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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS MACAU
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM QUÍMICA
MICROBIOLOGIA
Professora: Cinthia Beatrice da Silva Telles

RELATÓRIO - CONTROLE DE MICRORGANISMOS

ALESSANDRA SOARES DE SOUZA


EGÍDIO DASSAYEVE LIMA DA SILVA
FELIPE AUGUSTO ARAÚJO BEZERRA
RICARDO LUIZ DA SILVA LIRA

Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Macau

RESUMO – O preparo de materiais e utensílios para utilização no laboratório de


microbiologia está diretamente relacionado às técnicas adequadas de
esterilização, desinfecção, antissepsia e assepsia através de métodos físicos e
químicos. Desta forma, o presente relatório descreve algumas definições e
procedimento acerca da aula prática realizada em 04 de junho de 2019, onde
foram explicadas as funções dos materiais e utensílios, bem como os
procedimentos de preparo para as técnicas mencionadas, tendo como objetivo
principal o controle de microrganismos que possam interferir no meio e afetar os
resultados via contaminação.

1. INTRODUÇÃO

Com relação às técnicas realizadas nos laboratórios onde a microbiologia está


empregada, por exemplo os de análises clínicas, patológicas, citopatológicas e análise de
águas, é necessário que alguns procedimentos sejam utilizados para o controle adequado
dos microrganismos presentes no ambiente, uma vez que os resultados podem ser facilmente
afetados por contaminações indevidas.

Assim, é essencial certificar-se de que todos os materiais utilizados estejam


devidamente armazenados, esterilizados e limpos, possibilitando análises como menor índice
de erros possível e a infecção de pessoas por microrganismos causadores de doenças.

No controle de tais microrganismos podem ser utilizados os seguintes métodos de


controle, os quais, de acordo com Gonçalves, (2019) “pode ser feito através de métodos
físicos e métodos químicos”.
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1.1. Técnicas utilizadas no controle de microrganismos

Esterilização

Para Miller (2008), a esterilização “é um processo destinado a eliminar todos os


microrganismos e é o maior nível de inativação microbiana que pode ser alcançado”.

Desinfecção:

É um processo menos letal do que a esterilização e é destinada a eliminar


microrganismos com potencial patogênico, mas não necessariamente endósporos
bacterianos. A desinfecção geralmente está relacionada com o uso de produtos químicos
líquidos para inativar microrganismos [...] (MILLER, 2018)

Antissepsia:

De acordo com Módena e Moryia (2008, p. 266), a antissepsia é o processo cujo objetivo
“é a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da
pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e
passível de ser aplica do em tecido vivo.

Assepsia:

Ainda de acordo com Módena e Moryia (2008, p. 266), a assepsia “é o conjunto de


medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que
logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

1.2. Métodos para controle de microrganismos – Classificação

Como visto, os métodos para controle de microrganismos podem ser classificados em


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dois tipos, sendo eles métodos físicos ou métodos químicos, como veremos na tabela a
seguir:

Tabela 1 – Métodos físicos e químicos para controle de microrganismos.

Fonte: Adaptado de GONÇALVES (2019)

2. OBJETIVO

- Conhecer os principais materiais e equipamentos e equipamentos utilizados em laboratório


de microbiologia para controle de microrganismos;
- Definir sterilização, desinfecção, antissepsia e assepsia;
- Preparar as vidrarias e meios de cultivo para serem utilizados em análises microbiológicas,
utilizando o método de calor úmido sob pressão (autoclavagem);
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- Verificar a eficiência dos agentes físicos e químicos sobre os microrganismos.

3. MATERIAL

- Autoclave - Água ultrapura


- Placas de petri - Algodão
- Tubos de ensaio - Câmara de fluxo laminar
- Becker - Erlenmeyer
- Papek Kraft (estava em falta e foi - Swab
substituído pelo papel comum) - Balança
- Pipetas de vidro – volumes variados - Incubadora
- Espátulas

4. PROCEDIMENTO

Na aula prática em questão, a professora e a técnica do laboratório explicaram aos


alunos, através da demonstração, as funções dos materiais utilizados para o cultivo de
microrganismos, sendo eles:

- Cultivo de microrganismos:

 Meios de cultura;  Câmaras de inoculação: assépticas e


 Vidrarias; de fluxo laminar.
 Câmaras de cultivo;
- Esterilização:

 Autoclave;  Forno de Pasteur;

- Para transferência de microrganismos:


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 Alças;  Pipetas estéreis;


 Agulhas de inoculação;
- Outros materiais:

 Bico de Bunsen;  Pippetadores;


 Pipetas;  Pinças, etc.

