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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

IMPACTOS AMBIENTAIS DA EXPANSÃO URBANA EM MOÇAMBIQUE

Discente: Oliveira Lucas Friel Código: 708213771


Turma: “N”

Nampula, Abril
2024
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

IMPACTOS AMBIENTAIS DA EXPANSÃO URBANA EM MOÇAMBIQUE

Discente: Oliveira Lucas Friel Código: 708213771

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Cadeira: Geografia do Urbanismo

Ano de Frequência: 4º Ano

Tutor: Luís Deixa

Nampula, Abril

2024

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FOLHA DE FEEDBACK
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Índice
1.Introdução..............................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..........................................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral...............................................................................................................................4

1.1.2. Objectivos Específicos...................................................................................................................4

1.2. Metodologias.....................................................................................................................................4

2. Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique..............................................................5

2.1. Conceitos Básicos..............................................................................................................................5

2.2. Os Principais Impactos Ambientais da Expansão Urbana.................................................................6

2.3. Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique...........................................................7

2.4. Consequências dos Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique...........................7

3.Conclusão..............................................................................................................................................9

4.Referência bibliográfica......................................................................................................................10

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1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre os Impactos Ambientais da Expansão Urbana em
Moçambique e está relacionado à cadeira de Geografia do Urbanismo. Para começar, é
importante lembrar que todas as acções da sociedade sempre causarão danos ao meio
ambiente, independentemente de se esses danos tenham ou não um impacto significativo. O
homem corre o risco de ser o mais prejudicado no final. No entanto, em Moçambique e no
mundo em geral o crescimento econômico nas grandes e médias cidades tem aumentado o
capital industrial e imobiliário, o que resulta em mais malha urbana e mais população. Isso
tem ocorrido de forma acelerada e sem planeamento nas últimas décadas, o que resultou em
crescimento desordenado, principalmente em áreas periféricas e com condições ambientais
desfavoráveis. Os processos de ocupação e expansão do meio urbano são um grande problema
para as pessoas, principalmente quando ocorrem de forma descontrolada e usando recursos
sem planeamento ou controle.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar os Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Definir Impactos Ambientais;
 Apresentar os principais Impactos Ambientais da Expansão Urbana;
 Descrever as Consequências dos Impactos Ambientais da Expansão Urbana em
Moçambique;
1.2. Metodologias

O trabalho em estudo foi realizado por meio da pesquisa bibliográfica, que consistiu na leitura
de livros, módulos e artigos científicos. Além disso, o estudo foi realizado de forma
qualitativa, consultando autores que abordaram assuntos relacionados com o tema.

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2. IMPACTOS AMBIENTAIS DA EXPANSÃO URBANA EM MOÇAMBIQUE
2.1. Conceitos Básicos
 Impactos Ambientais

Segundo Mota (1999), “Toda e qualquer mudança em um ecossistema ou bioma causado pela
intervenção humana é considerado impacto ambiental. O impacto ambiental pode ter efeitos
positivos ou negativos, mas também pode ter efeitos negativos. Assim, os efeitos ambientais
existem desde que os humanos descobriram o fogo e a roda”.

Impacto Ambiental é qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e


biológicas do ambiente causada por qualquer actividade humana. A saúde, a segurança e o
bem-estar da população, as actividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e
sanitárias do ambiente e a qualidade dos recursos ambientais podem ser afetados direta ou
indiretamente por essas mudanças.

 Expansão Urbana

De acordo com Moreira, (2014), “Expansão urbana são locais de forte concentração
populacional devido às economias de aglomeração e às sinergias estabelecidas em torno da
oferta de bens, equipamentos e serviços essenciais para a qualidade de vida das pessoas”.

O aumento da renda locativa e a organização do espaço intraurbano são influenciados


por factores como acessibilidade, centralidade e qualidade das estruturas edificadas.

A expansão urbana é uma das manifestações mais directas do processo de


produção do espaço na sociedade moderna. Actualmente, as demandas são
atendidas por meio do uso do planeamento urbano, que inclui intervenções no
espaço urbano. Essas intervenções podem ser realizadas com uma variedade
de propósitos, como embelezamento, suporte estrutural ou mesmo
revitalização. A maioria das intervenções se concentra na área central. No
entanto, devido à inabilidade urbana, os esforços para melhorar a mobilidade
foram projetados para abordar os problemas que afetam o fluxo normal da
cidade de forma mais gradual (Mesentier & Moreira, 2014).

 Expansão Urbana em Moçambique

A complexidade do espaço urbano e das cidades exige um planeamento urbano bem


estruturado, abrangente e multissetorial que leve em conta a economia, a sociedade, a física-
territorial, a ecologia e a administração.

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Como observado por Mota (1999), essa abordagem multissetorial visa garantir a igualdade de
qualidade de vida e preservar os recursos ambientais.

A afirmação de Grostein (2001) é que a escala, o avanço e a velocidade da urbanização não


constituem problemas em si mesmos, a não ser pelo modo como ocorrem.

