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Sinergia pela Educação

Introdução ao Design Thinking

Encontro Virtual 1:
Afinal, o que é Design Thinking?

1 Boas Vindas ao Curso

2 Exercício 1 - Encontro 1: Apresentação

3 Afinal, o que é Design Thinking?

Brevíssima história do Design Thinking


Definindo Design Thinking...
Etapas do Design Thinking
Saiba mais!

4 Exercício 2 - Encontro 1: Reflexão Final

Realização: Financiamento: Em parceria com:


E. E.
Dib Audi
3 Afinal, o que é Design Thinking?

Brevíssima história do Design Thinking


O design inicia como disciplina projetual nos anos de
1920, com a instauração da escola Bauhaus, que tinha
como princípio a colaboração e a pesquisa conjunta entre
mestres e alunos; a aprendizagem estava ligada ao fazer,
que combinava o ato criativo com o trabalho manual, o
artesanato, a arte, a arquitetura, as necessidades das
pessoas, a transformação social e a indústria. O processo
projetual da Bauhaus uniu a funcionalidade do produto
como critério de aperfeiçoamento dos designs
apresentados pela indústria da época, com a experiência
de uso e a estética. Infelizmente com a ascensão do
nazismo, a escola foi fechada, isto porque a visão da
bauhaus se contrapunha ao projeto de sociedade nazista.
Por outro lado o conhecimento acumulado da Bauhaus se
difunde ao redor do mundo, servindo como base para a
criação de várias escolas de design, renovando os
conceitos da arquitetura e a concepção e execução de
projetos.
Com o desenvolvimento de técnicas de criatividades na
década de 1950 e métodos de design na década de 1960,
quem usa primeiro o termo de design thinking por John E.
Arnold, professor de engenharia em Stanford. O design
thinking adaptado com fins comerciais inicia com o
fundador da IDEO David M. Kelley, daí em diante, esse
conceito de populariza e difunde em várias áreas de Imagens acima: exemplos de

conhecimento e aplicações comerciais de inovação e peças de design de mobiliários


e peças gráficas produzidas no
criação de soluções centradas no ser humano.
contexto do início do design e
Saiba mais clicando aqui! da escola de Bauhaus.
Definindo Design Thinking...

"O pensamento de design é um enfoque de inovação


centrado no ser humano que se baseia no conjunto de
ferramentas do designer para integrar as necessidades
das pessoas e as possibilidades da tecnologia"
Tim Brown, CEO da IDEO

Nós humanos somos uma espécie que adapta o entorno natural às


nossas necessidades por meio de artefatos e símbolos. Para isso
acontecer, criamos uma profunda conexão entre o fazer e o
intelecto, ou seja uma conexão direta entre o cérebro que percebe e
compreende o entorno e as mãos que se conectam com essas
informações, para transformar a matéria e adaptar a natureza às
necessidades humanas. Essa atividade intelectual de transformação
do entorno natural poderia ser chamada de Design.
O design como atividade projetual trata das coisas como poderiam
ser, seguindo um método prático e criativo de solução de problemas
ou questões com vistas a um resultado futuro, com um objetivo
inicial. Ou seja: realizo uma pesquisa, estabeleço objetivos, faço um
processo criativo para chegar a um resultado; testo a eficácia da
solução para saber se satisfaz ou não as necessidades propostas;
testo de novo essas propostas até achar a solução mais satisfatória
num contexto e limitantes dadas. Novas ideias testadas para achar
uma solução podem levar a uma compreensão mais profunda do
contexto do problema, que ao mesmo tempo,gera mais ideias para
uma solução mais satisfatória. Essa capacidade projetual do design
revigora os processos de inovação, daí que tem atingido uma
popularidade alta na última década.
Definindo Design Thinking...
A prática do design foi concebida como um modo de pensar: pensamento de
design (Design Thinking). Aqueles problemas que estão pouco definidos ou são
complicados e complexos, com um alto nível de incerteza, podem ser abordados a
partir deste modo de pensar para desenvolver soluções satisfatórias, num
contexto determinado, com limitação de recursos económicos e técnicos.
O centro do design thinking são as pessoas e a colaboração das pessoas, pois
os problemas complexos precisam de grupos interdisciplinares para aportar suas
várias visões do mundo e experiências diversas, mas também aportar decisões
coletivas. Isto propicia a possibilidade de pensar os problemas desde diversos
ângulos e perspectivas, facilitando possibilidades de soluções sob medida das
pessoas, como um alfaiate que faz roupas sob medida da pessoa. Envolver as
pessoas diretamente afetada pela solução no processo de design, é o melhor jeito
de criar soluções com resultados mais desejáveis e eficazes, a final quem sabe o
que é melhor para si mesmo senão aquela pessoa que vivencia determinada
situação?

