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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de português

O Contributo da Pedagogia Para as Ciências da Educação

Chica Ajunta Luís Ginga: 71230053

Quelimane, agosto de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

O Contributo da Pedagogia Para as Ciências da Educação

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de
Português da UnISCED.

Tutor:

Chica Ajunta Luís Ginga: 71230053

Quelimane, agosto de 202


Índice
1. Introdução ............................................................................................................... 1

2. Objetivos ................................................................................................................. 2

2.1 Geral ........................................................................................................................ 2

2.2 Específico ................................................................................................................. 2

3. O Contributo da Pedagogia Para as Ciências da Educação ....................................... 3

4. Um pouco de história da Pedagogia ......................................................................... 3

5. Contribuição da Pedagogia para a formação de futuros professores ......................... 4

6. A formação docente e a pedagogia ........................................................................... 5

7. Conclusão ............................................................................................................... 7

Referências ..................................................................................................................... 8
1. Introdução

Ao introduzir o presente trabalho dizer que a formação inicial dos professores deve ocorrer de
modo a fomentar a construção do conhecimento, assim como a instigar os futuros docentes a
desenvolverem uma prática pedagógica em uma perspetiva crítico-reflexiva. Conforme postulam
Araújo, Rodrigues, Aragão (2017), Araújo e Ribeiro (2016), Libânio (2002, 2006), Franco (2008,
2012, 2015), Candau (2008) Franco e Gilberto (2011), Franco, Libâneo e Pimenta (2011), os
professores necessitam dos conhecimentos do campo da pedagogia e da didática, visto que a
pedagogia, enquanto ciência da educação, estuda o fenômeno educativo e busca fundamentar as
práticas docentes, os saberes pedagógicos que, como desdobramento, darão sentido à ação docente.

E a pedagogia, enquanto ciência que busca compreender o fenômeno educativo, auxilia o professor
a desenvolver uma prática pedagógica crítica e reflexiva, bem como contribui para a
construção/reconstrução dessa mesma prática em uma perspetiva de práxis. A pedagogia e, por
consequência, a didática, nesse sentido, contribuem para a fundamentação das práticas docentes e
para a construção dos saberes pedagógicos, bem como para atribuir intencionalidades político-
pedagógicas às práticas docentes.

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2. Objetivos

2.1 Geral
 Falar um pouco de história da Pedagogia na edução;

2.2 Específico
 Debruçar sobre o contributo da pedagogia para as ciências da educação;
 Comentar sobre como a pedagogia contribui na formação dos professores;
 Analisar sobre a importância da pedagogia na formação dos professores.

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3. O Contributo da Pedagogia Para as Ciências da Educação

É verdade que as ciências da educação trazem, cada uma em seu campo, a colheita de fatos
verificáveis. Mas a pedagogia não é, exatamente, a ciência da educação. Ela é uma prática da
decisão concernente a esta última. A incerteza é sua prêmio. Incerteza conjetural, aumentada pela
mobilidade vertiginosa das referências contemporâneas; mas incerteza essencial desde que o
conhecimento e a ação sejam conjugados numa teoria da prática.” (Daniel Hameline e Jacques
Piveteau. Prefácio ao livro de Neil Postman, ensinar é resistir (Paris: Le Centurion, 1981, p. 6).

A relação entre as ciências da educação e a pedagogia não é simples e a reflexão sobre essa relação
é cada vez mais importante. Somente esta reflexão bem conduzida pode nos permitir superar as
polêmicas estéreis que são desenvolvidas, desde alguns anos, em torno dessa questão e que, apesar
de absorverem uma energia considerável, contribuem muito largamente para ‘embaralhar as cartas’
no campo educativo.
A Pedagogia tem a educação, esse fenômeno humano, portanto social, político, cultural,
epistemológico, antropológico, filosófico, psicológico, enfim, um fenômeno que, para ser
estudado, exige esforços conjugados de ciências diferentes associadas à Pedagogia. O fenômeno é
do âmbito da Pedagogia; os estudos, os aportes teórico-metodológicos selecionados para estudá-lo
podem incluir outras ciências, mas convocadas a partir da perspetiva da Pedagogia. É essa a
compreensão a ser resgatada, no meu entender. Isto tudo porque, segundo Marques (1990, p. 24),
a Pedagogia “[...] não pode se limitar ao entendimento de como se dão as relações educativas de
fato e ao estabelecimento de diretrizes gerais para a educação nos horizontes ampliados da
emancipação humana e da maioridade dos sujeitos”.

4. Um pouco de história da Pedagogia

falava em Pedagogia desde a Antiguidade Clássica. Nessa época, não havia uma teorização da
Pedagogia, ou a compreensão de ser ciência da educação, mas era praticada uma ação pedagógica.
Desde a Grécia delineou-se uma dupla referência para o conceito de pedagogia. De um lado,
desenvolveu-se uma reflexão estreitamente ligada à filosofia, elaborada em função da finalidade
ética que guia a atividade educativa.

