Você está na página 1de 17

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Edson Fernando Mabote, Nº 708216877

Curso: Educação Física e Desporto

Disciplina: DIDÁCTICA DE FUTSAL ,


Turma: A
Ano de Frequência: 3º ano, II Semestre

Tutor: André Da Costa N. Piripiri

Chimoio, Agosto de 2023

1
Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
2.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

2
Folha de recomendações: A ser preenchida pelo tutor
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________

3
Índice
Introdução......................................................................................................................1

Objectivos......................................................................................................................2

Geral...............................................................................................................................2

Específicos.....................................................................................................................2

Metodologia...................................................................................................................2

ORIGEM, HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA MODALIDADE DE FUTEBOL DE


SALÃO (FUTEBOL DE 5) A FUTSAL.......................................................................3

História do Futsal...........................................................................................................3

Evolução do desporto.....................................................................................................4

Noções dos tipos de sistemas ofensivos........................................................................4

Noções dos tipos de sistemas defensivos.......................................................................7

Pontos positivos e negativos da marcação individual e da marcação em zona...........11

Conclusão.....................................................................................................................12

Referências bibliográficas............................................................................................13

4
Introdução

O Futsal ou Futebol de Salão tem um campo muito vasto de estudos, com varias
formas de relações humanas e sociais. Todos os dias vemos em qualquer cidade uma
pelada crianças nas ruas, adolescentes jogando pelas quadras da cidade, os adultos
levarem os filhos para assistirem o papai jogar uma partida com os colegas de serviço,
ou comentando nos bares sobre as jogadas fantásticas dos atletas consagrados,
campeonatos escolares levando vários jovens as quadras, onde também são realizados
campeonatos estaduais, brasileiros e mundiais de Futsal.

É na infância que realizamos nossas escolhas pessoais, e é também neste período que
mais sofremos a influencia da sociedade, desde os primeiros anos escolares já sofremos
e fazemos comparação com grandes jogadores, se realizar uma pesquisa nas escolas
sobre o que acriança desejaria ser quando crescer, e ainda mais se for menino, a grande
maioria irá responder que quando crescer quer ser jogador de Futebol.

Além de tudo, em casa a criança sofre a influencia dos pais, tio, avôs e amigos dos
pais, para que joguem futebol, e depois que comecem a torcer pelo time do coração que
este torce, mas como o contato direto da criança com o desporto é primeiramente na
escola, e esta possui na sua grande maioria apenas com as quadras de Futsal, este vem a
dar os seus primeiros chutes e fintas nas quadras escolares.

Muitos dos grandes jogadores de futebol que hoje atuam em milionários clubes de
futebol de campo foram revelados nas quadras. A grande maioria da mídia mostrava
apenas campeonatos e jogos de futebol de campo, o Futsal não era um desporto tão
divulgado, somente a partir de quando a seleção brasileira de Futsal conseguiu obter
êxito com a conquista de vários títulos importantes como o Campeonato Mundial, criou-
se uma nova visão sobre a modalidade. Isso tudo fez com que muitos jovens tivessem o
sonho de se tornar um jogador de Futsal e realizar lindas jogadas como o Falcão
(atualmente o melhor jogador de Futsal do Mundo).

1
Objectivos
Geral
 Contextualizar sobre a Origem, história e evolução da modalidade de futebol de
salão (futebol de 5) a futsal.

Específicos
 Explicar sobre as Noções dos tipos de sistemas ofensivos;
 Conhecer as Noções dos tipos de sistemas defensivos;
 Compreender os Pontos positivos e negativos da marcação individual e da
marcação em zona.

Metodologia
O presente trabalho é uma revisão literária de artigos publicados em livros como Futsal
e a iniciação de Ricardo Lucena e de diversos autores que escreveram sobre o assunto
Futsal ou pedagogias que podem ser implantadas nele. A pesquisa utilizou também o
acesso à internet em sites como o da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, e em
outros também, procurando como palavra chave Futsal. A pesquisa resultou em autores
como Fonseca e Saad.

