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Introdução ao conceito de arte

Apresentação
O ser humano registrou suas marcas ao longo do tempo por meio da arte e também classificou as
linguagens artísticas, suas produções e representações simbólicas.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender o conceito de arte, diferenciar os seus
tipos e aprofundar a sensibilidade para compreender a sua dimensão estética.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Reconhecer o conceito de arte.


• Classificar os tipos de artes existentes.
• Apontar para a noção da estética na arte.
Desafio
Você sabia que a palavra "arte" vem do latim e significa técnica e habilidade? Sabendo da
subjetividade desse tema, será possível conceituar arte?

Você é professor em uma escola do ensino fundamental e decide trabalhar o conceito de arte com
seus alunos. Para isso, os desafia a criar uma obra de arte até o final do mês. Para expandir a
reflexão sobre o tema, a turma assiste ao vídeo Ateliê do artista: Vik Muniz (2019), disponível em:

Clique aqui

O artista brasileiro Vik Muniz tem uma produção extremamente variada e, em um dos seus
projetos, trabalhou com materiais recolhidos em aterros sanitários para constituir suas obras. Isso
não se deu ao acaso. A proposta dele era justamente promover a reflexão sobre o que é descartado
na nossa sociedade, ao mesmo tempo em que criava arte com aquele material. Vik Muniz tem como
marca a produção fotográfica, na qual trabalha com imagens formadas a partir de materiais não
convencionais como chocolate ou geleia, que poderiam ser descartados no lixo, além de papéis e
tintas.

Ao final da exibição, todos debatem sobre o que foi visto. Buscando expandir a visão dos
estudantes sobre o assunto e considerando tudo o que estudou até o momento, como você explica
para os estudantes a possibilidade da transformação do lixo em arte?
Infográfico
A partir dessa sistematização de ideias, veja, no Infográfico, os tipos de artes e as suas formas de
expressão humana.
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Conteúdo do livro
O homem, desde o início, sempre deixou vestígios da existência de criações artísticas,
como gravações em pedras, pinturas e produção de cerâmicas utilizadas no seu cotidiano,
expressando, por meio dessas ações, seus próprios sentimentos e sua visão de mundo. Portanto, é
possível aprender um pouco sobre o ser humano por meio das diversas expressões e manifestações
artísticas dos diferentes povos.

Na obra História da arte, leia o capítulo Introdução ao conceito de arte, que aborda a importância do
conceito de arte e os diferentes tipos de artes existentes.

Boa leitura.
HISTÓRIA
DA ARTE

Priscila Farfan Barroso


UNIDADE 1
Introdução ao
conceito de arte
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer o conceito de arte.


 Classificar os tipos de artes existentes.
 Apontar para a noção da estética na arte

Introdução
O homem registrou suas marcas ao longo do tempo por meio da arte e,
também, classificou essas artes e os símbolos para representá-las.
Neste capítulo, você irá compreender o conceito de arte, diferenciar
os seus tipos e aprofundar a sua sensibilidade para compreender a di-
mensão estética.

O que é arte?
A arte é uma área do conhecimento que analisa as obras de artes por meio de
estilos artísticos e valor estético. Dewey (2010, p. 128) complementa dizendo
que “[...] a arte, em sua forma, une a mesma relação entre o agir e o sofrer,
entre a energia de saída e a de entrada, que faz com que uma experiência
seja uma experiência.”. Assim, a arte reflete aspectos do contexto social,
econômico, político e religioso em que a sociedade vive em determinado
período. No entanto, essa não é uma área que se basta, pelo contrário, ela
conta com outras ciências para complementá-la e ampará-la nessas análises,
como história, antropologia, filosofia, arqueologia e sociologia. Observe a
pintura da Figura 1.
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Figura 1. Pintura de Leonid Afremov.


Fonte: Draw as a Maniac (2012).

