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CONCEITOS DE ARTE E TEATRO

O QUE É ARTE?

Qual a forma mais adequada para se definir o que vem a ser arte? Todo trabalho fruto da criatividade
é uma obra de arte? Perguntas como essas são difíceis de responder, pois não é possível colocar limites ao trabalho
artístico. No máximo, o que se pode fazer é julgar tecnicamente uma obra, levando-se em consideração a utilização
dos elementos da composição cênica, o contexto histórico no qual está inserido o autor, o estilo ao qual ele
pertence e suas maiores preocupações ao conceber tal obra.
Entender o porquê de uma obra talvez seja mais fácil do que buscar defini-la como uma obra artística
ou não. Perceber sua significação histórica provavelmente nos trará mais frutos do que nos prendermos somente ao
ideal de beleza ou mesmo de artes sublimes. Assim, numa formulação bastante simples, podemos conceber como
uma produção artística toda e qualquer obra que expressasse as idéias de alguém ou de algum grupo de pessoas de
forma simbólica por meio da utilização dos elementos compositivos, combinando-os do modo que achar mais
adequado. Vale lembrar que a obra pode apresentar apenas um objetivo meramente ornamental, sem se voltar
para a transmissão de conceitos ou pensamento.
Partindo desse princípio, notaremos que não só as pessoas que fazem cursos específicos estão aptas a
produzir obras artísticas. Até crianças podem fazê-las, apesar de sabermos que os motivos, o domínio da técnica e o
estilo são bem diferentes. A arte é, pois, uma forma de comunicação.
FUNÇÕES DA ARTE

