A Pedagogia Social foca na educação de pessoas em situação de vulnerabilidade social fora do contexto escolar. Ela objetiva o desenvolvimento pleno do indivíduo por meio de processos humanistas como diálogo e pensamento crítico. A Pedagogia de Projetos é um método relevante nesse processo, envolvendo atividades não formais para promover o desenvolvimento amplo do sujeito.
Descrição original:
Resumo sobre a Pedagogia de Projetos no âmbito social
Título original
A Pedagogia dos Projetos e Pedagogia no Âmbito Social
A Pedagogia Social foca na educação de pessoas em situação de vulnerabilidade social fora do contexto escolar. Ela objetiva o desenvolvimento pleno do indivíduo por meio de processos humanistas como diálogo e pensamento crítico. A Pedagogia de Projetos é um método relevante nesse processo, envolvendo atividades não formais para promover o desenvolvimento amplo do sujeito.
A Pedagogia Social foca na educação de pessoas em situação de vulnerabilidade social fora do contexto escolar. Ela objetiva o desenvolvimento pleno do indivíduo por meio de processos humanistas como diálogo e pensamento crítico. A Pedagogia de Projetos é um método relevante nesse processo, envolvendo atividades não formais para promover o desenvolvimento amplo do sujeito.
A Pedagogia dos Projetos e Pedagogia no Âmbito Social
A Pedagogia Social é voltada a trabalhos que contemplem medidas
socioeducativas, bem como ao processo de educação tangente às pessoas - crianças, adolescentes e adultos - em situação de vulnerabilidade social e, também chamada de Educação Social. Ela ocorre no processo educacional fora do contexto escolar, tais como: contra-turno escolar, abrigos comunitários, abordagem com população em situação de rua, ONGs, dentre outros. Destaca-se também a Pedagogia Social no âmbito de educação comunitária, intra-grupal, atendendo à demandas de grupos sociais com afinidades específicos entre seus indivíduos, tais como, centro de assistência social, associação de moradores, quilombolas, comunidades ribeirinhas etc. O objetivo da Educação Social é realizar o desenvolvimento pleno do sujeito e, não somente, o alcance do desenvolvimento cognitivo como é o foco na formação escolar. Sendo assim, o educador social atua com responsabilidade social, necessitando ter amplo embasamento teórico para sua prática e, acima de tudo, estar voltado à formação social daqueles que encontram-se em posição de sujeito do processo de aprendizagem. Neste sentido, Caliman (2010) define a pedagogia social como: “uma ciência, normativa, descritiva, que orienta a prática sociopedagógica voltada para indivíduos ou grupos, que precisam de apoio e ajuda em suas necessidades, ajudando-os a administrarem seus riscos através da produção de tecnologias e metodologias socioeducativas e do suporte de estruturas institucionais” (CALIMAN, 2010, p. 352).
A prática da pedagogia social, ocorre em contextos sociais específicos e
está diretamente relacionada à realidade de desigualdade, marginalização e/ou exclusão social. Ou seja, quando a família não mais detém a responsabilidade da educação do indivíduo, a educação deste se torna de responsabilidade pública. Logo, o objetivo maior da educação social é proporcionar desenvolvimento amplo aqueles que sofrem injustiça social, geralmente em situação na qual seus direitos estão sendo violados. A educação formal neste ponto se distancia da necessidade de alcance da complexidade e amplitude da realidade dos indivíduos que se encontram nesta situação. Diante deste contexto, a educação não formal atinge maior eficácia no objetivo da formação ampla, voltada para a emancipação social. Destaca-se então, a subjetividade humana que inviabiliza os processos educacionais formal-cognitivos, engessados e pragmáticos. O ser social necessita de processos humanistas para seu desenvolvimento, sendo alguns deles: o diálogo, o pensamento crítico, a liberdade, a expressividade, a criatividade, o protagonismo na aprendizagem etc. Posto que o indivíduo não é um mero receptáculo de informações, mas necessita interagir com o outro, o meio e o mundo. Sendo assim, dá-se a importância da presença de elementos da cultura popular na educação social, partindo da realidade do ser em processo de formação. Neste sentido, a Pedagogia Social possui grande fundamentação na didática de Paulo Freire, posto que ele acreditava na emancipação social através da problematização e conscientização acerca da realidade social dos indivíduos:
“Nenhuma pedagogia que seja verdadeiramente libertadora
pode permanecer distante do oprimido, tratando-os como infelizes e apresentando-os aos seus modelos de emulação entre os opressores. Os oprimidos devem ser o seu próprio exemplo na luta pela sua redenção. (FREIRE, 1974, p. 58).
Dentre muitos filósofos que discorrem acerca da pedagogia social, Silva
et al (2012), colocam princípios que buscam ter a educação como processo de formação integral do ser humano, apresentando três domínios da pedagogia social, com suas áreas específicas de conhecimento, lócus e objetivos, sendo eles: a) o domínio sociocultural: através de manifestações expressas por meio da arte, da cultura, da religião, da música, da dança, esportes, a culinária e a saúde. b) o domínio sociopedagógico: através da atuação sociopedagógica para o desenvolvimento de habilidades e competências sociais viabilizando a ruptura e superação da exclusão social dadas por condições de marginalidade, violência e pobreza. c) o domínio sociopolítico: com os processos sociais e políticos, expressos na forma de participação, protagonismo, associativismo, cooperativismo, empreendedorismo, geração de renda e gestão social. Diante do exposto, a Pedagogia de Projetos se apresenta como um canal para viabilizar uma educação não sistemática, proporcionando uma aprendizagem de forma integrada e ampla, com recursos ilimitados. Ela favorece o acesso ao conhecimento partindo da realidade local e da bagagem individual dos sujeitos que compõem o grupo social a ser trabalhado. A Pedagogia de Projetos tem como objetivo o foco no sujeito e o desenvolvimento amplo deste, não somente se atendo à aprendizagem cognitiva, mas alcançando uma extensão maior da complexidade humana e suas capacidades enquanto ser social. Neste processo de formação, há desenvolvimento do raciocínio crítico do indivíduo através do contato com elementos da realidade, expondo na prática o conhecimento no qual se deseja debruçar, refletir, esclarecer, compreender e transformar. Deste modo, o sujeito ocupa o centro do processo da educação social e não um mero receptor de informações. Essa realidade é possível em se tratando da Pedagogia de Projetos que traça a educação através de atividades artísticas, esportivas, visitas de campo, pesquisas exploratórias, dentre outras. Conclui-se que é possível realizar uma educação social eficaz trazendo experiências diversas e não formais para transpor o estágio atual do sujeito às novas percepções de si, do outro e do mundo que precisa alcançar para transformar a si e ao entorno.