Desde o início da história da humanidade, encontramos vestígios da existên-


cia de criações artísticas, sejam gravadas nas pedras ou por meio da produção
de cerâmica utilizada no cotidiano, expressando seus sentimentos e sua visão
de mundo ao modelar. No decorrer da história da arte é possível aprender um
pouco sobre o ser humano na sua evolução e com as diversas expressões e
manifestações artísticas dos diferentes povos. Se você considerar que todas as
culturas, mesmo em circunstâncias materiais muito difíceis, desenvolveram
sua forma de arte, nesse sentido, cabe a arte:

Papel de clarificação das relações sociais, ao papel de iluminação dos homens


em sociedades que se tornavam opacas, ao papel de ajudar o homem a reco-
nhecer e transformar a realidade social. Uma sociedade altamente comple-
xificada com suas relações e contradições sociais multiplicadas, já não pode
ser representada à maneira dos mitos (FISCHER, 1983, p. 1).

Podemos dizer, ainda, que a arte também pode ser pensada como disciplina,
pois se constitui de tudo o que o ser humano vem produzindo por necessidade
ou para expressar seus sentimentos e emoções, com manifestações de ordem
estéticas realizadas ao longo do tempo.
O artista é quem emprega o ato de produção e se entrega ao prazer da
criação, como explica Dewey (2010, p. 130): “[...] é alguém não especialmente
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dotado de poderes de execução, mas também de uma sensibilidade inusitada às


qualidades das coisas. Essa sensibilidade também orienta seus atos de criação.”.
Arte é um termo que vem do latim, e significa técnica e habilidade. Por-
tanto, podemos considerar que é a linguagem fundamental para estimular o ser
humano na criação das práticas culturais de seu povo, pois é por meio da arte
que se veicula à noção de estética e imprime a noção da beleza, permitindo
materializar algo que inspira.
Dessa forma, a arte passa a ser uma atribuição humana, que é produzida
em um determinado contexto social, pois, como enfatiza o crítico de arte
John Ruskin (apud PROENÇA, 2003, p. 7): “As grandes nações escrevem sua
autobiografia em três volumes: o livro de suas ações, o livro de suas palavras
e o livro de sua arte.”.
Assim, podemos afirmar que, além de forma de se expressar, a arte se
apresenta também em sua finalidade, conforme nos diz Ferreira (2011, p. 67):

A finalidade da arte não se restringe a produzir o útil ou o belo, o prazer. É


mais que isso. A arte pode contribuir para a compreensão do mundo real e
expressão da verdade. O artista, através de sua obra de arte autêntica, pode
protestar contra as barbáries do mundo, transformando a submissão em ato
de luta, buscando resgatar a dignidade humana, o ser humano pleno, rumo
a uma sociedade melhor, mais justa e mais democrática, onde todos possam
ter acesso aos bens culturais de consumo e ao lazer.

Dentre muitas classificações possíveis, podemos dividir as manifestações


artísticas em quatro linguagens essenciais:

 Artes visuais — todos os ‘tipos’ de arte que atuam no campo da visua-


lidade, como a pintura, o desenho, a gravura, a escultura e a fotografia.
 Dança — trata da relação do corpo em movimento em um determinado
tempo e espaço.
 Teatro — se vale da representação e da encenação para contar uma
história.
 Música — atua com sons, silêncios, timbres, alturas e intensidades em
seu percurso de criação.

Não é fácil definir um critério objetivo e universal para apresentar o con-


ceito de arte ou as linguagens artísticas que nele habitam. Inicialmente, essa
definição ficou restrita às áreas do conhecimento tradicionais e consideradas
artísticas, que resultavam em uma impressão estética a seu receptor.
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Veja o documentário “Ferreira Gullar – A necessidade


da arte” (SESCTV, 2010) em que o artista Ferreira Gullar
se pergunta sobre os processos de existência da arte e
o caráter de humanidade nas obras produzidas. Além
disso, no vídeo ele reflete sobre as potencialidades de
algumas obras relacionando suas intencionalidades
aos papéis na história da arte.
Acesse em:

https://goo.gl/PvxLjU

Tipos de Artes: uma classificação possível


O intelectual italiano Ricciotto Canudo publicou, em 1923, o Manifesto das
Sete Artes, e é a partir dele que nos apoiaremos para propor uma classificação
que agrupa a arte em elementos básicos de linguagem (CANUDO, 1995).
São eles: música, artes cênicas, pintura, escultura, arquitetura, literatura e
cinema. Mais tarde, também foram consideradas mais quatro linguagens
que compõem a área: fotografia, história em quadrinhos, jogos de vídeo e
de computador e arte digital. Vamos focar nessas sete primeiras, e falar um
pouco mais de cada uma.
A forma de arte que combina sons e ritmos é nomeada música. Esta é
uma prática cultural que se dá em diferentes sociedades desde a pré-história.
Apesar de conter elementos comuns, a sua forma e seu conteúdo podem
variar de acordo com a cultura e o contexto social. Desse modo, é difícil
classificar a música em gêneros, já que existe uma grande variação musical
conforme a cultura e a época. Essas classificações também consideram
os instrumentos utilizados, as referências musicais e os envolvidos na
produção dessa arte.
O teatro é uma arte que percorre a história da humanidade. A representação
teatral era evidenciada com as pessoas imitando animais para os membros da
sua sociedade, expondo seus sentimentos e suas emoções, narrando histórias
pertinentes aos seus povos e enaltecendo seus deuses. O teatro era percebido
pelos povos de antigamente como sagrado, e, por isso, se acreditava que rituais
e cerimônias expressos com danças, músicas e encenações dos heróis locais
poderiam trazer bom agouro para o povo que o representou.
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Todo o conjunto de manifestações artísticas que utilizam tinta aplicada


em uma superfície, chamamos de pintura. Essa arte pode ser identificada
em afrescos, pintura a óleo, pintura de mural, pintura a têmpera, entre outras
técnicas. Sabe-se que essa é uma forma de expressão utilizada como repre-
sentação desde os povos medievais e até os dias de hoje. Por muito tempo,
a pintura foi a única maneira de registrar e reproduzir a imagem de pessoas
e lugares, até o surgimento de técnicas de reprodução de imagem por meio
da máquina, como a fotografia, na Revolução Industrial no século XIX, e,
posteriormente, a câmera de vídeo e o computador.

Hoje em dia, não utilizamos mais a divisão entre pintura e escultura. Ambas são classi-
ficadas como linguagens das Artes Visuais, possuem singularidades e especificidades
em seu fazer e na forma de se ver, assim como o desenho, a fotografia e a gravura,
por exemplo.

A escultura se dá por meio de modelação e transformação de materiais


que podem passar por esse processo com diferentes técnicas: moldagem,
fundição, cinzelação ou a aglomeração de partículas, entre outros. Conforme
o material utilizado, mais perene e mais durável será a obra, podendo ser eles:
pedra, mármore, calcário, granito, ouro, prata, bronze ou argilas e madeiras.
As primeiras esculturas foram encontradas na Índia e na China com alguns
vasos em bronze fundido que datam do século X a.C. e 220-206 a.C. Observe
um exemplo de escultura na Figura 2.

Figura 2. Escultura em bronze.


Fonte: bearvader/Shutterstock.com.
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A arte que projeta e constrói edificações é a arquitetura. Para realização


dessas edificações, há inspirações que consideram a harmonia das proporções,
a estética da obra, as técnicas funcionais e estruturais, o material utilizado, o
local em que será construído, entre outros fatores. Essa arte se desenvolveu
no Egito Antigo com a construção de grandes obras, como os palácios de
pirâmides e a estátua da esfinge, realizadas pelo governo dos faraós.
A poesia utiliza a linguagem humana para expressar seus sentimen-
tos e situações cotidianas, baseada em recursos linguísticos e estéticos.
Seu objetivo é retratar algo real ou imaginado, de forma lírica, veiculando
informações ao receptor sobre alguma questão pertinente à sociedade na
qual se vive. A obra produzida pela poesia é chamada de poema, e o poeta
é aquele que a realiza. Essa forma de arte foi bastante usada como técnica
de memorização e transmissão oral nas sociedades pré-históricas, quando
ainda não existia a escrita.
Mais recentemente, surge aquela que é considerada a “sétima arte”, o
cinema. Com os irmãos Lumìere, na França, em 1895, surgiu o cinematógrafo,
inspirado no domínio fotográfico com a ideia de síntese de movimento e na
proposição sonora. Aos poucos, essa arte foi envolvendo grandes eventos sociais
e também foi recebendo investimentos milionários para se aperfeiçoar. Cada
vez mais documentários e filmes transmitem e veiculam imagens e mensagens
que provocam, informam e causam sensações nos seus expectadores.

