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Vice-Reitoria Acadêmica

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

O PAPEL DA DIDÁCTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Estudante: Rosalina da Zaina Loio Lopes Código: 96230310

Lichinga, Maio de 2023


Vice-Reitoria Acadêmica

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

O PAPEL DA DIDÁCTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Trabalho de Campo da Disciplina de Didáctica Geral a ser


submetido na Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Biologia da UnISCED 1º Ano. Soborientação
dos tutores: Tutores: Mestre Filipe Chuoteca; Mestre :
Jacinto Ordem.

Estudante: Rosalina da Zaina Loio Lopes Código: 96230310

Lichinga, Maio de 2023

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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 3

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 3

1.1.2.Geral .................................................................................................................................. 3

1.1.3.Específicos ......................................................................................................................... 3

1.2.Metodologias ........................................................................................................................ 3

2. O papel da didáctica na formação do Professor ..................................................................... 4

2.1. O Papel da Didática na Formação de Professores no Ensino Superior ............................... 5

2.2.1. A importância da didáctica para a formação do professor ............................................... 6

3. Os Materiais Pedagógicos e o Planeamento para a Prática Didáctica .................................... 7

3.1. Metodologias, meios e recursos didáctico no processo de ensino-aprendizagem ............... 8

3.1.1. Material Didáctico ............................................................................................................ 8

3.1.2. Objectivos do uso dos meios de Ensino-Aprendizagem .................................................. 9

3.2. Importância dos Meios Audiovisuais ................................................................................ 11

3.3. Metodologia do processo de ensino-Aprendizagem .......................................................... 11

4. Conclusão ............................................................................................................................. 13

5.Referência Bibliográficas ...................................................................................................... 14

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1.Introdução
O trabalho é de carácter avaliativo, referente a cadeira Didáctica Geral, e tem como tema: o
papel da didática na formação do professor, que visa abordar aspectos relacionados a
importância da didática na formação do educador, bem como os métodos didácticos que
contribuem para a prática docente, sendo que este deve levar em consideração, que teoria e
prática são dois caminhos que não podem ser trabalhados separadamente, já que, um
complementa o outro no processo de ensino-aprendizagem. A didática para formação do
professor seja ele de qualquer área educacional, é de suma importância para a elaboração de
uma aula que alcance objectivos antes tidos como impossíveis, e saber utilizar adequadamente
uma técnica didáctica, que proporcionará um trabalho eficaz e significativo, alcançando assim,
metas favoráveis para o aprendizado dos alunos.

1.1.Objectivos

1.1.2.Geral
 Conhecer o papel da didáctica na formação do professor.

1.1.3.Específicos
 Definir a Didáctica e sua evolução histórica;
 Identificar o papel da didáctica na formação de professores;
 Adquirir a metodologia, meios e recursos didácticos do processo de Ensino-
Aprendizagem.

1.2.Metodologias
A realização do trabalho foi possível com o auxílio de diversas obras de autores que abordam
assuntos relacionados com o Tema, sites e documentos em formato PDF, detalhados nas
Referências Bibliográficas.

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2. O PAPEL DA DIDÁCTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
 Breve historial da Didáctica

A história da Didática está ligada ao aparecimento do ensino, isto é, desde que alguém pela
primeira vez propôs-se, institucionalmente, ensinar a outrem alguma coisa.

O termo Didática, aparece quando adultos começam a intervir na actividade de


aprendizagem das crianças e jovens, através da direção deliberada e planeada
do ensino, ao contrário das formas de intervenção mais ou menos espontâneas
de antes. Estabelecendo-se uma intenção propriamente pedagógica na
actividade de ensino, a escola torna-se uma instituição; o processo de ensino
passa a ser sistematizado conforme níveis, tendo em vista a adequação do ensino
às possibilidades das crianças, às idades e ritmo de assimilação dos estudos.
Libâneo (2003).
Como campo teórico elaborado, a Didática passou a existir no século XVII, quando João
Amos Comenius, pastor protestante que viveu na Tchecoslováquia, publicou uma obra clássica
sobre o assunto: A Didática Magna. Este livro pode ser considerado o marco de fundação da
disciplina. Tanto pelo seu pioneirismo quanto pela sua influência, na época, e mesmo muito
tempo depois.

A Didática, até o final do século XIX, baseou-se quase que de forma exclusiva na Filosofia,
com ênfase para os trabalhos de Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827), Herbart (1777-
1841), entre outros pedagogos desta época, mostrando-se bastante avançada em relação às
concepções psicológicas daquele tempo.