De acordo com o interesse do artista e conforme o contexto histórico no qual está inserido, a arte pode
apresentar funções diferentes.
Função cognitiva ou pedagógica da arte: apresentar-nos eventos pertinentes à esfera dos sentimentos, que
não são acessíveis ao pensamento discursivo. Através da arte somos levados a conhecer nossas experiências vividas,
que escapam à linearidade da linguagem. A lógica é suspensa e eu vivo meus sentimentos, sem tentar traduzi-los em
palavras. Numa civilização onde cada vez são mais estritos os espaços destinados à imaginação, onde o racionalismo
elegeu o “realismo” como norma de ação e onde até mesmo o prazer deve ser comprado, a arte pode construir-se
num elemento libertador. Justamente por negar a supremacia do conhecimento exato, quantificável, em favor da
lógica do coração; por guardar em si um convite para que a imaginação atue em favor da vida dos sentimentos.
Até aqui consideramos estes dois fatores pedagógicos da arte: a livre atuação da imaginação e o
conhecimento dos nossos sentimentos, que ela possibilita. Há que se considerar, por outro lado, que a arte não
apenas permite que conheçamos nossos sentimentos, mas também propicia o seu desenvolvimento, a sua educação
– fato este a ser assinalado como o terceiro fator educativo da arte.
Como, então, podem ser desenvolvidos e educados os sentimentos?
Da mesma forma que o pensamento lógico, racional, se aprimora com a utilização constante de símbolos
lógicos, os sentimentos se refinam pela convivência com os Símbolos da arte.
Quanto mais é o contato com a arte, maior é a bagagem simbólica para “representar” e, consequentemente,
compreender as minúcias do sentimento. Ao saber como expressar ou saber onde (em quais obras) encontrar
expressos os meus sentimentos, possuo um guia seguro para desvelá-los e entendê-los.
Quando dizemos que uma obra de arte é “aberta”, significa dizer que o sentido expresso por ela se
completa através da atuação do espectador, ou seja, a obra de arte, não transmitindo um significado explícito, mas
expressando um campo geral de sentidos, possibilitando ao espectador a sua compreensão (fruição) segundo os
seus próprios sentimentos.
“A obra de arte deve apoderar-se da platéia não através da identificação passiva, mas através de um
apelo à razão que requeira ação e decisão. As normas que fixam as relações entre os homens hão de ser tratadas no
drama como temporárias e imperfeitas, mas de maneira que o espectador seja levado a pensar no curso da peça e
incitado a formular um julgamento, afinal, quanto ao que viu...”
Mais uma vertente pedagógica da arte diz respeito à oportunidade que ela nos fornece para sentir e
vivenciar aquilo que, de uma forma ou de outra, nos é impossível experimentar na vida cotidiana. E isto é a base
para que se possa compreender as experiências vividas por outros homens.
Quando no cinema, sinto as emoções do alpinista, quando, no teatro, sinto o drama dos migrantes, ou
ainda frente à tela de Goya, sinto o horror em face do pelotão de fuzilamento, descubro meus sentimentos frente a
situações (ainda) não vividas por mim, que não me são acessíveis no meu dia-a-dia.
Cada cultura possui uma forma própria de sentir um determinado sentimento básico, comum a todos
os seus membros; tal sentimento caracteriza o que chamamos de “personalidade de base” ou “personalidade
cultural”. E ainda, as culturas “civilizadas” são históricas, ou seja, modificam-se no tempo, alterando seus
sentimentos, sentidos e construções.
Neste contexto, a arte caracteriza-se por exprimir – em relação às questões da existência humana – os
sentimentos da cultura e da época em que foi produzida. Aquilo se nomeia como o “estilo” de um dado período
histórico, nada mais e que a utilização de determinadas formas de expressão, ou de determinados códigos, pautados
no “sentimento da época”.
Conhecendo a arte de meu tempo e cultura, adquiro os fundamentos que me permitem uma concomitante
compreensão do sentido vivido aqui e agora. E mais: conhecendo a arte preterida da cultura onde vivo, posso vir a
compreender as transformações operadas no seu modo de sentir e entender a vida ao longo da história, até os
meus dias.
Em termos interculturais a arte também apresenta um importante elemento pedagógico. Na medida em que
nos é dado experienciar a produção artística de outras culturas, a compreensão dos sentidos alienígenas torna-se
mais fácil. Isso, porque, através da arte, pode-se participar dos elementos do sentimento que fundam a cultura
estrangeira em questão, o que é o primeiro passo para que (a partir de nossa “visão de mundo”) se interpretem os
seus sentidos explícitos.
Porém, há que se ressaltar, que, dada sua quase universalidade, a arte tem-se mostrado como um meio
eficaz para a invasão cultural. Através dela torna-se mais fácil moldar os sentimentos da cultura invadida, para que
sinta e interprete o mundo segundo os padrões dos invasores. Quando um povo abandona seus padrões estéticos
em favor de padrões estrangeiros, brotados de condições diversas de vida, deixa de sentir com clareza. Perde-se em
símbolos que não lhe são totalmente expressivos, acabando por produzir uma arte amorfa, inexpressiva e sem vida.
Acabando por produzir uma arte que corrompe seus próprios sentimentos, ocultando-os, mais que desvelando-os.
Por fim, deve-se considerar o elemento utópico envolvido na criação artística. A utopia diz sempre respeito à
proposição daquilo que ainda não existe. Constitui-se em elemento importante dentro de uma sociedade na medida
em que significa um projeto, um desejo de transformação, que permite dirigir o olhar dos outros para direções até
então insuspeitas.
Outra função da arte é a Individual, que refere-se ao ser humano em si, tanto o autor do trabalho quanto o
seu observador. Ela trata da importância que a arte tem para quem a produz, pois permite externar o seu modo de
ver o mundo que o cerca e também suas emoções; mas ela também se liga à importância que a obra tem para o
observador, o qual pode, no contato com a arte, adquirir conhecimentos, vivenciar emoções, ver o mundo por outro
ângulo ou, pelo menos, embelezar seu ambiente. Em última análise, a arte ajuda as pessoas a aprimorarem o seu
senso estético (capacidade para reconhecer e familiarizar-se com o que é belo) e o seu senso crítico (capacidade de
refletir de forma questionadora o coerente acerca de um determinado assunto.
Outras duas funções são a Social e a Ambiental.
