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Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
1. História e origem da ginástica ............................................................................................. 6
1.1. A primeira escola de ginástica ..................................................................................... 6
1.2. Bloqueio Ginástico e a propagação da ginástica.......................................................... 6
1.3. Fundação da Federação de ginástica ............................................................................ 6
Tipos de ginásticas .................................................................................................................. 7
2. Os Movimentos génicos criados na escola Alemã, Sueca, Francesa e Inglesa ................... 9
2.1. Métodos de ginástica da Escola Alemã ....................................................................... 9
3. História da ginástica em Moçambique .............................................................................. 12
Conclusão ................................................................................................................................. 13
Referências ............................................................................................................................... 14
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Introdução
Tais métodos foram os precursores da ginástica atual, assim como de diversas práticas da
Educação Física. Eles “[...] tiveram desenvolvimentos simultâneos, favorecendo a troca de
informações entre os mesmos” (Figueiredo; Hunger, 2010, p.193) e criando uma relação
bastante dinâmica entre eles, na qual encontramos semelhanças e divergências.
Inicialmente foi feita uma leitura exploratória, que determinou qual material tinha relevância
para a pesquisa (Gil, 2010), seguida por uma leitura analítica que foi fundamental para a
ordenação das informações obtidas, de forma que viessem a responder os problemas da
pesquisa (Gil, 2010).
Os dados obtidos na análise do material foram utilizados para a construção de uma narrativa
que caracteriza e estabelece uma relação entre os Métodos Ginásticos e a Ginástica actual.
Para concretização deste trabalho, foi usada uma Pesquisa Bibliográfica que consiste
desenvolver o trabalho a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos.
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A ginástica remonta à Grécia Antiga, porque os gregos tinham o hábito de praticar vários
exercícios, como forma de cultuar o corpo e como preparação militar.
A palavra ginástica tem origem grega, e o seu significado decorre da sua prática entre os
gregos. Assim, gymnádzein, “exercício com o corpo nu”, traduz a forma como os gregos
faziam exercícios, sem roupa. No entanto, a palavra gymnádzein é traduzida como “treinar”.
Na Era Moderna, a ginástica foi fortemente impulsionada pelos alemães. Em 1811, com o
objetivo de dar treinamento físico aos jovens, a primeira escola de ginástica ao ar livre foi
fundada pelo alemão Johann Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852).
Depois de o reino alemão da Prússia ter sido derrotado pela França na Batalha de Jena, em
1806, Jahn, que ficou conhecido como o “pai da ginástica olímpica”, começou a incentivar os
jovens a treinarem para que fossem capazes de defender a sua Pátria em batalhas.
A atitude de Jahn foi considerada revolucionária e, por conta disso, ele foi preso e sua prática
chegou a ser proibida na Alemanha no período compreendido entre 1820 e 1842, que ficou
conhecido como “Bloqueio Ginástico”. Foi a partir daí, então, que os ginastas começaram a
difundir a ginástica em outros países.
Anos depois, os feitos de Jahn foram reconhecidos. O Pai da ginástica recebeu uma alta
distinção alemã e a ginástica pôde se propagar livremente pela Alemanha, obtendo grandes
avanços no mundo.
No entanto, Cupérus era contra a ginástica esportiva e foi somente em virtude do esforço
de Charles Gazalet, presidente da União das Sociedades de Ginásio da França, que a ginástica
passou efetivamente a ser considerada um esporte de competição.
Tipos de ginásticas
A ginástica pode ser competitiva e não competitiva. Essa classificação depende do facto de a
modalidade entrar ou não em competições, como as Olimpíadas. Dentre as modalidades
de ginástica não competitiva, podemos citar: contorcionismo, cerebral, laboral, localizada,
hidroginástica e a Ginástica para Todos.
ginástica acrobática
ginástica aeróbica
ginástica artística
ginástica rítmica
ginástica de trampolim
a) Ginástica artística
A ginástica artística exige muita técnica. As provas masculinas e femininas são diferentes. Os
homens executam provas com os seguintes equipamentos: argolas, barras, cavalo com alças,
salto sobre a mesa e solo.
As provas das mulheres, por sua vez, consistem em exercícios de paralelas assimétricas, salto
sobre a mesa, solo e trave de equilíbrio.
A ginástica artística foi influenciada pelo trabalho de Johann Friedrich Ludwig Jahn,
fundador da primeira escola de ginástica. Montada em uma floresta, os seus alunos utilizavam
os aparelhos criados por ele, bem como os próprios recursos oferecidos pela floresta.
b) Ginástica acrobática
A história da ginástica acrobática teve início há centenas de anos, quando nas danças sacras e
festividades praticadas no Egito, entre outros países, era possível observar movimentos
acrobáticos.
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Na Europa, a atividade ficava a cargo dos saltimbancos, e sua popularidade se deu graças ao
circo.
