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UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS PARA SEMEAÇÃO E

INOCULAÇÃO DE AMOSTRAS NOS MEIOS DE


CULTURA

Componentes: Ellen Matos, Isadora Tavares, Laiza Motta, Luna Vieira, Manuela Alves e Maria
Eduarda Marques.
Turma: 2º Biotecnologia.
Disciplina: Microbiologia.
Professor: Fernanda Bottino

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1. INTRODUÇÃO

As técnicas de semeadura são métodos que consistem na transferência de inóculos


microbiológicos para um determinado meio de cultura onde ele possa se desenvolver para que seja
analisado posteriormente. Atualmente existem diferentes tipos de técnicas de semeadura, cada uma
para atender as especificidades dos microrganismos que serão analisados. A técnica de semeadura
por esgotamento, por exemplo, é uma das mais utilizadas quando se quer isolar culturas puras de
culturas mistas (isto é: cultura mista: formada por diversas populações de microrganismos. Cultura
pura: formada por uma população derivada de uma única célula microbiana), afim de possibilitar
a formação de colônias isoladas e consequentemente identificar os m.o que cresceram no meio.
Pode-se falar também da técnica de Pour-Plate, que é eficiente no quesito da contagem bacteriana
e também para a análise dos microrganismos anaeróbicos – sabendo-se que a técnica conta com o
adicionamento de uma outra camada de meio fundido após o endurecimento da primeira camada.

Para além destas, existem outras técnicas; algumas específicas para placas de Petri e outras
para tubos – seja em um meio sólido ou líquido. Os meios sólidos são essenciais para uma semeação
onde os m.o permanecerão imobilizados garantindo que elas cresçam e formem a Unidade
Formadora de Colônia (UFC), em Inglês, Colony Forming Unit, que é a unidade de medida
responsável por estimular a quantidade de bactérias ou fungos viáveis – aqueles que possuem a
capacidade de multiplicar – presentes em uma determinada amostra. Normalmente, essa contagem
é realizada em uma placa de Petri que contenha agar. O agar é a substância gelificante que vai fazer
com que este meio seja sólido. Como exemplo, pode-se citar o Brain Heart Infusion e o
MacConkey.¹

Contudo, a respeito das técnicas para realização em placas, pode-se citar: a técnica de
Estrias Simples, utilizada para visualização de determinadas propriedades metabólicas e produção
de pigmentos; Spread Plate ou distenção, que é bastante usada na realização de antibiogramas e
tem como objetivo a obtenção de crescimento confluente ou então contribuir para uma possível
contagem bacteriana; e, como citado anteriormente, as técnicas de Esgotamento em estrias ou

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estrias múltiplas e a Pour-Plate. Já para os tubos, há as técnicas: Estria sinuosa, para obtenção de
intensa massa de microrganismos; Estria reta, que proporciona a obtenção de uma pequena massa
de microrganismos; Picada central e Picada em profundidade, ambas utilizadas para verificar
fermentação e motilidade em algumas técnicas, e ainda, a técnica de Difusão, um repique genérico
para crescimento bacteriano em meio líquido.

¹ O Agar Brain Heart Infusion (BHI) é um meio de cultura sólido, não seletivo e rico em nutrientes;
há em sua composição a infusão de cerébro e coração juntamente com a peptona e componentes de
glicose. Este, é um meio ideal para o desenvolvimento e crescimento de microrganismos em geral,
incluindo as leveduras, bactérias e fungos, que se dá em razão da capacidade de manuntenção e
isolamento deste m.o. Já o Agar MacConkey é um meio diferencial e seletivo – contém a
combinação de sais biliares a cristal violeta – indicado para o cultivo de bactérias gram-negativas,
que por sua vez, se diferenciam em razão da capacidade de fermentar a lactose; estas produzem
colônias que se coram de rosa, fazendo com que as incapazes desta função permaneçam incolores.

Estria sinuosa Estria reta Picada central Picada em Profundidade Difusão (meio líquido)

Estria Simples Esgotamento em estrias Spread-Plate ou distensão


Pour-Plate ou estrias múltiplas

Fonte das imagens: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/09/tecnicas-de-semeadura.html

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2. OBJETIVO

 Realizar a inoculação e semeadura bacteriana in vitro a partir da amostra do canal do cunha e


de um probiótico;
 Aprender diferentes técnicas de semeadura e inoculação das bactérias extraídas das amostras
coletas pela professora;
 Compreender a utilização de meios de cultura com diferentes consistências (apenas em
estado sólido e no estado líquido) para um melhor estudo bacteriano.