2.1. Ocupação e expansão desordenada do Solo

De acordo com Amorim (2000), “os processos de ocupação e expansão do meio urbano é um
sério problema da humanidade, principalmente quando ocorre de forma desordenada,
utilizando os recursos sem devido planeamento e controle”.

O termo "regime urbanístico do solo" refere-se a "um conjunto de normas, instituições


e institutos que disciplinam sua utilização no exercício das funções de habitar, trabalhar
circular e recrear”. Nos últimos anos, a ocupação informal e descontrolada do solo urbano em
Moçambique tem aumentado a um ritmo alarmante. A compreensão desta tendência despertou
o interesse em descobrir os factores de motivação e os riscos associados à ocupação de áreas
como planícies de inundação.

Conforme Silva, (1999, p. 161). “Os objectivos do regime urbanístico do solo são os
seguintes: garantir a reserva dos espaços necessários em locações adequadas destinadas ao
desenvolvimento das actividades urbanas; garantir o equilíbrio da concentração”.

2.2. Principais Impactos Ambientais da Expansão Urbana

Para Carlos (1994), “A alteração da topografia, a geração de resíduos sólidos, a geração de


efluentes, a compactação do solo e o aumento da erosão, a geração de ruídos, a supressão da
vegetação e os impactos principais da paisagem foram identificados de forma qualitativa”.

A evolução cada vez mais acelerada da espécie, o ser humano adquiriu muitas
habilidades e conheceu novos avanços científicos em prol de seu benefício, porém causou
desequilíbrios no ambiente em que vive.

O planeta Terra está chegando a condição de se tornar impróprio para a vida humana,
animal e vegetal a partir do modelo de produção e exploração dos recursos naturais dos
últimos séculos. Nesse sentido, é importante entender como se estabelecem as relações
humanas com o ambiente, estas que muitas vezes colocam em risco o futuro da humanidade.

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Por esse motivo, as perspectivas de transformação social veem trazendo estí mulos a
estudos interdisciplinares com a Psicologia Ambiental.

2.3. Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique

De acordo com Mota (1999), “As interações humanas com seu ambiente natural são
complexas, e vários comportamentos são identificados à medida que essas relações ocorrem,
sendo estas individuais e coletivas para com o entorno em que vivem”.

Mudanças ambientais sempre ocorreram no planeta, ao longo do tempo, porém todas


derivadas de causas naturais, e onde a natureza era utilizada pelos seres humanos e animais,
apenas para satisfação das necessidades, o que favorecia o ciclo natural.

A partir do momento em que o ser humano deixou de ser parte constituinte desse
ambiente e passou a agir como dono, devido às descobertas e avanços tecnológicos, trouxe
também impactos que fizeram com que a utilização dos bens naturais, visando cada vez mais
consumo e aumento da economia, fossem maiores do que a capacidade do planeta em
recompor. Pode-se considerar que a humanidade, está ameaçada pelos padrões da sociedade:
“Os padrões tecnológicos e o modelo predador de crescimento, que maximizam as ganâncias
econômicas em curto prazo, revertendo os custos sobre os sistemas naturais e sociais” (Leff,
1999).

2.4. Consequências dos Impactos Ambientais da Expansão Urbana em Moçambique


O desenvolvimento de grandes cidades foi associado à deterioração dos componentes
físico-ambientais do entorno. Supressão da vegetação, movimentos de terra,
impermeabilização do solo, aterramento de rios, riachos, lagoas, ocupação das encostas,
destruição de ecossistemas, emissão de resíduos e gases são as principais mudanças causadas
pela atividade humana.

Os impactos ambientais podem surgir quando as actividades humanas são executadas


de forma inadequada, resultando em vários impactos, tais como: alterações climáticas, danos à
flora e fauna, erosão do solo, empobrecimento do solo, assoreamento de recursos hídricos,
aumento de escoamento da água, redução da infiltração da água, inundações, alterações na
drenagem das águas, deslizamentos de terra, desfiguração da paisagem, poluição ambiental,
danos sociais e econômicos e alterações de caráter global (Mota, 2011).

Para Barbosa (2013), “Entre os principais problemas ambientais urbanos podem destacar:
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a) Poluição do ar: a contaminação por resíduos tóxicos, derivados tanto da actividade
industrial como do uso intenso de veículos, tornou-se um grave problema para a saúde
e o bem-estar da população nos grandes centros urbanos.

Um indivíduo absorve em média, por dia, 1,5 kg de alimento, cerca de 2 litros de água
e aproximadamente 15 kg de ar atmosférico. Respirar em locais onde o ar é excessivamente
poluído afecta sensivelmente a saúde. Há dias em que respirar no centro da cidade de
Nampula, por exemplo, equivale a fumar cerca de 40 cigarros de uma só vez. Entre as
principais substâncias poluentes da atmosfera, destacam-se o dióxido de enxofre, o monóxido
e o dióxido de carbono, os óxidos de nitrogénio e os hidrocarbonetos gasosos.

b) Poluição sonora: O barulho excessivo, típico dos grandes centros urbanos, é gerado
pelos veículos em circulação, barres de comércio de bebidas alcoólicas, obras em
construção, britadeiras e vendedores ambulantes.