2
ORIGEM, HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA MODALIDADE DE FUTEBOL DE
SALÃO (FUTEBOL DE 5) A FUTSAL.

História do Futsal

O Futsal como outras modalidades esportivas, possui versões sobre o seu surgimento.
Uma das versões diz que o Futsal começou a ser jogado por volta de 1940 por
freqüentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, porque existia uma
grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então
começaram a jogar suas “peladas” nas quadras de basquete e hóquei. Cinco, seis ou até
sete jogadores em cada equipe, assim que se jogava no inicio,mas logo definiram o
numero de cinco jogadores para cada equipe.

Também temos a versão considerada como a mais provável, que relata que o Futsal
foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu no Uruguai, pelo
professor Juan Carlos Ceriani que chamou este novo esporte de “INDOOR-OT-BAL”.
Destaca-se em São Paulo o nome de Habib Maphuz que muito trabalhou nos primórdios
do Futebol de Salão no Brasil (CBFS, 2009).

O professor da ACM de São Paulo, Habib Maphuz no início dos anos cinqüenta
participou da elaboração das normas para a prática de varias modalidades esportivas,
sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM
paulista, este mesmo salonista (atleta que pratica o Futsal) fundou a primeira liga de
Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Crista de Moços, e logo
após foi o primeiro presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão e foi também
colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes a elaborar o primeiro livro de
regras de Futebol de Salão editado no mundo m 1956 (CBFS, 2009).

Como no começo não havia especificações alguma sobre o material que deveria ser
utilizado para a confecção das bolas de Futsal, eram usados serragem, crina vegetal, ou
de cortiça granulada, mas apresentavam um problema, elas saltavam muito e
frequentemente saiam da área de jogo, a solução foi diminuir o tamanho da bola e
aumentar seu peso, e por esse motivo o Futsal ficou conhecido como “O Esporte da
Bola Pesada”.

3
Evolução do desporto

Como sabemos, as bolas eram de crina vegetal, cortiça granulada ou serragem e


sofreram sucessivas modificações diminuindo seu tamanho e aumentando o seu peso.
Daí a origem do esporte ser conhecido como “o esporte da bola pesada”.

No início, cada equipe era comporta por cinco, seis e até sete jogadores, mas depois
foi fixado que a mesma teria de ser composta por apenas cinco atletas. Acredita-se que o
esporte era muito violento, principalmente para os goleiros, por esse motivo a
modalidade era restrita aos adultos e assim mesmo esporadicamente.

Durante a década de 60 e 70 o Futsal conquistou o continente como um desporto


ordenado e regulamentado. Tiveram início nessa época os primeiros campeonatos
nacionais e Sul-Americanos.

Nos anos 90 muitas coisas mudaram no mundo do futebol de salão. A prática foi
fundida com o futebol de cinco (esporte reconhecido pela FIFA). A denominação do
jogo passou a ser então Futsal, par identificar a fusão no contexto esportivo
internacional.

Noções dos tipos de sistemas ofensivos

Pelo fato de o Futsal ser um esporte que exige muita versatilidade dos jogadores é
necessário dizer que o sistema se refere exclusivamente no posicionamento dos
jogadores em quadra, portanto, sistema não é uma jogada ou manobra, nem tampouco
padrão de ataque, as jogadas e as diferentes formas de atacar são aplicadas no sistema,
ou seja, a partir de um bom posicionamento.

A fim de organizar o jogo, alguém um ia pensou em organizar os jogadores de certa


forma em quadra. O esforço para organizar gerou uma série de sistemas, mas citarei
apenas os básicos: 2.2, 1.2.1, 2.1.1, 3.1, 4.0 e 1.2.2 ou 3.2, este ultimo conta com a
utilização do goleiro fora da área de meta. Para visualizar os sistemas ofensivos ver
figura 1.

4
Esses sistemas são básicos primeiramente porque são clássicos, ou seja, resistiram ao
tempo e segundo porque há tantos outros sistemas de Futsal. Em outras palavras, uma
parte dos profissionais que trabalham com o Futsal continua inovando, criando
diferentes posicionamentos para se jogar a modalidade.