3. MATERIAIS UTILIZADOS

Vidrarias
 Tubo de ensaio
 Placa de Petri
Utensílios
 Pipeta sorológica
 Pipeta Pasteur
 Alça de drigalsky
 Agulha de platina
Equipamentos
 Bico de Bunsen
 Estufa (37°C)
Reagentes
 Amostra do canal Cunha
 Agar BHI liquefeito

4. PROCEDIMENTOS

Técnica pour-plate :
Primeiramente, realizamos a higienização das mãos com água e sabão, depois, fizemos a
antissepsia das mesmas com álcool 70%.
Após a antissepsia, colocamos o EPI necessários para a preparação da semeadura, neste momento,
apenas o jaleco.
Para iniciar a técnica, abrimos o tubo de ensaio contendo a amostra (água do Canal do Cunha) e
flambamos a boca do tubo;
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Com o auxílio de uma pipeta sorológica, adicionamos ImL da amostra em uma placa de Petri vazia;
Após isso, Flambamos a boca do tubo que contém a amostra antes de fecharmos o tubo;
Logo, Adicionamos o meio de cultura agar BHI liquefeito (aquecido a 50°C) sobre a amostra na
placa de Petr e homogeneizamos a solução movendo em forma de "o" com a placa de Petri;
Após a solidificação do meio, incubamos as placas invertidas em estufa a 35-36°C por 48 horas;
Por fim, na presença de microrganismos na amostra, as colônias se desenvolverão tanto acima como
abaixo da superfície.

Técnica de semeadura superficial (spread-plate ou espalhamento):


A técnica de Spread plate foi utilizada para a produção de um segundo meio de cultura
com a amostra do canal do Cunha, mas desta vez o meio MaConkey foi usado.
Primeiro o tubo de ensaio com a amostra foi aberto e a parte superior do objeto foi
devidamente esterilizada através da flambagem no bico de Bulsen.
Sobre o Agar já solidificado, uma pequena quantidade da substância retirada do Canal do
Cunha foi colocada na placa de Petri, através de uma pipeta Pasteur. Como a amostra já fora
usada, a parte superior do tubo foi flambada novamente e devidamente fechada.
Para o próximo passo foi nescessario uma alça de Drigalsky. Para obtê-la um bastão de vidro
foi levado ao bico de Bulsen, onde o vidro pode ser "moldado" para que atingisse a forma de
uma alça de Drigalsky de fato. Com ela a amostra foi espalhada por toda a superfície do agar,
através de movimentos circulares.
Em seguida o meio de cultura foi levado até a estufa, onde fora colocado "de cabeça para
baixo", para que o vapor acumulado não caísse em cima do meio de cultura, de forma a
comprometer o possível crescimento de colônias. A temperatura dentro do referido equipamento
foi ajustada para 35-36°C e o meio foi incubado durante 48 horas.

Técnica de inoculação em meio líquido (caldo) em tubo de ensaio com alça de platina:

Inicialmente, todos os integrantes do grupo colocaram os EPI'S necessários para a realização


da técnica com segurança;

Em seguida, a bancada foi organizada e foi estabelecida uma área de segurança ao redor do bico de
Bulsen;

Após isso, a alça de platina foi flambada assim como o tubo após o mesmo ser aberto contendo o
meio líquido;

Foi realizado o mesmo procedimento com o tubo de ensaio que continha a água do canal do Cunha;

Logo após, o tubo foi inclinado contendo o meio de cultura líquido e a amostra foi inoculada na
parede lateral do tubo;
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Em seguida, a boca do tubo foi flambada e o mesmo foi fechado, após isso, o mesmo foi recolocado
em sua posição original;

A alça de platina foi flambada novamente;


Depois, os tubos foram incubados na estufa a 35-36° aproximadamente durante 48 horas.

Tecnica de escotamento por meiode estrias superficiais


Inicialmente, foi posto pelos integrantes do grupo todos os EPI'S necessários;

A bancada foi organizada e então foi estabelecido uma área de segurança em volta do bico de
Bulsen;

Em seguida, a alça de platina foi flambada assim como o tubo de ensaio, após ser aberto, que
continha amostras do probiótico fiore;

Com o auxílio da alça de platina, foi coletado uma suficiente quantidade de probiótico de dentro do
tubo de ensaio;

Após esta coleta, a "boca" do tubo foi novamente flambada, e então, fechada e reservada na
bancada;

A amostra coletada pela alça de platina foi adicionada numa placa de Petri que continha o agar BHI,
e a técnica de esgotamento por estrias foi realizada;

Em seguida, após a realização da técnica, a alça de platina foi flambada novamente para que
qualquer resíduo do probiótico fosse exterminado através da chama do bico de Bulsen;

A placa foi devidamente tampada e posta na estufa por cerca de 48hrs numa temporada de 36-37°C.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da técnica pour plate um meio de cultura BHI com uma amostra da água do canal do Cunha foi
produzido, onde colônias se estabeleceram pela superfície do ágar e também na parte interior. Um dos
principais motivos para essa disposição das colônias é devido a técnica utilizada, onde resumidamente a
amostra foi misturada ao agar ainda no estado líquido, formando uma mistura homogênea, para enfim ocorrer
os processos de solidificação e incubação.