Sobre o conceito de arte nos dias atuais, é interessante assistir a um dos episódios do
Programa Estilhaços (SESCTV, 2017), chamado “O corte do poeta e a arte do açougueiro”,
que evidencia conceitos éticos dos poetas, seja na poesia de versos na rua ou no corte
do açougueiro que também desenha um pedaço de carne.

https://goo.gl/sT6toj

Noção de estética na arte


Quando falamos de arte, também atribuímos a ela noções sobre estética.
Como diz Azevedo Junior (2007, p. 7): “[...] arte é uma experiência humana
de conhecimento estético que transmite e expressa ideias e emoções.”. Logo,
Introdução ao conceito de arte 19

a obra realizada informa sobre elementos estéticos por meio da sua aparên-
cia, de seu conteúdo e até mesmo da sua relação com o ambiente no qual ela
está exposta. Porém, o que é acionado quando falamos de estética? Vamos
aprofundar um pouco mais esta questão!
A filosofia nos ensina que a estética é um parâmetro medido por meio de um
julgamento realizado pelo ser humano, que considera o universal e o particular
para essa análise. Portanto, ao observar uma obra, você compara o que está
vendo e percebendo ao que já conhece da sociedade em que vive. Logo, após
essa análise mais minuciosa é possível concluir nosso posicionamento sobre
a obra, ao mesmo tempo em que estabelecemos um acordo social entre os
membros da sociedade, às vezes mais inconsciente do que consciente, sobre
o que é belo e o que não é.
A arte envolve formas de registrar a imaginação ou a realidade por meio de
representações imagéticas carregadas de significados com valores artísticos.
Esses valores também estão articulados à noção de estética, uma vez que a
obra é produzida com certa intencionalidade, podendo variar conforme as
pessoas, os locais e os períodos. Conforme avalia Lacoste (1986, p. 38): “[...]
a arte, enquanto representação, contemplação por um olhar puro, responde,
de fato, a uma espécie de apelo inconsciente da vontade.”. Essa vontade está
aliada à expressão do ser humano no mundo, que ao ser realizada na arte
comunica ao outro alguma mensagem.
Essa questão é reforçada por Proença (2003, p. 8), quando ela analisa
que a arte não é algo isolado e pontual, mas que está atrelada às atividades
humanas a todo mundo, uma vez que: “[...] a preocupação do homem com a
beleza está tão presente nas culturas, que até mesmo objetos essencialmente
úteis são concebidos de forma harmoniosa e apresentam-se em cores muito
bem combinadas.”. Nesse sentido, cores, formas e conteúdo compõem essa
experiência estética do objeto artístico, voltado para o que é considerado
belo naquela sociedade e fazendo esses objetos comporem o modo de vida
de determinada cultura.
Por fim, cabe apontar que as obras de artes também carregam noções
estéticas vinculadas aos posicionamentos políticos das pessoas e dos grupos
sociais, de modo que o que é considerado belo em um contexto pode não ser
visto da mesma forma em outro. Desse modo, percebe-se que a condição da
estética é constantemente negociada, uma vez que ela revela, apresenta e in-
forma sobre elementos pertinentes a certas pessoas ou a grupos sociais. Assim,
devemos considerar essas questões como a complexidade que envolve a arte.
Introdução ao conceito de arte 20