O sistema 2.2 e o 1.2.1 foram os primeiros a surgir na década de 50, na época o


futebol de salão, os outros apareceram apenas depois na década de 90. Com o advento
do Futsal e com as sucessivas alterações nas regras, surgiram sistemas onde o goleiro
atua fora da área o tradicional é o 1.2.2, que alguns chamam de 1.4 e outros, 2.3 ou 2.1.2
(ANDRADE, 2007).

O sistema 2.2 é o sistema pioneiro, surgiu na década de 1950 (Lucena, 1994), que se
caracteriza pelo posicionamento de dois jogadores na meia quadra defensiva e de outros
dois na meia quadra ofensiva. É um sistema bem simples e que exige pouca
movimentação dos jogadores. Os dois de trás são responsáveis pela defesa enquanto os
dois da frente pelo ataque (LUCENA, 1994; MUTTI, 1994).

Ocorrem poucas trocas de posições, e consequentemente, de funções. É um sistema


mais elástico em relação aos outros. Este sistema é mais utilizado em faixas etárias
menores, devido ao baixo nível de complexidade e facilidade de execução. Mas equipes
de alto nível também o utilizam em determinados momentos de um jogo.

Já o sistema 1.2.1, o pivô centralizado na meia quadra ofensivo, uma linha com os
dois alas e o fixo mais retraído, favorecendo aos atletas uma maior mobilidade,
5
criatividade e desenvolvimento de suas características técnicas, dando uma
movimentação maior no desenrolar da partida.

O sistema 2.1.1 se joga em três linhas, um pivô adiantado saindo para a linha lateral,
um ala no meio da quadra do lado oposto em que se encontra o pivô, e um fixo e outro
ala mais atrás. Com essa formação é possível abrir a lateral da quadra para que a equipe
possa realizar a infiltração.

O sistema 3.1 é responsável pela nomenclatura das posições adotadas no Futsal. Além
do goleiro temos o fixo, os alas (direito e esquerdo) e o pivô. É um sistema de
movimentações bem mais complexas que o anterior. O pivô tenta “despistar” ou tomar a
“frente” do seu marcador para receber a bola de seus companheiros na meia quadra
ofensiva. Os alas e o fixo realizam movimentações para criarem espaços onde a bola
possa ser lançada ao pivô, que joga de costas para o gol adversário e, por isso, tenta
dominar e preparar a bola para seu companheiro ou, dependendo da situação, girar em
cima de seu marcador para finalizar a gol. Esta movimentação realizada pelo fixo e
pelos dois alas é denominada rodízio (ANDRADE, 2007).

Com o rodízio uma equipe mantém a posse de bola ate o momento ideal de tocá-la ao
pivô ou finalizar (LUCENA, 1994; MUTTI, 1994).

O sistema 4.0 oi criado pelas equipes européias, principalmente as espanholas. É o


sistema mais complexo que existe, porem se assemelha muito ao sistema 3.1. A
diferença mais significativa é que o pivô também entra no rodízio (Lucena, 1994). Isto
faz com que os jogadores se revezem no exercício das funções de acordo com a situação
do jogo e de seu posicionamento na quadra. Sempre haverá um fixo, dois alas e um
pivô, porem eles se alternam em virtude do rodízio.

É um sistema onde as trocas de funções são tão constantes quanto as movimentações,


criando e preenchendo os espaços vazios e, assim, dificultando a marcação da equipe
adversária.

Esse último sistema bem ofensivo é o 1.2.2 ou 3.2, originado pela mudança na regra
que possibilitou a utilização do goleiro para a armação das jogadas. O posicionamento
dos jogadores de linha é bem próximo do sistema 2.2. A mudança é que o goleiro deixa
a ares e posiciona-se entre os dois defensores, sendo o ultimo homem. Os dois atacantes
6
ocupam a meia quadra ofensiva e se cruzam à frente do goleiro adversário, atrapalhando
sua visão.

