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Curso de Formação–EFA

MODULAR - Técnico
Auxiliar de Saúde
Liberdade e Responsabilidade
Democráticas
Objetivos da UFCD

+ Reconhecer as responsabilidades inerentes à liberdade


pessoal em democracia.
+ Assumir direitos e deveres laborais enquanto cidadão ativo.
+ Identificar os direitos fundamentais de um cidadão num
estado democrático contemporâneo.
+ Participar consciente e sustentadamente na comunidade
global.
Percurso da UFCD Liberdade e
Responsabilidades Democráticas
+ Compromisso Cidadão/Estado
+ Direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores
+ Democracia representativa e participada
+ Comunidade global
Introdução
O nosso estudo vai andar à volta dos seguintes conceitos:
+ Identidade
+ Liberdade
+ Igualdade
+ Participação
+ Cidadania
+ Estado
+ Democracia
+ Sociedade civil
+ Organização política dos Estados democráticos
Vamos
começar
com uma
reflexão?
Depois de ver o
vídeo como
defines
Cidadania?
A cidadania
"A cidadania é responsabilidade perante nós e perante os outros,
consciência de deveres e de direitos, impulso para a solidariedade
e para a participação, é sentido de comunidade e de partilha, é
insatisfação perante o que é injusto ou o que está mal, é vontade
de aperfeiçoar, de servir, é espírito de inovação, de audácia, de
risco, é pensamento que age e acção que se pensa."

(Jorge Sampaio, in Educar para a Cidadania)


Uma definição de cidadania
a cidadania é reconhecida como o
«direito a ter direitos»

cidadania significa “qualidade ou


direito de cidadão”

“expresa um conjunto de direitos


que dá a pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e
do governo do seu povo. Quem
não tem cidadania está
marginalizado ou excluído da vida
social e da tomada de decisões,
ficando numa posição de
inferioridade dentro da sociedade” Mas qual a ORIGEM por de trás
Dallari, 1998 deste conceito tão importante
nos dias de hoje?
A origem do conceito de cidadania
Remota para a Grécia Antiga, em que cada cidade (polis) tinha a sua própria organização
sendo independentes umas das outras. a cidadania tinha um valor extraordinário, e o cidadão
participava activamente em todos os aspectos da vida na comunidade. Porém, nem todos eram
considerados iguais na antiga sociedade grega.

Cidadãos Súbdito
• direitos como a s
• mulheres, os
participação na vida escravos e os
política estrangeiros não
• possibilidade de ser eram considerados
eleito para cargos cidadãos e, por
públicos isso, não possuíam
esses direitos
A origem do conceito de cidadania
Mas foi com a Revolução Francesa, no século XVIII, que se desenvolveu a cidadania
moderna. Os ideais desta Revolução – a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade – iniciaram
uma mudança que viria a transformar o mundo ocidental.

• 1948(ONU), adopta a Declaração Universal dos Direitos Humanos


Defendendo direitos fundamentais como o reconhecimento da dignidade humana, a
liberdade, a igualdade, a justiça e paz, a declaração dos direitos humanos influenciou,
e continua a influenciar, o conteúdo de muitas das legislações nacionais (como é o
caso da Constituição da República Portuguesa) e internacionais (por exemplo, a
Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia)
Mas a luta pelos direitos não se esgotou
com a declaração dos direitos humanos. NOTA: A constituição adota
o termo cidadania (sem
Seguiram-se-lhe outras lutas: a dos qualquer definição) invés de
trabalhadores pelos direitos sociais; a nacionalidade ou nação, a fim
das mulheres pela igualdade; a da de escapar à carga
comunidade homossexual pela não antidemocrática que o
discriminação; a luta global pela Estado Novo lhes imprimiu.
preservação do meio ambiente, entre
tantas outras.
Porque é que é importante educar para
a cidadania?
Exercer a cidadania é ter consciência
dos seus direitos e obrigações e lutar
para sejam colocados em prática.
Exercer a cidadnia é usufruir dos seus
direitos constitucionais. Prepara o
cidadão para o exercício da cidadania é
por isso, um dos objetivos essenciais
para desenvolvimento e bem estar de
um país.
Dessa forma, é urgente educar para a
cidadania!
Cidadão

Ser cidadão é respeitar e participar nas


decisoes da sociedade para melhorar
as suas vidas e a de outras pessoas.
Ser cidadão é nunca esquecer as
pessoas que mais precisam (ex:
pobres, mais velhos...)
Nacionalidade
é o vínculo que se estabelece entre uma
pessoa e um determinado Estado