Social: Pensando em termos de sociedade, podemos verificar que a arte, a partir do momento em que
colabora para que um indivíduo tenha possibilidade de desenvolver seu senso estético e seu senso crítico, ajudará
não só a tornar as pessoas melhores como seres humanos, mas poderá colaborar de modo decisivo para a melhoria
das relações interpessoais e da própria organização social.
Ambiental: Trata das possibilidades de dar aos diversos ambientes um acabamento e uma configuração de
acordo com as intenções do indivíduo, procurando unir a beleza plástica com a funcionalidade dos espaços. Vê-se
muito bem esta relação quando estudamos a arquitetura e as artes decorativas, pois são linguagens mais voltadas
para uma caracterização simbólica dos diversos ambientes criados pelo homem no decorrer da história da
humanidade.
Em suas ramificações mais comuns, temos diversas outras funções, as quais variam de acordo com a intenção do
autor e de cada obra: função religiosa, política, pedagógica, decorativa, sociológica e comercial.
O QUE É TEATRO?
Cada sociedade possui padrões dramáticos próprios. Folguedos populares, canções festivas e danças
folclóricas, feiras e circos, carnavais e bailes a fantasia, são todos partes de nossa herança dramática.
Relacionados a todos os estudos dramáticos estão os conceitos e noções de teatro, que têm variado através
dos séculos na medida em que são afetados pelas atividades humanas.
O teatro implica uma centralidade artística em relação a todas as outras formas de arte: música, dança, artes
visuais e literatura.
O termo teatro deriva do grego theatrón  , que significa “lugar para contemplar”. O teatro
é um dos ramos da arte cénica (ou performativa), relacionado com a
atuação/interpretação, através do qual são representadas histórias na presença de um
público (a plateia). Esta forma de arte combina discurso, gestos, sons, música e cenografia.
Por outro lado, o vocábulo teatro refere-se igualmente ao género literário que
compreende as obras concebidas num cenário e ao edifício onde são representadas as
peças teatrais.
No sentido mais amplo, o termo atinge toda a atividade teatral, englobando dramaturgia, encenação e
produção de espetáculos. É o lugar de ver. Os teatros, como hoje em dia se apresentam, resultam de uma série de
inovações que foram sendo acrescentadas através dos tempos, quando era uma simples plataforma ao redor da
qual um grupo de pessoas se aglomerava para ver e ouvir o ator representar.
A representação teatral desenvolve-se na Grécia, no século VII a .C., a partir de rituais religiosos em
honra ao deus Dionísio.
Apesar do teatro escrito no modelo greco-romano ter sido vetado pela Igreja Católica, a manifestação
teatral sobreviveu no início do período medieval com as companhias itinerantes de acrobatas, jograis e menestréis.
- Séc. X - Depois dos dramas litúrgicos, que eram encenações pelo clero no interior das igrejas,
desenvolvem-se outras formas, como Milagres (sobre a vidas dos santos), Mistérios (discutem a fé e misturam
temas religiosos com profanos) e as Moralidades (questionam comportamentos).
- Séc. XII - encenações passam a ser ao ar livre.
- Séc. XIII – surgem os autos na Espanha – peças alegóricas que tratam de temas religiosos em
palcos provisórios. A igreja proíbe a mistura de temas religiosos e profanos – surgem as comédias medievais
totalmente profanas, entremeadas de canções. Uma peça importante é Farsa do Mestre Pierre Pathelim.
Mas o espetáculo teatral não se restringe somente a ser realizado num local institucionalizado. Ele
pode acontecer em qualquer lugar, desde que haja os três principais elementos teatrais que são: texto, ator e
público.
O ATOR (atuação)
O teatro não existe sem a sua tríade: TEXTO – ATOR – PÚBLICO, mas para que cada um cumpra o seu
papel há um personagem que dá vida ao texto, é o dramaturgo. Este existe independente da tríade, pois o seu
trabalho antes de ser uma peça teatral é uma literatura. É o dramaturgo quem cria o texto, que fica a espera de
alguém que lhe dê vida, que lhe faça falar, andar, iluminar, etc. Este é o papel do diretor teatral (ou encenador).
Quem é o ator?
É aquele que materializa o texto através da ação, emprestando ao personagem fictício sua voz e
expressão. É o seu corpo vivo quem dá vida física e espiritual à imaginação do dramaturgo. Ambos são criadores,
cada qual com sua parcela. É o dramaturgo que escreve o nome do seu personagem, enquanto o ator exerce o
caráter do personagem que vive em cada espetáculo.
A função do ator nasceu na antiga Grécia (séc. VI a.C.) quando Téspis, um homem do povo, vestiu uma
manta preta, subiu em uma carroça e declamou sozinho em diálogo com o coro em procissão.
A atividade do ator só foi reconhecida profissionalmente há Itália, com a “Commedia dell’Arte” no
século XVI.
Comediante e intérprete são sinônimos de ator, mas cada um tem seu significado específico. Assim
intérprete sugere que ele vê, à sua maneira algo que lhe foi proposto. O comediante é o que representa a COMÉDIA,
e esta por sua vez enfatiza a crítica e a correção através da deformação e do ridículo que tem como principal
objetivo provocar o riso.
Então pode-se afirmar que nem todo ator é comediante, mas este é um ator de características
próprias.
O instrumento de trabalho do ator é o seu próprio corpo que ele usa para dar vida ao personagem,
para isso é preciso que o ator tenha um treinamento técnico e disciplina, pois ao interpretar uma personagem ele
precisa ser sincero, sensível, emotivo e ao mesmo tempo racional, observador, perceptivo e trabalhando toda sua
potencialidade intelectual.
O TEXTO
O texto é obra de ficção que deve conter no seu interior o seguinte esquema: Apresentação,
desenvolvimento e solução do conflito. Esse processo construtivo sugere idéia de unidades de ação, tempo e lugar,
estimulando o interesse do espectador.
Um texto teatral deve estar vestido como o seu gênero dramático, não impedindo de que numa
tragédia haja alguns ingredientes da comédia.
Ao escrever um texto dramático, seu criador deve preocupar-se com o público e com a encenação de
sua obra, para isso é necessário que escreva as rubricas que oferecerá ao diretor ferramentas para desenvolver a
encenação e o diretor, que passará as principais idéias para o ATOR (elenco).
“O texto alinhado na biblioteca, sem além que o encene, também não é teatro. Ele preciso do
conjunto que compõe a linhagem teatral.
O texto deve ser escrito para a eficácia do espetáculo e, desde que tenha vida no palco, ele preenche o
seu objetivo primordial.

