Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Foram contabilizados 67 artigos sobre o tema, entre 2008 e 2010 no, Google Academics, em
15/03/2023
Na ocasião, ao ser perguntado sobre o que faria se um filho se
apaixonasse por uma negra, respondeu dizendo que não iria discutir
promiscuidade. E, ao ser indagado sobre o que faria se um filho se
assumisse gay, respondeu que seus filhos eram muito bem educados
por ele para respeitar os bons costumes (CHAGAS, 2021, 177).
6. Jornalismo de Fachada
A estratégia do programa PIs parece ser compor um cenário de um programa
jornalístico, com comentaristas que, em sua maioria, se autodenominam
jornalistas e parecem falar com esse ethos. Se não apuram o fato, ou o fazem
de forma superficial ou enviesada, utilizam os recursos retóricos que
apresentam verossimilhanças em lugar de veracidade.
Essa estratégia pode ser entendida com o termo “fachada” que Erving
Goffman (1985, p 29) propôs para definir
a parte do desempenho do indivíduo que funciona regularmente de
forma geral e fixa com o fim de definir a situação para os que
observam a representação. (…) Fachada, portanto, é o equipamento
expressivo de tipo padronizado, intencional ou inconscientemente
empregado pelo indivíduo durante a sua representação.
7. Metodologia
Os procedimentos metodológicos aqui descritos podem ser ajustados durante a
pesquisa, pois, de acordo com Braga (2011, p. 10), cada passo dado pode e
deve ser observado, revisto e, se for o caso, corrigido no andamento da
pesquisa.
(…) as pesquisas solicitam diferentes aproximações, conforme suas
perguntas e objetos; e mesmo táticas metodológicas comprovadas e
pertinentes devem ser ajustadas a características concretas do objeto
e ao desenho específico da investigação. Mas isso não deve ser
pretexto para “vale tudo”. Ao contrário, as exigências se ampliam.
Torna-se assim relevante referir, a cada pesquisa, as bases teóricas e
técnicas gerais de aproximação do objeto da pesquisa, não pela
aplicabilidade imediatista, mas em favor de uma percepção razoável
do que seja o trabalho de “fazer ciência”.
Referências
ARENDT, Hannah. Verdade e Política. Lisboa, PT: Relógio d'água, 1995.
____________________________________________________
Acaba aqui - a metodologia está aqui como rascunho
O termo une a palavra “news”, notícias, à palavra fake, que designa algo falso.
________________________________________________________
Nesta pesquisa Perelman será nossa referência teórica para o acordo realizado
com o público, pois há as concepções de "fatos objetivos" ou das "verdades
evidentes" que variam o bastante de acordo com o auditório universal, que,
análogo ao espírito divino, oferece seu consentimento à "verdade", poder-se-ia,
com mais razão, caracterizar cada orador pela imagem que ele próprio forma
do auditório universal que busca conquistar para suas opiniões de acordo com
os valores estabelecidos e assim criar uma aliança, estabelecer, como diria
Goffman, a fachada para adesão e fidelidade do público. Perelman cita o
gênero epidíctico como forma de aumentar a intensidade da adesão aos
valores que o orador pretende opinar. Os discursos epidíctico a uma ordem
universal, a uma natureza da divindade que seriam fiadoras dos valores
incontestáveis, sendo que o orador se torna educador da plateia, ou do público.
O apelo aos valores comuns fortalece o vínculo e dá permissão para que o
orador, ou jornalista neste caso, tenha em vista ações posteriores.
Os fatos e as verdades
Os fatos que são admitidos podem ser, quer fatos de observação e esta será,
talvez, a fração mais importante das premissas -, quer fatos supostos,
convencionais, fatos possíveis ou prováveis. Há aí uma massa considerável de
elementos que se impõe ou que o orador se esforça por impor ao ouvinte. Uns,
como os outros, podem ser recusados e perder seu estatuto de fato. Mas,
enquanto eles usufruírem esse estatuto, deverão amoldar-se às estruturas do
real aceitas pelo auditório e deverão defender-se contra outros fatos que
vierem concorrer com eles num mesmo contexto argumentativo.
IMPRENSA MARROM
4. Retórica e estratégias sofísticas (de novo, retórica como artimanha, acho que
não cabe. Acho que dá pra tirar esse tópico 4.)
A retórica sofística foi classificada por Platão como má, feita de aparência e
falsidade (BARRIGA, 2009), um falso saber (MEYER, 2007), um discurso de
bajulações, maquinações e imitações (BARTHES, 2001). Essa péssima
reputação parece ter perdurado no tempo e Reboul (2004) sugere que ao
reduzir o interesse do discurso ao próprio discurso, ao resumir seu conteúdo a
artimanhas de persuasão, possivelmente os sofistas tenham contaminado para
sempre a própria retórica. Não à toa, o sofista ficou conhecido historicamente
como um enganador e o sofisma como uma mera artimanha persuasiva,
sinônimo de ilusão ou mentira. Mas, alguns veículos ditos jornalísticos,
independentemente disso, parecem ter comprado essa proposta.