Os defensores também se posicionam na meia quadra ofensiva, logo após a linha


divisória para receberem a bola e ainda terem a opção de passe para o goleiro.
Defensores e atacante também trocam de posição para confundir a defesa adversária.
Neste sistema o goleiro deve possuir boa técnica com os pés (SAAD, 2005).

Com a ajuda dos sistemas de jogo fica bem mais fácil, com um bom tempo de
treinamento, fica bem mais fácil jogar e ensinar o Futsal.

Noções dos tipos de sistemas defensivos

Uma das várias definições de sistema, uma seria a disposição de partes ou dos
elementos de um todo, coordenados entre sim, e que formam uma estrutura organizada.
Assim teríamos o conceito de que sistema é o posicionamento adequado dos jogadores
de uma equipe na quadra de jogo. No caso do sistema defensivo seria o posicionamento
dos atletas na quara no momento em que o time opositor tem a posse de bola.

Na medida em que o Futsal se modernizou, se dinamizou, ficou mais fácil se dedicar


a difícil tarefa demarcar. Porque como as regras em suas sucessivas alterações que
sofreram implicaram, entre outras coisas, num jogo cada vez mais limpo e ofensivo. Ou
seja, a regra obrigou as equipes a atacarem e, concomitantemente, obrigou os jogadores
a aprender a marcar bem, de forma limpa, sem imprudências.

Como posicionar a equipe de forma correta? Posicionar a equipe na quadra de forma


organizada, inteligente, é necessário, primeiro conhecer as posições dos jogadores. No
Futsal, há basicamente um goleiro, um fixo, dois alas e um pivô. Dependendo do
sistema, devemos seguir o seguinte raciocínio: o goleiro defende a meta e, e com a
exceção dos sistemas em que ele atua fora da área, onde deve ser posicionado na meia
quadra defensiva junto a meta. O fixo deve ser posicionado na meia quadra de defesa.
Se o sistema exigir, alem de este ser posicionado na defesa, ele deve estar no centro da
quadra. Os alas devem ser posicionados nas laterais da quadra, seja na meia quadra de
ataque ou de defesa. E o pivô deve ser posicionado na meia quadra de ataque.

7
Quem marca tem o objetivo de impedir o êxito do adversário, mas como realizar esse
difícil meta sem realizar muitas faltas? Ainda mais, sem ultrapassar o limite de seis
faltas acumulativas que de acordo com a regra12 são punidas com tiros livres, a regra
beneficia além do ataque o time que joga limpo. Como a regra também diz que não se
pode gastar tempo, quer dizer, entrar em um jogo passivo, necessário atacar, logo é
preciso marcar (SAAD, 2005).

A única forma de se jogar uma partida sem fazer muitas faltas é ter um bom sistema
defensivo, onde os atletas ao marcarem saibam muito bem o que irão fazer nas mais
variadas situações de jogo. Com um treinamento especifico para marcação é possível
que se consiga com êxito.

Outro fator decisivo para o desenvolvimento da marcação foi o desenvolvimento da


preparação física, não exceder o numero de faltas, e para resistir ao jogo de ataque, o
jogo de defesa evoluiu. Pode-se dizer que hoje se marca mais, muito melhor, porque
assim o jogo de Futsal exige.

Os sistemas defensivos são constituídos pelos tipos de marcação (como se marca), e


pelas linhas ou variações defensivas (onde se marca). Uma equipe pode marcar de
forma individual, por zona ou de forma combinada (SAAD, 2005).

A marcação individual consiste em cada marcador ter como referencia sempre um


jogador adversário, acompanhando-o por onde este se movimentar. Pode também
marcar individualmente com a troca demarcação, que é utilizada na maioria das vezes
por equipes mais experientes, com mais tempo de prática, pois tem que haver uma
maior verbalização entre os atletas, sem se esquecerem de acompanhar os opositores e
além de tudo, não podem perder o controle da velocidade e do tempo de bola, quer dizer
que é necessário mais tempo de treinamento.

