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1. O papel do Jornalismo de
Investigação………………………………...pag.3
1.1. Como se faz e como se
caracteriza…………………………….……..pag.5
1.2. As fases do Jornalismo de
Investigação……………………………....pag.8
1.3. Jornalismo de Investigação vs. Investigação
jornalística………………..pag.8
2. A Responsabilidade Social do Jornalista.
………………………………..pag.33
3. O Código Deontológico dos jornalistas
……………………………..…..pag.34. 4. Conflito de direitos: direito
da (à) informação – liberdade de imprensa…..pag.34
5. O Sigilo profissional no
jornalismo…………………………………....pag.36
5.1. Ética no jornalismo de
investigação…………………………………..pag.38
6. O Segredo de
justiça………………………………………………....pag.39
7. A Entidade Reguladora da Comunicação
Social…………………………..pag.41
8. O problemático relacionamento dos jornalistas com as fontes
noticiosas. ….pag.42
9. Constrangimentos Organizacionais – Teorias Informadoras da
notícia. …..pag.43
10. A investigação e as novas tecnologias
–Ciberjornalismo…………….…pag.43
11. Casos Práticos - Alguns casos com impacto social.
…………………....pag.47
TRABALHO EM EQUIPA
A dependência do investigador com relação à empresa para a qual
trabalha tem levado alguns profissionais a pensarem que os
jornalistas que investigam por sua conta para vender
posteriormente suas investigações ao meio de comunicação que
melhor lhe pague -freelancer - são as pessoas ideais à prática
dessa modalidade jornalística.
Na prática, o trabalho do freelancer não garante melhores
resultados ou investigações mais profundas e independentes. O
JORNALISMO DE
JORNALISMO DE ROTINA
INVESTIGAÇÃO
Pessoas de relevância pública ou Com pessoas fora dos
Relações privada no circuito habitual da circuitos habituais da
informação. notícia.
JORNALISMO DE ROTINA
a) O jornalismo trabalha sempre com pessoas através dos canais
habituais e que actuam oficialmente. Sua agenda é composta,
quase sempre, por fontes oficiais.
JORNALISMO DE INVESTIGAÇÃO
a) A agenda do jornalista é formada por fontes que não
desempenham um papel muito importante. Para seu trabalho,
comparará fontes testemunhais, documentos, estatísticas, etc., sem
privilegiar uma em detrimento da outra.
b) Não publica nunca um furo apenas pelo fato de ter uma notícia
exclusiva. O principal do trabalho é chegar a provar hipóteses em
torno dos fatos investigados, antes do que lançar um furo
informativo.
AN
AUTOR DEFINIÇÃO
O
INFORMANTE VS CONFIDENTE
• Fonte oficial.
A fonte oficial será aquela à qual se possam aplicar os seguintes
rótulos classificatórios:
a) Ser preferencialmente uma fonte pontual.
b) Ser pública, ainda que algumas vezes com traços de privada.
c) Ser voluntária.
d) Com tendência a ser bem mais assídua do que ocasional.
CUSTO DA INFORMAÇÃO
Para obter dados, especialmente se são de qualidade, deve-se
pagar sempre algum tipo de preço. O custo mais conhecido, ainda
que na maioria das vezes não reconhecido por aqueles que o
pagam, dentro do jornalismo em geral e do jornalismo de
investigação em particular, é o que se define como valor económico
da informação, entendendo-se como o dinheiro a ser pago para que
se tenha acesso a alguma informação.
Este pagamento pode segmentar-se em três tópicos diferentes,
ainda que muitas vezes complementares: o custo decorrente dos
gastos de trabalho (deslocamentos, refeições, comunicações, etc.),
os custos originados por subornos e propinas, e os custos da
compra de documentos ou de pacotes documentais mais ou menos
elaborados.
RAPOSA NO GALINHEIRO
JORNALISTA INGÊNUO
"Jornalista ingénuo" é o nome posto por Rodríguez (1994) numa
estratégia muito usada por ele. As possibilidades de aplicar a
estratégia do jornalista ingénuo são tão variadas quanto o são os
objectivos buscados com ela. É demolidora quando se usa como
fórmula para comparar a sinceridade de um entrevistado com sua
realidade. O trabalho do jornalista não consiste em convencer o
implicado a ser sincero. Não tem por que pôr-lhe as provas
acusadoras sobre a mesa e forçá-lo a ser sincero para que não
fique, ainda, como embusteiro perante a opinião pública. O
jornalista, se assim o estima, não tem por que dar ao entrevistado
mais de uma oportunidade de defesa ou de justificação, antes de
publicar o que tem bem comprovado e documentado sobre ele. A
estratégia do jornalista ingénuo permite realizar um interrogatório
útil no qual as perguntas mais fortes perdem sua carga de acusação
para se converterem em meras suspeitas opináveis.