Utilizando a técnica spread-plate uma placa de Petri com Agar MacConkey e uma amostra do canal do
Cunha foi produzido. Nesse meio de cultura as colônias podem ser observadas na parte superior do Agar,
devido a técnica utilizada que consiste no espalhamento através de uma alça de Drigalsky da amostra no agar
já sólido, para enfim ocorrer a incubação.

Um terceiro meio de cultura utilizando a amostra do canal do Cunha foi produzido, desta vez utilizando a
técnica de inoculação no caldo em tubo de ensaio com alça de platina. É interessante notar o fato de que este
meio fica turvo quando há microorganismos.

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Finalizando a primeira parte da aula um meio BHI contendo amostra da microbiota das mãos foi feito.

Quanto aos resultados da segunda parte da aula, foram produzidas 5 placas de petri contendo meios de
cultura BHI com amostras de probiótico activia e Fiorre através da técnica de esgotamento por meio de estrias
superficiais, logo as colônias bacterianas puderam ser vistas na aula seguinte na superficie do Agar
solidificado.

Por fim um tubo de ensaio com a amostra do probiótico Fiorefoi feito através da técnica de
inoculação em meio sólido em tubo de ensaio com agulha de platina. Nesse meio de cultura as
colônias puderam ser observadas na aula seguinte na superfície do Agar.

Imagens tiradas em laboratório pelos alunos

6. CONCLUSÃO

Em nossa aula prática podemos ter maior compreensão teórica e prática das noções básicas da
realização de um cultivo bacteriano in vitro com a utilização de diferentes técnicas. Podemos dizer
que todas as nossas metas e expectativas como estudantes e futuros técnicos em biotecnologia foram
supridos com excelência, com a feitura da inoculação de amostras bacterianas, aprendizado e
realização de diferentes técnicas para a sua semeadura, a utilização de meios de cultura em
consistência para um melhor estudo e análise das bactérias inoculadas e a aplicação dos
conhecimentos obtidos em aula teórica de Microbiologia II sobre a importância dos meios de cultura
para uma semeadura in vitro e os nutrientes necessários para a bactéria se desenvolver seguindo sua
morfologia.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Conheça técnicas de semadura em laboratório de microbiologia. Disponível em:


https://www.prolab.com.br/blog/curiosidades/conheca-tecnicas-de-semeadura-em-laboratoriode-
microbiologia/ Acesso em: 2 nov. 2022
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Técnicas de semeadura. Disponível em: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/09/tecnicas-
de-semeadura.html Acesso em: 2 nov.2022

Técninas de semeadura. Disponível em: http://www.unirio.br/ib/dmp/nutricao-


integral/aulaspraticas/Tecnicas%20de%20Semeadura%20-%202019.2.pdfz Acesso em: 2 nov.
2022

Técninas de semeadura. Disponível em: http://www.unirio.br/ib/dmp/nutricao-


integral/aulaspraticas/Tecnicas%20de%20Semeadura%20-%202019.2.pdfz Acesso em: 2 nov.
2022

Roteiro de aulas práticas na disciplina de bacteriologia da Universidade Federal de Juiz de For a.


Disponível em: https://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/05/ROTEIRO-PARAAULAS-
PR%C3%81TICAS-bacteriologia-2018-vers%C3%A3o-02-2018.pdf Acesso em: 2 nov. 2022

Roteiro de aula prática de microbiologia. Disponível em: https://www2.ifmg.edu.br/betim/ensino-


1/retornogradual/RoteiroAulaprticadeMicrobiologia.pdf Acesso em: 2 nov 2022

Diferencie as técnicas de semeadura em meio líquido em meio semissolido e em meio sólido.


Disponível em: https://www.passeidireto.com/pergunta/36927102/diferencie-as-tecnicas-
desemeadura-em-meio-liquido-em-meio-semissolido-e-em-mei Acesso em: 2 nov. 2022

Agar Macconkey. Disponível em:


https://www.casalab.com.br/produtos/67/356_#:~:text=O%20%C3%A1gar%20Macconkey%2
0%C3%A9%20o,de%20s%C3%B3dio%20e%20dois%20corantes Acesso em: 2 nov. 2022

Agar macconkey o mais antigo e eficiente meio de cultura para bacterias. Disponível em:
https://www.laborclin.com.br/agar-macconkey-o-mais-antigo-e-eficiente-meio-de-culturapara-
bacterias/ Acesso em: 2 nov. 2022

Entenda para que serve o Caldo BHI. Disponível em:


https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos-aplicacoes/entenda-para-que-serve-o-caldobhi-e-
sua-funcao-como-base-para-cultivo-de-microorganismo-em-agar/ Acesso em: 1 nov. 2022

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