 Conceito de Didáctica

O termo didáctica é derivado do grego didaktiké, que significa, em outras palavras, “arte de
ensinar”. Actualmente, diversas são as definições para didáctica, mas quase a totalidade delas
refere-se como técnica, ciência ou arte de ensinar.

Segundo Hoauiss (2001, p. 22), “didáctica pode ser definida como parte da Pedagogia que trata
dos princípios científicos que direcionam a actividade educativa, com o objectivo de torná-la
mais eficiente”. Deste modo, a Pedagogia é vista como a ciência e a arte da educação, enquanto
que a Didáctica pode ser definida como a arte e a ciência do ensino”.

 Objectivos da didactica

A Didáctica, definindo-se como mediação dos objectivos e conteúdos do ensino, investiga as


condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os fatores reais (sociais,

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políticos, culturais e psicossociais) condicionantes das relações entre a docência e a
aprendizagem.

A Didática é o conjunto de atitudes e acções que o professor assume e realiza no


desenvolvimento do seu trabalho. A didáctica é algo do qual nenhum professor pode escapar,
bem ou mal, consciente ou inconscientemente, ele usa a Didáctica.

A Didática preconiza uma concepção pedagógica progressista e uma prática educacional


centrada no diálogo, na participação ativa do aluno, no contacto com a realidade, na discussão
dos problemas, na reflexão, na análise crítica dos conteúdos, enfim, na vivência democrática
em sala de aula.

 Ensino da Didáctica

De acordo com (Gil, 2007), “Entre meados de 1950 até 1970, o ensino da Didáctica passou a
priorizar técnicas e métodos de ensino com a finalidade de garantir a eficiência na aprendizagem
dos alunos, bem como a defesa de sua neutralidade científica”.

Nesta abordagem, o tecnicismo passou a ter uma importância fundamental no modelo


educacional em questão e, consequentemente, no ensino da Didáctica. Desta forma, no que diz
respeito à disciplina acadêmica, a Didáctica enfatizou a:

 Elaboração de planos de ensino;


 Formulação de objectivos instrucionais;
 Seleção de conteúdos;
 Técnicas de exposição e de condução de trabalhos em grupo;
 Utilização de tecnologias a serviço da eficiência das actividades educativas.

2.1. O Papel da Didática na Formação de Professores no Ensino Superior


Apesar dos estudiosos da área educacional insistirem na importância relacionada à
aquisição de habilidades e conhecimentos pedagógicos pelos professores também em nível de
graduação, muitos professores não vinculam a importância da Didáctica à sua formação. Isto
reflete também na constatação de que grande parte dos professores não possui preparação
pedagógica.

Outro factor que corrobora para tal argumentação diz respeito ao facto de que boa parte
dos professores exerce duas actividades correlatas: a de profissional (actuante no mercado de
trabalho) em determinada área (como por exemplo: programador de sistemas computacionais);

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e a outra actividade como docente (ou seja, professor em si), com ênfase para a primeira
actividade. Por este motivo, estes profissionais tendem a conferir menos relevância às questões
didácticas do que os professores dos demais níveis de ensino, os quais receberam
sistematicamente formação pedagógica.

A Didática do Ensino Superior visa contribuir para formar um professor pesquisador,


mediante a compreensão das especificidades do trabalho docente, na situação institucional
formativa e curricular do ensino superior. Supõe compreender o trabalho docente, tanto na
perspectiva da construção de saberes sociais, pedagógicos e docentes tácitos, construídos nas
diversas relações pedagógicas no contexto da sociedade, bem como no sentido da sua
formalização, através da Didática.

Luckesi (1986), referindo-se à formação do educador, declara:

Formar o educador, a meu ver, seria criar condições para que o sujeito
se prepare filosófica, científica, técnica e afetivamente para o tipo de
acção que vai exercer. Para tanto, serão necessárias não só
aprendizagens cognitivas sobre os diversos campos de conhecimento
que o auxiliem no desempenho do seu papel, mas especialmente o
desenvolvimento de uma atitude, dialeticamente crítica, sobre o mundo
e sua prática educacional. O educador nunca estará definitivamente
“pronto”, formado, pois que a sua preparação, a sua maturação se faz
no dia-a-dia, na meditação teórica sobre a sua práctica.
(Luckesi,1986,p. 26).

