas em Portugal, nomeadamente no repatriamento dos seus

nacionais;

t) Assegurar o cumprimento das atribuições previstas na legislação sobre a entrada,

permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional;

u) Assegurar as relações de cooperação com todos os órgãos e serviços do Estado,

nomeadamente com os demais serviços e forças de segurança, bem como com

organizações não governamentais legalmente reconhecidas;

v) Coordenar a cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais e de outros

países em matéria de circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros e da

investigação dos crimes de auxílio à imigração ilegal e outros com eles conexos.

No plano internacional:

a) Assegurar, por determinação do Governo, a representação do Estado Português a

nível da União Europeia no Comité Estratégico Imigração, Fronteiras e Asilo e no Grupo

de Alto Nível de Asilo Migração, no Grupo de Budapeste e noutras organizações

internacionais, bem como participar nos grupos de trabalho de cooperação policial que

versem matérias relacionadas com as atribuições do SEF;

b) Garantir, por determinação do Governo, a representação do Estado Português, no

desenvolvimento do Acervo de Schengen no âmbito da União Europeia;

c) Assegurar, através de oficiais de ligação, os compromissos assumidos no âmbito da

cooperação internacional nos termos legalmente previstos;


d) Colaborar com os serviços similares estrangeiros, podendo estabelecer formas de

cooperação.

Cartão do Cidadão
O Cartão do Cidadão agrupa num só suporte físico o bilhete de identidade, o

cartão de contribuinte, o cartão de utente do serviço nacional de saúde, o cartão de

beneficiário da segurança social e o cartão de eleitor. O pretexto é a simplificação, mas

sem qualquer garantia tecnológica de separação dos dados, está a promover-se a sua

centralização, violando na prática o ponto 5. do artº 35º da Constituição da República

Portuguesa que estipula expressamente que "é proibida a atribuição de um número

nacional único aos cidadãos", precisamente para evitar a possibilidade de cruzamento

de dados.

DPP (Atribuições)
O Departamento de Prospetiva e Planeamento e Relações Internacionais (DPP) é

o gabinete de planeamento, estratégia, avaliação e relações internacionais do Ministério

do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR)

e tem por missão garantir o apoio técnico à formulação de políticas, ao planeamento

estratégico e operacional, bem como apoiar a concertação interministerial das políticas

transversais de ambiente ao nível comunitário e internacional, dinamizar e concertar a

participação ativa dos vários organismos do MAOTDR nas instâncias internacionais e

fomentar e coordenar as ações de cooperação. Atribuições:

a) Preparar cenários e trajetórias relativos à estratégia de desenvolvimento regional,

integrando políticas setoriais e espaciais, e acompanhar o desenvolvimento económico,

territorial e ambiental de Portugal sob a ótica integradora do desenvolvimento

sustentável;

b) Elaborar estudos e análises prospetivas sobre os fatores de desenvolvimento,

prosperidade e inovação de regiões, metrópoles e cidades em Portugal e no estrangeiro;


c) Consolidar e desenvolver competências nas áreas das metodologias de prospetiva e

cenarização, bem como em outras áreas de análise económica e social;

d) Organizar ações de formação nas áreas da sua competência;

e) Participar no processo de definição do enquadramento e da estratégia da política de

investimento público, e integrar o planeamento de investimentos associado a programas

setoriais e verticais que os concretizem;

f) Proceder ao acompanhamento sistemático das prioridades estratégicas do MAOTDR;

g) Assegurar o desenvolvimento dos sistemas de avaliação dos serviços no âmbito do

MAOTDR, coordenar e controlar a sua aplicação.

O DPP prossegue ainda, através do Gabinete de Relações Internacionais (GRI) as

seguintes atribuições:

h) Apoiar diretamente a tutela, no âmbito das suas atribuições e competências, na

definição e execução de políticas com a União Europeia, outros governos e organizações

internacionais;

i) Coordenar, apoiar e desenvolver as atividades do MAOTDR que se estabeleçam com

Estados e Organizações Internacionais, designadamente no quadro da UE, da ONU e da

OCDE;

j) Assegurar a coordenação e apoio técnico nas atividades de cooperação para o

desenvolvimento, designadamente com os países de língua oficial portuguesa;

l) Assegurar, coordenar e preparar o apoio técnico-jurídico e negocial nas atividades

desenvolvidas pelos órgãos da União Europeia e das outras organizações internacionais,

bem como o apoio jurídico necessário à instrução e gestão dos processos de pré-

contencioso e contencioso comunitário, e apoiar a transposição e aplicação da legislação

comunitária no direito interno;

m) Desencadear os mecanismos de assinatura e ratificação das convenções e acordos

internacionais do MAOTDR, assegurando daí o cumprimento de todas as obrigações

financeiras daí decorrentes.

Questões
1. O MAI, o SEF e o DPP desempenham papéis diferentes no âmbito da administração,

segurança e território.

Reflita sobre a especialização das suas tarefas?

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2. Discuta como a tecnologia apresenta a vantagem de permitir um controlo mais

eficiente, mas pode criar problemas de privacidade.

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