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De outro lado, o sentido empírico e prático inerente à paideia, entendida como a formação da
criança para a vida, reforçou o aspecto metodológico presente já no sentido etimológico da
pedagogia como meio, caminho: a condução da criança. (Saviani, 2007).

Do mesmo modo, foram os gregos os primeiros a elaborar conceções pedagógicas sobre a prática
educacional (Ferreira, 2001). Por conceções pedagógicas, entendo com Saviani (2006, p. 31): “em
termos concisos, podemos entender a expressão ‘conceções pedagógicas’ como as diferentes
maneiras pelas quais a educação é compreendida, teorizada e praticada”.

Essas conceções greco-latinas, a despeito do tempo e das modificações sociais, ainda se mantêm
como fundamentos educacionais e se tornaram alicerces de diversas teorias e estudos na área,
conforme Cambi (1999, p. 74): “Também na pedagogia, a Grécia operará uma série de inovações
que marcarão o destino desse saber no Ocidente [...]”. Para o autor, as contribuições principais
seriam:

a) Passagem da educação (como práxis e como tradição) à pedagogia (como teoria e como
construção de modelos autônomos e inovadores em relação à tradição)”;
b) A Paideia, cuja centralidade era a crença de que “[...] o homem só é tal por meio do
comércio íntimo com a cultura, que deve estruturá-lo como sujeito e torná-lo indivíduo-
pessoa”;
c) Os studia humanitatis, “ligados à centralidade da literatura e da história, dos saberes do
homem e pelo homem, que devem ser também o eixo cultural da escola e dos próprios
programas de estudo”;
d) E, ainda, a divisão da escola em dois âmbitos: “desinteressada, cultural, de caráter teórico
e contemplativo, por um lado; técnica, pragmática, de caráter aplicativo, por outro,
realizada nas oficinas e destinada ao aprendizado”
5. Contribuição da Pedagogia para a formação de futuros professores

A formação inicial dos professores deve ocorrer de modo a fomentar a construção do


conhecimento, assim como a instigar os futuros docentes a desenvolverem uma prática pedagógica
em uma perspetiva crítico-reflexiva. Conforme postulam Araújo, Rodrigues, Aragão (2017),
Araújo e Ribeiro (2016), Libâneo (2002, 2006), Franco (2008, 2012, 2015), Candau (2008) Franco
e Gilberto (2011), Franco, Libâneo e Pimenta (2011), os professores necessitam dos conhecimentos

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do campo da pedagogia e da didática, visto que a pedagogia, enquanto ciência da educação, estuda
o fenômeno educativo e busca fundamentar as práticas docentes, os saberes pedagógicos que, como
desdobramento, darão sentido à ação docente

A pedagogia, enquanto ciência que busca compreender o fenômeno educativo, auxilia o professor
a desenvolver uma prática pedagógica crítica e reflexiva, bem como contribui para a
construção/reconstrução dessa mesma prática em uma perspetiva de práxis. A pedagogia e, por
consequência, a didática, nesse sentido, contribuem para a fundamentação das práticas docentes e
para a construção dos saberes pedagógicos, bem como para atribuir intencionalidades político-
pedagógicas às práticas docentes.

Dessa forma, refletir sobre a formação inicial dos professores, a pedagogia e a didática em uma
perspetiva dialógica é compreender, a priori, que esses são campos indivisíveis. Quando se trata da
necessária relação entre a formação inicial dos professores, a pedagogia e a didática, Araújo,
Rodrigues, Aragão (2017, p. 03) sinalizam que “uma formação docente articulada à pedagogia e à
didática contribui para a formação de um professor que constrói e reconstrói a sua prática por meio
da reflexão crítica de pensar a prática a partir da própria prática em suas múltiplas nuances”.

Considerando o exposto, a formação docente, seja ela inicial ou contínua e das diversas áreas do
conhecimento, deve ser desenvolvida de modo coadunado à pedagogia e a didática. Logo, este
ensaio traz para o debate essa necessária relação entre a formação docente, a pedagogia e a didática,
pois estas últimas devem ocupar lugar de destaque na formação dos professores. Uma atuação
docente desvinculada destes campos limita o fenômeno educativo, inibe a construção dos saberes
docentes pedagógicos, impede que o professor se desenvolva como intelectual (ARAÚJO;
RODRIGUES; ARAGÃO, 2017).

6. A formação docente e a pedagogia

Pensar sobre as possibilidades que têm a Pedagogia e a Didática de colaborarem para a construção
de espaços pedagógicos prazerosos, criativos e interativos para cativar os discentes é ao mesmo
tempo buscar subsídios para tornar a escola um lugar de construção do conhecimento partilhado
entre docentes e discentes. Entretanto, o professor necessita de uma formação pedagógica que lhe
torne um sujeito capaz de dialogar com as circunstâncias postas pela prática docente.