O PÚBLICO
É o que assiste o espetáculo. É o que vê a obra de arte. É o que responde a obra de arte e, portanto,
dialoga. Assim o artista, o criador, não existe sem o público. Há uma necessidade mutua entre o público e a obra
artística e entre o dois, no teatro, está o ator. Aquele que dá o oxigênio ao texto teatral.
Uma peça teatral é como um vestuário. Alguém fabrica o tecido que vai para a loja para ser vendido,
alguém compra e de acordo com a sua textura (e outras características) molda um vestuário com todos os
elementos que lhe são necessários. Aí alguém veste, mostra-se expondo-se ao público. O público, por sua vez, é
composto de vários elementos (cada qual com o seu olhar). Portanto, reações e emoções diferentes.
(MAGALDI, Sábato – Iniciação ao Teatro, págs. 15,16-com adaptações)
ELEMENTOS FÍSICOS DO TEATRO: 
Fisicamente o teatro é constituído de vários elementos, entre eles, os principais são os seguintes:
 TEATRO: É o local construído para a ação dramática, representada por atores a um
público. Compreende o palco para a representação e as acomodações para o público, e nele
atuam a equipe dramática e a equipe técnica, que se ocupam de todos os elementos da
representação incluídos seus acessórios e adereços.
 PALCO: Estrutura sobre a qual são conduzidas as representações teatrais em uma casa
de espetáculos. Os palcos assumem as mais variadas formas e localizações em função da plateia.
 BASTIDORES: Pares de painéis verticais retangulares, de madeira e pano, que escondem
do espectador as dependências laterais do palco. São também chamados pernas.
 CAMARIM: Recinto reservado, próximo ao palco, onde os atores se vestem e se maquilam
para a cena, ajudados pelos técnicos das áreas respectivas..
 CENÁRIO: Conjunto recursos visuais utilizados para criar o ambiente e a atmosfera própria
na representação do drama. Compreende painéis, móveis, adereços, bambolinas, bastidores,
efeitos luminosos, projeções etc.
 CORTINA: Peça, geralmente em tecido, que resguarda o palco. Abre e fecha nas
mudanças de ato, e ao fim ou início do espetáculo.
 ESPAÇO CÊNICO: Área do palco ocupada com a representação. Divide-se primeiramente
em direita e esquerda, conforme a visão do público.
 PROSCÊNIO: Um avanço do palco, além da boca de cena, que se projeta para a plateia.
Seu limite, comumente em forma de arco, é a ribalta
 PÚBLICO: São os frequentadores do teatro e os que apenas ocasionalmente assistem a
um espetáculo teatral. É chamado platéia por extensão do nome da parte do auditório fronteira ao
palco, devido a grande parte dos teatros disporem apenas desses assentos. O público também se
dispõe nas GALERIAS, FRISAS e CAMAROTES, quando o teatro dispõe destas estruturas.
 HALL ou FOYER. Área externa dos auditórios, onde geralmente se realizam coquetéis,
apresentações, exposições, vernissages (abertura de exposições) etc.
 ILUMINAÇÃO: Conjunto de lâmpadas e refletores que iluminam o palco, o auditório, ou
que são usados para efeitos especiais no cenário.
 FIGURINO: Vestimenta utilizada pelos atores para caracterização de seus personagens de
acordo com sua natureza, e identifica, geralmente, a época e o local da ação. Traje de cena.
EQUIPE DRAMÁTICA: A produção de um espetáculo teatral depende do trabalho de vários
componentes, cada qual com funções específicas, dentro desta equipe. São eles:
 ATOR ou INTÉRPRETE: Intérprete de um papel teatral. O que interpreta um personagem
 CENÓGRAFO: Também chamado cenarista, é aquele que cria o projeto cenográfico e
monta o espaço cênico de modo realista ou conforme idealizado pelo dramaturgo.
 DIRETOR: Coordenador geral de todos os aspectos envolvidos com o espetáculo, aprova
a escolha do elenco, o cenário, o figurino, iluminação, etc. É também chamado de DIRETOR
GERAL, quando a equipe compreende outros diretores de áreas específicas como DIRETOR DE
ATOR, DIRETOR DE CENA, DIRETOR MUSICAL, etc.
 DRAMATURGO: É o literato que escreve a peça teatral. Autor de um texto dramático, que
é a literatura destinada ao teatro.
 ELENCO: É o conjunto de atores em uma representação teatral.
 FIGURANTE: Pessoa que entra em cena para fazer um papel anônimo, como parte de
grupos ou da multidão.
 FIGURINISTA: É aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um
espetáculo teatral.
 ILUMINADOR: É o técnico que faz o projeto de luz para um espetáculo de teatro, com os
efeitos adequados ao clima do drama e à valorização do trabalho do ator.
 PONTO: Técnico da equipe de produção que acompanha o desenrolar da representação a
partir de um ponto no proscênio, e lê o roteiro ao longo do espetáculo de modo a ajudar os atores
no diálogo e nos movimentos em cena. Ocupa um fosso cujo alçapão ou anteparo o mantém oculto
para a assistência..
 PRODUTOR: É aquele que financia a produção do espetáculo.
Além da equipe dramática, a produção de uma peça teatral conta com uma equipe técnica,
geralmente composta de CAMAREIRA, CARPINTEIRO, CENOTÉCNICO, CONTRA-REGRA,
DIVULGADOR, ELETRICISTA, MAQUIADOR, MAQUINISTA, OPERADOR DE SOM, OPERADOR
DE LUZ, PRODUTOR EXECUTIVO, PRODUTOR GRÁFICO entre outros.

