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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Contribuição dos Meios de Transporte e comunicação no DesenvolvimentoSocio


Economico.

Isolda Joaquim Inácio (708204366)

Licenciatura Em ensino de Geografia


Geografia dos Transportes e Comunicações
3º Ano

Tete, Maio, 2022


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 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências 6ª edição em  Rigor e coerência das
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria: ser preenchida pelo tutor:

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Índice

1. Introdução ...........................................................................................................................5

1.1. Objectivos .............................................................................................................................6

1.1.1.Objectivo geral ....................................................................................................................6

1.1.2. Objectivos específicos .......................................................................................................6

1.2. Metodologia ..........................................................................................................................6

2. Fundamentação Teórica ......................................................................................................7

2.1. Contribuição dos meios de Transporte e Comunicações no desenvolvimento


Socioeconômico. ................................................................................................................7

2.1.1.Transporte Definição ..........................................................................................................7

2.1.2. História do surgimento do Transporte ...............................................................................7

2.2. O contributo de transporte no desenvolvimento Socioeconômico........................................7

2.4. Desenvolvimento Económico .............................................................................................10

2.4.1. Benefícios directos ..........................................................................................................10

2.4.2. Benefícios indirectos........................................................................................................10

3. Conclusão .........................................................................................................................11

4. Referencias Bibliográfica .................................................................................................12


1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa insere se na Cadeira de geografia dos Transportes e
Comunicações, cujo o tema é Contribuição dos meios de Transporte e Comunicações no
desenvolvimento Socioeconômico. Neste tema ex importante salientar que é usual sintetizar, a
nível das definições, que a actividade Transporte assegura a circulação de pessoas e bens,
deixando para a Comunicação a circulação de informações e mensagens.

A necessidade de circulação de pessoas e bens é vital nas comunidades humanas desde que, nos
primórdios da história, se reconheceu e acolheu a especialização, num quadro dedivisão cooperante
do trabalho, sucessivamente pessoal, sectorial e nacional.

Por isso, tem sido íntima a correlação entre o Transporte e a atividade das comunidades humanas,
traduzida nos seus modos de organização e padrões de vida. Ao longo dos séculos estão registadas
acelerações dessa actividade, qualitativas e quantitativas, em ligação directa com o
aperfeiçoamento tecnológico das soluções oferecidas pelo Transporte.

O conjunto Transporte + Comunicação é visivelmente o aparelho circulatório da Comunidade


humana global, encarregado de levar a cada tecido e suas células activas as
«substâncias» necessárias ao seu labor articulado e deles retirar, para distribuição, os produtos do
seu trabalho e do seu espírito. É assim o suporte da relação entre os povos, cada vez mais
necessária e intensa, por razões que relevam da vontade de progresso das comunidades humanas.
1.1. Objectivos

1.1.1.Objectivo geral
 Analisar o Contributo dos meios de transporte e comunicações no desenvolvimento
socioeconômico.
1.1.2. Objectivos específicos
 Definir transporte de acordo com vários Autores,
 Descrever o Historial do surgimento do Transporte,
 Caracterizar o Papel dos transportes no desenvolvimento Socioeconômico,
 Debruçar Contributo para o Desenvolvimento do Transporte Colectivo emMoçambique.

1.2. Metodologia
Para a concretização deste trabalho, usou se metodologia de pesquisa bibliográfica que irá expor de
forma mais clara umas visão de falar, conhecer e saber sobre Contributo dos meios de transporte e
comunicações no desenvolvimento socioeconômico.
E por sua vez a pesquisa bibliográfica Segundo Gil (1946), e desenvolvida com base em Material
já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos Científicos. (p.44)
A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no facto de permitir ao investigador a
cobertura de uma gama de fenômenos muito mais amplo do que aquelas que poderia pesquisar
diretamente. Essa vantagem torna se particularmente quando o problema da pesquisa requer dados
muitos disperso pelo espaço. (GIL, 1946, p.45)

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2. Fundamentação Teórica

2.1. Contribuição dos meios de Transporte e Comunicações no desenvolvimento


Socioeconômico.
2.1.1.Transporte Definição
Designa-se por transporte o trabalho realizado na mudança de posição relativa de bens e/ou
pessoas, dum lugar para outro, sendo ele entendido como uma unidade de trabalho (Carmo, 1965:
33).