Não é preciso ter-se nascido em Portugal ou ser-se


filho de portugueses para se ser Português, isto é, para
se ter nacionalidade portuguesa e representar
Portugal.
Por isso, em Portugal, existe uma Lei da Nacionalidade
que estabelece quem é e quem pode ser português. A
lei existe desde 1981 e, ao longo dos anos, tem vindo
a ser alterada no sentido de se tornar uma lei mais
justa e menos discriminatória para os imigrantes que
escolheram fazer de Portugal o seu lar. A última
alteração a esta lei foi feita em Abril de 2006.
Identidade
É através da identidade que nos
reconhecemos e somos reconhecidos pelos
outros. Características como o nome, sexo,
naturalidade, filiação e impressão digital,
fazem parte da nossa identificação.
“A todos são reconhecidos os direitos
A identidade de cada pessoa, não se resume a estes à identidade pessoal, ao
elementos, ela é também produto da história pessoal desenvolvimento da personalidade, à
de cada um. Se tivéssemos nascido noutro lugar ou capacidade civil, à cidadania, ao bom
noutro século, seríamos com certeza pessoas nome e reputação, à imagem, à
completamente diferentes. Isto acontece porque a palavra, à reserva da intimidade da
identidade é sempre uma construção relacional (resulta
vida privada e familiar e à protecção
das trocas que ocorrem naquilo a que se chama o
“sistema de pertenças”, isto é, o conjunto de pessoas e
legal contra quaisquer formas de
instituições com quem nos relacionamos, que são discriminação.”
importantes para nós e com os quais nos identificamos). Art 26º da CRP, direito à identidade
Cidadania vs Nacionalidade vs Identidade
Não podemos confundir os conceitos de identidade e de nacionalidade com o de
cidadania.

• Primeiro, porque independentemente da sua identidade individual ou colectiva, a


cidadania é um direito de todos/as os/as cidadãos/ãs. Nem sempre foi assim, visto que,
a privação do direito de voto das mulheres é um exemplo claro daquilo que foi, em
Portugal, durante muitos anos, uma limitação do exercício da cidadania em função da
identidade.
• Segundo, se a nacionalidade é o vínculo que se estabelece entre um indivíduo e um
determinado Estado e a cidadania é a participação efectiva do indivíduo na
sociedade. Então, nacionalidade e cidadania são, portanto, dois conceitos distintos.
Dado que segundo a Constituição, “os estrangeiros (…) que se encontrem ou residam em
Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português.” Neste
sentido, a nacionalidade tem as mesmas fronteiras do território, ao passo que a cidadania
não. Por essa razão, é possível, por exemplo, falar-se de uma cidadania europeia mas não
de uma nacionalidade europeia.
Em que espaços
podemos
exercer a nossa
cidadania?
Locais onde devemos participar de forma
informada, activa e responsável na
vida política e na sociedade
§ Estado
§ Município
§ Freguesia
§ Bairro
§ Trabalho
§ Família
§ Escolas
§ Curso
§ Instituições Sociais
E que valores
devem orientar
o exercício da
nossa
cidadania?
Para que as pessoas se consigam entender e para
que não existam conflitos entre elas, é necessário
que todos cumpram um conjunto de regras. A
Valores Cívicos sociedade em que vivemos será tanto melhor, mais
humana e mais justa, quanto maior for a
participação do/a cidadão/ã. Quem não participa,
seja por desinteresse, seja por indiferença, nunca
chega a perceber realmente o que é viver em
sociedade.
Os valores cívicos são um conjunto de
características, comportamentos necessários para
que exista uma cidadania responsável, para que as
pessoas participem realmente na comunidade em
que vivem. Estes valores baseiam-se no princípio de
que, para que haja um entendimento entre todos os
cidadãos é muito importante que estes respeitem
os direitos e o bem-estar de todas as pessoas.
Classificação dos Valores
Exemplos de valores cívicos
Coragem ― ter coragem Tolerância ― é a capacidade de aceitar posições e pontos de vista
significa ter força para diferentes dos nossos, desde que sejam baseadas no respeito pela
defendermos as nossas ideias dignidade humana. Isto significa que devemos sempre respeitar as
e criticarmos o que opiniões dos outros, desde que estas respeitem os direitos de todas as
consideramos estar errado. pessoas. Nem sempre é fácil percebermos até que ponto podemos ou
Sem coragem cívica, o/a não tolerar determinadas situações.
cidadão/ã pode ser mais
influenciado pelos líderes de
opinião (partidos políticos, por Compromisso ― a Democracia diz-nos que devemos colocar os
exemplo), pela comunicação interesses da comunidade em primeiro lugar. Assim, a Cidadania deve
social e pelas pessoas que têm preparar o/a cidadão/ã para estabelecer compromissos com as outras
um maior poder na nossa pessoas, isto é, para entrar em acordo com os outros, de forma a que
sociedade. todos se sintam satisfeitos.

