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O PENSAR FORA DA CAIXA:

Como extrapolar a sua zona de conforto

Sair da nossa zona de conforto quase sempre é algo que requer coragem. Estamos acostumados a um certo estilo de
pensamento, ambiente e rotina fixa. Pequenas mudanças já podem ser consideradas uma quebra de paradigma.

O “pensar fora da caixa” é a busca por uma perspectiva diferente das ideias e ações que temos, no intento de
estimular o lado direito do cérebro, região responsável pela criatividade e pelas emoções.

Um conceito característico entre os indivíduos que exercem a criatividade e primam pela inovação é a disrupção. Em
outras palavras, denota a quebra de padrões e de modelos consolidados. Engendrar algo total e conceitualmente
novo é o processo de criação de um olhar disruptivo sobre aquilo, desenvolvendo uma nova maneira de visualizar
e/ou utilizar o que já estava consagrado.

É cada vez mais notada a importância de os profissionais da área de arquitetura respirarem o novo diariamente. Além
da assinatura e direção de um projeto, tais profissionais atuam como compositores de uma obra, propriedade que
carrega o lado artístico da criação. Parte dessa prática relaciona-se com a necessidade de entregar resultados ou
soluções inovadoras para os clientes. Por esses fatores, é muito importante saber como sair do “mesmo” e usar o
imaginário a seu favor.

Arquitetos que pensam fora da caixa tendem obter destaque no mercado e tornar-se referência. Além da premissa de
entender claramente os desejos de seus clientes, é imperativo executar projetos com a identidade desses clientes,
inovando, criando e fugindo do padrão.

Contemplar um novo sentido, uma nova linguagem ou uma nova interpretação a um ambiente arquitetônico tem sido
parte dos ideais de meu trabalho. Estou sempre em busca de agregar valor às minhas ideias, de conhecer o estilo de
vida do cliente e compreender que o sonho dele está em minhas mãos.

Recebendo a temática de Belle Époque, considerada a era de ouro da beleza artística na história da Europa, a foto
traz um layout que exemplifica o tema deste artigo. O boiserie clássico foi desconstruído e pensado de uma forma
contemporânea, utilizado para emoldurar o quadro e a arandela.

Também foi proposto um sofá curvo, em um ambiente retilíneo, quebrando a tradição de que obrigatoriamente se
deve utilizar um sofá reto nesse espaço. Com a desfragmentação das retas, criei um espaço verde para ampliar o
aconchego. O carrinho de chá trouxe com ele a função bar para causar descontração ao ambiente. A sobreposição de
tapetes veio para unir as formas. O mix de texturas – palha e veludo – assim como as cores marcantes são outras
conotações do pensar fora da caixa.

Criações originais que contenham a expressividade inovadora é um desafio grande. Boa parte do processo de
criação, em especial nos estágios iniciais do projeto, consiste em permitir a fluidez dos pensamentos. O arquiteto
precisa sair do lugar comum e o segredo para isso é saber o momento certo de deixar a liberdade correr.
(foto Raphael Rabermam) Belle Époque – Por Talita Vick
Espaço projetado para Claudia Benini Concept Home.

Em síntese, não existem fórmulas para ser criativo. A dica fundamental é fugir dos padrões que limitam seu
pensamento e munir-se da junção de conhecimentos de maneira não convencional.

‘‘Criatividade é apenas a capacidade de conectar coisas. [...] as pessoas criativas conseguem conectar seus
conhecimentos e experiências e sintetizar novas ideias.” - Steve Jobs.

Escrito por: Talita Vick Avolio


Arquiteta e Urbanista, Especialista em Design de Interiores.
CAU A90594-1

Rua Siqueira Campos 2090 – Centro – Pirassununga


(19) 98234-2269

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