AZEVEDO JUNIOR, J. G. Apostila de arte: artes visuais. São Luís: Imagética Comunicação
e Design, 2007.
CANUDO, R. Manifeste des sept arts. Paris: Séguier, 1995.
DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: M. Fontes, 2010.
DRAW AS A MANIAC. The incredible art of Leonid Afremov. [S.l.], 2012. Disponível em:
<http://drawasamaniac.com/2012/12/the-incredible-art-of-leonid-afremov.html>.
Acesso em: 25 nov. 2017.
FERREIRA, R. M. R. A. Da arte e sua utilidade. Pandora Brasil, n. 34, p. 60-67, set. 2011.
FISCHER, E. A necessidade da arte. 9. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
LACOSTE, J. A filosofia da arte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
PROENÇA, G. História da arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2003.
SESCTV. Documentário: Ferreira Gullar - a necessidade da arte. [S.l.]: YouTube, 2010. 1
vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yRLDFOjxRWc>. Acesso
em: 25 nov. 2017.
SESCTV. Estilhaços: o corte do poeta e a arte do açougueiro. [S.l.]: YouTube, 2017. 1
vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fUzTSv8fgkw>. Acesso
em: 25 nov. 2017.
Dica do professor
Afinal, o que é arte e como podemos definir a estética na arte?
No vídeo da Dica do Professor, você vai poder aprofundar seus estudos e refletir a partir de
exemplos pertinentes ao tema.

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Exercícios

1) A arte é filha do seu tempo e, por isso, reflete e influencia aspectos do contexto social,
econômico, político e religioso da sociedade em que vivemos. No entanto, essa não é uma
área que se basta; pelo contrário, ela conta com outras ciências para complementá-la e
ampará-la como história, antropologia, filosofia, arqueologia e sociologia, por exemplo. Aliás,
muito do que conhecemos de sociedades primitivas e de momentos históricos de outros
tempos devemos às manifestações artísticas que terminam por guardar esse legado da
humanidade, dialogando com o tempo presente. Nesse contexto, podemos afirmar que:

A) a arte é uma forma de compreender o mundo, sendo restrita ao período histórico em que fora
produzida.

B) é impossível aprender sobre o ser humano e sua evolução a partir das diversas expressões e
manifestações artísticas dos diferentes povos.

C) as outras áreas do conhecimento, como antropologia, sociologia e filosofia, por exemplo,


pouco contribuem para ampliar o conhecimento em arte.

D) as manifestações artísticas são herança da humanidade, possibilitando a compreensão de


determinada sociedade, de seu modo de viver e de produzir conhecimento.

E) a arte, por não ter um conteúdo próprio e depender de outras ciências para sua análise, é um
campo de conhecimento restrito aos historiadores.

2) Para o pesquisador italiano Ricciotto Canudo (1995), uma possibilidade de classificar a arte é
agrupar suas manifestações a partir dos elementos básicos da linguagem. Inicialmente, esse
agrupamento se refere a sete tipos de linguagens artísticas e, mais tarde, também passaram
a ser consideradas outras quatro formas de conhecimento artístico, totalizando, assim, onze
aspectos. Na primeira classificação de Canudo, os agrupamentos se dividem em:

A) música, artes cênicas, pintura, escultura, arquitetura, literatura e cinema.

B) artes visuais, dança, teatro, performance, música e arte digital.

C) fotografia, história em quadrinhos, escultura e jogos de vídeo e computador.

D) dança, música, poesia, arte digital e cinema.


E) arquitetura, literatura, artes plásticas, artes cênicas e fotografia.

3) Arte é um termo que vem do latim ars e significa técnica e habilidade. Portanto, podemos
considerar que é a linguagem fundamental para estimular o ser humano na criação das
práticas culturais de seu povo, pois é por meio da arte que se veicula à noção de estética e
imprime a noção da beleza, permitindo materializar algo que inspira ou que se pretende
questionar. Por muito tempo, a pintura foi a única maneira de registrar e reproduzir a
imagem de pessoas e lugares, bem como do contexto social e cultural de um povo, situação
essa que só se modificou com o surgimento de técnicas de reprodução de imagem pela
máquina, pós-Revolução Industrial. Dentre essas técnicas e modos de fazer arte na
contemporaneidade, é correto destacar:

A) a fotografia e o cinema.

B) o cinema, a escultura e o computador.