2.2.1. A importância da didáctica para a formação do professor


Tanto a escola como as práticas desenvolvidas em sala de aula, são importantíssimas para a
formação dos alunos, através da educação obtida em sala de aula, teremos cidadãos críticos em
uma sociedade que visa apenas o lucro e o desenvolvimento, contudo quando os alunos recebem
uma educação de qualidade, poderão criar seus próprios pontos de vista sobre determinado
assunto, e assim, criticar e refletir de maneira coerente.

Dessa forma, depreende-se que a escola é um ambiente de descobertas, é nela que o


professor vai buscar a melhor forma de trabalhar com os alunos, descobrindo seus potenciais e
seus limites, e partir daí, traçar metas didáticas que possa suprir a necessidade de todos, pois,
quando se quer alcançar objectivos benéficos para os alunos, deve-se trabalhar também suas
dificuldades, e aproveitar de maneira significativa tudo o que lhe parecer favorável para um
aprendizado de qualidade.

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A didáctica utilizada no decorrer de uma aula é predominante para o processo de ensino
aprendizagem, é o meio pelo qual o professor transmite aos seus alunos conhecimentos sobre
diversas áreas da educação, seja através de experiências de vida, livros, vídeos ou outros,
independente da forma, todas devem almejar apenas um propósito, que é ajudar os alunos a
superar dificuldades, e construir meios para a construção de seu próprio conhecimento, nesse
sentido sendo protagonista de sua formação humana e escolar.

Para Libâneo (1994), a didática trata dos objectivos, condições e meios de realização do
processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Não há
técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade, sem uma competência
técnica para realiza-la educacionalmente, portanto o ensino deve ser planejado e ter propósitos
claros sobre suas finalidades, preparando os alunos para viverem em sociedade.

Percebe-se assim, a grande importância da didáctica para a formação tanto dos alunos
quanto dos professores, estes, no entanto, devem utilizar técnicas pedagógicas voltadas para a
formação do indivíduo, levando-os a compreender a necessidade de se planear e ter finalidades
favoráveis para o aprendizado, tornando os alunos aptos para se relacionarem socialmente.

A didáctica tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela
auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de habilidades
cognoscitivas tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.

Conforme Dalben (2010), a formação de professor sem falar de Didática, pois a busca pela
qualidade de ensino, propagada pelas políticas públicas, pelos educadores e pela sociedade em
geral, é o compromisso da Didáctica desde a sua criação.

Dessa forma, a didáctica quando utilizada de forma eficaz, produz pontos positivos na
aprendizagem, sendo que, é difícil falar em professor, ou mais especificadamente na sua
formação, sem destacar a didáctica, sendo esta, primordial para a geração de futuros
professores.

3. Os Materiais Pedagógicos e o Planeamento para a Prática Didáctica


A escola é um espaço de interação entre o professor e o indivíduo em formação constituindo
um espaço de troca mútua. A aula é o ambiente propício para se pensar, criar, desenvolver e
aprimorar conhecimentos, habilidades, atitudes e conceitos, é também onde surgem os
questionamentos, indagações e respostas, em uma busca ativa pelo esclarecimento.

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Conforme Libâneo (2002), o professor competente tem o papel de:

Planificar, selecionar e organizar os conteúdos, programar tarefas, criar


condições de estudo dentro da classe, incentivar os alunos para o estudo, ou
seja, o professor dirige as actividades de aprendizagem dos alunos a fim de que
estes se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem. Não há ensino
verdadeiro se os alunos não desenvolvem suas capacidades e habilidades
mentais, se não assimilam pessoal e activamente os conhecimentos ou se não
dão conta de aplicá-los, seja nos exercícios e verificações feitos em classe, seja
na prática da vida. (Libâneo, 2002. p. 08)

Depreende-se assim que, o planeamento de como a aula será desenvolvida é


imprescindível, visto que, quando se planea e se traça metas a serem conquistadas, tudo de torna
muito mais fácil, e dentre os objectivos, deve levar-se em consideração, o desenvolvimento
crítico do aluno, instigando-os a serem mais participativos e interacionistas.

Além da importância de se planear, é indispensável também que se tenha em mãos um


excelente material pedagógico, de forma que o processo de ensino aprendizagem se torne mais
eficiente e eficaz, é uma preocupação que tem acompanhado a educação brasileira ao longo de
sua história. Historicamente, o uso de materiais diversificados nas salas de aula, alicerçado por
um discurso de reforma educacional, passou a ser sinônimo de renovação pedagógica, progresso
e mudança, criando uma expectativa quanto à prática docente, já que os professores ganharam
o papel de efetivadores da utilização desses materiais, de maneira a conseguir bons resultados
na aprendizagem de seus alunos.