Patriotismo ― ser patriota significa respeitar os


princípios e os valores defendidos pelo nosso Civilidade ― a vida em comunidade exige que as
país. O patriotismo é uma virtude fundamental de pessoas se comportem de forma a respeitarem sempre
qualquer democracia e que recusa atitudes de os direitos dos outros. Viver de forma civilizada significa,
discriminação em relação a outras nações. por exemplo, tentar resolver os problemas através do
diálogo com os outros e não através da força e da
ameaça; defender o nosso país e respeitar aquilo que
pertence aos outros.
Legalidade ― a legalidade significa que é a lei que Solidariedade ― a solidariedade significa
regula o nosso comportamento, isto é, é através de preocuparmo-nos com o bem-estar dos outros,
regras e normas que sabemos aquilo que é ou não ajudarmos os outros sempre que necessitem.
correcto fazer. Enquanto cidadãos/ãs devemos respeitar Sem solidariedade não conseguimos enfrentar os
essas leis, mesmo quando não concordamos totalmente grandes problemas da nossa sociedade,
com elas, mas também devemos tentar mudar as leis especialmente aqueles que se relacionam com os
que consideramos injustas ou inadequadas. grupos mais desfavorecidos (como a pobreza,
por exemplo).

Abertura ― a abertura em Democracia é


um dos princípios fundamentais e significa
ter a capacidade de aceitar opiniões Participação ― sermos participativos significa dar
diferentes das nossas. atenção aos assuntos de interesse público, isto é, a
todos os assuntos que afectam a sociedade em que
vivemos.

Transparência ― ser transparente é ser sempre verdadeiro, sincero,


nas suas acções. Através da transparência ou honestidade é possível Pluralismo ― o pluralismo significa o
que as decisões que são tomadas em democracia sejam sempre respeito pela existência de ideias
feitas baseadas na sinceridade e não por interesses escondidos que diferentes das nossas. Numa
podem por em causa a vida em comunidade. sociedade democrática a partilha de
ideias diferentes é muito importante.
O inicio da Democracia – John
Locke
Direitos Naturais e Liberdade
Cidadão vs Estado
+ Estado corresponde a uma comunidade de cidadãos politicamente organizada, mas, também,
a uma estrutura organizada de poder e ação — que se manifesta através de órgãos, serviços,
relações de autoridade. Tal estrutura organizada destina-se a garantir a convivência ordenada
entre os cidadãos e manter a segurança jurídica. O Estado regula vinculativamente a conduta
da comunidade, ou seja, cria normas e impõe a conduta prescrita, inclusivamente a si próprio

+ Cidadão é todo o individuo pertencente a um estado livre, no gozo dos seus direitos civis e
políticos, e sujeito a todas as obrigações inerentes a essa condição.
Como é que se manifesta o
compromisso entre o Cidadão
e Estado?

Há entre o Cidadão e o Estado


uma espécie de acordo ou
contrato, o chamado
CONTRATO SOCIAL. Este
acordo está expresso na
Constituição
A Constituição Portuguesa

Artigo 2.º
(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no
pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de
efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de
poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento
da democracia participativa.
A Constituição Portuguesa

Artigo 3.º
(Soberania e legalidade)
1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas
previstas na Constituição.
2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática.
A Constituição Portuguesa
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)
São tarefas fundamentais do Estado:
a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e
culturais que a promovam;
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de
direito democrático;
c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos
cidadãos na resolução dos problemas nacionais;
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses,
bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a
transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
A Constituição Portuguesa
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)
São tarefas fundamentais do Estado:
Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente,
preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;
f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão
internacional da língua portuguesa;
g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta,
designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;
h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.
A Constituição Portuguesa
Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou
isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou
orientação sexual.
A Constituição Portuguesa
Artigo 27.º
(Direito à liberdade e à segurança)
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança.
2. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, a não ser em consequência de
sentença judicial condenatória pela prática do ato punido por lei com pena de prisão ou de
aplicação judicial de medida de segurança.
Liberdade Pessoal em Democracia

O que é a liberdade pessoal em democracia?