ELEMENTOS DA REPRESENTAÇÃO DRAMÁTICA: Um espetáculo teatral é composto de vários


elementos (não físicos) cujos principais serão descritos abaixo.

 Ação. Se diz não apenas dos movimentos do ator na representação do seu papel, mas
também do desenrolar de toda a trama, ou dos atos e cenas do drama, assim também como do
cinema e mesmo no romance escrito. Essa generalidade se aplica também ao movimento implícito
na mudança de humor e na expressão dos sentimentos, considerada uma ação interna.
 Aparte. Esclarecimento, comentário crítico, dito mordaz que o ator faz para a platéia, e que
supostamente não será ouvido pelos outros personagens da cena.
 Ato. Divisão do drama feita para distinguir etapas pelas quais passa o desenvolvimento da
trama no sentido de sua solução, dentro de uma fração do tempo de apresentação que distribui tão
igualmente quanto possível a duração da apresentação.
 Batidas. Três golpes com um bastão de madeira dado sobre o piso do palco para atrair a
atenção do público anunciando a eminência do levantamento da cortina para início do espetáculo.
 Cena. Segmento do drama em que a ação se desenvolve no mesmo ambiente, na mesma
época e com os mesmos atores. A alteração em qualquer desses elementos determina uma nova
cena. É também a parte do palco limitada pelo cenário e destinada a representação.
 Drama. História escrita com diálogo e indicações para ser representada
 Espetáculo. A encenação ou representação de uma peça no teatro para uma platéia.
 Libreto. Livro com o texto de um drama preparado para representação teatral cantada e
musicada para orquestra. Contem todas as indicações próprias do roteiro teatral como papel de
cada personagem, cenário, divisão em cenas e atos, decoração e vestimentas, efeitos de luz, e o
diálogo a ser cantado pelos atores. Sua diferença para o um drama comum é a maior brevidade
(por isso o nome de "pequeno livro"), motivada pelo fato de que o texto cantado faz um espetáculo
mais longo que o texto escrito. Muitos libretos são condensações de peças teatrais.
 Papel. As ações e as palavras de um personagem em um drama.
 Plano da peça. Também chamado Quadro detalhado dos atos e cenas da peça, que
servirá de base para o desenvolvimento do roteiro ou script da peça.
 Ponta. Papel de pouca extensão. Papel pequeno, porém maior que o do figurante..
 Rubrica. As Rubricas (também chamadas “Indicações de cena” e "indicações de regência")
descrevem o que acontece em cena; dizem se a cena é interior ou exterior, se é dia ou noite, e o
local em que transcorre e todas as ações e sentimentos a serem executados e expressos pelos
atores.
 Tema. Assunto em torno do qual é desenvolvida uma história dramática.
 Texto dramático. Texto próprio para o teatro.
 Tipo ou Caráter. Personagem do drama com as peculiaridades físicas e morais de
personalidade criada pelo dramaturgo.
 Trama dramática. Teia de acontecimentos cujo entrelaçamento e cuja solução constitui o
enredo da peça.
 Troupe. Grupo de teatro constituído de pequeno número de atores e técnicos.
Capítulo 2

O TEATRO PRIMITIVO

Capítulo 3

A RELAÇÃO ENTRE TEATRO E RELIGIÃO

O fenômeno teatral da Grécia, certamente o mais significativo da história, deveu seu florescimento a
diversos fatores. O mais importante – é preciso concordar – se prende à circunstância de que os espetáculos eram a
culminação das homenagens prestadas a Dionísio. Nascido do culto a essa divindade, o teatro consistia no programa
de festas a ela dedicada. O sacerdote de Dionísio presidia à representação e um crime cometido ao decurso dela era
considerado sacrilégio. Está implícito aí um compromisso religioso, anterior e em parte estranho ao teatro. Na
tragédia, sentindo o terror e a piedade, com o castigo divino infligido ao herói, o público se purificava de seus males.
a catarse não se trazia apenas prazer estético: vinculava-se a ela conhecimento filosófico, moral e religioso,
cumulando de sabedoria o espectador. Apesar da exclusão progressiva do elemento religioso, o teatro grego sempre
guardou o caráter religioso de sua origem. E foi perdendo o poder sobre as grandes assembléias na medida em que
acolheu as críticas reacionalistas. No gráfico das preferências populares, Sófocles, imbuído de conservantismo
religioso, foi o autor de maior sucesso, ao passo que Eurípedes, mestre na crítica da mitologia, precipitou também a
decadência da tragédia. As diferenças de classes sociais na Grécia não perturbavam a unidade coletiva, afirmada
através da religião. Praticamente todo o povo era público teatral.
Em Roma, com o afrouxamento dos laços religiosos, o teatro não reviveu a popularidade alcançada na
Grécia. Qualquer pretexto afastava o latino da casa de espetáculos. Terêncio (190?-159? a.C.) conta, no prólogo
escrito para a Segunda representação de Hécira, que o público abandonou o recinto em que se representava pela
primeira vez a comédia, a fim de admirar um funâmbulo (homem que anda em corda bamba). O teatro não chegou
a integrar-se na vida romana, que se satisfez com os prazeres do circo.
Ao renascer da liturgia, na Idade Média, o teatro estabeleceu uma comunicação com o público
semelhante à que distinguira as festas dionisíacas. Os espectadores dos dramas litúrgicos ou dos milagres
acompanhavam a representação como um ato de fé. A adesão, de natureza religiosa, estava previamente
assegurada. Até no século XVI o mistério se iniciava com a celebração da missa.
No início do século XVI, em Romans, na França, há testemunhos da presença de 4200, 4800 e 4900 pessoas
na encenação de um mistério, quando a cidade se resumia a 5 mil criaturas. Apesar do expressivo número de
visitantes, toda a população compareceu aos espetáculos. Em 1496, em Seurre, foram proibidos trabalho e abertura
do comércio nos três dias reservados a uma montagem.
A época elisabetana e o classicismo espanhol souberam preservar a popularidade do espetáculo teatral,
embora se perdesse a dependência religiosa. Em ambos os períodos, porém, as diferenças de classes não
quebravam a idéia de unidade, que é essencial à existência de um público orgânico. O individualismo burguês
rompeu o conceito do homem coletivo, e o teatro ocidental nunca mais conseguiu reencontrar seu público. A
revolução soviética, propondo em novas bases o convívio humano, reconquistou, ao menos em certas experiências,
a perdida vitalidade do espetáculo.
Desesperados com a situação, alguns teóricos chegam a pressagiar extremos absurdos. Henri Ghéon (1875-1944)
proclama enfaticamente: “O teatro de amanhã será religioso ou desaparecerá” – certo de que o palco deve ser um
dos locais de manifestação da religiosidade. Piscator e Hean Vilar concluem que é preciso reformar a sociedade,
para que o teatro floresça de novo. Este último observa: “o teatro interessa aos criadores, às testemunhas, quando
uma crença, seja confessional ou política, faz elevar-se a voz do poeta dramático e juntar-se ao redor dele a
multidão, movida por uma mesma esperança” (ver Jean VILAR, De la tradition théatrale, Paris, L’Arche, 1955, p.97).
Não há dúvida de que a subordinação da arte a fatores estranhos é o sustentáculo dessas teses. Coerente com a sua
ideologia, Jean Vilar, quando diretor do Teatro Nacional Popular Francês, quis insuflar vida cênica aos subúrbios
parisienses, e organizou weekends, nos quais, por preço acessível o espectador via um texto clássico e um moderno,
assistia a um concerto, jantava, participava de um baile e de debates com o elenco. Evidente derivação leiga da
antiga festividade religiosa...
Capítulo 4