Curioso notar que, na Idade Contemporânea, a prática de acrobacias foi usada no treinamento
de aviadores e paraquedistas.
c) Ginástica de trampolim
Esse aparelho deu origem a um trampolim portátil, e entre a década de 40 e 50, o tricampeão
de exercícios acrobáticos no solo industrializou o trampolim e passou a divulgar a nova
modalidade.
O trampolim passou a fazer parte do treinamento nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
Em 1953 foi realizada a primeira competição internacional da modalidade, no entanto, a
ginástica de trampolim entrou nas olimpíadas somente em 2000.
d) Ginástica rítmica
A ginástica rítmica é praticada apenas por mulheres, que fazem dessa modalidade um
verdadeiro espetáculo de dança, uma vez que as ginastas se movimentam ao longo de toda a
apresentação.
Os aparelhos utilizados na ginástica rítmica são: arco, bola, corda, fita e maças.
A ginástica rítmica iniciou-se como ginástica competitiva em 1948 e teve vários nomes ao
longo dos anos. Foi somente em 1998 que a FIG - Federação Internacional de Ginástica
passou a chamá-la de Ginástica rítmica.
e) Ginástica aeróbica
Nos meios urbanos, são diferentes manifestações lúdicas de caráter popular realizadas com
base nas actividades circenses que se impõem [...]. Suas apresentações aproveitavam dias de
festas, feiras, mantendo uma tradição de representar e de apresentar-se nos lugares onde
houvesse concentração de pessoas do povo. Artistas, estrangeiros, errantes. Situados no limite
da marginalidade fascinavam as pessoas fincadas em vidas metrificadas e fixas. Eram ao
mesmo tempo elementos de barbárie e de civilização nos lugares por onde passavam (Soares,
2002, p. 24, 25).
O grande fascínio gerado por tais exibições passou a ser motivo de apreensão do Estado, “pois
seu modo de ser e viver desafiava as instituições, tão caras à sociedade que as inventara de
modo tão profundo” (Soares, 2002, p. 25). Desse modo, como reação a tais acontecimentos,
surge o Movimento Ginástico Europeu, um processo de sistematização da Ginástica, com o
intuito de moralizar os indivíduos e a sociedade.
“Estes métodos foram sistematizações criadas por médicos, pedagogos ou militares que
tentavam organizar a prática das atividades físicas” (Fiorin, 2002, p. 25-26). Tinham em
comum a valorização da saúde por meio da prática regular de exercícios físicos associados à
transmissão de preceitos sociais extremamente patrióticos, e se diferenciavam por serem
específicos às necessidades de suas populações.
Existem quatro (4) principais escolas: A Escola Alemã, A Escola Sueca, A Escola Francesa e
a Escola Inglesa. As três primeiras serviram de suporte para o surgimento dos principais
métodos ginásticos, o que resultou nos três grandes movimentos ginásticos da Europa: o
Movimento do Oeste na França, o Movimento do Centro na Alemanha, Áustria e Suíça e o
Movimento do Norte englobando os países da Escandinávia; enquanto que a Escola Inglesa
voltou-se para as atividades desportivas (Souza, 1997).
sua unidade territorial e vivia sob a constante ameaça de guerras. “Era preciso, portanto, criar
um forte espírito nacionalista para atingir a unidade, a qual seria conseguida com homens e
mulheres fortes, robustos e saudáveis” (SOARES, 2002, p.53). Para tanto, seus idealizadores
apoiaram-se nas ciências biológicas, para desenvolver seus métodos.
Em 1760, inspirado nas doutrinas pedagógicas de Jean Jacques Rousseau (1712-1778) e John
Locke (1632-1704), Johann Bernard Basedow (1723-1790) iniciou um processo de
estruturação, denominado Método Alemão, que posteriormente atingiu o ápice com os
trabalhos de Johann Christoph Friedrich Guts-Muths (1759-1839), Adolph Spiess (1810-
18540 e Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852). Guts-Muths foi considerado o Pai da Ginástica
Pedagógica. Para ele, deveria ser organizada pelo Estado e ministrada todos os dias e para
todos. Spiess preocupou-se com a inserção da ginástica nas escolas e procurou colocá-la no
mesmo plano das demais disciplinas escolares. Jahn, principal responsável pela disseminação
do método entre a população, trouxe ao seu sistema o caráter militarista e extremamente
patriótico, chegando a criar termos próprios, como por exemplo a palavra “Turnen” que
significa ginástica (Ramos, 1982).
Os exercícios tinham objectivos que transcendiam a forma física. “O turnen também tinha um
exercício moral: alcançar autoconfiança, autodisciplina, independência, lealdade, e
obediência. Essas eram as metas a serem atingidas por meio de atividades completas e
informais” (Publio, 2005, p. 17).