Mecanicamente a função do transporte é o de anular o espaço pela redução do tempo necessário


para o transpor, e economicamente é o de aproximar o homem ao local de trabalho/residência e os
centros de produção aos lugares de consumo no processo de comunicação (Viegas, 2004; Pontes,
2001: 8; Carmo, 1965: 35). O transporte constitui, o ponto/meio de encontro entre o homem e o
mundo. Com o aparecimento e posterior desenvolvimento dos transportes os conceitos de tempo e
de espaço, e até certo ponto, do emprego da força de trabalho humana foram/são radicalmente
alterados (Carmo, 1965: 9). A história dos transportes está assim, estritamente ligada a economia e
a sociedade (Viegas, 2004; Pontes, 2001: 8; Carmo, 1965: 35).

2.1.2. História do surgimento do Transporte


Historicamente, tal como qualquer outro sector de actividade, o processo evolutivo dos transportes
é progressivo. Aliás o transporte surg(iu)e a partir das relações de produção e intercâmbio que se
estabelecem na sociedade (Castro, 1980: 75). Os transportes, não são, de facto, mais do que uma
resposta da evolução dos desejos e comportamentos, em particular, de mobilidade dos homens. Os
homens não poderiam se movimentar nem comercializar se os mesmos não tivessem descoberto
formas de viajar, descobrindo rotas/vias naturais ou criando vias artificiais (Werner, 1985: 9;
OCDE, 1977: 8). Aliás, o serviço transporte não é armazenável (Castro, 1980: 81) e com a mesma,
a produção nãoocupa o espaço (Pontes, 2001: 15).

2.2. O contributo de transporte no desenvolvimento Socioeconômico

O sistema de transporte tem assim uma grande importância na estruturação e evolução do sistema
produtivo. Ele joga um papel motor fundamental dentro do crescimento económico assim como
no desenvolvimento das relações internacionais (Sander e Grall,1998: 81; Bauchet, 1991: 93).

Apenas ele pode dar rápidas respostas à solicitação de passageiros e bens, indispensáveis ao
progresso de qualquer região, constituindo assim, um dos principais pilares na implementação das
estratégias de desenvolvimento. Isto é, o sistema de transporte constitui a espinha dorsal sobre a
qual se articula toda a sociedade (OCDE, 1977: 5),

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Aliás, se Revolução Industrial trouxe a necessidade da constituição de infra-estrutura de transporte
que pudesse oferecer condições de trabalho, a Revolução dos Transportes representou um passo
importantíssimo no desenvolvimento da humanidade e dos próprios meios de transporte (Button,
2003: xv). Assim, se numa primeira fase as potencialidades das trocas comerciais estimularam o
desenvolvimento dos transportes, a partir da sua revolução, foram estes que as estimularam,
favorecendo a especialização geográfica da produção e a interdependência (Banister e Button,
1993: 1; Taaffe, 1970: 24).

A medida que se modific(a)ou a tecnologia do transporte, modifica(ra)m-se os laços entre os


lugares, observando-se alterações dos seus padrões geográficos e das suas características (Taaffe,
1970: 26; Carmo 1965: 10). A infra-estrutura de transporte desempenhou um papel vital para fazer
a ponte dos gaps económicos e geográficos entre os países (Bernardo, 1986: 9). O transporte joga
assim um papel chave como um dos principais elementos configuradores do modelo territorial
(Castro, 1980: 50)