Preparação de materiais e vidrarias:

Explicou-se também como ocorre a preparação das vidrarias e utensílios diversos para
utilização nas análises microbiológicas:

- Lavagem para remoção de resíduos;


- Colocada de algodão nos bocais das pipetas;
- Colocada de tampões nas bocas de vidrarias com tampas de rosca;
- Colocada de tampões em tubos de ensaio;
- Empacotamento das vidrarias e demais utensílios em embalagens adequadas de papel Kraft
ou similar;
- Identificação com nome da equipe e data;

Esterilização:

Todo o material foi armazenado na autoclave e mantido por cerca de 15 minutos à


temperatura de 121°C, em seguida levados à estufa de Pasteur para secagem a 100°C.

5. EXPERIMENTO DE PRICE

Durante a aula prática foi realizado o experimento de Price, que, de acordo com
Perdoncini (2019), consiste em verificar a presença de microrganismos no ambiente e na
pele e averiguar os efeitos da higienização das mãos.
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Procedimento do experimento de Price:

- Dividir a placa de Petri com nutrientes em três partes, com lápis marcador e identificar.
- Semear um terço da placa de ágar, identificando-o como “mão sem lavar” (utilizamos
MS para mão suja), pressionando levemente o dedo indicador no local desejado.
- Lavar as mãos com detergente, vigorosamente, em todas as superfícies, durante 5
minutos e semear outro terço da placa de ágar com o dedo indicador, este indicado como
“mão lavada” (utilizamos ML);
- Lavar as mãos novamente e desinfetar com álcool 70%, semeando o terço restante da
placa de ágar, pressionando novamente o dedo indicados, este indicado com “Mão com
álcool” (utilizamos MA);
- Realizar a incubação a 37°C durante 48h.

Resultados do experimento de Price:

Após o processo de incubação do meio, foram obtidos os seguintes resultados:

- Terço da placa MS (Mão suja) – Observou-se a formação de colônias de fungos com


maior intensidade.
- Terço da placa com identificação ML (Mão lavada) – Observou-se a formação de
colônias de fungos, porém com menos intensidade, mostrando que a lavagem das mão
não é completamente eficaz.
- Terço da placa de ágar com identificação MA (Mão com álcool) – Observou-se que não
houve a formação de colônias e o local permaneceu livre de microrganismos, mostrando
que a desinfecção das mãos com álcool 70% foi eficaz na eliminação de microrganismos.

A imagem abaixo mostra com clareza a formação das colônias de fungos em dois
terços da placa de Petri com ágar.
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Imagem 1 – Placa de Petri com ágar após o experimento de Price.

Fonte: PRODUÇÃO PRÓPRIA (2019)

6. CONCLUSÃO

Com a aula prática realizada, vimos a importância dos procedimentos de preparo e


esterilização dos materiais e utensílios utilizados no laboratório de microbiologia, tais
procedimentos objetivam a viabilização de análises com resultados onde a interferência de
microrganismos contaminantes seja mínima, foi possível entender as funções dos
equipamentos utilizados para esterilização, bem como o seu funcionamento e preparo para
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utilização.
Ainda na aula realizada, vimos e pudemos compreender algumas definições de
esterilização, desinfecção, antissepsia e assepsia, e também os métodos físicos e químicos
utilizados nestes procedimentos.
Durante o experimento de Price, foi vista a importância da correta higienização das
mãos no controle de microrganismos, mostrando duas situações onde as formações das
colônias de fungos aparecem em maior e menor intensidade e uma terceira situação, onde
não houve a formação da colônia.

7. REFERÊNCIAS

GONÇALVES, F. B. Métodos físicos de controle de microrganismos. Disponível em: <


https://www.infoescola.com/microbiologia/metodos-fisicos-de-controle-de-
microorganismos/> Acesso em: 29 de junho de 2019.

GONÇALVES, F. B. Métodos químicos de controle de microrganismos. Disponível em: <


https://www.infoescola.com/microbiologia/metodos-quimicos-de-controle-de-
microorganismos/> Acesso em: 29 de junho de 2019.

MILLER, C. H. Controle de infecção e gerenciamento de produtos perigosos para a


equipe de saúde bucal. Tradução Daniele Vieira – 6. ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2018.

MORYIA, T.; MÓDENA, J. L. P. Assepsia e antissepsia: Técnicas de esterilização.


Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/272/273> Acesso em: 29 de
junho de 2019.

PERDONCINI, M. R. F. G. Averiguação da presença de microrganismos no ambiente e


experimento de Price. Universidade Federal Tecnológica do Paraná, Campo Mourão: 2019.

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