A resposta a esta questão envolve dois conceitos interligados:

Liberdade Democracia
A Democracia e a Liberdade constituem
Liberdade e os pilares mais importantes do Estado
de Direito Democrático.
Democracia A ausência de Liberdade ou de
Democracia resulta na impossibilidade
do Estado de Direito Democrático
existir em toda a sua plenitude.
Não pode haver Democracia sem
Liberdade, e vice-versa. O Estado de
Direito Democrático só pode subsistir e
progredir onde existir Democracia
conjugada com Liberdade.
Liberdade e Democracia

A Democracia não prospera sem o respeito pela


Liberdade, e esta, por sua vez, não subsiste se não houver
um mínimo de efetiva participação do povo nos assuntos
do Estado, e respeito por parte do Estado pelos direitos,
liberdades e garantias do cidadão.
Liberdade e Democracia

A Liberdade individual (ou pessoal) deve ser definida e


delimitada, não em face do Estado, mas em face dos
interesses
e necessidades da sociedade como um todo, isto é, a
restrição do exercício da liberdade individual deve levar
em conta os interesses e necessidades da sociedade.
Liberdade e Democracia

Esta restrição não implica a negação do direito inalienável


à liberdade, nem a negação dos Direitos, Liberdades e
Garantias fundamentais do Homem, mas apenas que a
liberdade individual não pode mais servir de pretexto para
atentar contra os interesses coletivos ou contra os direitos
que dizem respeito à sociedade como um todo.
Cidadania

O exercício pleno da cidadania


moderna traduz-se na garantia
de direitos civis, políticos e
sociais e, nesta medida, a
participação do indivíduo na vida
da sociedade em liberdade
encontra limites, dos quais o mais
importante é o bem-estar de
toda a sociedade.
Deveres do Cidadão
+ Seguir as regras e os deveres pelos quais se rege o Estado de
Direito
+ Participação e Civismo
+ Cumprir o serviço militar obrigatório
+ Respeitar a lei pela ordem pública
+ Pagar os impostos
+ Aceitar a autoridade do governo eleito e respeitar os direitos
Deveres do Cidadão
Os cidadãos podem fazer parte de organizações voluntárias
que se dedicam à religião, à cultura étnica, a estudos, a
desportos, às artes, à literatura, e outras atividades.
Todos estes grupos—independentemente da sua proximidade
com o governo— contribuem para a riqueza e a saúde da
democracia (função reguladora das instituições da sociedade
civil na construção da democracia).
Deveres do Cidadão
Exemplos de instituições da sociedade civil com impacto na construção da
democracia:
+ As instituições políticas;
+ As associações da defesa do consumidor;
+ As corporações;
+ As associações profissionais;
+ As associações ambientalistas;
+ Entre outras.
DIREITOS, LIBERDADES E
GARANTIAS DOS TRABALHADORES
Os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores estão previstos,
antes de mais, na CRP (Constituição da República Portuguesa de
1976).
Mas não basta que estejam previstos na CRP. Os direitos dos
trabalhadores necessitam de ser concretizados através da lei ordinária
para que se efetivem.
Por isso existe um Código do Trabalho que foi objeto de revisão
através da Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro, tendo entrado em vigor
em 17 de Março de 2009.
Constituição da Républica
Portuguesa – CRP https://dre.pt/legislacao-consolidada/-/lc/34520775/view

A CRP está dividida em 4 partes:


+ 1ª Parte - Direitos e deveres fundamentais;
+ 2ª Parte - Organização Económica;
+ 3ª Parte - Organização do poder político;
+ 4ª Parte - Garantia e Revisão da Constituição
Constituição da Républica Portuguesa - CRP
Direitos e deveres fundamentais
•Cap. 1 - Os direitos e liberdades e garantias pessoais
•Cap. 2 - Os direitos, liberdades e garantias de
participação política
•Cap. 3 - Os direitos, liberdades e garantias dos
trabalhadores
•Cap. 4 - Direitos e deveres económicos
Organização
•Cap. 5 - Direitos e deveres sociais
•Cap. 6 - Direitos e deveres culturais económica

Garantia e
Organização do
revisão da
poder político
Constituição
Constituição da Républica Portuguesa
- CRP
Os Direitos Laborais na CRP

Quando falamos dos direitos laborais na CRP, falamos da


Constituição do Trabalho.
A constituição do trabalho insere-se na constituição social e
é inseparável da Constituição Económica.
A constituição económica é o conjunto de normas e
princípios constitucionais relativos à economia, orientador
e definidor do sistema económico, e que desenha o
quadro jurídico básico da atividade económica.
Os Direitos Laborais na CRP
A constituição do trabalho e a constituição económica
Refle tem-se, por sua vez, na constituição política,
configurando estes três blocos aquilo a que se designa de
Estado Social de Direito.