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Uma formação pedagógica que o permita construir práticas conforme as reais necessidades dos
discentes e, desse modo, envolvê-los nos processos de ensino e aprendizagem, é necessária. Nesta
perspetiva, compreendemos que a formação docente deve levar os professores a serem sujeitos
capazes de mobilizar os alunos para a construção do conhecimento a partir de uma educação
problematiza dora, democrática e equânime.

Os professores carecem de uma formação crítica, dialógica e reflexiva que os permita desenvolver
práticas pedagógicas que supram as necessidades dos alunos, os quais, na sua grande maioria, são
carentes de uma educação pública de qualidade. No entanto, ressaltamos aqui a importância da
participação e envolvimento dos discentes no processo de ensino para que, de fato, a aprendizagem
ocorra, visto que a construção do conhecimento exige o envolvimento ativo dos mesmos.

Disso decorre a importância do professor possuir uma formação fincada na Pedagogia, sendo
capaz de construir práticas pedagógicas que ajudem os alunos a desenvolverem suas capacidades
cognitivas, reflexivas e intelectuais, pois a escola, enquanto contexto formativo, deve proporcionar
ao seu corpo discente uma educação ética, crítica, problematizadora, responsável, e, conforme
postulou Nóvoa (2009), que os ajudem a ultrapassarem as fronteiras que tantas vezes lhe são
traçadas como destino pelo nascimento, pela família ou pela sociedade.

O professor, e tão somente o professor, ocupa o lugar exclusivo daquele que sabe. Lugar rígido,
estático e imovível, esse é o novo modelo que Comenius instala no que concerne ao exercício sobre
o corpo infantil. Tal modelo baseia-se na diferença institucionalizada entre crianças e adultos, sendo
que o adulto-professor é o ocupante do espaço do saber, enquanto que a criança-aluno é a ocupante
de um espaço de quem não sabe, da ignorância. A criança-aluno é depositária futura do saber alheio.
(Narodowski, 2004, p. 92).

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7. Conclusão

Ao conclui o trabalho constatei que é verdade que as ciências da educação trazem, cada uma em
seu campo, a colheita de fatos verificáveis. Mas a pedagogia não é, exatamente, a ciência da
educação. Ela é uma prática da decisão concernente a esta última. A incerteza é sua prêmio.
Incerteza conjetural, aumentada pela mobilidade vertiginosa das referências contemporâneas; mas
incerteza essencial desde que o conhecimento

A relação entre as ciências da educação e a pedagogia não é simples e a reflexão sobre essa relação
é cada vez mais importante. Somente esta reflexão bem conduzida pode nos permitir superar as
polêmicas estéreis que são desenvolvidas, desde alguns anos, em torno dessa questão e que, apesar
de absorverem uma energia considerável, contribuem muito largamente para ‘embaralhar as cartas’
no campo educativo.
falava em Pedagogia desde a Antiguidade Clássica. Nessa época, não havia uma teorização da
Pedagogia, ou a compreensão de ser ciência da educação, mas era praticada uma ação pedagógica.
Desde a Grécia delineou-se uma dupla referência para o conceito de pedagogia. De um lado,
desenvolveu-se uma reflexão estreitamente ligada à filosofia, elaborada em função da finalidade
ética que guia a atividade educativa.

A formação inicial dos professores deve ocorrer de modo a fomentar a construção do


conhecimento, assim como a instigar os futuros docentes a desenvolverem uma prática pedagógica
em uma perspetiva crítico-reflexiva. Conforme postulam Araújo, Rodrigues, Aragão (2017),
Araújo e Ribeiro (2016), Libâneo (2002, 2006), Franco (2008, 2012, 2015), Candau (2008) Franco
e Gilberto (2011), Franco, Libâneo e Pimenta (2011), os professores necessitam dos conhecimentos
do campo da pedagogia e da didática.

A importância do professor possuir uma formação fincada na Pedagogia, sendo capaz de


construir práticas pedagógicas que ajudem os alunos a desenvolverem suas capacidades cognitivas,
reflexivas e intelectuais, pois a escola, enquanto contexto formativo, deve proporcionar ao seu
corpo discente uma educação ética, crítica, problematizadora, responsável, e, conforme postulou
Nóvoa (2009), que os ajudem a ultrapassarem as fronteiras que tantas vezes lhe são traçadas como
destino pelo nascimento, pela família ou pela sociedade.

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Referências
ARAÚJO, O. H., RODRIGUES, J. M., & ARAGÃO. (2012). O (des)lugar da pedagogia e da
didática na formação dos professores. . Sao paulo.

CASTRO, M. G. (Novembro, 2006.). Uma retrospectiva da formação de professores: histórias e


questionamentos. VI Seminário de Regulação Educacional e Trabalho . Rio de Janeiro: :
UERJ.

FRANCO, M. A. (2012.). Pedagogia e Prática Docente. . Sao Paulo: : Cortez.

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