Esse barulho frequente pode provocar a diminuição da capacidade auditiva, além de


distúrbios e neuroses. Em Nampula, por exemplo, está entre as cidades com maior poluição
sonora no mundo, com áreas que apresentam índices entre 75 e 85 decibéis - índices acima do
suportável pela audição humana (65 decibéis).

c) Poluição visual: Um bom exemplo é o elevado número de cartazes publicitários que


exploram o espaço urbano. São outdoors, placas, cartazes, telões, painéis electrónicos,
faixas e luzes que, além de causar cansaço e irritabilidade entre as pessoas que
transitam diariamente pela cidade, em inúmeros casos faz propaganda de produtos
inacessíveis à maioria da população, como moradias e carros luxuosos, iates etc., ou
trazem produtos nocivos à saúde, como cigarros e bebidas.
d) Acúmulo de lixo e de esgotos: A Zambézia produz quase 100 mil toneladas de lixo
doméstico por dia. Sem contar o lixo hospitalar, radioactivo e industrial. Todo esse
material pode ter quatro destinos diferentes: depósitos a céu aberto (lixões), aterros
sanitários, incineração ou reciclagem.

Os lixões são os mais utilizados. Causam problemas de poluição das águas


subterrâneas e, além disso, esgotos e resíduos industriais são despejados em rios, que
normalmente "morrem", tornando-se imundos e malcheirosos. O acúmulo de lixo urbano é

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responsável por altos índices de doenças, além da poluição do ar, do solo e das águas que
abastecem a cidade.

e) Congestionamentos frequentes: o grande número de automóveis particulares, que


substituem o uso do transporte colectivo, causa, além da poluição do ar, lentidão no
deslocamento das pessoas, devido ao trânsito frequentemente congestionado. Essa
situação, por se referir à qualidade de vida da população e ao meio ambiente, também
se torna um problema ecológico ou ambiental.
f) Carência de áreas verdes: a falta de reservas florestais, parques e praças com muitas
árvores agrava a poluição atmosférica, já que as plantas contribuem para a renovação
do oxigénio do ar. A falta de áreas verdes também diminui as opções de lazer da
população. Foi estabelecido internacionalmente que são necessários 16 m2 de área
verde por habitante.
g) Inversão térmica: a inversão térmica em si não é um problema, mas apenas um
fenómeno da natureza. O problema aparece quando o homem produz poluentes cuja
dispersão impede a inversão térmica. Nas grandes metrópoles, consiste num processo
cujo ar situado próximo à superfície, que em condições normais é mais quente do que
o ar que está mais alto, torna-se mais frio que o ar das camadas térmicas elevadas.

Como o ar frio é mais pesado que o ar quente, ele impede que o ar mais quente desça e
com isso os resíduos poluidores não se dissipam e vão ficando retidos perto da superfície,
agravando os efeitos da poluição, tal como irritação nos olhos e doenças respiratórias.

Nos espaços urbanos é comum a diferença de temperatura entre a


região central, mais quente, e a periferia, com menor temperatura.
Essa diferença é provocada especialmente na parte central das cidades,
onde os enormes edifícios que surgem limitam a acção dos ventos,
além do grande volume de poluentes que são lançados por automóveis
e indústrias e também pela rápida absorção de calor pelo asfalto e
concreto, provocando verdadeiras "ilhas de calor". Correa (2005).

As cidades crescem, se modificam, não são planeadas, unem povos e servem de palco para
várias ocasiões.

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3. Conclusão
As formas de obtenção da terra em Moçambique, ligadas às tradições, muitas comunidades
rurais encaram com indiferença, e, em algumas ocasiões, com suspeitas a introdução de novos
métodos de promoção a produção e ao desenvolvimento; as crenças em suas práticas
culturais, as populações, acreditam que o seu modo de vida é o melhor fazendo transpasses
ilegais, facto que concorre para uma ocupação desordenada da terra. Neste contexto de
expansão urbana rápida, é provável que as decisões que estão a ser tomadas agora sobre as
configurações de assentamentos e uso do solo urbano tenham, futuramente, consequências
duradouras para os sistemas urbanos africanos.

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4. Referência Bibliográfica
Barbosa, Wellynne C. de Sousa. (2013). Figuras coloridas digitais.

Carlos, Ana Fani Alessandri. (1994). A (Re) produção do espaço urbano. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo.

Corrêa, Roberto L. (2005). O espaço urbano. São Paulo: Ática.

Encarnação Beltrão (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão
Popular.

Mota, S. (1999). Urbanização e Meio Ambiente: Rio de Janeiro: ABES.

Torres, Edvânia. (2007). O estudo das cidades médias brasileiras. In: SPOSITO, Maria

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