Estado
Constituição Constituição Constituição
Social de
do Trabalho Económica Politica
Direito
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 58.º
(Direito ao trabalho)
1. Todos têm direito ao trabalho.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
a) A execução de políticas de pleno emprego;
b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de
trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do
sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;
c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos
trabalhadores.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 59.º
(Direitos dos trabalhadores)
1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania,
território de origem, religião,
convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade,
observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma
a garantir uma existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de
forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da atividade
profissional com a vida familiar;
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 59.º
(Direitos dos trabalhadores)
c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e
saúde;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de
trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em
situação de desemprego;
f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de
trabalho ou de doença profissional.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 59.º
(Direitos dos trabalhadores)
2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição
e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:
a) O estabelecimento e a atualização do salário mínimo nacional,
tendo em conta, entre outros fatores, as necessidades dos
trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de
desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade
económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento;
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 59.º
(Direitos dos trabalhadores)
b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho;
c) A especial proteção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto,
bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem
atividades particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou
perigosas;
d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias, em
cooperação com organizações sociais;
e) A proteção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos
trabalhadores emigrantes;
f) A proteção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.
3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 68.º
(Paternidade e maternidade)
1. Os pais e as mães têm direito à proteção da sociedade e
do Estado na realização da sua insubstituível ação em
relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação,
com garantia de realização profissional e de participação
na vida cívica do país.
2. A maternidade e a paternidade constituem valores
sociais eminentes.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 68.º
(Paternidade e maternidade)
3. As mulheres têm direito a especial proteção durante a
gravidez e após o parto, tendo as mulheres trabalhadoras ainda
direito a dispensa do trabalho por período adequado, sem
perda da retribuição ou de quaisquer regalias.
4. A lei regula a atribuição às mães e aos pais de direitos de
dispensa de trabalho por período adequado, de acordo com os
interesses da criança e as necessidades do agregado familiar.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 69.º
(Infância)
….
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em
idade escolar.
Os Direitos Laborais na CRP
Artigo 70.º
(Juventude)
1. Os jovens gozam de proteção especial para efetivação
dos seus direitos económicos, sociais e culturais,
nomeadamente:
a) No ensino, na formação profissional e na cultura;
b) No acesso ao primeiro emprego, no trabalho e
na segurança social;
Instituições Políticas da Democracia
Portuguesa
Presidente da República

Assembleia da República

Governo e Primeiro Ministro

Supremo Tribunal de Justiça

Tribunal Constitucional
Responsabilidades dos Órgãos de
Soberania
Missão dos Órgãos de Soberania
Símbolos Nacionais
Símbolos Nacionais

A Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade


de Portugal é a adotada pela República instaurada pela Revolução de 5 de outubro de 1910.

A Bandeira Nacional é dividida verticalmente em duas cores - verde escuro e vermelho - ficando o
verde do lado da tralha ou do mastro. Ao centro, sobreposto à união das cores, tem o escudo das
armas nacionais, orlado de branco, sobre a esfera armilar, em amarelo e avivada de negro.

O Hino Nacional é ‘A Portuguesa’: O Hino Nacional é o outro símbolo nacional definido pelo artigo 11º
da Constituição. Com música da autoria de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, A
Portuguesa foi proclamada como hino nacional na Assembleia Constituinte de 19 de junho de 1911,
que aprovou também a Bandeira Nacional.
A integração Europeia: uma
comunidade Global
Objetivos e valores da EU. Os objetivos da União Europeia são:

+ promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus cidadãos


+ garantir a liberdade, a segurança e a justiça, sem fronteiras internas
+ favorecer o desenvolvimento sustentável, assente num crescimento económico
equilibrado e na estabilidade dos preços, uma economia de mercado altamente
competitiva, com pleno emprego e progresso social, e a proteção do ambiente
+ lutar contra a exclusão social e a discriminação
+ promover o progresso científico e tecnológico
+ reforçar a coesão económica, social e territorial e a solidariedade entre os países da UE
+ respeitar a grande diversidade cultural e linguística da UE
+ estabelecer uma união económica e monetária cuja moeda é o euro
A integração Europeia: uma
comunidade Global
Os valores da UE são comuns aos países que a compõem, numa sociedade em que prevalecem a inclusão, a
tolerância, a justiça, a solidariedade e a não discriminação. Estes valores são parte integrante do modo de vida
europeu:

+ Dignidade do ser humano


+ A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida, constituindo a base de todos os
direitos fundamentais.
+ Liberdade
+ A liberdade de circulação confere aos cidadãos europeus o direito de viajarem e residirem onde quiserem no
território da União. As liberdades individuais, como o respeito pela vida privada, a liberdade de pensamento, de
religião, de reunião, de expressão e de informação, são consagradas na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.
+ Democracia
+ O funcionamento da União assenta na democracia representativa. Ser cidadão europeu também confere direitos
políticos: todos os cidadãos europeus adultos têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar nas
eleições para o Parlamento Europeu. Os cidadãos europeus têm o direito de se apresentar como candidatos e de
votar no seu país de residência ou no seu país de origem.
A integração Europeia: uma
comunidade Global
+ Igualdade
+ A igualdade implica que todos os cidadãos têm os mesmos direitos perante a lei. O princípio da
igualdade entre homens e mulheres está subjacente a todas as políticas europeias e é a base da
integração europeia, aplicando-se em todas as áreas. O princípio da remuneração igual para
trabalho igual foi consagrado no Tratado em 1957. Apesar de continuarem a existir desigualdades,
a UE realizou progressos significativos.
+ Estado de Direito
+ A UE assenta no Estado de Direito. Tudo o que a UE faz assenta em Tratados acordados voluntária
e democraticamente pelos países que a constituem. O direito e a justiça são garantidos por um
poder judicial independente. Os países da UE conferiram competência jurisdicional ao Tribunal de
Justiça da União Europeia, cujos acórdãos devem ser respeitados por todos.
+ Direitos humanos
+ Os direitos humanos são protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE, que proíbe a
discriminação em razão, designadamente, do sexo, origem étnica ou racial, religião ou convicções,
deficiência, idade ou orientação sexual, e consagra o direito à proteção dos dados pessoais e o
direito a acesso à justiça
A integração Europeia:
uma comunidade Global

Estes objetivos e valores


constituem a base da UE e
estão estabelecidos no
Tratado de Lisboa e na Carta
dos Direitos Fundamentais
da UE.
Os Símbolos da Europa

+ A bandeira da Europa

O primeiro símbolo europeu que nos vem à cabeça quando pensamos na UE é a


bandeira. Este símbolo europeu é retangular, de cor azul, com um círculo de 12 estrelas
amarelas ao centro, que representam a unidade, a paz e a harmonia pretendida para a
Europa enquanto conjunto de nações e de povos.
Os Símbolos da Europa

+ O hino da Europa
A União Europeia tem também um hino, uma
composição musical que a representa. Desde
1971/72 esta composição é o «Hino à Alegria»,
uma conhecida peça de Beethoven. Trata-se,
na verdade, do prelúdio à Ode da Alegria,
quarto andamento da 9ª Sinfonia do
compositor.
Os Símbolos da Europa
+ O Dia da Europa

O dia 9 de Maio é tido como o Dia da Europa. Nesta data


celebra-se a declaração de Robert Shuman, num discurso em
que este Ministro dos Negócios Estrangeiros Francês
apresentava as ideias fundamentais subjacentes a este
conceito de «Europa» que se vem tentando construir. Este dia
é uma oportunidade para, anualmente, os cidadãos europeus
refletirem sobre os objetivos de paz, prosperidade económica,
social e cultural e liberdade que a União Europeia defende.
Os Símbolos da Europa
+ 4. O Euro (€)

A moeda europeia é um dos símbolos mais visíveis do


projeto, uma vez que toca diariamente a vida de milhões
de cidadãos dos 27 países da UE. A moeda, que entrou em
vigor em 1 de Janeiro de 2002, é representada por um “E”
estilizado: €, com duas barras centrais, paralelas, que
representam a sua origem e a estabilidade que se lhe
augura.

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