Ao marcar por zona, diferentemente da marcação individual, o defensor se preocupa


apenas com o jogador que adentrar ao seu setor de marcação. A referencia continua
sendo o jogador, só que agora não precisa mais acompanhá-lo, basta marca-lo num
espaço previamente demarcado. É uma marcação utilizada quando a equipe adversária
apresenta rápida e complexa movimentação, tem bons passadores, ótima técnica e

8
condução de bola, um bom nível de treino ou quando o placar é desfavorável aos
adversários. A marcação em zona deve ser muito bem treinada.

A forma combinada ou mista é pouco utilizada, ela se resume no fato demarcar um ou


outro jogador de forma individual e os demais por zona.

Losango ou 3.1 é a marcação utilizada contra equipes que utilizam o sistema 3.1 ou
3.2. Os alas devem fazer o “balanço” como os laterais do futebol de campo, o pivô deve
fechar o meio impedindo que a bola seja lançada ao pivô adversário. Se isto acontecer
ele deve voltar a fazer “sanduíche” no adversário, juntamente com o fixo do seu time. O
fixo, além de estar preocupado com o pivô adversário, precisa estar atento à cobertura
dos outros jogadores, pois ele é o ultimo homem (SAAD, 2005).

A marcação 2.2 ou Quadrado é utilizada contra equipes que jogam no sistema 2.2 ou
4.0. Os jogadores posicionados na Área 1 mantém suas posições e encostam nos
adversários que “adentram” sua zona (SAAD, 2005).

As linhas defensivas devem ser associadas a idéia de espaço. A linha 1 aperta-se o


adversário logo na saída de bola, tentando recupera-la o mais rápido possível, para tanto
se sufoca o adversário no campo de defesa, é difícil para o goleiro fazer a reposição de
bola, o outro fecha o meio. É conhecida também devido a sua intensidade de marcação
como marcação de pressão, como podemos ver na figura 2.

Figura 2

A marcação de meia pressão ou linha 2, o goleiro já consegue com maior facilidade


realizar a reposição de bola entretanto se “pisar na bola”, quer dizer, domina-la,
aproxima-se simultaneamente os jogadores e a equipe avança para a linha 1. Pode-se
verificar este tipo de marcação na figura 3.

9
Figura 3

A linha 3 é realizada no meio da quadra, com o objetivo de sair no contra-ataque, o


adversário não sofre pressão na sua meia quadra defensiva, mas sofrerá na meia quadra
de ataque (ver figura 4).

Figura 4

Na linha 4, investe-se a marcação próximo a linha dos 10 metros, como na linha 3, o


objetivo também é jogar no contra-ataque. O adversário terá muito espaço para ficar
com a bola, entretanto se bem coordenada pode ser eficaz, primeiro pelo fato dos
marcadores estarem mais próximos facilita a cobertura e segundo pelo fato de estar
próximo a linha de fundo diminui o espaço para as bolas de espaço (ver figura 5).

Figura 5

10
O objetivo dos sistemas defensivos é o de facilitar a aplicação de manobras
defensivas, ou seja, definindo a linha e o tipo de marcação faltará “apenas” construir os
conceitos da marcação inteligente – uma marcação que retorne que seja ativa, que
induza o contra-ataque, que faça coberturas, que realize dobras, etc. O raciocínio que se
deve ter ao aplicar um sistema de marcação é de coordenar a linha defensiva com o tipo
demarcação adequada (SAAD, 2005).

Pontos positivos e negativos da marcação individual e da marcação em zona

Como dito anteriormente, a marcação individual caracteriza-se pelo confronto direto


entre dois jogadores, o chamado homem a homem (1x1). Os pontos positivos são os
seguintes: diminui a opção de passe, forçando o erro adversário, maior desgaste físico
dos adversários pela necessidade de maior movimentação m busca de espaços, dificulta
o chute de longa distancia, reduzo tempo de posse de bola do adversário e diminui o
tempo de reação do adversário para refletir sobre a jogada.