ANÁLISE E ESTUDO DO MOVIMENTO

Construção Corporal

Os movimentos do corpo, incluindo movimentos das cordas vocais são indispensáveis à situação no palco.
A arte do movimento no palco incorpora a totalidade das expressões corporais, incluindo o falar, a representação, a
mímica, a dança e mesmo um acompanhamento musical.
O corpo é nosso instrumento de expressão por via do movimento.
A fluência do movimento é diretamente influenciada pela ordem em que são acionadas as diferentes partes do
corpo, cujos movimentos podem ser divididos em passos (pulos, giros e corridas), gestos dos braços e mãos
(movimentos de esvaziar, de recolher e de espalhar, dispensar, e expressões faciais (movimentos de cabeça – dirigir
os olhos, ouvidos, boca e narinas na direção do objetos dos quais se espera ter impressões sensoriais.
Cada fase do movimento, cada mímica ou um simples gesto de qualquer parte do corpo revela um
aspecto de nossa vida interior.
Antes de tentarmos uma análise de ações corporais, vamos assistir a uma cena de um filme, onde os
personagens executam seqüências de movimentos corporais que produzem alteração na posição do corpo ou em
parte dele, no espaço que o rodeia. Cada uma destas ações leva tempo e requer uma certa dose de energia
muscular.
A observação das questões que se seguem serão ponto de partida para esta análise:
1) Qual a parte do corpo que se move?
2) Em que direção ou direções do espaço o movimento se realiza?
3) Qual a velocidade em que se processa o movimento?
4) Que grau de energia muscular é gasto no movimento?

ATIVIDADE PRÁTICA

Tomando como referência o espaço cênico e o corpo na execução de movimento expressivos, o grupo irá
preparar uma cena de RITUAL tentando expressar os sentimentos de sua personagem sem a emissão de voz. Cabe
ressaltar que cada personagem deverá ter uma característica física e comportamental diferente das demais.

Elementos da linguagem cênica e plástica que vocês deverão explorar:


- Figurino, Maquiagem e Adereços (para caracterizar a personagem)
- Sonoplastia (para criar um clima para a cena)

Capítulo 5

ELEMENTOS DA LINGUAGEM CÊNICA

DIREÇÃO / ENCENAÇÃO

A arte teatral é complexa, implica várias “vozes”, sendo que uma não é mais importante que a outra.
Fazendo parte dessa linha de elementos expressivos do teatro, a encenação é algo fundamental.
A encenação é “numa peça de teatro a parte verdadeira e especificamente teatral do espetáculo”
(Artaud) Seu aparecimento data da Segunda metade do século XIX, época que o encenador passa a ser o
responsável “oficial” pela ordenação do espetáculo, antes feito pelo ensaiador ou ator principal.

Appia, Craig e Reinhardt são os três homens do teatro que, com muito talento e paixão, iniciam o
processo.

 Appia (1889) cria a atmosfera cênica através da luz e introduz cenários tridimensionais sólidos e as plataformas;
grande mago da iluminação.
 Gordon Craig (1907) decidiu que o ator não era um artista e criou três alternativas: limitar o ator ao gesto simbólico;
ressuscitar a máscara; utilizar uma super-marionete, graciosa e flexível, que ele começou a buscar no teatro.
 Reinhardt usou de pouca teoria e aplicou os princípios de Appia e Craig. Como Aristóteles, proclamava o instinto da
teatralizasse inata no homem, considerava os atores com “alma de criança” que têm o teatro como melhor refúgio.