3.1. Metodologias, meios e recursos didáctico no processo de ensino-aprendizagem


Os meios ou recursos de ensino (também podendo ser designados recursos didácticos) são
todos os meios e recursos materiais e humanos utilizados pelo professor e pelos alunos para a
organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem.

Os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem


à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os
objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da
comunidade, os recursos naturais e assim por diante.

3.1.1. Material Didáctico


O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a
fim de torná-lo concreto e intuitivo.

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3.1.2. Objectivos do uso dos meios de Ensino-Aprendizagem
Os meios de ensino-aprendizagem são usados com vista a determinadas finalidades, dentre as
quais, podem ser as seguintes:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe nocção mais exacta
dos factos e fenómenos estudados;
 Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;
 Facilitar a percepção e compreensão dos factos e conceitos;
 Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente (isto é, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem);
 Aproximar o aluno da realidade;
 Desenvolver a capacidade de observação;
 Desenvolver a experimentação concreta;
 Economizar esforços para levar os alunos à compreensão de factos e conceitos;
 Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o material
pode provocar;
 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com o
manuseio ou construção de aparelhos por parte dos alunos.

O material didáctico, mais do que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a
descobrir e a construir. Assume, assim, aspecto funcional e dinâmico, propiciando oportunidade
de enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade e oferendo-lhe oportunidade
de actuação. Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do
ensino, deve obedecer as seguintes condições:

a) Ser adequado ao assunto da aula;


b) Ser de fácil apreensão e manejo;
c) Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de
aparelhos.

E, por outro lado, a utilização dos recursos de ensino deve ter em conta alguns critérios e
princípios, nomeadamente:

 Ao seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino só porque está na moda;

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 Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a
poder empregar correctamente;
 A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso,
devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse e a sua participação activa.
 As condições ambientais podem facilitar ou, ao contrário, dificultar a utilização de
certos recursos. A inexistência de tomadas de energia eléctrica, por exemplo, exclui a
possibilidade de utilização de retroprojector, projector de slides ou de filmes.
 O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado.

A preparação e utilização dos recursos exige determinado tempo e, muitas vezes, o professor
não dispõe desse tempo. Então deverá buscar outras alternativas, tais como: utilizar recursos
que exigem menos tempo, solicitar a ajuda dos alunos para preparar os recursos, solicitar a
ajuda de outros profissionais.

 Classificação dos meios de Ensino-Aprendizagem

Tradicionalmente os meios de ensino são classificados em: visuais (projecções, cartazes,


gravuras), auditivos (rádio, gravações) e audiovisuais (cinema, televisão), apesar de se
reconhecer que, na pratica, as expressões verbais, sonoras e visuais se complementam, fazendo
com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam funcionais
quando se utilizam de forma complementar.

 Uma outra classificação de meios de ensino considera existirem:


a) Meios/recursos humanos
 Professor;
 Alunos;
 Pessoal escolar;
 Comunidade.
b) Meios/recursos materiais
i. Do ambiente
 Natural (água, folha e pedra)
 Escolar (quadro, giz, carteiras, etc.
ii. Da comunidade
 Bibliotecas, indústrias, lojas, repartições públicas;

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3.2. Importância dos Meios Audiovisuais
De acordo com Pilette (2004), “Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos
destacar aqueles cuja acção se faz mediante o uso da visão (meios visuais), da audição (meios
auditivos) e, finalmente, aqueles que estimulam simultaneamente a visão e a audição (meios
audiovisuais), colaborando para aproximar a aprendizagem de situações reais”.

Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter presente que o
homem toma conhecimento do mundo exterior através de cinco sentidos. Pesquisas revelam
que aprendemos: o 1% através do goso, o 1.5% através do tacto;o 3.5% através do olfacto,
o 11% através do ouvido e o 83% através da vista.

3.3. Metodologia do processo de ensino-Aprendizagem


A palavra metodologia tem origem no termo que vem do latim "methodus" e o seu significado
está relacionado a forma de direcionamento dada para a realização de um objectivo. Desta
forma, o vocábulo se difundiu no ambiente educacional indicando o campo onde o modo como
o conhecimento é produzido é estudado. Sendo assim, as metodologias de ensino compreendem
todos os modelos utilizados pelos educadores para que os alunos sejam capazes de se
desenvolverem e ampliarem os seus conhecimentos.