Assim, o desenvolvimento e sucesso dos transportes são dependentes, (a) quer de factores ligados a
sua procura que, têm a ver com as dispersões nos espaços, nomeadamente (Button, 2003: xv;
Doganis, 1993: 216; Wood e Johnson, 1990: 9; Werner, 1985: 10; Castro, 1980: 76):
 o uso da terra e a urbanização;
 da distribuição da riqueza na região ou país em que os mesmos se desenvolvem;
 importância e prosperidade da indústria e do comércio;
 importância e natureza da produção - a dispersão no interior da produção e dispersãoda esfera
de reprodução;

 exportação/importação e trânsito de mercadorias/matéria-prima - dispersão dasmercadorias


dentro do mercado;

 nível dos centros de consumo; e

 deslocações profissionais, politicas, religiosas, desportivas, culturais, turísticas, entre outras


necessidades - dispersão da força de trabalho - dispersão ligada ao consumoimprodutivo da
mais-valia;

2.3. Contributo para o Desenvolvimento do Transporte Colectivo em Moçambique


O transporte colectivo em Moçambique constitui uma “bomba relógio”. Se inúmeros dos
constrangimentos acima referenciados não merecerem uma profunda reflexão e intervenção por
parte do Estado, será muito difícil controlar o sector com efeitos na sua eficiência e no
crescimento/desenvolvimento socioeconómico global (Sint-Laurent, 1998: 43). Como se
observou, em parte, são problemas que surgem devido a uma formulação de políticas/estratégias
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descontextualizadas, pelo que não será possível melhorar a situação do transporte colectivo no
país se não forem adoptadas políticas diferentes e sustentáveis.

O contexto requer assim, uma resposta coerente e ordenada, e que se centre em objectivos claros e
realistas, compartilhados pelos diferentes actores. Políticas que ofereçam um claro valor
acrescentado as disposições nacionais e regionais pois, apesar de se tratar de um sector de
actividade sem o mínimo de organização efectiva, o mesmo não deixa de dispor de um potencial
ainda por explorar.

Pelo facto das regiões rurais constituírem uma componente vital da identidade e da estrutura física
do país que, na presente fase, na sua maioria, não se beneficia de operações ou actividades formais e
organizadas de transporte colectivo, o sector, constituí e continuará a ser um recurso básico e
sólido da economia do território. Aliás, na economia moçambicana, o sector dos transportes, em
geral, é um dos que tem demonstrado grande potencial de crescimento e geração de
rendimentos/empregos, principalmente. (Castles, 2005: 8).

Ainda na questão demográfica, para além do crescimento natural da população, no caso de


Moçambique, atenção especial deve ser dada a questão das migrações. Aliás, até certo ponto, a
natureza da migração moderna, está ligada com o desenvolvimento dos meios de transporte, entre
outros aspectos: “a globalização fornece ainda os meios tecnológicos para que os transportes
sejam baratos e as comunicações facilitadas. Por isso, as migrações se tornam tão difíceis de
controlar” (Castles, 2005: 8).

Aliás, os fluxos migratórios são uma das dimensões mais visíveis do processo de globalização
(Rourke e Sinnot, 2003), com impacto directo no sistema de transportes. Tal como refere Todaro
(1997: 119), os imigrantes, incluindo os ilegais no país de acolhimento, usufruem dos serviços
públicos, provocando um aumento da pressão em relação aos mesmos e aos seus custos. E,
Moçambique, sendo um país que partilha a sua fronteira com vários países, é tido como um Estado
“receptor de imigrantes não documentados e refugiados de outras partes do continente” (Nielson, e
Gallinetti, 2004: 24); para além das migrações ao nível da região serem uma realidade imposta
pela integração regional, ela própria, uma oportunidade para os operadores de transporte colectivo
nacionais e regionais.

Este cenário é reforçado pelas rápidas mudanças que se observam quer a nível interno, quer a nível
regional, com a implementação de novos projectos abarcando diferentes destinos turísticos que
necessitam de um aumento de meios diversificados de transporte.

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2.4. Desenvolvimento Económico
2.4.1. Benefícios directos
Conforme já atrás se assinalou, a movimentação de pessoas e bens está inteiramente
relacionada com todas as formas de progresso, quaisquer que sejam os estados por que vêm
passando.

Os próprios esquemas de transportes marcam frequentemente a configuração de todo o


desenvolvimento duma região ou dum país.