DESIGN THINKING É

centrado no colaborativo experimental


ser humano
Etapas do Design Thinking

O design thinking, ao lidar com a complexidade, não pode ser pensado de


forma linear pois a complexidade não é linear e possui uma quantidade infinita de
matizes e variações que terminam num projeto único com abordagens diferentes
de outros projetos. Essas especificidades do projeto devem ser determinadas pela
expertise das pessoas envolvidas no processo de criação. Se vocês realizarem uma
revisão de metodologias na internet, vão se deparar com a existência de uma
diversidade de abordagens dos problemas para atingir soluções satisfatórias, mas
em termos gerais o Design Thinking, tem as seguintes fases para percorrer:

1 Descoberta
e alteridade

5 Evolução 2 Definição e
interpretação

4 Prototipação/
experimentação 3 Ideação ou
inspiração
Etapas do Design Thinking

1 Descoberta
e alteridade

Em termos gerais, o design thinking começa com um processo de descoberta e


alteridade: existe um problema que precisa de uma intervenção? Precisamos
solucionar algum problema pessoal ou do nosso entorno? Há uma inquietação que
poderia ser resolvida no bairro, na escola, no negócio, etc? Se há uma inquietação ou
problema a ser resolvido, o primeiro passo foi dado; problemas ou necessidades a
resolver ativam o pensamento e incitam a agir.
Para proceder adequadamente é preciso procurar informações que nos deem
uma luz no final do túnel, um norte para seguir. Podemos começar com as seguintes
perguntas: existem estudos sobre esses temas, existe alguém que pesquisa esse tema,
alguém do grupo responsável pelo trabalho sabe algo?; já existem soluções que
resolvem meu problema?; será que posso buscar conteúdo sobre o problema em
algum canal comunicacional: revistas científicas, livros, canal de youtube,
palestras,encontros, etc.?
Uma fonte eficaz de informação são as pessoas, daí a importância de iniciar
processo de alteridade com o público alvo do problema. Essa alteridade implica
introduzir-se e entender o contexto dele, falar com ele, entender sua dor, suas
preocupações, tentando não julgar e tendo uma compreensão do que acontece
nesse espaço e contexto determinado, também procurar estratégias para capturar
informações. Às vezes as informações que necessitamos estão no olhar, na
expressões corporais e faciais, às vezes as palavras não são suficientes e é necessário
usar outras formas de achar informação: desenhos, histórias, contos, cartas, músicas,
poemas. Nesta primeira etapa o importante é recolher e organizar os dados sobre
o problema. Esses dados são compostos de fatos que podem ser coletados,
sintetizados, interpretados e analisados para responder a perguntas de pesquisa,
para comunicar descobertas ou mesmo para ajudar a prever resultados futuros.
Etapas do Design Thinking

2 Definição e
interpretação

Quando analisamos as informações sobre os problemas


podemos chegar a uma infinidade de formas de abordá-los,
sendo que cada participante vai ter acessado informações
diferentes e pensando em diversos modos de solução, podendo
chegar a conclusões como a de que a solução pode estar fora
do alcance - paz mundial ou acabar com a fome do mundo.
Essa é uma fase divergente do Design Thinking, onde as coisas
estão muito amplas, dispersas. É necessário, então, fazer o
processo inverso, fazer que essa quantidade de informação e
pontos de vista dos participantes entrem numa fase de
convergência, de foco, a famosa luz ao final do túnel. Aqui a
proposta é destrinchar esse problema para conseguirmos
traçar um campo de intervenção que possa estar de acordo
com nossas limitações.
A essa fase de definição e interpretação do problema,
gostamos de chamar de Problema - Probleminha. O problema é
divergente, muito amplo, difícil de resolver ou muito estreito
que não precisa de uma intervenção. Já o probleminha é
convergente, há várias possibilidades de ação, é possível de
resolver com nossas limitações, mas também não tão simples
que não precise de uma intervenção de design.
Etapas do Design Thinking

2 Definição e
interpretação

A pergunta desafio, explicada abaixo, foca nosso problema e dá um rumo de


ação, essa pergunta é a luz ao final do túnel que nos guia no processo de solução,
ela não deve ser tão ampla nem tão estreita, nem tão vaga ou tão simples, e se
inicia com as palavras “como podemos” porque parte do pressuposto de que quem
tenta solucionar o problema tem a possibilidade de levar o problema até o final
com uma solução satisfatória. Se as informações coletadas não são suficientes para
resolver o probleminha, ou surgiram novas dúvidas na procura do problema, é
aconselhável fazer uma nova rodada de pesquisa.