A perspectiva da aprendizagem

Por outro lado, existem professores que enxergam os alunos como sendo os principais
protagonistas no processo de educar. Estes docentes preocupam-se em identificar as aptidões
de seus alunos, suas necessidades e seus interesses, com o objectivo de auxiliá-los, seja no
desenvolvimento de habilidades novas, na modificação de comportamentos e atitudes ou na
busca de novos significados nas pessoas, coisas ou factos (Gil, 2007).

Desta forma, quando nos referimos à perspectiva da aprendizagem, as actividades


planejadas e propostas estão centradas na figura do aluno, suas aptidões, capacidades,
interesses, expectativas, oportunidades, possibilidades e condições para aprender.

Conforme Gil (2007, p. 29),

Os educadores progressistas, preocupados com uma educação para


mudança, constituem os exemplos mais claros de adoção a esta
perspectiva. Seus alunos são incentivados a expressar suas próprias
ideias, a investigar com independência e a procurar meios para o seu
desenvolvimento individual e social. Na medida em que a ênfase é
colocada na aprendizagem, o papel predominante do professor deixa de

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ser o de ensinar e passa a ser o de ajudar o aluno a aprender. As
preocupações básicas desses professores, por sua vez, são: “Quais as
expectativas dos alunos?”, “Quais as estratégias mais adequadas para
facilitar seu aprendizado?” (Gil, 2007, p. 29).

De modo geral, de forma consciente ou inconsciente, os docentes tendem a enfatizar um outro


polo (ensino ou aprendizagem) fazendo com que sua actuação seja diversificada. No que se
refere às perspectivas educacionais mais modernas, baseadas em uma visão humanista da
educação (quanto às contribuições fornecidas pelas ciências do comportamento), elas visam
valorizar mais a aprendizagem dos alunos, do que o ensino ministrado por seus professores.

Nessa visão, o que mais importa é a aquisição de uma mentalidade


científica, o desenvolvimento das capacidades de análise, síntese e
avaliação, bem como, aprimoramento da imaginação criadora. O papel
do professor de ensino superior, passa a ser, portanto, o de formar
pessoas, prepará-las para a vida e para a cidadania, além de treiná-las
como agentes privilegiados do progresso social (Gil, 2007a, p. 29)

A pedagogia do ensino superior tem procurado avançar através da utilização de novos conceitos
e métodos. O estudante, antes visto como um sujeito passivo no processo de ensino-
aprendizagem, é hoje visualizado como um sujeito activo neste processo. Ele procura de forma
ativa a informação necessária para a solução de problemas concretos, estruturando seus
conhecimentos de forma racional, na medida em que vai adquirindo os mesmos, concatenando
o que lhe é transmitido com o que ele próprio busca.

Dessa forma, o ensino passa a ser muito mais do que a transmissão meramente de
conhecimento. Passa a exigir a utilização de métodos e de ferramentas para a função deste papel
ativo. Assim, a atenção principal na ação educativa transfere-se, de forma substancial, do ensino
para a aprendizagem. Altera-se, com isso, também o papel do professor, que de transmissor do
conhecimento passa a ser um facilitador da aprendizagem.

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4. Conclusão
Percebe-se que a didática é uma ferramenta essencial na formação docente, pois é através dela
que o futuro profissional adquire conhecimentos teóricos, que serão colocados em prática na
docência da sala de aula. Portanto, se no decorrer de sua formação docente, o aluno conseguir
uma boa formação docente, ele terá um caminho significativa para se tornar um bom
profissional. A Didáctica é de suma importância para a formação do professor, pois deve
proporcionar o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, possibilitando que
o professor faça uma análise de forma clara sobre a realidade do ensino, proporcionando
situações em que o aluno construa seu próprio saber.

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5.Referência Bibliográficas
Gil, A. C. (2007). Didática do Ensino Superior. 1. ed. São Paulo: Atlas.

Houaiss, A.; Villar, M. S. (2001). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Objectiva.

Libâneo, José Carlos. (2003) Didática. São Paulo: Cortez.

Luckesi, Carlos Cipriano. (1986). Elementos para uma didática no contexto de uma pedagogia
para transformação. Anais da III CBE. São Paulo: Loyola.

Nivagara, Daniel Daniel. Didáctica Geral, Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à distância,
Universidade Pedagógica.

Pilette, Claudino. (2004). Didática Geral. 23ª Edição, editora ática. São Paulo.

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