É o encenador que reúne e coordena os diferentes componentes da representação, provindo dos seus vários
criadores: o dramaturgo, o músico, o cenógrafo, etc. “Ele ultrapassa o estabelecimento de um quadro ou a ilustração de
um texto. Torna-se o elemento fundamental da representação teatral: a mediação necessária entre um texto e um
espetáculo. (...) texto e espetáculo se condicionam mutuamente; um expressa o outro” (Dort, 1971).
Com o aparecimento do encenador, o fazer teatral toma uma nova dimensão: a reflexão sobre a obra, que é a
mediação entre o texto e o público. A partir dele é possível definir a encenação moderna ao mesmo tempo como função
destinada a resguardar a coerência do espetáculo e como meio de expressão artística. É o encenador um artista da
comunicação teatral, seu trabalho é coletivo. Cada diretor tem seu estilo próprio de encenar um espetáculo. Assim, o
papel do diretor, no teatro moderno, converteu-se em algo diferenciado e específico. Todos têm a mesma função: ler e
analisar a obra dramática, dirigir os ensaios dos atores, planejar a marcação (movimentação dos atores em cena), criar,
planejar e debater com os técnicos a cenografia, a luz, os figurinos, a maquilagem, as máscaras, a música.
Hoje, os diretores não são ditadores, procuram fazer um trabalho em equipe junto aos atores e à parte técnica.

É o encenador que reúne e coordena os diferentes componentes da representação, provindo dos seus
vários criadores: o dramaturgo, o músico, o cenógrafo, etc. “Ele ultrapassa o estabelecimento de um quadro ou a
ilustração de um texto. Torna-se o elemento fundamental da representação teatral: a mediação necessária entre um
texto e um espetáculo. (...) texto e espetáculo se condicionam mutuamente; um expressa o outro” (Dort, 1971).
Com o aparecimento do encenador, o fazer teatral toma uma nova dimensão: a reflexão sobre a obra, que
é a mediação entre o texto e o público. A partir dele é possível definir a encenação moderna ao mesmo tempo como
função destinada a resguardar a coerência do espetáculo e como meio de expressão artística. É o encenador um
artista da comunicação teatral, seu trabalho é coletivo.
Cada diretor tem seu estilo próprio de encenar um espetáculo. Assim, o papel do diretor, no teatro
moderno, converteu-se em algo diferenciado e específico. Todos têm a mesma função: ler e analisar a obra
dramática, dirigir os ensaios dos atores, planejar a marcação (movimentação dos atores em cena), criar, planejar e
debater com os técnicos a cenografia, a luz, os figurinos, a maquilagem, as máscaras, a música.
Hoje, os diretores não são ditadores, procuram fazer um trabalho em equipe junto aos atores e à parte
técnica.

CENOGRAFIA

Cenografia é criar. O cenógrafo, como todos os outros profissionais do teatro, deve fazer uma leitura
do texto a ser encenado e junto com o diretor esboça a proposta do espetáculo.
A cenografia é a linguagem visual do teatro. É a primeira leitura que o público faz da peça, portanto, a
cenografia deve estabelecer a relação cena / público traduzindo a intenção do diretor e/ou dramaturgo.
O cenógrafo tem total liberdade de criar sua proposta cenográfica. Qualquer elemento pode adequar
ao espetáculo, desde que esteja dentro do contexto histórico, pois este é que situa a peça no tempo e no espaço.
Cenografia é escrever o espaço. Sua origem está na Grécia – skenographie = skene (cena) + graphie (escrever,
desenhar, pintar, colorir). Possivelmente, era usado para definir no desenho uma noção de profundidade.
A existência da cenografia é inerente ao fazer teatral, pois já na Grécia Antiga, nos festivais
dionisíacos, havia uma preocupação com a ornamentação da cena, que evoluiu e diferenciou-se de acordo com o
meio social e o contexto histórico.
O cenário da Antigüidade era fixo, contendo poucos elementos. Os primeiros teatros de pedra
foram construídos a partir do século V.
O teatro grego de caráter religioso não havia divisões para o público em classes sociais. Era o lugar
para debates e reuniões daquela sociedade. Seus espetáculos se realizavam a luz do sol com iluminação plena.
O teatro romano era diferente do teatro grego: era dividido por classe social. Deixa de ser religioso
para ser usado como diversão a um grande público.
Também há algumas adaptações em sua arquitetura: o edifício era concêntrico e circular. No seu
interior elimina-se o círculo central passando a semicírculo e diminui-se a importância do coro. O proscênio se
amplia e o muro correspondente a SKENE envolve todo o edifício. Eram ricamente decorados e grandiosos. Com o
passar do tempo foram fechados e cobertor.O período medieval não construiu um edifício teatral próprio. No início
os milagres eram apresentados no interior das igrejas, passando para os pórticos das catedrais e por fim ganhando
as praças para as sua representações misturando o religioso ao profano. Assim os palcos passam a ser montados em
carroças, cada qual concentrando uma cena que se movimentava pela praça acompanhada pelo grande público, era
o palco sucessivo. Das carroças criou-se o palco simultâneo, construído sobre um enorme estrado e sobre eles as
mansões fixas.É no Renascimento que encontramos as raízes do edifício teatral que conhecemos em nosso tempo.
Inicialmente, o teatro acontecia nos salões dos palácios dos príncipes e seu público era somente a corte. Era
construído um palco para tal evento. A partir daí nasceu a necessidade de se construir um edifício próprio. Este foi
pensado a partir da arquitetura greco-romana, com divisões hierárquicas. Um dos primeiros a ser construído foi o
Teatro Olímpico (1585) em Vicenza do arquiteto Andrea di Pietro.