C) a escultura, a fotografia e a arte digital.

D) a invenção do computador, a fotografia e a pintura.

E) a fotografia, a câmera de vídeo, o computador e o cinema.

4) Azevedo Júnior (2007, p. 7) afirma que “[...] arte é uma experiência humana de
conhecimento estético que transmite e expressa ideias e emoções.”. Logo, a obra realizada
informa sobre elementos estéticos por meio da sua aparência, de seu conteúdo e até mesmo
da sua relação com o ambiente no qual ela está exposta. Dentre uma infinitude de
elementos estéticos, podemos considerar o seguinte:

I. A arte envolve formas de registrar a imaginação ou a realidade por meio de representações


imagéticas carregadas de significados com valores artísticos. Esses valores também estão
articulados à noção de estética, uma vez que a obra é produzida com intencionalidade,
podendo variar conforme as pessoas, os locais e os períodos.

II. Cores, formas e conteúdo ajudam a compor a experiência estética do objeto artístico,
voltado para o que é considerado belo na sociedade em que fora produzido e fazendo com
que ele construa o modo de vida de determinada cultura.

III. As obras de artes carregam noções estéticas vinculadas aos posicionamentos políticos
das pessoas e dos grupos sociais, de modo que o que é considerado belo em um contexto
pode não ser visto da mesma forma em outro.
IV. Para a filosofia, a estética é um parâmetro universal que, ao desconsiderar o particular
em sua análise, auxilia na compreensão da obra de arte e dos valores simbólicos que ela
carrega.

Está correto o que se afirma em:

A) I, II, III e IV.

B) I e II.

C) I, II e III.

D) II e III.

E) IV.

5) A filosofia nos ensina que a estética é um parâmetro medido por meio de um julgamento
realizado pelo ser humano, que considera o universal e o particular para essa análise. Ao
observar uma obra, o indivíduo compara o que está vendo e percebendo ao que já conhece
da sociedade em que vive, levando em consideração os elementos estéticos que compõem a
obra, como sua intencionalidade, seu posicionamento político e social, suas cores, formas e
conteúdo. Após essa análise mais minuciosa, é possível concluir um posicionamento sobre a
obra, ao mesmo tempo em que se estabelece um acordo social entre os membros da
sociedade, às vezes de forma mais inconsciente do que consciente, sobre o que é belo e o
que não é. De uma forma mais simplificada, é correto afirmar que, nesse contexto, a
concepção de estética na arte:

A) não é considerada porque o feio também é arte.

B) é considerada porque carrega sentidos abstratos e etéreos.

C) não é considerada porque estética é algo universal.

D) é considerada porque carrega significados com valores artísticos e estéticos.

E) não é considerada porque só é arte o que é belo.


Na prática
A arte não está dada. Pelo contrário, ela é expressa a todo mundo em vários lugares. Mais do que a
criação de um produto específico, cabe a provocação que a arte estimula. Essa disciplina incita à
reflexão, ao questionamento e à ressignificação do que antes parecia tão certo e verdadeiro.

Veja, em Na Prática, como o conceito de arte pode ser ressignificado.


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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Ana Mae – Seminário Arte, Cultura e Educação na América


Latina (2018)
Ana Mae, educadora e uma das principais referências brasileiras em arte-educação, comenta a
importância de uma educação que trabalhe a interculturalidade, ou seja, a interação entre as
diferentes culturas como um caminho eficiente para estimular a consciência do indivíduo e sua
capacidade de se relacionar com o mundo. Os encontros entre a criação artística, os meios de
aprendizado e o debate público guiam o Seminário Arte, Cultura e Educação na América Latina.
Esse depoimento foi gravado em março de 2018 no Itaú Cultural, em São Paulo/SP.

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FUNART - Fundação Nacional de artes


O Portal das Artes é o órgão responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às
artes. Acesse o site e conheça os principais objetivos dessa instituição, que é vinculada ao
Ministério da Cultura.

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Museu de Artes de São Paulo


Acesse o site e veja o acervo e as exposições deste que hoje é considerado o maior museu de arte
do hemisfério sul.
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