Também derivado da Escola Alemã temos o Método Natural Austríaco. Em 1926, após o
desmembramento do império provocado pela Primeira Grande Guerra (1914-1918), iniciou-se
uma grande reforma com o intuito de regenerar física e moralmente a juventude por meio dos
exercícios físicos (Marinho, S/D). Desenvolvido em um país formado por vários povos, com
diversas línguas, costumes e hábitos, tal método de ginástica sofreu bastante influência dos
métodos já existentes, gerando correntes de pensamentos que se diferenciavam em
movimentos ginásticos independentes.
Buscando ser uma oposição ao Método Alemão, dominado por exercícios violentos em
aparelhos, o sistema austríaco foi uma variação original de ideias interessantes, mais das
ciências médicas do que pedagógicas. Sua maior qualidade consistia no fato de buscar ser
interessante para as crianças e incentivar a juventude a manter uma postura correta,
despertando uma consciência higiênica e o desejo de cuidar do corpo para alcançar a saúde.
Entretanto, errou pela ausência de condições de execução e pela falta de controlo de
intensidade, esquecendo a influência educativa e formativa dos exercícios físicos. Seus
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2º correr, trepar, carregar, jogar, suspender-se; equilibrar-se, e outros atos do trabalho humano;
3º movimentos executados em atitudes dos trabalhos ou nas da vida habitual, seja de pé, ajoelhado,
acocorado, ou sentado;
7º jogos e desportos, passeios, auto-defesa, natação e outros exercícios em grupo. (Marinho, S/D, p.
407)
Portanto, vê-se que ambos os métodos surgiram a partir de necessidades militares. Formar
indivíduos aptos a defender a pátria era imperativo para essas sociedades, para isso, além de
fortalecer seus corpos era necessário despertar o espírito nacionalista, atribuindo um aspecto
moral aos exercícios físicos.
Ou seja, a Escola Alemã se baseou nas ciências biológicas para transformar a ginástica em um
meio de educação em massa capaz de atender às necessidades do Estado. Característica
também encontrada nas demais escolas, mas o que as diferencia são seus distintos anseios.
A Escola Alemã resultou na modalidade competitiva atual Ginástica Artística (Publio, 2005) e
“foi a base para a estruturação da “Ginástica Moderna”, que é a atual Ginástica Rítmica”
(Fiorin, 2002, p.27).
A ginástica ganha entretanto notoriedade mercê a presença dos alguns poucos nativos que
trouxeram momentos de glória ao país, são exemplos disso, as medalhas conseguidas, na
Ginástica Artística Desportiva, por Mussá Tembe e Lázaro Sengo, nas competições coloniais
nos finais dos anos 60. Os troféus conseguidos por estes dois génios, foram prova da
predisponibilidade morfológica do nativo moçambicano para a ginástica. Esta
predisponibilidade, entre outros motivos, estimulou a construção de escolas, com ginásios ao
ar livre na zona suburbana da ginástica, que trouxeram como resultados a prática massiva da
ginástica e consequentemente uma formação desportiva de base para a prática de todos os
outros desportos.
Em meados da década de 80, chegam ao país técnicos alemães, para trabalhar na formação de
professores de Educação Física no INEF. Aproveitando o projecto LEC (Ligação Escola
Comunidade), aplicando o modelo alemão de selecção e treinamento intensivo em ginástica,
trabalharam com crianças provenientes da Escola Primária da Maxaquene, assistidos por
instrutores do INEF e com suporte logístico Clube dos Desportos da Costa do Sol.
Pela inexistência de um órgão que zelasse pela ginástica, os técnicos alemães trabalharam a
margem de qualquer plano de desenvolvimento, limitando a aplicação do seu modelo apenas
numa escola e sem deixar nenhum documento sistematizado da sua presença no país.
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Conclusão
A ginástica é uma prática desportiva que se divide em dois tipos, as ginásticas competitivas e
as não competitivas.
As não competitivas têm como objectivo não as competições, mas a saúde, o bem-estar e
também a beleza do corpo.
Essa relação ocorreu de forma bastante dinâmica e trouxe uma rica diversidade de práticas e
conceitos, o que resultou não apenas na estruturação e sistematização da Ginástica no século
XIX, mas também nas origens da Ginástica Atual. Dessa forma, buscou-se caracterizar e
relacionar tais métodos, a fim de compreender a gênese da Ginástica como a conhecemos
hoje.
Das quatro Escolas criadas no Movimento Ginástico Europeu: Alemã, Sueca, Francesa e
Inglesa; apenas as três primeiras influenciaram as práticas gímnicas. A Escola Alemã, de
caráter essencialmente militarista, abrangeu os métodos Alemão e Natural Austríaco; a Sueca
possuía um viés médico, de onde surgiram os métodos Sueco, Dinamarquês e a Calistenia; e a
Escola Francesa trazia aspectos mais acentuadamente pedagógicos e foi composta pelos
métodos Francês e Natural de Hébert.
Referências
3. GIL, A. C. .(2010). Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5ed. São Paulo: Atlas.
4. https://efdeportes.com/efd190/seculo-xix-e-o-movimento-ginastico-europeu.htm
acesso no dia 06 de Abril de 2022