Em conseqüência gera grande desgaste físico dos defensores, proporcional à


movimentação dos atacantes, abre o meio da quadra, facilitando lançamentos,
infiltrações e “bolas nas costas”, há maiores possibilidades de vantagem numéricas ao
adversário, na ocorrência de um drible, dificultando a recuperação e a cobertura.

Já a marcação em zona que é identificada pelo posicionamento à meia quadra, ou


melhor, nas Áreas 1 e 2 (Defesa e Intermediária), sempre atrás da linha da bola, pelas
constantes trocas de marcações, e pela espera do erro adversário para roubar a bola e
contra-ataque. Na maioria das vezes, estes contra - ataque são perigosos, pois pegam a
defesa adversária desestruturada.

Pontos positivos: facilita a cobertura e a recuperação no caso do drible, menor


desgaste físico dos defensores, proporciona perigosos contra-ataques, impossibilita as
“bolas nas costas” e fecha o meio da quadra. Pontos negativos: é que possibilita o chute
de longa distancia, aumenta o tempo de posse de bola do adversário e encobre
parcialmente a visão do goleiro.

11
Conclusão

No término dessa pesquisa pode concluir que a o facto da história e a evolução do


Futsal ter se modificado bastante o levou a um grande melhoramento. Tanto na parte de
preparação física como também no planejamento e por fim de tudo que envolve o jogo.

Além da pesquisa literária, foi utilizado também a pesquisa de campo durante os


jogos do Campeonato Estadual de Futsal de Mato Grosso do Sul, que as equipes que se
utilizaram do sistema de marcação em zona se saíram melhor do que os times
utilizadores da marcação individual.

A equipe campeã foi a seleção de Três Lagoas, que de acordo com cada equipe
adversária mudava seu sistema de marcação em zona ou individual, em todos os jogos
da competição. Na final do campeonato em determinado tempo da partida a equipe três-
lagoense fez uso da marcação individual, e foi nesta hora que sofreu mais pressão, pois
os atletas já estavam cansados com o decorrer da partida. Quando voltaram a marcar em
zona foi quando em contra-ataques conseguiram marcar os gols da vitória.

Por esse fato concluo minha pesquisa deixando claro que a meu ver a marcação que
deve ser utilizada depende da equipe adversária, para que o time possa obter um maior
êxito em seus jogos, tem que se treinar e adaptar aos diferentes tipos de marcação, seja
ela individual em zona ou até misto.

12
Referências bibliográficas

 ANDRADE José Roulien de, O jogo de futsal: técnico e tático na teoria e na


prática, Gráfica Exponte, 2007.
 Confederação Brasileira de Futebol de Salão; Livro de Regras 2009, História do
Futsal, disponível em www.cbfs.com.br ultimo acesso em 15 de out de 2009.
 FIFA; História do Futsal, disponível em http://pt.fifa.com ultimo acesso em 17
de out de 2009
 FONSECA Gerard Mauricio, Treinamento para goleiros, Editora Sprint, 1998.
 Futsal do Brasil.com; História do Futsal; disponível em
www.futsaldobrasil.com.br ultimo acesso em 15 de out de 2009.
 Futsal Treinamento em Alto Nível, Jogos Técnicos e Táticos, disponível em
www.futsaltreinamento.com, ultimo acesso em 19 de out de 2009.
 LUCENA Ricardo, Futsal e a Iniciação; Editora Sprint, 1994.
 SANTANA, Wilton Carlos de. Contextualização Histórica do Futsal, disponível
em www.pedagogiadofutsal.com.br, ultimo acesso em 12 de out de 2009.
 MUTI Daniel, Futsal: da Iniciação ao Alto Nível; Phorte Editora, 1994.
 Pro do Futsal, Treinamento para goleiros; disponível em
www.profutsal.com.br, ultimo acesso em 17 out de 2009.
 SAAD Michel, Movimentação Ofensiva e Defensiva; Visual Books, 2005.
 Só Futsal.com, Habilidades do Futsal; disponível em www.sofutsal.com.br,
ultimo acesso em 18 de out de 2009.

13

Você também pode gostar