INFOGRAFIA
Do ponto de vista etimológico, o termo procede da união entre
informação e gráfico, sendo inicialmente utilizado no jornalismo
anglo-saxão. Alguns autores, como se verá a seguir, concebem este
termo como a ligação entre informática e desenho gráfico.
O ideográfico deve apresentar a mensagem informativa de maneira
autónoma, isto é, deve explicar-se por si mesmo, ter unidade
informativa plena e independente. Um ideográfico pode enunciar
uma história e completar uma informação que também se oferece
textualmente, ou contá-la completa.
VEÍCULO
Considera-se veículo tudo aquilo que sirva para o transporte.
Rodríguez (1994) apontou quatro funções básicas, além das óbvias,
para o jornalista de investigação.
• Guarda.
Mais factível que o método anterior é montar guardas sobre algum
objectivo durante um dado período de tempo. A esse respeito,
Rodríguez (1994) indica alguns conselhos básicos que se observam
a seguir:
- Não se deve usar um carro ou furgão chamativo, seja por si
mesmo ou por elementos acrescentados.
- Sempre que possível, e sempre que se deva permanecer muitas
horas, deve-se estacionar correctamente o veículo; com a previsão
suficiente, pode-se escolher o lugar mais apropriado e, inclusive,
trocar regularmente de veículo, utilizando-se os de alguns amigos.
- Caso se escolha um ângulo adequado, seja a partir do interior do
veículo ou pelos retrovisores externos, pode-se fotografar a cena ou
a pessoa investigada.
- Um casal de sexos diferentes sempre é menos suspeito dentro de
um veículo do que dois homens sozinhos.
- Quando se começa uma vigia, deve-se mantê-la até esgotadas as
suas possibilidades.
• Base.
• Defesa.
Um veículo pode ser usado também como ferramenta defensiva e
de segurança. Seria desejável que o jornalista investigador,
notavelmente aquele que queira trabalhar em campos informativos
de certo risco, adquirisse uma boa técnica de condução e se
preocupasse em manter seu veículo em perfeito estado. Saber
manobrar com rapidez e eficácia não só permite sair de situações
de apuros como também possibilita deparar-se com elas com
alguma possibilidade de êxito.
Usar um veículo para o trabalho de investigador aconselha ter em
mente algumas normas elementares de segurança, como as
seguintes:
PARTE II
3. O CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS JORNALISTAS –
(APENAS) UM INSTRUMENTO MORAL?
6. O SEGREDO DE JUSTIÇA
A sociedade acordou, sobretudo devido à cobertura jornalística dos
grandes acontecimentos judiciais, com um claro problema de
relacionamento entre o segredo de justiça e o direito à informação.
Se o início da violação do segredo de justiça, um instituto jurídico
fundamental, verifica-se mesmo nos gabinetes judiciais, é nos
meios de comunicação social que se dá a ampliação da difusão de
elementos processuais que, muitas vezes, se encontram cobertos
pelo segredo de justiça. O problema configura uma gravidade maior,
se levarmos em consideração que, deontologicamente, os
jornalistas são abrangidos pelo Sigilo Profissional. Estas
Para Sigal (1973, p. 119 citado por Santos, 2003, p.18) “A notícia
não é o que os jornalistas pensam, mas o que as fontes dizem
mediadas pelas organizações noticiosas, rotinas jornalísticas e
convenções, numa clara demonstração de fabrico e negociação
entre os agentes sociais ou construção social- (…)”, ou seja, as
fontes apresentam-se como canais de informação, sendo
imprescindíveis à construção da notícia. Existem diversos canais de
informação. O autor agrupa-os em três categorias:
PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
MUCKRAKERS
Caso de Estudo.
O escândalo Watergate
Este caso é simbólico para o jornalismo de investigação em todo o
mundo, pelo nível de repercussão que teve e porque o próprio
presidente dos Estados Unidos naquele momento, Richard Nixon,
teve que deixar seu cargo em virtude da gravidade das acusações.
BIBLIOGRAFIA