Como podemos ação + problema para usuário?

O que o grupo gostaria Situação que precisa ser Pessoa ou ambiente


que acontecesse com o resolvida que é impactado pelo
problema problema

Exemplo: como refinar uma pergunta desafio?

Problema amplo: Problema estreito: Probleminha:

Como podemos acabar Como podemos fazer Como podemos ajudar


com a gravidez com que os os adolescentes da EE
indesejada? adolescentes usem Dib. Audi a controlar
camisinhas? sua saúde reprodutiva?
Etapas do Design Thinking

3 Ideação ou
inspiração

Na fase de ideação começamos de maneira divergente,

muitas ideias são aceitas, qualquer solução por mais

estranha ou chocante que pareça é bem-vinda, erros são

bem-vindos também.

Quantidade e não qualidade são as premissas iniciais.

Geralmente inicia com um toró de ideias, uma chuva de

ideias ou como a galera da Faria Lima fala: brainstorming. O

objetivo desta fase de ideação ou inspiração é criar conceitos

de solução para nosso problema-desafio com a ajuda do

maior número de participantes possíveis do projeto.

Na etapa convergente de este processo, refinamos as

ideias iniciais com algum critério de avaliação, como

similitude, afinidade, etc. Essas ideias refinadas são

discutidas no grupo, desenhar é importante para clarificar

as ideias, algumas serão descartadas e outras serão

prototipadas e testadas na fase de experimentação e

prototipação.
Etapas do Design Thinking

4 Prototipação/
experimentação

As ideias que estão no cérebro precisam de uma conexão com as mãos para
virarem tangíveis e ser entendidas pelas outras pessoas participantes. O primeiro
passo é fazer esboços no papel, ir projetando e testando funcionalidades, formas,
adaptação ao corpo, entendimento visual,etc., com materiais baratos sem importar
muito os acabamentos ou a estética. Mesmo com a rusticidade dos protótipos, é
possível conseguir respostas, obter retroalimentação dos possíveis usuários, ver se
as ideias pensadas, na vida real são factíveis e batem como o que tínhamos em
mente, ou não. Pode ser necessário repetir o ciclo até te uma solução satisfatória.
Quanto mais fique pronta a solução na fase de prototipação, menor será o custo de
implementação e construção. É mais fácil mudar de ideia com um pedaço de
papel que pode ser jogado na lixeira do que mudar de ideia na fase de
implementação onde dinheiro e esforços foram investidos.

5 Evolução

Nem tudo é sempre perfeito, a implementação da solução pode dar novas

respostas, novos caminhos de solução, dar origem a outros problemas. etc. tudo é

passível de evolução.
Saiba mais!
Antes de finalizar nosso encontro e realizar nosso último exercício de hoje, que
tal retomar um pouco do que vimos hoje? Vamos assistir a esses dois vídeos:

Afinal, o que é design thinking?

Design Thinking para Educadores

Referências:
ARCO, Hub de inovação. Toolkit de Design e inovação. versão 2019. Disponível em:
<http://comunicacao.arco.cc/toolkit-de-design-e-inovacao> Acesso em 23/08/2020
CROSS, Nigel. Designerly Ways of Knowing: Design Discipline versus Design Science.
Design Issues, Vol. 17, No. 3 (Summer, 2001), pp. 49-55. Published by: The MIT Press.
CROSS, Nigel. Designerly Ways of Knowing. Springer, London. 118p. 2006.
FROGDESIGN, Collective Action Toolkit. Disponível em: < http://frogdesign.com/
cat>. Acesso em: 23/08/2020
IDEO. HCD ‐ Human Centered Design: Kit de ferramentas.EUA: IDEO, 2009. 105 p.
Disponível em: <https://es.slideshare.net/caracasvei/human-centered-design-em-
portugus>. Acesso em: : 23/08/2020
IDEO: Design para educadores. Tradução: Bianca Santana, Daniela Silva e Laura
Folgueira.1ªedição. Edição e adaptação: Priscila Gonsales.Realização: Instituto
Educadigital. 2010. Disponível em: <https://www.dtparaeducadores.org.br/site/
material/>Acesso em: 23/08/2020
SÃO PAULO (SP), Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica.
Currículo da cidade: Ensino fundamental: Tecnologias para Aprendizagem; São
Paulo: SME/COPED, 2017.

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