As antigas estradas romanas delinearam caminhos de progresso por toda a Europa. As vias fluviais
e os seus estuários fizeram nascer por todo o Continente Europeu, e pelos demais, pólos de
civilização e centros de comércio com importância sempre crescente no progresso dos povos. As
infra-estruturas rodo e ferroviárias do Fontismo marcaram em Portugal, na segunda metade do
século anterior, as principais linhas de desenvolvimentoeconómico.

A rede ferroviária de Moçambique - nascida nos fins do século – foi sem dúvida o berço de todo o
desenvolvimento daquele país no século actual Macau está hoje em vias de um notável
redimensionamento, face às infra-estruturas que para ali já estão em curso ou se projectam no
domínio das telecomunicações, do transporte aéreo e marítimo.

Assinale-se também que estando hoje assumido, como uma questão do regime, o
Desenvolvimento Regional, e estando este intima mente correlacionado com a rede de transportes
que venha efectivamente a servir as várias regiões do país, poder-se-á afirmar que só haverá
Desenvolvimento Regional na medida em que houver desenvolvimento regional dos transportes.

2.4.2. Benefícios indirectos


Presumo que a medida destes benefícios não pode quantificar-se. Apenas se poderão assinalar em
termos qualitativos. Vejamos algumas situações:

 Os transportes e comunicações exigem infra-estruturas e equipamentos em valores quase


incalculáveis, o que vai criar e promover intensamente actividadesindustriais tais como:
 A indústria de construção civil solicitada para as infra-estruturas ferroviárias, rodoviárias,
portuárias e aeronáuticas, reclamando intensa mão-de-obra para a suaexecução e envolvendo a
operação de vastos. Parques de maquinaria;
 A construção e manutenção dos veículos transportadores empenhando hoje por todo o lado as
Indústrias mais diversas, realçando- se nestas as mecânicas e eléctricas;
 As telecomunicações encontram na Indústria Electrónica o seu grande suporte, Indústria,
aliás, que deve a sua razão de ser às próprias telecomunicações.

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3. Conclusão
Ao concluir esse trebalho verficou-se que nos dias actuais tem se percebido que os transportes e
comunicações sempre desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento económico e
social. Este papel rege-se pelo facto de que o transporte participa do processo produtivo de cada
ramo da economia dos diversos países. Paralelamente, as comunicações desempenham obviamente
uma importância capital, visto que favorecem os fluxos, as trocas ou a transacção de informação,
valores ou capitais ao nível do globo.
Com efeito, constata-se que ambos são indispensáveis para o crescimento económico, dado que
eles continuam e finalizam o processo de produção, transportando o produto desde a fonte até ao
lugar de consumo e através do papel publicitário ou do marketing, imprimido pelas tecnologias de
informação e comunicação. Através desta função, está implícito o papel de distribuição das forças
produtivas de cada país, região ou continente. Por exemplo, os meios e as vias de transporte e
comunicação ferroviárias e marítimas influênciam, gosso modo, a localização das unidades
industriais e de tantos outros serviços.

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4. Referencias Bibliográfica
Carmo, Hermano e Ferreira, Manuela Malheiro (2008), Metodologia da Investigação –Guia para
a Auto-Aprendizagem (2ª Edição), Universidade Aberta.

Carmo, Marques do (1965), A batalha entre o carril e a estrada. Coordenaçao,Descriminação,


Lisboa: [Engenheiro Marques do Carmo].

Castles, Stephen (2005), Globalização, transnacionalismo e novos fluxos migratórios –dos


trabalhadores convidados as migrações globais, Lisboa: Fim de Século.

Castro, A. (1980), O sistema colonial português em África (meados do Séc. XX) -Editorial
Caminho, SARL, Lisboa.

Castro, Ignacio Fernandes (1980), Transporte, espacio y capital, in: Duran, RamonFernandez
(1980), Transporte, espacio y capital, Madrid: Editorial Nuestra Cultura.

Gil, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1946.

FONSECA, João José Saraiva. Metodologia da Pesquisa Científica. UniversidadeEstadual do


Ceará, Maio de 2002.

MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologiacientífica.


5. ed. - São Paulo: Atlas, 2003.

OCDE (1981), Regulation de la circulation en conditions de saturation, Paris.

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