Características do Olímpico: No palco, um cenário fixo representando ruas e palácios, construído em perspectiva.
Na frente um anfiteatro (platéia).

O Palco elisabetano

O palco elisabetano podia ter forma retangular ou trapezóide tinha de 7 a 10 metros de profundidade
e ocupava boa parte da platéia e o palco. Eram dispostos em três andares onde ficavam os que podiam pagar mais, o
resto do povo ficava em pé no centro do salão. Shakespeare viveu e apresentou os seus dramas nesse tempo. Em
1642 todos os edifícios teatrais foram demolidos pelo governo.

MAQUIAGEM
A maquiagem consiste na pintura do rosto com a função de ressaltar expressões, como também
distanciar ou aproximar a personagem do espectador.

INDUMENTÁRIA (figurino)

A indumentária é um elemento visual de fundamental importância para a materialização do


espetáculo teatral, assim como a cenografia e os outros elementos.
Historicamente a indumentária sempre fez parte do teatro. A estilização das máscaras, das túnicas e
dos coturnos da tragédia grega, aumentando-lhe o tamanho.
Os atores da Commedia dell’Arte italiana usavam figurinos de convenção. O Arlequim vestia-se de
malhas colantes e manchadas, transformando-se mais tarde de manchas em figuras geométricas (de triângulos e
losangos).
Com o realismo, a indumentária foi usada de acordo com o momento histórico encenado.
Preocupavam-se em vestir verdadeiramente a personagem.
De modo geral, em teatro, o vestuário compõe-se de certo simbolismo das cores, seguido da
caracterização, do cenário e da iluminação.
A indumentária pode admitir caracteres predicativos, qualidades específicas cuja função é a de
desencadear uma ou várias ações, ou identificar um ou vários personagens que desempenham na ação um
determinado papel.
ADEREÇOS
Objetos de cena que servem como suporte para a representação. É também tudo que se adere ao
corpo ou às vestes do ator para a caracterização da personagem e da cena.
ILUMINAÇÃO

A iluminação no teatro tem inúmeras funções. Com ela é possível perceber uma determinada
atmosfera, limitar um determinado espaço cênico. Modifica a concepção da indumentária e da caracterização.
Utilizando as várias cores, a luz causa efeitos emocionais, temporais, climáticos e para localização.
Também o ritmo de uma peça, separando os atos. Se utiliza da forma circular que desenha e do próprio calor que
dela de desprende. Facilita a projeção da mímica e da sombra. Indica as momentâneas hierarquizações que o
encenador instaura nas linguagens teatrais com a utilização do foco.
“A iluminação teatral sempre teve duas grandes preocupações: mostrar e interpretar, quer dizer, fazer
com que todos pudessem ver o que o espetáculo estava apresentando e, do que estavam vendo, recebesse uma
solicitação que completasse o que estava sendo ouvido e visto.” (Gianni Ratto, Antitratado de Cenografia. p.93)

A iluminação foi a grande descoberta para o teatro, principalmente o moderno, pois foram deixados
de lado os detalhes dos objetos e os cenários sofisticados para dar lugar à expressividade da luz.
SONOPLASTIA
A multiplicidade de sons ou ruídos produzidos para interferir no desenvolvimento de ação cênica é a
sonoplastia. Naturais ou não, os ruídos devem distinguir-se de palavra, da música e do próprio ruído gerado pela
cena.
Sua execução é produzida nos bastidores por técnicos que utilizam várias máquinas e objetos. Atualmente
alguns problemas de sonoplastia foram resolvidos com a tecnologia. Assim, alguns sons ou ruídos podem ser
gravados com antecipação e controlados pelos técnicos e acordo com o desenvolvimento do drama.
INTERPRETAÇÃO
A interpretação é o jogo do ator em cena a partir do texto dramático. Exige do ator: sensibilidade,
sinceridade, emoção e racionalidade.
ESPAÇO CÊNICO
O espaço cênico é o palco, ou o lugar onde é realizada a ação cênica: o drama.
Em cada período da história este espaço foi ocupado por uma estética particular e assim evoluiu
chegando ao ponto de deixar de ser algo isolado da dramaturgia para ser um elemento intrínseco e dinâmico de
toda uma concepção dramática.

(Fontes: Apostila PAS; O Ator e seus duplos – Ana Maria Amaral; Iniciação ao Teatro – Sábato Magaldi; História Mundial
do Teatro – Margot Berthold).

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